Documento de Organismos Sobre o Clima dos EUA
6 de novembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: contrário à posição do governo Donald Trump, humanidade vem contribuindo para o rápido agravamento da situação, Treze agências federais dos EUA
Um trabalho exaustivo cujo resumo foi apresentado em 477 páginas mostra que as recentes irregularidades climáticas no mundo contam com a participação da humanidade, contrariando a posição do governo Donald Trump que deverá sofrer grandes críticas na reunião das Nações Unidas sobre o assunto em Bonn, Alemanha, na próxima semana.
Estragos causados pelos tufões nos Estados Unidos
Na última sexta-feira, dia 3 de novembro, 13 agências federais dos Estados Unidos relacionadas com as avaliações das irregularidades climáticas apontaram num longo trabalho que a humanidade é a principal responsável pelo aumento da temperatura global que criou um período crítico na história da civilização, posição diferente do governo atual daquele país.
Nos últimos 115 anos, as temperaturas medias globais aumentaram 1,8 graus Fahenheit, que corresponde a um grau Celsius, os mares se elevaram em 20 centímetros, as ondas de calor, as chuvas e os incêndios florestais se tornaram mais frequentes. Sendo que os próprio Estados Unidos têm sofrido as suas consequências, com perdas expressivas de vidas como de patrimônio.
Jornais como The New York Times e o Japan Times já registram as divulgações dos estudos, que ainda são preliminares, com um resumo de 477 páginas. Como sempre existem os que contestam estes levantamentos, questionando os índices utilizados afirmando que existem dados de milênios que não permitem relacionar com total segurança que os problemas climáticos recentes sejam devidos aos provocados pelas ações dos homens de forma inequívoca.
Muitos pesquisadores acreditam que existem possibilidades entre 95 a 100% que o aquecimento global é devido às ações humanas pelo aumento do dióxido de carbono na atmosfera com os usos do carvão mineral, petróleo e gás natural. Os degelos, o El Niño, a elevação do nível do mar estariam contribuindo. Os oceanos estariam ficando mais quentes, mais ácidos e com queda do nível de oxigênio. O relatório preliminar teria nada menos que 1.504 páginas.
Os trabalhos foram supervisionados pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, que publica muitos trabalhos que merecem credibilidade dos cientistas, com dados levantados em diversos países. Até agora não há notícias de interferências políticas, a não serem as declarações dos responsáveis pelo governo pelas informações de caráter político.
O mais provável é que estes documentos acabarão sendo disseminados proximamente por um grande número de veículos de comunicação social do mundo.