17 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: acordo para suspensão das investigações criminais, artigo no site da Bloomberg, falta de punição dos grandes bancos
O site da Bloomberg publica um artigo elaborado por David Voreacos, Tom Schoenberg e Greg Farrell informando que no mínimo duas pessoas familiarizadas com estes assuntos confirmaram que o grupo Credit Suisse, por intermédio de sua holding, está concluindo uma negociação com autoridades norte-americanas para pagar a astronômica quantia de US$ 2,5 bilhões para encerrar as investigações sobre suas irregularidades que algumas remontam desde 1950. O que se comentava até alguns dias atrás no mercado era um montante em torno de US$ 1,7 bilhão para este acordo. Eles teriam ajudado contribuintes do fisco norte-americano a evadirem recursos para a Suíça, como também outros bancos internacionais estão sendo investigados. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos teriam obtido o nome de 238 destes contribuintes de 22 mil contas, segundo o Senado daquele país.
Com o encerramento das investigações, os possíveis sonegadores não terão seus nomes divulgados. Este tipo de procedimento tem gerado críticas, principalmente depois de 2008 quando as autoridades norte-americanas estão assistindo banqueiros que contribuíram para as dificuldades que se espalharam por todo o mundo, sob a alegação que seus bancos são demasiadamente grandes para quebrarem, o que provocaria um problema sistêmico em todo o setor financeiro internacional. Se os bancos se dispõem a acordos destes montantes, imagina-se o volume dos lucros que obtiveram com estas irregularidades, bem como outras que continuam sendo investigadas.
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15 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: a Copa do Mundo, alguns artigos, relatório sobre o Brasil no Financial Times, um país emergente que chama atenção
O Brasil vem chamando a atenção do mundo por alguns motivos especiais: entre os emergentes, é um dos que vem apresentando mais problemas, com um crescimento baixo, quando era considerado de elevada potencialidade e a Copa do Mundo faz com todos fiquem atentos ao que acontece no país. É o caso do Financial Times, que publica um extenso relatório especial. Um dos artigos de destaque deste relatório foi elaborado pelo Henrique Meirelles, que foi o presidente do Banco Central do Brasil no governo Lula da Silva e por ser conhecido internacionalmente e ter executado uma política conveniente para os bancos acabou evitando problemas potenciais diante da natural desconfiança despertada pela eleição de um líder sindical dos trabalhadores. Ele ajudou com que o Brasil não sofresse uma carência de recursos internacionais, bem como os bancos brasileiros continuassem suportando a produção da economia brasileira.
Algumas críticas também podem ser feitas à sua administração que não deu a devida atenção às exportações que foram beneficiadas pela expansão mundial, quando os preços dos principais produtos exportados pelo Brasil permitiram a geração de divisas, sem que houvesse uma efetiva expansão quantitativa de produtos industriais que assegurasse a sua sustentabilidade para um processo mais expressivo do crescimento econômico. Também, na medida em que havia uma tendência clara de desvalorização do câmbio ao longo do tempo, as rentabilidades dos recursos externos aplicados no Brasil eram superiores a uma taxa de dois dígitos, sem que houvesse riscos para os aplicadores externos. Mas, no balanço, é possível afirmar-se que sua contribuição foi positiva.
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14 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Yomiuri Shimbun, estatísticas de patentes depositadas, inovações tecnologias e qualidade, problemas judiciais
Um artigo publicado pelo Yomiuri Shimbun informa sobre a atual tendência das patentes depositadas, mostrando que o Japão, que tinha uma cifra superior aos Estados Unidos e a China em 2005, foi superado pelos norte-americanos em 2006 e pelos chineses em 2011, sendo que a China atualmente consegue 2,5 vezes mais que o Japão. Isto preocupa muitos analistas japoneses que veem o fenômeno com uma diminuição das suas inovações tecnológicas, que pode comprometer a qualidade dos seus produtos. Na realidade, a tendência neste período é de redução das patentes japonesas e um crescimento substancial das chinesas.
The Yomiuri Shimbun
Shigeo Takakura, ex-examinador do Japão do Escritório de Patentes e atual professor da Escola de Pós-Graduação de Direito da Universidade de Meiji, informa que mesmo que as patentes sejam concedidas, muitas vezes os tribunais as invalidam. Mesmo assim, estas estatísticas são alarmantes, diante da tendência clara de redução das japonesas, enquanto as norte-americanas continuam crescendo, e as chinesas estão explodindo.
Nos outros países, estas estatísticas não são tão expressivas. No mundo emergente, inclusive o Brasil, não se consegue acompanhar o que vem acontecendo no mundo desenvolvido, e bem menos o que acontece na China.
12 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: dados de diversas fontes, notícia no Valor Econômico, redução nas regiões metropolitanas
Uma informação que não é uma surpresa para os que observam o que acontece no interior brasileiro, mas pode surpreender muitos analistas situados nos escritórios das grandes metrópoles, acaba de ser fornecido num artigo de Alicia Martins e Tainara Machado publicado no Valor Econômico. Ainda que o emprego formal tenha decrescido nas seis regiões metropolitanas brasileiras em quase 9% no primeiro trimestre deste ano, no restante do país aumentou em 22,6%. Os cálculos são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED. Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD, que abrange 3 mil municípios, o desempenho do interior na criação de novas ocupações também tem sido mais favorável.
Havia uma discussão que a mudança de metodologia do IBGE poderia resultar em dados mais negativos e por isto estaria sendo postergado pelas autoridades. Estes dados devem proporcionar uma conclusão inversa. Deve-se entender que as atividades agropecuárias continuam suportando parte importante da economia brasileira, ampliando também os serviços no interior, com a ampliação da construção civil como instalação de muitos shoppings centers. Também alguns projetos industriais, inclusive da indústria automobilística, estão se instalando em cidades de menor porte, evitando problemas das grandes metrópoles.
Gráficos publicados no Valor Econômico
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11 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no The Japan Times, brinquedos para controle das atividades das crianças, pulseiras que enviam informações, roupas com transmissões de dados de saúde
Muitos novos produtos que estão cogitados para serem lançados brevemente no mercado japonês procuram combinar tecnologias de mais de um setor, como está apresentado num artigo de Kazuaki Nagata, publicado no The Japan Times. Este site já se referiu a roupas que estão sendo lançadas pela NTT Docomo junto com a Toray, que utilizam uma fibra especial que permite transmitir informações sobre a saúde dos seus usuários, como a pressão arterial, bem como eletrocardiograma, além de outros dados dos pacientes. Também a Sony está lançando uma pulseira que, além de transmitir estas e outras informações sobre as atividades dos pacientes, armazena-as para conhecimento dos mesmos, para possíveis correções dos seus hábitos, como o aumento dos exercícios físicos ou brincadeiras com filhos ou netos.
Também a Tokyo Moff está lançando brinquedos de crianças que acrescentam sons para os seus movimentos, além de informarem os tempos utilizados para determinadas atividades, como o exagero no uso de aparelhos eletrônicos. Todas estas inovações enfrentam o problema do sigilo das informações quando transmitidas, uma preocupação que está se disseminando pelo mundo, dada a utilização inadequada dos mesmos para outras finalidades, que precisam ficar sobre o controle dos seus proprietários.
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11 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: a sua criação na província de Aiichi no Japão, noticias no Yomiuri Shimbun, pesquisas adicionais para a produção de enguias
Uma informação divulgada pelo Yomiuri Shimbun esclarece problemas que estão sendo enfrentados na produção das enguias, que em japonês é conhecido como unagui. Trata-se de uma iguaria cada vez mais rara, que é consumida grelhada com um molho tipo teriaki, conhecida como kabayaki, que está subindo de preço. Originárias do mar, as enguias são criadas em tanques, notadamente na província japonesa de Aiichi. A notícia informa que à pedido da Agência de Pesca do governo japonês, o Instituto de Investigação Pesqueira iniciou um programa de pesquisa sobre a sua produção. O ponto crucial é que não se conhece muito sobre a determinação do sexo das enguias, pois em ambientes artificiais muitas originariamente fêmeas se tornam masculinas.
Segundo a notícia, o problema fundamental acaba sendo a preservação do sexo feminino em ambiente artificial. Não se conhece outra técnica que a da tentativa e erro para tanto, e pelo visto pouco se conhece sobre a sua história, mantendo-se um mistério sobre o que determina o seu sexo. Os criadores capturam as enguias jovens no mar e fornecem as adultas, sendo que sua produção em 2012 foi somente de 12,6 toneladas, quando sete anos passados era de 29,2 toneladas. Esta produção é feita em tanques de vidro, pois nos de barros muitas enguias acabam se perdendo por se enterrarem no solo. Já se tentou a sua produção no Brasil, mas o produto ficava com uma casca exageradamente dura, não apresentando a qualidade desejada.
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10 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aumento da participação no capital das empresas agrícolas, informação do Yomiuri Shimbun, melhorias tecnológicas, utilização das conexões com o mercado
Segundo notícia publicada no Yomiuri Shimbun, o governo japonês está tomando as providências para conseguir uma autorização legislativa visando mudanças na atual Lei de Terras Agrícolas. Até o momento, as grandes empresas japonesas só podem participar, no máximo, de 25% das empresas agrícolas, o que está sendo considerado uma limitação desnecessária para a melhoria de cerca de 13.500 existentes. Está se elaborando um projeto permitindo que este percentual chegue a 50% ou até mais, em alguns casos, visando à introdução de novas tecnologias, como aproveitamento das conexões dos grandes grupos nas atividades agrícolas do Japão.
Como se sabe, a tecnologia agrícola vem se alterando, fazendo com que produções de legumes, como as hidropônicas, se tornem cada vez mais importantes, deixando com que a terra seja relevante para as mesmas. Irrigações ou vinil houses são utilizadas para controle das condições climáticas, não só relacionado com a necessidade de água como de umidade, temperatura ou de insolação. Muitos produtos agrícolas já ficam prontos para serem apresentados nas lojas varejistas, para uso imediato, pois as donas de casa dispõem de cada vez menos tempo para preparo das refeições caseiras. Para tanto, torna-se indispensável tecnologias bem como conexões para colocação das produções, o que muitas vezes são feitas por trading companies.
Lettuce grows in a plant factory in Rikuzen-Takata, Iwate Prefecture, managed by an agricultural incorporated body. The Yomiuri Shimbun
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9 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: desigualdades regionais da redução do crescimento na China, dificuldades de uma economia gigantesca, informações do Financial Times
Um artigo de James Kynge, do Financial Times, faz um apanhado geral das diferenças regionais na China da desaceleração que está se observando no crescimento daquela economia. Mesmo numa economia ainda fortemente centralizada, lamentavelmente, o controle da desaceleração acaba tendo impactos fortemente diferenciados do ponto de vista regional, como pode ser constatado nas informações disponíveis de diversas fontes. A tal ponto que as autoridades chinesas já cogitam de medidas para estimular algumas atividades, como as relacionadas com a infraestrutura e a construção civil, que sempre tiveram grande importância não só na China. Estas acentuadas diferenças acabam gerando insatisfações que ficam difíceis de serem suportadas, mesmo numa sociedade onde a política está controlada pelo Partido Comunista Chinês, mas com necessidade de respaldo da opinião pública.
As informações são de que as indústrias chinesas sofrem um quarto mês consecutivo de contração em abril último, de acordo com algumas pesquisas privadas, sugerindo uma desaceleração acima do esperado no PIB para o segundo trimestre deste ano. Evidentemente, isto apresenta um impacto também para outros países que dependem dos fornecimentos para a China. Mas, no interior da China, as diferenças regionais são acentuadas, sendo que algumas regiões e pessoas estão sentindo este impacto de forma mais acentuada. Os setores mais atingidos seriam os da construção civil, imobiliários e indústria pesada, e os produtores de matérias-primas que estão com excesso de capacidade, bem como os materiais poluentes como o carvão mineral. Ao nível humano, estes impactos seriam mais sensíveis entre os mais baixos na pirâmide salarial.
(Kazu, favor ilustrar este artigo somente com o mapa das diferenças regionais na China, que estou enviando abaixo, mesmo com as legendas em inglês, não havendo necessidade do resto do texto)
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9 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: base no FMI e informações de entidades do mercado, estabilidade na recuperação, G7 com pequenas flutuações
Os professores James Stock, da Universidade de Harvard, e Mark Watson, da Universidade de Princeton, forjaram a expressão “Grande Moderação” para a atual recuperação econômica, depois da crise desencadeada em 2007/2008, a mais forte depressão depois de 1929. A equipe da Bloomberg que está se consolidando com uma importante no cenário mundial, com dados do Fundo Monetário Internacional e apoiado por diversas declarações de estudiosos de instituições importantes no mercado, observa uma estabilidade na atual recuperação, que apresenta pequenas flutuações nos dados mais relevantes. Os dados do G7 mostram que a economia mundial está voltando para o seu normal, em direção ao futuro, sem grandes saltos espetaculares.
A volatilidade do crescimento entre as principais economias industriais é atualmente a menor desde 2007 e metade da que se observou nos vinte anos que começou em 1987. Os investidores estão calmos com relação aos riscos e para as previsões em ativos, moedas, commodities e bonds, depois de sete anos anteriores fracos. O cenário para o futuro parece claro para as empresas e para os consumidores. O crescimento é moderado e não apresenta os excessivos riscos dos booms do passado que terminaram em paradas.
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8 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Valor Econômico, bancos obtêm receitas com serviços, o que pode explicar estes resultados
Um interessante artigo foi publicado no Valor Econômico contando com a autoria de Carolina Mandi e Vinícius Pinheiro. Com base nos resultados obtidos pelos bancos neste início do ano, num período em que a expansão do crédito não está sendo expressiva e há uma concorrência na taxa de juros que está num patamar elevado, constata-se que eles estão obtendo resultados expressivos com os serviços que prestam. Os quatro maiores bancos listados juntos na Bolsa, o Banco do Brasil, o Itaú Unibanco, o Bradesco e o Santander obtiveram US$ 19,5 bilhões no primeiro trimestre com serviços, um acréscimo de 11,5% com o mesmo período do ano passado, quase o dobro da inflação. Seria interessante especular sobre as razões destes fenômenos.
Muitas explicações estão sendo dadas pelos bancos. Conseguiram aumento dos seus clientes, estão conseguindo mais operações com cartões de crédito, aumentaram as intermediações de seguros, conseguem taxas de administração de fundos, e não se referem a aumentos das tarifas. No fundo, como remuneram expressivamente os seus executivos, conseguem recursos humanos da melhor qualidade que inovam e aumentam atividades de serviços dos mais variados, voltados à grande massa dos seus clientes. A escala com que operam permite resultados que não podem ser obtidos por outros operadores de menor porte, ao mesmo tempo em que inovações tecnológicas continuam sendo introduzidas nas suas operações.
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