O Mundo Caminha Para o Desastre com o Aquecimento
28 de novembro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Clima, Editoriais e Notícias | Tags: 5ºC, necessidade de redução do CO² em 7% ao ano, o desmatamento na Amazônia, para manter o aquecimento em 1, relatório das Nações Unidas de 2018, reunião mundial na Espanha no começo de dezembro
Um artigo elaborado por Giovana Girardi foi publicado no site do Estadão sobre o tema e a imprensa mundial está dando uma ampla divulgação do assunto. O governo Jair Bolsonaro mudou de posição continuando no Acordo de Paris, mas os Estados Unidos, com o governo Donald Trump, saíram do mesmo, numa posição assustadoramente alarmante e fora de sua tradição de longa data. O desmatamento da Amazônia, que é importante no problema mundial, continuou aumentando no atual governo brasileiro, chegando em 29,5% nos últimos 12 meses.
Foto da jovem Greta Thunberg em frente ao Parlamento sueco, que ficou famosa no mundo pela campanha que move pelo controle do aquecimento global
Todos têm uma parcela de culpa no que está acontecendo no mundo. Continua-se utilizando combustíveis poluentes e, segundo os cientistas, o CO², principal causador do efeito estufa, continua aumentando, tendo batido o recorde de todos os tempos em 2018, chegando a 407,8 partes por milhão. Este nível é 147% acima de 1750, antes da revolução industrial. A meta estabelecida pelo Acordo de Paris é de um acréscimo de 1,5ºC anual até o final deste século, o que aumentaria a temperatura em 3,2º C em relação à atual. Estas metas entram em vigência nesta reunião na Espanha, em dezembro, mas os esforços efetuados são insuficientes.
Estamos muito longe da meta, mas países como os Estados Unidos, que são poluentes no mundo, não aceitam sequer o que antes tinham concordado. Segundo a NASA, a Amazônia está mais seca e vulnerável. Todos estão recebendo notícias de todo o mundo com o aumento dos incêndios e irregularidades climáticas, provocando inundações. As geleiras estão se reduzindo e o nível do mar está se elevando. A ONU estima que, entre 2020 a 2030, as emissões de gases de efeito estufa terão que diminuir 7,6% ao ano.
Como estes problemas não mostram a casualidade imediata, os que pensam somente no presente não se sentem como responsáveis por eles, porque muitos dos seus efeitos ocorrem em outros lugares. Mas parte da opinião pública se preocupa com as tendências atuais, que não estão sendo corrigidos com a urgência necessária.
Daqui a dois anos, em Glasgow, no Reino Unidos, os países terão que decidir o que farão além das metas estabelecidas no Acordo de Paris. Parece que muitos não se preocupam com o que acontecerá com seus descendentes, ainda que já existam tecnologias como dos veículos elétricos que podem ajudar a minorar os problemas. Pois o aquecimento global depende do que já foi lançado na atmosfera e não se dissolve em poucos anos.
Devem ser evitados os dirigentes dos países que não acreditam na ciência, que já apresenta muitos dados constatados tecnicamente, pois eles acreditam que suas decisões não afetam a humanidade que já tem uma história de milênios, que em algumas décadas passaram a provocar dados apreciáveis, tornando o mundo mais vulneráveis que, com seus desastres, eliminam vidas preciosas. Vamos acordar e ajudar outros a se sensibilizarem com estes problemas, aprendendo um pouco com jovens como Greta Thumberg.