24 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Notícias, Política | Tags: casos como a Embraer e a Embrapa, desafios para a Petrobras, estudos no exterior, Nordeste Brasileiro, pesquisas e desenvolvimento tecnológico, uso da rede social, vacinas
O Financial Times publicou uma série de artigos sobre o Brasil, referindo-se às pesquisas que estão sendo efetuadas no país para enfrentar os desafios da exploração do pré-sal, citando o caso da Petrobras. Mas também lembrou casos considerados de sucesso como o da Embraer, que aprendeu a combinar tecnologias de empresas consagradas no mundo. Ou a Embrapa, que veio apoiando o desenvolvimento da agricultura brasileira, disseminando a produção como da soja. A publicação lembrou a disseminação do uso dos meios eletrônicos recentes, citando até o caso da presidente Dilma Rousseff utilizando a rede social para se comunicar com a população. Também citou o que acontece em Recife como um símbolo do desenvolvimento que não se concentra somente no Centro Sul. Bem como a prioridade brasileira para o aumento dos seus estudantes no exterior, referindo-se também às vacinas que estão sendo produzidas no país.
Tudo indica que o Brasil voltou a despertar o interesse dos países estrangeiros, sendo que a mídia de alcance internacional reflete esta situação. O Financial Times, refletindo a sua posição ideológica liberal, vem criticando muitos países que intensificaram a ação governamental, principalmente depois da crise de 2007/2008 que continua afetando o mundo. No entanto, parece pragmático ao admitir que países emergentes como o Brasil, com todos os seus muitos problemas, lutam para superar os desafios que se apresentam, procurando melhorar a sua eficiência, utilizando conhecimentos ajustados à sua realidade, que nem sempre é idêntica ao dos países industrializados e desenvolvidos.
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24 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: pequenos lotes terrestres em diversas localidades, perspectivas de novas reservas no litoral sergipano
Aproveitando o lançamento da 12ª rodada de licitações, a diretora geral da ANP – Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, informou que há oito áreas em estudo no litoral sergipano que podem conter uma boa quantidade de petróleo da melhor qualidade, os considerados leves. Estas reservas só estarão cubadas entre 2016 a 2018, mas existem estimativas preliminares que podem chegar entre um a dois bilhões de barris, nada havendo com o atual pré-sal. Como é sabido, Sergipe é uma tradicional área de produção de petróleo, ainda que em quantidades consideradas razoáveis. Em quatro áreas já foram comprovadas as existências de petróleo, três estando em análise técnica e a quarta em avaliação, mas não existem estimativas oficiais destas potenciais reservas, segundo notícias divulgadas pelo site de O Globo.
No que se refere à 12ª rodada, o Valor Econômico informou que 30 blocos terrestres estão localizados em 14 municípios sergipanos, totalizando uma área de 938,22 quilômetros quadrados. A licitação está marcada para os dias 28 e 29 de novembro próximo, e ofertará um total de 240 blocos exploratórios terrestres, com potencial de gás para sete bacias sedimentares, nos estados do Amazonas, Acre, Tocantins, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Paraná e São Paulo totalizando 168.348,42 quilômetros quadrados. Serão 110 blocos em locais nas fronteiras das bacias do Acre, Parecis, São Francisco, Paraná e Parnaíba, em áreas pouco conhecidas ou com barreiras tecnológicas, consideradas de elevado potencial para gás natural.
Petrobras aposta que há grande quantidade de gás e petróleo em Sergipe. Agência Petrobras / Divulgação
Também foram incluídas nas licitações 130 blocos nas bacias consideradas maduras do Recôncavo baiano, e de Sergipe-Alagoas, com o objetivo de dar continuidade à exploração e produção de gás natural, a partir de recursos petrolíferos convencionais e não convencionais já existentes nestas regiões. Na bacia Sergipe-Alagoas, além dos blocos localizados em Sergipe, também serão ofertados outros 50 em Alagoas.
Tudo indica que estas licitações e perspectivas acabarão gerando um boom de atividades petrolíferas e de gás no Brasil, esperando-se que os preços, principalmente do gás natural, tenham possibilidade de ser reduzidos, estimulando outras atividades industriais.
Parece que seria recomendável que as autoridades considerassem estas produções como as efetuadas no exterior, o que permitiria baixar sensivelmente os custos de sua exploração, até porque estariam substituindo importações, e estimulariam a consolidação de uma indústria de equipamentos para estas atividades, dado o volume do que se tornará necessário.
Empresas nacionais poderiam se consorciar com estrangeiras, para a absorção das tecnologias mais avançadas, fazendo com que os recursos humanos indispensáveis também pudessem ser treinados num intercâmbio com estrangeiros. A multiplicidade de atividades, juntando com o que deverá acontecer nas áreas do pré-sal, pode tornar o Brasil um dos maiores produtores de petróleo e gás no mundo, abastecendo as necessidades internas, como voltando parte para as exportações.
É preciso que tudo isto seja pensado em seu conjunto, considerando os impactos que podem provocar na indústria nacional que deverá fornecer parte dos componentes e matérias-primas necessária, além de um volumoso treinamento de recursos humanos de diversos níveis, desde engenheiros como os de nível técnico.
O Brasil não pode perder esta oportunidade, diante dos recursos naturais que estão sendo identificados em suas potencialidades. Muitos no mundo estão ávidos de energias limpas, como os do gás natural. Energia barata e competitiva, como a que já vem ocorrendo em outras partes do mundo, torna-se necessária.
A base do possível sucesso deste amplo conjunto de atividades dependerá fortemente da disponibilidade de recursos humanos capacitados, que não poderão ser simplesmente provenientes do exterior. Há que preparar multidão de brasileiros que tenham possibilidade de bons empregos com salários condignos.
23 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: agora é a Mitsubishi Heavy com outras associadas japonesas, disposição para competir com coreanos e chineses, já vieram a Kawasaki Heavy e a IHI, participação nas empresas brasileiras | 4 Comentários »
Anuncia-se oficialmente que a Mitsubishi Heavy, junto com a Imabari Shipbuilding, Namura Shipbuilding e Oshima Shipbuilding associadas com a gigantesca trading Mitsibishi Corp., desembarca no Brasil para investir na Ecovix-Engevix Construções Oceânicas S.A., como já foi antecipado neste site. Anteriormente, a Kawasaki Heavy começou a participar do Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A. com a IHI, associadas à Japan Marine United e a JGC Corp., do Estaleiro Atlântico S.A. Os dirigentes da Mitsubishi Heavy informam que suas intenções são de se tornarem os maiores estaleiros do Brasil, afirmação que foi feita por Yoichi Kujirai, Executive Vice President. Pretendem competir com os chineses e coreanos que vinham se destacando no mundo.
Com estas decisões, parte substancial da indústria de construção naval do Japão estará presente no Brasil, procurando atender as demandas que têm como centro as explorações do pré-sal, mas que também acabam atendendo outras necessidades brasileiras. Estas empresas de construção de equipamentos pesados estão capacitadas tecnologicamente para atender outras demandas, como de refinarias, liquidificação do gás, bem como outras que se estendam para as atividades petroquímicas e de utilização das energias mais limpas como do gás.
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22 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: histórico e necessidades presentes, mudanças no tempo no Banco Mundial, necessidade de novos projetos fora da infraestrutura
Como é do conhecimento de muitos, o nome completo do Banco Mundial é Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, tendo sido criado ao término da Segunda Guerra Mundial, junto com outros organismos internacionais como as Nações Unidas e o FMI – Fundo Monetário Internacional, para atender as necessidades de muitos países naquele período histórico. Muitos projetos de infraestrutura foram financiados para criar as condições para a aceleração do desenvolvimento nos países que eram chamados de subdesenvolvidos e depois em desenvolvimento. Hoje, em sua grande maioria, são chamados emergentes, contrastando com as economias industrializadas ou desenvolvidas.
Numa reunião recente, o The Economist relata que por inspiração do seu atual presidente, o coreano Jim Yong Kim, 300 banqueiros se juntaram ao monge vietnamita Thich Nhat Hanh para refletir num clima muito zen sobre a possibilidade de reformas no Banco Mundial, visando atender os projetos voltados para a eliminação da miséria absoluta, que se torna uma pauta importante nas instituições internacionais. O que se espera é que até 2030 os 40% da população mundial mais pobre tenham a condição de sacudir a economia mundial.
Sede do Banco Mundial em Washington
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21 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: CNPC e CNOOC, condições mínimas, Petrobrás, Shell, Total, um consórcio formado por todos os licitantes importantes
O resultado do leilão para exploração do campo de Libra, parte do pré-sal na costa brasileira, atendeu ao mínimo estabelecido pelo edital. Para surpresa de muitos, a Shell anglo-holandesa, a Total francesa, com 20% cada, além das já previstas Petrobras com mais 10% além dos 30% assegurados previamente, as chinesas CNPC e CNOOC, com 10% cada, completam o consórcio único que aceitou as condições mínimas estabelecidas pelo edital. Portanto, a União fica com a parcela mínima de 42,65% do óleo produzido no local, alem do bônus fixo de R$ 15 bilhões. Muitos entenderão que o leilão não conseguiu os melhores resultados, pois havia uma esperança de dois ou mais consórcios, mas há que se admitir que os tempos não sejam os mais favoráveis no momento.
Ainda que o campo de Libra fique somente com uma lâmina de água de 1.500 metros, as três maiores, a Petrobras, a Shell e a Total, possuem experiências em águas profundas. Os desafios maiores deverão ser juntar a produção de diversos pontos para uma localidade para o seu transporte final para o litoral, que fica a cerca de 190 quilômetros daquele local. Os chineses acabaram assegurando parte de sua produção para o seu abastecimento. A operação ficará por conta da Petrobras.
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21 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: dificuldades de ajustamento da economia chinesa, subsídios envolvidos, um sobre a capacidade ociosa e outro sobre imóveis residenciais
Um artigo de Lydia Guo e outro de Simon Rabinovich do Financial Times tratam de problemas que estão sendo enfrentados pela economia chinesa. No primeiro, informa-se que o Conselho de Estado da China estabeleceu um plano de cinco anos para lidar com o problema de excesso de capacidade existente em alguns setores produtivos, e o segundo, do problema do plano de construção de 36 milhões de residências, todos envolvendo subsídios difíceis de serem controlados, mesmo dentro de um regime autoritário de orientação socialista. O Financial Times tem um nítida tendência liberal e é dos organismos da imprensa mundial que vem sendo critico ao governo da China, apontando suas dificuldades com estes gerenciamentos dos subsídios.
No caso das indústrias, informa-se que existem setores onde a capacidade de produção utilizada gira em torno dos 70%, entre eles a de produtos siderúrgicos, cimento, alumínio, vidros planos e construção naval. Como os prejuízos das estatais são elevados, deverão ser tomadas medidas para ajustamento em cinco anos, que deverão resultar em desemprego e aumento dos empréstimos incobráveis dos bancos. Um dos destaques é a Tome Rongsheng Heavy Industries, a maior com construção naval privada na China, que está com uma dívida bruta de US$ 5,3 bilhões. Seus empregados estão em férias coletivas obrigatórias, o que também provoca greves dos mesmos.
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21 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: encomendas para o pré-sal, japoneses com a Ecovix-Engevix, notícia sobre a participação da Mitsubishi Heavy
Uma notícia foi publicada pelo jornal econômico Nikkei informando que a Mitsubishi Heavy e quatro outras empresas japonesas planejam unir suas forças para investir nos estaleiros brasileiros, para competir com os rivais coreanos e chineses nas embarcações para a exploração dos recursos naturais no alto-mar, notadamente no pré-sal com o petróleo e o gás. O consórcio japonês é liderado pela Mitsubishi Heavy, que é no Japão a quinta maior empresa de construção naval. Mas também participam a Imabari Shipbuilding, que é atual líder industrial, mas também a trading Mitsubishi Corp., a Namura Shipbuilding, e a Oshima Shipbuilding. O grupo japonês contará com 30% de participação na Ecovix – Engevix Construções Oceânicas, com cerca de US$ 400 milhões até o final deste ano fiscal que termina em março próximo.
Quando concluído estes negócios, será o maior investimento dos japoneses da indústria de construção naval no exterior, segundo o artigo. Isto permitirá a construção de embarcações de perfuração de poços com elevado valor agregado, na esperança de fornecer para a exploração de petróleo e gás nas costas brasileiras das reservas descobertas.
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18 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: interesses chineses, o leilão do campo Libra do Pré-Sal, outros participantes, programado para 21 de outubro, um dos maiores leilões do mundo
Mesmo um jornal econômico como o Valor Econômico, que costuma ser comedido na redação utilizada, solta uma manchete de primeira página informando que o pré-sal exige investimento de US$ 500 bilhões em 12 anos. Ocupa mais de duas páginas importantes para noticiar o que se sabe deste leilão no campo Libra, mobilizando jornalistas como Cláudia Schüffer, Marta Nogueira, Flavia Lima, Francine de Lorenzo e Karin Sato, uma grande equipe como em poucos casos. Onze empresas se inscreveram para o leilão, pagando taxas de R$ 2 milhões cada, havendo uma expectativa da formação de dois ou três consórcios. O vencedor terá que pagar bônus de assinatura de R$ 15 bilhões para as autoridades brasileiras.
Três companhias estatais chinesas, a CNOOC, China National Petroleum Corporation e a Sinopec, a última em parceria com a espanhola Repsol, a malaia Petronas, a indiana ONGC, a japonesa Mitsui, a francesa Total, a Shell e a colombiana Ecopetrol, além da Petrobras participam da disputa. As ausências de outras empresas gigantes de petróleo mundial foram explicadas com o estoque elevado de reservas que elas já possuem, não permitindo grandes novos investimentos. O noticiário internacional, como do Financial Times, publica uma grande matéria sobre as dificuldades que a Petrobras atravessa, com a exagerada interferência do governo brasileiro nos negócios que afetam seus interesses. Nada mais natural que nestes tipos de disputas as informações mais variadas sejam divulgadas. Os funcionários da Petrobras estão em greve e existem tentativas de ações judiciais da parte daqueles que entendem que o Brasil não defende adequadamente seus interesses.
Os desafios são gigantescos, pois este campo é considerado como dos mais elevados potenciais, e somente especialistas podem fazer uma avaliação com uma ampla margem de erros. Apesar de estar abaixo de uma lâmina de água em torno de 1.500 metros, que não é das mais profundas, envolve uma área de 1,5 mil quilômetros quadrados, comportando dezenas de poços, cuja produção terá que ser concentrada num ponto para ser transportada para o litoral.
As cifras envolvidas são todas gigantescas. Uma consultoria especializada, a IHS, estima que sejam necessárias 630 mil toneladas de aço, 7.800 quilômetros de linhas flutuantes, 52 mil toneladas de tubulações, e 75 mil toneladas de equipamentos submarinos. Uma parte destes equipamentos terá que ser produzido pelos estaleiros brasileiros, sendo um dos grandes desafios.
Se tudo correr bem, o Brasil depois de alguns anos se tornará um importante produtor de petróleo e gás, quando ocupa hoje o 13º lugar no mundo. Somente Libra pode representar 65% da produção atual do país em petróleo e gás.
Informa-se que a China está muito interessada em assegurar uma importante alternativa para o seu abastecimento, o que se torna claro com a participação de suas principais estatais neste leilão. A Petrobras, que poderá participar de um dos consórcios, mesmo que não seja o vencedor, estará presente obrigatoriamente por um dispositivo legal especialmente aprovado pelo Congresso e sancionado pelo Executivo.
Ao mesmo tempo em que este leilão é uma grande oportunidade para o Brasil também é um dos maiores desafios já enfrentados, inclusive do ponto de vista tecnológico. Existem muitas pesquisas que ainda terão que ser feitas. Não se pode contar com os seus benefícios até que a produção se torne uma realidade.
17 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: aspectos que já são consensuais, necessidade de novas proposições implementáveis, tentando superar a impressão de déjà vu
Acompanhando os principais meios de comunicação social do Brasil, nota-se uma repetição de assuntos que já parecem consensuais, como a necessidade de maior agressividade na política comercial externa, procurando participar das diversas iniciativas regionais de livre comércio. Todos admitem que as medidas gerais de liberalização do comércio internacional, como as da OMC – Organização Internacional do Comércio com a sua Rodada Doha, já não apresentam mais esperanças de avanços, e multiplicam-se as iniciativas bilaterais e regionais, dos quais o Brasil não vem participando de forma agressiva, deixando o risco de se manter relativamente isolado dos diversos blocos, limitados pelos compromissos do Mercosul, que perde cada vez mais de expressão. É o reconhecimento de que as exportações são vitais para o desenvolvimento brasileiro.
Também se tornam cansativas as reclamações sobre as limitações impostas no plano macroeconômico do que se convencionou chamar-se de custo Brasil, como os elevados tributos e seus desorganizados sistemas, elevados juros locais, câmbio defasado, deficiências na infraestrutura, ineficientes burocracias, corrupções generalizadas, ineficiências nas gestões públicas e toda uma ampla gama de outros problemas, que são expressos em muitas conferências e entrevistas, dando uma impressão de déjà vu. Parecem meras repetições das quais todos estão cansados de saber, que também existem em outros países, mas que não resultam nas medidas para as suas superações.
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17 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: estudos contratados pela FIESP com a MB Associados, projeções sobre os agronegócios, sustentação da economia brasileira
Uma expressiva matéria elaborada por Fernando Lopes sobre os agronegócios brasileiros foi publicada pelo jornal Valor Econômico, mostrando que o Departamento de Agronegócios da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp) está acompanhando o que vem acontecendo neste setor fundamental da economia brasileira. Elaborado em colaboração com a MB Agro, braço da MB Associados, ficou com o nome de “Outlook Fiesp 2023 – Projeção para o Agronegócio Brasileiro”. Na realidade, o conjunto destas atividades conta com importantes segmentos de elevado interesse das indústrias, tanto pela produção de muitos dos seus insumos e equipamentos como das atividades industriais para agregar valores sobre os produtos de origem agropecuários. No Brasil, as variações do que ocorre neste importante segmento primário acabam também influenciando fortemente os demais segmentos da economia, pois os mais variados serviços como os bancários, de seguro, transportes, armazenagens e até governamentais são diretamente afetados pelo seu comportamento.
Muitos analistas se equivocam quando examinam os diversos setores da economia brasileira somente pela sua participação no PIB – Produto Interno Bruto. As análises mais cuidadosas procuram verificar as variações do setor agropecuário sobre as variações do PIB, que chegam a ser de 50%. Quando o setor agropecuário enfrenta dificuldades, como os decorrentes das secas, excessos de chuvas, pragas, baixos preços internacionais e outros dos seus muitos problemas, costumam ocorrer pressões inflacionárias, limitações nas gerações de divisas, quedas nas arrecadações de tributos, redução dos empregos, diminuição nas atividades financeiras e muitos outros problemas. Portanto, mais que natural que os seus problemas não se restrinjam as entidades relacionadas diretamente com as agropecuárias.
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