Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Dois Artigos Sobre Problemas na Economia Chinesa

5 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigos no Bloomberg e no Wall Street Journal, indícios de desaquecimento no setor de máquinas pesadas, limites para as compensações, os problemas cambiais

Todos sabem que a economia chinesa vinha crescendo a taxas elevadas e está se efetuando reformas para que ela dependa menos das exportações, dos investimentos em infraestrutura e em habitação, que são meios clássicos para estimular o crescimento da economia. Os novos dados do Banco Mundial, que tendem a reestimar os preços globais para a determinação do PPP – Purchase Power Parity para substituir o câmbio nas análises, estão considerando que o câmbio chinês não está mais subvalorizado, o que é discutido entre alguns especialistas. Mas todos sabem que os custos de recursos humanos subiram naquele país, que não pode depender tanto do mercado internacional para o seu desenvolvimento, pois continua com uma recuperação baixa. No entanto, também o mercado interno chinês não consegue acelerar-se se não contar com os investimentos na infraestrutura e no setor imobiliário.

O ajustamento de uma gigantesca economia como a chinesa para um patamar de crescimento mais baixo que no passado não é uma tarefa fácil, principalmente quando se necessita de reformas que afetam suas empresas estatais, que estão envolvidas em muitas corrupções. Que flutuações poderiam ocorrer na economia neste processo todos sabiam, mas as autoridades admitem que um crescimento em torno de 7% ao ano seria desejável, para poder acomodar todo o excedente demográfico do meio rural que migra para os centros urbanos.

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Economia Chinesa Pode Ultrapassar a do EUA Neste Ano

1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Financial Times, cálculo pelo poder de paridade de compra, em português na Folha de S.Paulo

Já há algum tempo que os economistas estão usando o chamado PPP – Poder de Paridade de Compra para medir os tamanhos das economias do mundo, como a unidade mais adequada, pois os câmbios variam demasiadamente, e o custo dos produtos e serviços muda exageradamente de um país para o outro. Por exemplo, um dólar norte-americano pode comprar muito mais no Brasil do que na Suíça, que é considerado o país mais caro do mundo. Mesmo com todas as precariedades das estimativas do chamado Produto Nacional em muitos países, todos procuram utilizar uma metodologia básica sugerida pelas Nações Unidas. Com base nestas informações, Chris Giles, editor do Financial Times, utilizou os dados compilados pelo International Comparison Program do Banco Mundial, publicando o seu artigo que também foi parcialmente traduzido para o português na Folha de S.Paulo.

As indicações atualizadas com o uso de novas metodologias informam que a China pode ultrapassar os Estados Unidos ainda neste ano, quando todos esperavam que isto pudesse ocorrer possivelmente em 2019, pois o crescimento da economia norte-americana é bem menor do que a chinesa, ainda que em termos per capita ela ainda esteja bem mais elevada, pelas diferenças das dimensões populacionais nos dois países. Os países pobres e emergentes continuam crescendo mais que os ricos, fazendo com que a distância entre os países tendam a diminuir com o tempo. As indicações permitem observar que a Índia tenha atingido uma posição elevada, talvez dos primeiros lugares. Os Estados Unidos mantinham a liderança desde 1872, quando ultrapassaram o Reino Unido na época.

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Cidade de Xangai, um exemplo de pujança da China

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Mudança Expressiva na Gestão da Agricultura Japonesa

1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Yomiuri Shimbun, mudanças na estruturação das cooperativas agrícolas, perigosa reforma

Se existiu uma estruturação eficiente para a gestão da agricultura que funcionou por muitas décadas com grande eficiência, ela se deve à forma de organização do sistema cooperativista do Japão. A partir de um sistema de cooperativas locais, chegava-se a uma agregação provincial (que chamam de prefeituras), que acabava numa cúpula nacional muito poderosa chamada Zen-No, que seria a cabeça de toda a agricultura organizada. Paralelamente, havia um sistema financeiro chamado Norinchukin (banco central da agricultura) que chegou a ser o mais importante banco no mundo. Decorria da elevada poupança do setor rural japonês, possibilitado pela exagerada proteção da produção agrícola, notadamente do arroz, considerado básico para a independência alimentar daquele arquipélago. É evidente que com o tempo haveria necessidade de reformas, como em todo o mundo, para o setor rural sempre protegido como na França onde é considerado parte do estilo de vida de sua população, ou nos Estados Unidos que considera a segurança alimentar como um dos esteios de um país realmente independente.

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Ilustração publicada no Yomiuri Shimbun

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Japoneses Ajudando a Produzir Trigo Sarraceno nas Filipinas

30 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: alternativa para guerrilheiros, artigo no The Japan Times, trigo sarraceno nas Filipinas

Algumas empresas japonesas estão ajudando os filipinos a produzirem o trigo sarraceno, também conhecido como trigo mourisco, nas Filipinas, na parte meridional da ilha de Mindanao visando exportar para o Japão. Este tipo de assistência técnica também visa criar uma alternativa de atividade econômica rentável para os que estão abandonando a guerrilha. Os japoneses são grandes consumidores do trigo sarraceno, na forma de macarrão conhecido como sobá, que apreciam quente e frio, que importam as matérias-primas dos Estados Unidos, da China e da Rússia. O Brasil também é um pequeno produtor deste produto, mas a sua exportação ainda é insignificante.

Das áreas para plantio que estão sendo experimentadas, as mais promissoras parecem estar ao nível de 1.200 metros de altitude, onde se encontram pequenas áreas com solos mais adequados. As variedades do trigo sarraceno também são diferentes, e as sementes de Kumamoto aparentam ser as mais promissoras, mas também foram experimentadas as de Miyasaki e Kagoshima. Já se consegue uma produtividade de 30 quilos por um quilo de sementes, quando no Japão chegam a 20 quilos. Existem áreas onde as experimentações já se repetem por 4 anos. Há cooperações com entidades de pesquisas do governo filipino.

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O empresário Takeyoshi Sumikawa e o agricultor  filipino Kashan Panambulan conferem o plantio de trigo sarrraceno em Mindanao Island em Filipinas. Foto: The Japan Times

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Divulgação Sobre o Grafeno

28 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do New York Times reproduzido em português no Estadão, avanços na indústria eletrônica, centro de pesquisa no Mackenzie, outras possibilidades

Já noticiamos neste site sobre o grafeno descoberto há alguns anos que, pelas suas potencialidades, continua entusiasmando os pesquisadores dos mais variados setores. Muitos meios de comunicação social estão sendo utilizados para a sua divulgação. Ele é mais fino, resistente, transmissor de eletricidade e calor, excedendo em flexibilidade todos os materiais que se conhecem, com custos baixos. A indústria eletrônica e a nanotecnologia já começam fazer uso do grafeno, não se sabendo ainda claramente em que setor ela terá maior importância, havendo os que acreditam que seja na medicina. O jornal O Estado de S.Paulo reproduz em português um artigo publicado por Nick Bilton no The New York Times sobre o assunto.

O setor de eletrônica tem sido um dos que apresentam mais possibilidades para a utilização da inovação, sendo que os coreanos vêm se destacando na sua velocidade. Mas as qualidades do grafeno são tantas que os centros de pesquisas de todo o mundo se apressam no desenvolvimento de outras utilizações. A Sociedade Americana de Química informou que ele é tão fino que um grama cobre um campo de futebol, apresentando a resistência que pode revolucionar a indústria aeronáutica. Mas a sua utilização na computação pode permitir que, pela nanotecnologia, fosse aproveitada na medicina injetando diagnosticadores no corpo humano.

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Venda de Alimentos Preparados nas Lojas de Departamento

24 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo de Steve Trautlein no Japan Times, os subsolos das lojas de departamento, venda de todos os tipos de alimentos preparados

Quem teve a felicidade de conhecer os subsolos de muitas lojas de departamento do Japão pode concordar com Steve Trautlein, que escreveu um artigo à respeito para o The Japan Times. Dificilmente se encontra algo parecido no resto do mundo, pois se trata de um verdadeiro mercado de alimentos preparados, muitos na hora, com inúmeros balcões, para serem levados para as residências dos fregueses. Os turistas como os residentes nas grandes cidades japonesas se encantam com a quantidade e qualidade do que pode ser encontrado. E na proximidade do fim do expediente ocorre uma verdadeira liquidação, um fim de feira, pois, na sua grande maioria, não podem ser conservados para o dia seguinte. O autor denomina estes locais de depachika, uma abreviação como os japoneses costumam fazer de departamento e subsolo.

Visitei o Japão incontáveis vezes como morei em Tóquio por um bom período. Mesmo conhecendo outras metrópoles mundo afora, posso garantir que não se encontra algo parecido em outros lugares, mesmo nas inúmeras lojas de alimentos de centros como Nova Iorque, Londres ou Paris. Pode-se encontrar, praticamente, de tudo nestes subsolos das lojas de departamento do Japão. Desde saladas preparadas com mais de 30 ingredientes frescos como sofisticados pratos da culinária japonesa ou internacional, conservas, sobremesas de todos os tipos, doces japoneses, biscoitos, chocolates, pães e outros produtos industrializados, na sua grande maioria de pronto consumo. Mas também alguns ingredientes, muitos deles mais disponíveis em torno do mercado como de Tsukiji, o famoso mercado de peixes e frutos do mar de Tóquio, inclusive utensílios utilizados nas cozinhas, estes normalmente em outros andares.

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RF1 is particularly renowned for its mixed salads, which are made fresh and sold by weight. | ROCK FIELD CO. The Japan Times

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Barack Obama e Países Asiáticos e Paralelos com o Brasil

23 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: a viagem no noticiário internacional, dificuldades ocidentais com Rússia na Ucrânia, o fronte com a China

O Ocidente procura formas de enfrentar a Rússia nas questões relacionadas com a Ucrânia e os antigos países participantes da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas que Vladimir Putin procura restabelecer, ainda que não conte com recursos financeiros para tanto. Ao mesmo tempo, a China ascende de importância econômica, política e militar exigindo que os Estados Unidos, a Europa e seus aliados asiáticos procurem estabelecer um mínimo de posição comum, ainda que não contem com estadistas para tanto. Barack Obama, que já aparenta ser um lame duck, ainda que tenha muitos anos de mandato, não consegue nem fazer com que Shinzo Abe e componentes do seu governo não aumentem suas tensões com os seus vizinhos, como chineses e coreanos, procurando avançar com entendimentos comerciais como o TPP – Transpacific Partnership, como parte da agenda de sua viagem por alguns países asiáticos.

Mas, lamentavelmente, jornais japoneses como The Japan Today acabam destacando mais o jantar de membros importantes do governo japonês e dos Estados Unidos no conhecido restaurante de sushi, JIro, que conta com três estrelas do guia Michelin e cujo custo de um jantar começa em torno de US$ 300 por pessoa. Acaba sendo uma indicação que tanto o confronto potencial do Ocidente com a China como o TPP deve sofrer limitações naturais da falta de fortes lideranças políticas, de forma similar com o que acontece na Europa com a Rússia. Isto acontece também na economia japonesa, apesar dos esforços dentro do chamado Abeconomics.

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Barack Obama é recepcionado no Aeroporto Internacional de Haneda, em Tóquio

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App de Mensagens Japonês Line Ganha Força

22 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aprendizado com características brasileiras, artigo no Wall Street Journal, empreendimento japonês no exterior

Texto de Leandro Silva

A nova moda dos smartphones do mundo todo é a troca de mensagens instantâneas através dos aplicativos conectados à internet. No Japão, o aplicativo Line é a grande potência desse segmento e ganhou dezenas de milhões de usuários combinando mensagens com desenhos bonitos, por exemplo, o rosto de bochechas rosadas, segundo notícia publicada no The Wall Street Journal por Eric Pfanner. Porém, quando chegou ao Brasil, o aplicativo Line não obteve grande sucesso e encontrou grande concorrência com o americano WhatsApp e o chinês WeChat e precisou mudar um pouco as características do seu lay out, enxugando seu sorriso, melhorando seu dorso e adicionando gíria local no seu vocabulário de desenho animado. A popularidade cresceu bastante depois disso.

Os chamados aplicativos de mensagens, que fornecem mensagens de texto livre sobre celulares através da Internet, têm atraído centenas de milhões de fãs em todo o mundo pela eficiência dos serviços que esse meio tem oferecido, seja por trocas de fotos, vídeos e até documentos. As mensagens de textos através dos smartphones chamaram ainda mais a atenção do mundo, depois que Mark Zuckerberg, do Facebook, fez a maior compra de um aplicativo da história, o WhatsApp por US$ 19 bilhões. Ultrapassando a compra do app de fotos Instagram, a maior transação do dono do Facebook até então, pelo qual pagou pouco mais de US$ 1 bilhão.

Facebook e outros têm aplicativos de mensagens como um canal para os mais de 1,5 bilhão de usuários de smartphones em todo o mundo, num momento em que as pessoas estão cada vez mais conectadas. Segundo o diretor de operações da Line Corp’s, “vemos Line como um portal para o smartphone e países como os Estados Unidos são prioridades para nós.”

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Fora da Ásia, o app Line ganhou força na Espanha, e no ano passado assinou parcerias de marketing com os dois maiores clubes de futebol do país, Barcelona e Real Madrid, oferecendo caricaturas chamadas adesivos de jogadores das duas dessas equipes. O país tem cerca de 24 milhões de smartphones e, desse montante, Line tem 16 milhões de usuários registrados na Espanha.

Na América Latina, o maior número de registros de Line é no México, com 10 milhões de usuários. Com base nesse dado, Line começou sua grande campanha publicitária na televisão dos Estados Unidos pela Telemundo e Univision e outras redes que servem o público hispânico. Com uma estimativa de 175 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo e ocupando a 3° posição atrás do WhatsApp e Wechat respectivamente. Não há rumores que o Line siga os passos dos fundadores do WhatsApp para uma futura venda.

“Nós realmente não achamos que precisamos de um parceiro agora”, disse Takeshi Idezawa, da Line. “Se decidirmos que um parceiro é necessário para nós para tornarmos o número um no mundo, poderíamos considerar isso.”


Violenta Crítica do The Economist aos Brasileiros

17 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: baixa produtividade dos brasileiros, comparação com outros emergentes, raras exceções | 4 Comentários »

Poucas vezes uma revista internacional como The Economist expressou num artigo uma crítica tão direta e violenta sobre a sonolência dos trabalhadores brasileiros, informando que eles são gloriosamente improdutivos. Estão dormindo há cinquenta anos na rede, com sombra e água fresca. Com a ironia que é a marca forte dos ingleses e até com cheiro de provocação cita alguns exemplos de empresários estrangeiros que afirmam que chegando ao Brasil começam a perder tempo. É preciso munir-se de um pouco de fair play para não se sentir insultado, ficando com o desejo de replicar que o Reino Unido também não é uma maravilha, aparentando a decadência que vem de longo tempo, preservando uma tradição monárquica que parece fora do tempo.

Reconhecem que poucas culturas oferecem uma melhor receita para aproveitar a vida, mas muitos perderam a noção do custo de oportunidade. Aproveitaram declarações de brasileiros que têm suas críticas, observando que muitas providências para a Copa do Mundo estão atrasadas. Reconhecem que houve curtos períodos em que a produtividade crescia, como entre 1960 a 1970, em contraste com outras economias emergentes. Informam que a produtividade total dos fatores é hoje menor que em 1960. O crescimento do PIB brasileiro deveu-se somente a expansão da força de trabalho.

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Na Eventualidade de um Segundo Mandato

17 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: continuidade com mudanças, Lei de Diretrizes Orçamentárias, possibilidades indicadas pelo Valor Econômico

O Valor Econômico conta com os melhores quadros em Brasília para colher os indícios relevantes do governo Dilma Rousseff para a eventualidade de obter o segundo mandato nas próximas eleições presidenciais. A equipe constituída por Ribamar Oliveira, Raymundo Costa e Claudia Safatle elaborou os artigos que explicitam estas informações. As orientações que estão sendo estabelecidas para a Lei de Diretrizes Orçamentárias permitem esclarecer o que será perseguido em 2015. Seria proposta a meta de um superávit do setor público mais realista de 2,5% do PIB, mais baixa que os 3,1% que vigoraram desde 2010, mas seria assegurado um superávit primário mínimo de 2% do PIB, com o governo federal garantindo este percentual mesmo que Estados e Municípios não consigam atingir a suas cotas. São dados que podem ser avaliados objetivamente pelas agências de rating bem como analistas brasileiros de diversos setores, na esperança que possam influir na opinião pública.

Mais relevante que estes dados econômicos parecem os indícios que o controvertido secretário do Tesouro, Arno Augustin, que gera incertezas com suas tendências de contabilidade criativas, não esteja participando das decisões. Isto pode ajudar no restabelecimento de confiança de parte dos empresários e especialistas em economia no governo. Ao mesmo tempo em que se reforça a ideia que o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa possa ser um dos responsáveis pela orientação do governo, ele que goza de um bom conceito nos meios especializados.

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Nelson Barbosa, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda

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