Limites Para a Piscicultura no Mundo
6 de março de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais e Notícias | Tags: ainda que a piscicultura seja mais eficiente que a carne bovina e suíça, artigo do Project Syndicate republicado no Valor Econômico, necessidades crescentes de energia renovável
Um artigo de Linus Blomqvist do Breakthrought Institute sobre os problemas da piscicultura foi distribuído pelo Project Syndicate e republicado no Valor Econômico chamando a atenção para a necessidade de energia limpa para a continuidade de sua expansão.
Foto da piscicultura praticada na Noruega que exige cada vez mais energia elétrica
A consciência que as proteínas dos peixes e frutos do mar são mais eficientes e saudáveis que as carnes bovinas e suínas está se ampliando e aumentando o seu consumo, de forma que as pescas naturais nos mares não são mais sustentáveis. Aumentam os projetos de piscicultura no mundo, sendo que os países escandinavos estão mais adiantados tecnologicamente, mas estão exigindo cada vez mais energia elétrica limpa que está se tornando cada vez mais rara. O assunto está tratado num artigo de Linus Blomqvist distribuído pela Project Syndicate e republicado no Brasil pelo jornal Valor Econômico.
As tecnologias estão explorando os arredores dos litorais de muitos países, sobrecarregando-os com a necessidade de produção de energia limpa. Alguns projetos procuram o alto-mar, mas também existem limitações com as necessidades de energia limpa. O artigo publicado no Valor Econômico merece ser lido na íntegra.
O Brasil é um grande produtor de rações para a piscicultura, bem como conta com possibilidades de geração de energia elétrica de origem solar ou eólica, tendo melhores condições de superar estas barreiras, mas ainda carece de tecnologia mais avançada para a multiplicação de filhotes de peixes, sendo incipiente nestas atividades.
Todos sabem que parte das energias elétricas geradas também é poluente, bem como as produções dos cereais que servem de rações. Há necessidade de se procurarem formas mais sustentáveis que teriam boas chances no Brasil do que em países frios. Também existe uma ampla variedade de peixes, inclusive fluviais que ainda não correm o risco de extinção.
São pesquisas que merecem prioridade, tanto para abastecimento interno como do mercado internacional.