Promoções Exageradas e Úteis de um Jogador de Beisebol
15 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: exageradas geram desconfianças, novo jogador de potencial como arremessador, um esporte pouco conhecido entre os brasileiros
Aqueles que acompanham os noticiários dos principais jornais brasileiros ficam impressionados, mas chocados, quando dois importantes deles, como a Folha de S.Paulo e o Estadão, publicam no mesmo dia e com destaque sobre um potencial jovem jogador arremessador de beisebol.
Jovem arremessador de beisebol Eric Taniguchi Pardino tem potencialidade para se tornar um jogador da MLS – Major League Baseball dos Estados Unidos, na foto publicada no artigo do Estadão, que vale a pena ser ligo na sua íntegra
O beisebol que é muito popular nos Estados Unidos, Canadá e nos países da América do Norte e Central, do Caribe como em Cuba, bem como na Ásia, notadamente no Japão e na Coreia do Sul, nunca teve muito destaque no Brasil. Como deve ser uma das modalidades olímpicas em Tokyo 2020, deve merecer um novo impulso na mídia mundial. No Brasil, começou a ser praticado entre os imigrantes japoneses e seus descendentes que não eram privilegiados em seus portes físicos. Também joguei um pouco nas categorias iniciais. Poucos são os jogadores de outras origens étnicas, mas existem alguns brasileiros que também mereceram destaques. Alguns chegaram a profissionais nas equipes canadenses e norte-americanas, como a Blue Jays.
O atual técnico da seleção brasileira é Barry Larkin, ex-jogador da MLB, que deve promover a ida para os Estados Unidos quando aparecem alguns jogadores brasileiros com habilidades excepcionais, com potencialidades para se tornarem profissionais importantes. Possivelmente, esta divulgação inusitada de Eric Taniguchi Pardinho deve-se à sua influência. Há um centro em Ibiúna, São Paulo, patrocinado pela Yakult, que também tem um time profissional no Japão.
A matéria na Folha de S.Paulo está assinada por Guilherme Seto e explica algumas formas de lançamento da bola pelo arremessador (pitcher), provocando curvas, quedas, rápidas e outros efeitos que dificultam os rebatedores (batters), que vale a pena ser lida na sua íntegra. Afirmam que Eric Taniguchi Pardinho, com apenas 16 anos, chega a 150 quilômetros por hora na velocidade dos seus arremessos, o que seria próximo dos profissionais adultos. O artigo no Estadão está assinado por Rafael Pezzo, que também vale a pena ser lido na sua íntegra, mas refere-se ao processo pelo qual está passando este jogador brasileiro com grande potencial.
Como um canal de televisão está transmitindo alguns jogos dos Estados Unidos para o Brasil, os jornalistas estão procurando usar algumas expressões em português, que ficam um pouco estranhos para aqueles que se acostumaram com o inglês usado no beisebol e suas adaptações pelos japoneses. Meu falecido pai escreveu e publicou um livro no Japão sobre o pioneiro beisebol no Brasil, naturalizou-se brasileiro por ser um dirigente que participava de congressos internacionais deste esporte e foi um dos pioneiros a transmitirem, pela rádio, as partidas de beisebol junto com o Boris Casoy, que na época ainda era um foca.
Este esporte bem sendo praticado em muitos países nas escolas secundárias, colégios e universidades até chegarem ao profissionalismo, o que não acontece no Brasil nem no futebol. Mas os seus praticantes são estimulados a frequentar as escolas, pois suas carreiras, mesmo chegando até o profissionalismo, costumam ser relativamente curtas, como na maioria dos esportes.