Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Jair Bolsonaro em Davos

22 de janeiro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: cautela e caldo de galinha, falta de definições, melhor tateando o terreno aos poucos, pronunciamento vago preferível que discursos bombásticos

clip_image001A imprensa brasileira está noticiando que o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (foto), em Davos, foi bastante genérico, não sendo bombástico como tem sido no Brasil. Quando o novo governo ainda está tateando o terreno em que deve atuar, tanto internamente como no exterior, ainda que frustrante para muitos, parece uma posição mais sensata, por ora.

Havia uma grande expectativa da imprensa mundial sobre o primeiro pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em Davos. Mas ele foi extremamente cauteloso, ficando quase na generalidade, mas se comprometendo a continuar preservando o meio ambiente, convidando todos a visitarem o Brasil, que apresenta uma grande biodiversidade com muitas oportunidades de investimentos internacionais.

Quando o seu governo ainda não definiu todas as reformas indispensáveis, havendo preocupações com as divergências abertas por alguns dos seus ministros, ele evitou cuidar de problemas que preocupam a todos, notadamente o combate à corrupção até de seus familiares.

Muitos dos seus ministros já fizeram declarações polêmicas, mas todos sabem que a democracia brasileira depende também do Congresso e do Judiciário, de suas muitas estatais, como dos Estados e dos Municípios. A cautela foi uma boa opção, pois não é a hora nem o local para pronunciamentos enfáticos como os que estão sendo divulgados no Brasil.

Muitos pontos cruciais do ponto de vista internacional ainda exigem elaborações mais cuidadosas e todos sabem que os eleitores escolheram alguns objetivos que podem até ser polêmicos. A realidade de um governo exige cautela e equilíbrio e o início de sua discussão internacional deve ser cuidadoso.

Parece indispensável que se divulgue no mundo que o presidente do Brasil é cauteloso, sendo que a campanha eleitoral já terminou e agora se caminha para o detalhamento de muitas atuações que exigem cuidadosas negociações democráticas, até com aqueles com os quais pode não concordar.

Pode-se dizer que foi um bom começo…