Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Queniana Ganha Prêmio do PNUMA das Nações Unidas

21 de dezembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Meio Ambiente | Tags: aproveitamento dos resíduos de plásticos, fez curso na Universidade de Colorado nos Estados Unidos, jovem queniana de 29 anos, pavimentação, ponto de fusão a 350º C, transforma em produtos de construção

Uma matéria de grande interesse prático no mundo foi elaborada por Edith Mutethyna, de Nairobi, Quênia, e publicada no China Daily. A engenheira queniana Nzambi Matee, de 29 anos, abandonou suas outras atividades na indústria de petróleo em seu país e fundou a Gjenge Makers, que transforma resíduos de plástico, que é um problema universal, em material de construção, usado nas pavimentações e outras atividades. Ela resolve problemas com os imageresíduos de plásticos, fundindo a 350º C, gerando um produto mais resistente que os produzidos com o concreto.

Nzambi Matee exibe uma pavimentadora Gjenge feita de resíduos de plástico que estão atrás dela. Foto constante do artigo no site do China Daily, que vale a pena ser lido na sua íntegra

Hoje, ela é homenageada não apenas por seus familiares e amigos, mas por todo o continente e pelo mundo por ser a vencedora africana em 2020 do Prêmio Jovens Campeões da Terra, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Todos sabem que os resíduos de plástico, difíceis de serem absorvidos pela terra, são dos mais graves problemas mundiais, e esta solução dela é relativamente barata e de grande eficiência.

A jovem de 29 anos foi premiada por seus esforços para solucionar de forma inovadora o desafio dos plásticos no Quênia. Ela vê o prêmio como um reconhecimento pelo seu trabalho árduo em conjunto com sua equipe de nove outras pessoas e diz que a premiação divulgou seus produtos, o que deve permitir que ajude a conquistar mais novos clientes.

Matee é a fundadora da Gjenge Makers, uma empresa social que recicla e transforma resíduos plásticos em produtos de construção, como tijolos de pavimentação, ladrilhos de pavimentação, escotilhas e tampas de orifícios de manutenção. A empresa produz 1.500 pavimentadoras diariamente, a um custo que varia de US$ 8 a US$ 18 o metro quadrado, dependendo do tamanho, cor e design.

Ela estudou nos Estados Unidos, na Universidade de Colorado, tem ideias ousadas que podem resolver problemas universais, criando produtos uteis para a construção civil. Suas placas podem ser usadas na construção de estradas, além de outros usos do setor na construção de residências e edifícios empresariais.

Suas ideias podem ser utilizadas no Brasil como em todos os países, onde os resíduos de plásticos geram problemas graves que causam danos irreparáveis ao meio ambiente.