Volta ao Médico de Família Para Redução dos Custos da Saúde
9 de novembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: formas para a redução do custo da saúde, funcionamento do mercado, parte dos custos com os pacientes, volta aos médicos de família
Com a continuidade dos custos relacionados com a saúde, entidades brasileiras se voltam às formas antigas do médico de família, como a participação dos pacientes em parte das despesas médicas que não seriam totalmente arcados por um plano de saúde.
Volta do médico de família para a redução dos custos de saúde
Uma matéria de Beth Koike publicada no Valor Econômico informa que como uma das medidas para a redução dos custos de saúde está se promovendo, entre outras providências, a volta dos antigos médicos de família. Havendo um médico que acompanhe há anos os primeiros atendimentos de membros de uma família ou uma pequena coletividade, este profissional teria o conhecimento do passado de todos os pacientes, não havendo necessidade da repetição de muitos exames com a constância que vem se observando com a mudança contínua dos médicos, ainda que haja documentos que registrem estes históricos. Todos sabem que existem também tendências para a transmissão de algumas doenças entre os membros de uma família. Feito este exame preliminar, quando necessário, haveria o socorro de outros profissionais especializados.
Outra medida que proporcionaria também efeitos para a redução destas despesas médicas seria a coparticipação dos pacientes em pequena parte destas despesas, que não seriam cobertas pelos planos de saúde. Isto é adotado historicamente no Japão, evitando que muitos pacientes adquiram o hábito de fazer consultas nem sempre necessárias.
Não é preciso que estas medidas sejam tomadas somente com uma família, mas uma pequena coletividade, quando o médico já conhece os pacientes e seus históricos. Informa-se que alguns hospitais estão adotando estas providências, como entre os próprios funcionários de um hospital e seus familiares, com resultados positivos.
Na medida em que haja reduções nas sinistralidades, estes benefícios poderiam ser transferidos aos participantes de um plano de saúde, por exemplo. Há, portanto, espaços a serem aproveitados para a redução dos custos de saúde com o uso das lições de boas experiências.