Novo Bioplástico Japonês até Para uso nos Automóveis
31 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Asahi Shimbun, bioplástico resistente ao calor, pode ser usado como peças de automóveis
Todos sabem que os pesquisadores japoneses estão trabalhando na produção de bioplásticos que evitem contaminações ambientais, sendo absorvíveis nos lixos. Um artigo de Yu Fujinami, publicado no jornal japonês Asahi Shimbun, informa que o professor Tatsuo Kaneko, do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia do Japão, forneceu notícias a respeito.
Um filme feito de um bioplástico resistente ao calor recentemente desenvolvido (fornecido por Tatsuo Kaneko, professor do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia do Japão)
Este plástico produzido a partir da polpa utilizada para a produção de papel teria resistência a temperaturas de até 500 graus, podendo ser utilizados na produção de veículos, pois também são leves. E retardam as possibilidades de chamas, segundo o professor de microbiologia aplicada, Yasuo Onishi. Também podem ser utilizados como equipamentos de aviação e foguetes espaciais.
Além de gerados de polpa de celulose, podem ser feitos com a fermentação de açúcar derivados de milho e fibras de cana de açúcar, que podem ser produzidos no Brasil. As experiências efetuadas mostraram que estes bioplásticos podem resistir a temperaturas de 743 graus em casos específicos.
Este novo bioplástico é mais tolerante ao calor do que o alumínio ou o magnésio, podendo ser cogitado também para as construções civis. Os custos destes bioplásticos podem ainda ser reduzidos, modificando geneticamente os micro-organismos para aumentar a sua eficiência nas reações químicas.
O intercâmbio internacional com estes pesquisadores japoneses seria importante para o Brasil, que já deu os primeiros passos nestas tentativas. Os conhecimentos japoneses são mais sofisticados e podem aumentar as possibilidades de colocação de produtos brasileiros biodegradáveis, e ao mesmo tempo resistentes, inclusive a temperaturas mais elevadas, com potenciais usos em variados produtos de novas tecnologias.