Técnicas de Administração de Programas Complexos
19 de janeiro de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: considerações sistêmicas, constantes aperfeiçoamentos, listagens organizadas das tarefas, margens para segurança, necessidade dos recursos envolvidos, necessidades generalizadas em muitos países
A humanidade vem aprendendo ao longo do tempo formas pelas quais programas possam ser executados com maior eficiência, pois no mundo real os recursos necessários foram sempre escassos. Muitos listavam as tarefas que precisavam ser executadas no passado, estimando-se o tempo necessário para cada item, que, não sendo preciso, exigia reservas para diversas eventualidades que poderiam ocorrer ao longo dos anos. Um aperfeiçoamento importante foi introduzido com o chamado tratamento sistêmico, ao constatar-se que umas tarefas poderiam influir em outras, sendo indispensável pensar em todo o conjunto.
Quando os problemas ocorrem simultaneamente em muitos países, como no atual caso da pandemia relacionada com a Covid-19, as vacinas indispensáveis se multiplicam, havendo uma natural preferência para o atendimento da população dos países que conseguiram produzi-los. Geram novos problemas, como as limitações dos componentes indispensáveis em todo o mundo para tanto, em determinados picos. Mesmo estabelecendo-se prioridades nos atendimentos dos potenciais pacientes, as demandas nestes períodos acabam se agigantando, exigindo novas técnicas para sua administração eficiente.
Necessidade de uma visão multidisciplinar sobre Covid-19
È verdade que poucas vezes ocorreram problemas como da Covid-19, exigindo também medidas econômicas, políticas e sociais na maioria dos países. Apesar da produção de vacinas serem possíveis em alguns poucos países, não se esperava que a disponibilidade dos componentes necessários afetasse a todos, nestes períodos de pico dos problemas. O Brasil corre o risco de não dispor das vacinas necessárias e dos seus componentes em momentos cruciais como os atuais.
Estes tipos de novos problemas vão exigir aperfeiçoamentos nas administrações dos programas sanitários, pois parece que os riscos de novas crises de saúde podem continuar ocorrendo, ainda que de formas diferentes. Também, como sempre foi sabido com muitos produtos, não parece conveniente que o Brasil e outros países dependam exageradamente de poucos fornecedores.
Tudo isto parece evidenciar que os governos necessitam contar com administradores eficientes, onde problemas políticos fiquem restritos em suas áreas, com legislações até constitucionais, que não permitam que vontades pessoais de eventuais dirigentes até eleitos democraticamente possam impor suas convicções a toda a população.