Confeitos Sofisticados no Japão
15 de dezembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Gastronomia | Tags: mercados sofisticados que não se misturam, os aperfeiçoamentos sobre influências europeias, os tradicionais confeitos japoneses | 10 Comentários »
Uma matéria distribuída pela agência noticiosa japonesa Kyodo foi publicada no Japan Today informando que os tradicionais fabricantes de doces japoneses chamados “wagashi” estão buscando o público jovemcom produtos mais sofisticados.
Foto com os sofisticados ”wagashi” constante do artigo no site do Japan Today
Muitos dos tradicionais “wagashi”, basicamente produzidos com pastas de feijão soja chamados azuki, denominados de yokan, não são muito doces e alguns eram utilizados nas cerimônias de chá, normalmente com formatos característicos. Também eram servidos nas tradicionais festas japonesas, como casamentos, passagens do ano e outras. Ao lado destes, os confeitos japoneses aperfeiçoados de influências europeias ganharam um grande espaço, sendo menos doces, menos gordurosos, com umas elaborações bastante diferenciadas, extremamente leves, adequados para acompanhar lanches como chá, café ou outras bebidas.
Os produtores dos doces tradicionais do Japão estão procurando apresentar aperfeiçoamentos que atraiam jovens consumidores. Os seus formatos foram melhorados e contam atualmente com novas leituras, inclusive em suas apresentações, pois sempre os consumidores japoneses eram atraídos pelas suas formas.
Os mais tradicionais conhecidos como os manjus perderam espaço, e as autoridades estão estimulando que o seu espaço seja ocupado pelos novos produtos que também compreendem muitas gelatinas com cores atraentes até para as crianças. Muitas lojas nas regiões mais sofisticadas de compras de luxo estão apresentando estes novos produtos, inclusive nos chamados Department Stores.
Estes wagashis contam com produtores que possuem uma longa história e tradição como até de séculos. Como quase tudo que é campanha efetuada no Japão, já existem redes de lojas, com dezenas de estabelecimentos envolvidos nestas agradáveis campanhas.
Pode-se também acreditar que muitas casas venham a apresentar menus com alternativas, incluindo também os de influência europeia, bem como outros produtos como sorvetes, que lembrem as raízes japonesas, mas já se refiram ao novo mundo globalizado.
YOKOTA, francamente, nada melhor do que um brigadeiro que é uma criação brasileira. Já experimentei os doces japoneses e acho que eles são sem graça.
Cara Simone Aparecida,
Obrigado. Cada um tem a sua preferência.
Paulo Yokota
Alguns desses doces são tão bonitos que dá até pena de comer, mas se forem tão apetitosos quanto bonitos não deve haver quem resista…
A propósito: até já cheguei a comer alguns doces japoneses mais simples, inclusive uns que eram feitos com o arroz moti, mas o recheio dos que eu comi não tinha azuki.
Caro Daniel Girald,
Os brasileiros, parte por influência dos portugueses, consumem doces extremamente açucarados, que hoje estão sendo evitados pela obesidade que ajudam a provocar. Os japoneses são mais suaves, mas podem estranhar os paladares dos brasileiros.
Paulo Yokota
Realmente, da pequena variedade de doces japoneses que eu já cheguei a provar, era nítido o menor exagero no açúcar, de modo que o sabor de outros ingredientes não ficasse muito apagado.
Caro Daniel Girald,
Nem todos apreciam isto que muitos acham que seja uma qualidade.
Paulo Yokota
Certamente que a maior disponibilidade do açúcar por aqui em comparação a outros países, como o próprio Japão que até onde eu saiba não desenvolve o cultivo da cana, deve influenciar nessa preferência pelo uso de uma menor quantidade de açúcar e gordura nos doces tradicionais. Mas até em países próximos ao Brasil e que tem uma cultura canavieira muito pequena e voltada basicamente à substituição de importações, como é o caso do Uruguai, percebe-se um menor exagero no uso do açúcar. Já aqui no Brasil o problema é tão sério que já se fala numa epidemia de diabetes até em algumas tribos indígenas da Amazônia.
Caro Daniel Girald,
No sul do Japão, como em Okinawa, existe uma pequena produção de açúcar de cana. Mais do que a diabete o problema da obesidade parece ter atingido a humanidade toda.
Paulo Yokota
Realmente, a obesidade hoje está demais. E além do consumo excessivo de alimentos industrializados, muitos acabam levando uma quantidade exagerada de açúcar e gorduras sob a premissa de prolongar o tempo de estocagem.
Caro Daniel Girald,
A obesidade aumenta também com o aumento do consumo de carbohidrato.
Paulo Yokota