8 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avanços nas tecnologias alternativas de energia, células solares competindo com os chineses, competição que tende a se acirrar
No site do MIT News, David L. Chandler publicou um artigo mostrando que o mercado internacional para a produção de células solares fotovoltaicas os custos de recursos humanos está se tornando menos determinantes. Até o passado recente, a China era responsável por 63% de toda a produção mundial, dado o baixo custo dos recursos humanos naquele país, bem como os subsídios governamentais chineses. Mas os pesquisadores do NREL – Departamento do Laboratório de Recursos Renováveis dos Estados Unidos junto com os do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts mostraram que outros fatores podem ser determinantes nos seus custos.
As produções destas células solares fotovoltaicas estão se tornando altamente automatizadas e a escala da sua produção está permitindo que os Estados Unidos voltem a serem competitivos, ao lado das tecnologias que continuam se desenvolvendo. Utilizando as peças de silício e suas montagens nas células fotovoltaicas nos painéis, mesmo considerando os demais custos, inclusive das pesquisas e as remunerações dos fabricantes, tudo incluído acabou se concluindo que a escala passa a ser relevante. A China se beneficiou de sua rapidez, com a Alemanha sendo a maior consumidora no mundo, com o subsídio no seu uso. Na medida em que este acabou sendo abolido, o seu consumo se reduziu.
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8 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: levantamentos da McKinsey, poucas tecnologias que provocam grandes mudanças, questionamento da concentração na informática e comunicações
Um interessante artigo publicado por Erik Brynjolfsson, do MIT, James Manyika, da McKinsey, e Andrew McAfee, do MIT, no Project Syndicate sobre o impacto de somente doze tecnologias que teriam efeitos de grandes mudanças levam a necessidade de reflexões sobre o assunto. Eles informam que algumas que foram consideradas de grandes potenciais acabaram sendo frustrantes, como os relacionados com os aparelhos de som quatrofônicos. Algo parecido teria acontecido com os que achavam que o B2B, comércio entre empresas, acabaria com o tradicional, o que não aconteceu. A MGI – McKinsey Global Institute teria listado doze tecnologias que consideram que quase certamente provocará grandes impactos econômicos nos próximos anos.
A MGI teria analisado mais de 100 tecnologias em rápida evolução e identificado as 12 se mostram mais promissoras. Eles estimam que o impacto delas pudesse chegar a US$ 14 a 33 trilhões em 2025, ainda que sejam intervalos amplos. Estariam incluídas nas tecnologias de informação, máquinas e veículos, energia, biociência e materiais. Eles consideram que somente a Internet móvel estaria com seu impacto estimado em US$ 10 trilhões até aquele ano, sendo somente US$ 1 trilhão para os prestadores de serviços on line. Como os cidadãos do mundo desenvolvido já estão utilizando muitas destas tecnologias de informática, eles estimam que até aquela data 2 bilhões de habitantes dos países em desenvolvimento terão acesso a estes benefícios.
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8 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo sobre o sonho americano, percepções diferentes em países desenvolvidos e emergentes, piora da distribuição de renda
Os seres humanos parecem aspirar ao máximo de igualdade que aparentam contar com percepções diferentes dependendo do nível de renda dos países em que se vive. Carol Graham, que é da Brookings Institute e professora na Universidade de Maryland, publicou um artigo no Project Syndicate sobre a possível quebra do sonho americano, constatando que a distribuição de renda nos Estados Unidos está piorando, principalmente com a recente crise. O mesmo pode-se dizer sobre o Japão, que tinha, segundo muitos analistas, uma boa distribuição de renda, e passa por um longo período de baixo crescimento econômico que tenta superar agora. Nestes países de elevado nível de renda, possivelmente este problema é menos crítico do que naqueles emergentes, que tentam melhorar a sua distribuição, mas ainda conta com renda modesta, como o Brasil e mais dramaticamente a China.
Segundo Carol Graham, entre 1997 a 2007, a participação das famílias que estão no topo da pirâmide, representando somente 1% da população, elevaram 13,5% de sua participação, o que realmente é assustadoramente alto, e poderia estar acabando com o sonho americano, representado pela possibilidade de ascensão social daqueles que se empenham economicamente. Mas, como a despesas de atendimento social são razoáveis, isto não provocou ainda uma reação forte. A mesma tendência parece observar-se no Japão, que também vem piorando sua situação, com o enriquecimento de uma pequena parcela da população, mesmo no quadro de baixo crescimento observado nas últimas décadas.
Carol Graham
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5 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: atual economia chinesa, um crescimento mais modesto para as reformas indispensáveis, uma avaliação mais realista de Michael Pettis
A economia chinesa continua sendo uma das mais analisadas, dado o impacto do seu comportamento sobre o resto do mundo, tanto quando cresce como quando reduz o seu ritmo. Por alguns anos, veio crescendo de forma surpreendente, ajudando os seus vizinhos asiáticos como todo o mundo. Agora passa por uma necessidade de reforma para depender mais do seu mercado interno do que da exportação, além de resolver os problemas do seu endividamento, inclusive informal. Necessita, também, reduzir a importância do seu setor estatal, ao mesmo tempo em que precisa ampliar a sua transparência política, permitindo uma liberdade democrática aspirada por aqueles da sua população que já conseguiram uma significativa melhoria do seu padrão de vida. Michael Pettis, que é professor da Universidade de Pequim, é um dos que mais tem escrito sobre esta economia e seus problemas, como já diversas vezes abordado neste site.
Apesar do atual governo da China manter uma meta de crescimento mínimo de 7% ao ano no atual quinquênio com seus novos líderes, Michael Pettis vem afirmando há algum tempo que o possível dentro do ajustamento indispensável é um crescimento de 3 a 4% ao ano, afirmando que não se trata de uma projeção, mas o que ele pode concluir diante de uma série de hipóteses que formula, dentro de um modelo de análise que não é econométrico. Ele expressa que este ritmo pode se prolongar por uma década ou mais, o que vem fazendo no seu site muito utilizado por todos que se interessam sobre a China. Ele afirma que mais recentemente vem sendo consultado até por organismos internacionais, que também expressam suas preocupações sobre esta importante economia que continua impactando fortemente sobre as demais, inclusive sobre o Brasil.
Michael Pettis
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5 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: dependência do Mercosul, reconhecimento de sua necessidade, tentativa de acordo do Brasil com a União Europeia
Um artigo publicado por Mauro Zanatta no jornal O Estado de São Paulo informa que o Brasil está com uma proposta ousada visando negociar um acordo de livre comércio com a União Europeia. Todos sabem que o Brasil sempre preferiu um acordo geral no âmbito da OMC – Organização Mundial do Comércio, mas com o seu bloqueio necessita adotar uma posição pragmática, diante da multiplicação destes acordos bilaterais e regionais que se ampliam pelo mundo. Sem isto, a economia brasileira correria o risco de ficar isolada. A oferta à redução da tarifa de importação de 75% do comércio com os europeus num prazo de 10 anos.
O problema é que o Brasil está amarrado pelo Mercosul, onde a Argentina e a Venezuela necessitam de um prazo maior para se adaptar à nova situação. Mas cogita-se que também seja tentado um acordo que envolva inicialmente somente uma parte dos países, reconhecendo as dificuldades, ainda que haja analistas que afirmem que se trata somente de uma manobra, para culpar outros países pelas limitações existentes.
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5 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: desaceleração geral, paralelo ao do G-20, problemas cambiais, reunião na Rússia
As insatisfações que estão sendo registrados com as reduções dos crescimentos econômicos dos países emergentes, principalmente os agrupados sobre a sigla BRICS, parecem generalizados, principalmente com as desvalorizações que estão ocorrendo em seus câmbios simultaneamente. Até o suplemento da Gazeta Russa, distribuída em português junto com a Folha de S.Paulo, traz uma longa matéria expressando que a Rússia deveria ser excluída deste bloco, para a inclusão de países como a Indonésia, ainda que também este país passe por uma desaceleração. Eles opinam que a Rússia deveria aprender com as políticas que estão sendo executadas pelos outros emergentes. Mesmo assim, seus crescimentos ainda continuam mais elevados do que as incipientes recuperações que vem ocorrendo no mundo desenvolvido.
As queixas do artigo são idênticas a de outros países emergentes. Recomendam que os investimentos governamentais devam ser mais elevados nas habitações populares como na infraestrutura. Os russos queixam-se dos monopólios e desejam que algumas atividades sejam transferidas para o setor privado, notadamente no comércio internacional, como o Brasil está efetuando. Até a África do Sul estaria conseguindo estes resultados. Na realidade, todos os demais membros do BRICS enfrentam dificuldades semelhantes.
Dilma Roussef, Vladimir Putin, Pranab Mukherjee, Xi Jinping e Jacob Zuma
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4 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a coluna do professor no Valor Econômico, desejos de formularem críticas, muitos erros dos analistas, um texto para especialistas
Parece que se torna evidente que os analistas desejam expressar suas críticas às autoridades, imaginando que dispõem de uma capacidade superior àqueles que se encontram no governo. Entre elas, destacaram-se as observações sobre as declarações do ministro Guido Mantega, quando ele se referia que os Estados Unidos estavam provocando uma guerra fiscal. Hoje, numa exposição clara do professor Delfim Netto, fica esclarecido que o governo brasileiro tinha razão e muitos países provocam ou são obrigados a desvalorizar seus câmbios em resposta ao que foi provocado pelos norte-americanos.
O mesmo parece acontecer que as estimativas do crescimento do PIB, que, segundo o divulgado pelo IBGE – organismo especializado neste assunto, o crescimento do segundo trimestre pode surpreender a maioria dos analistas, chegando a mais do dobro do estimado por algumas consultorias privadas. Alegam que o crescimento do setor agrícola sempre foi mais difícil, quando insistimos muito neste site que a safra seria boa, bem como seus efeitos sobre os serviços, ajudando o total da economia. Ainda que as críticas devam ser aceitas, parece que a exagerada parcialidade em nada ajuda a população que é informada por estas análises de forma incorreta.
Ministro Guido Mantega
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31 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Abeconomics recebe apoio, artigo de Yuriko Koike no Project Syndicate, artigos no The Economist sobre empreendedorismo, mas precisa provar que funciona
Apesar da impressionante aprovação popular que o Abeconomics está conseguindo junto à opinião pública e os empresários, com um bom esquema de apoio da imprensa, os obstáculos que necessitam ser superados não são desprezíveis. Yuriko Koike, que já foi uma popular personagem na TV japonesa e conseguiu o seu mandato de parlamentar e um posto de ministra no passado, continua se empenhando em espalhar otimismo, como no seu artigo no Project Syndicate que recomenda que o Abeconomics seja implantando na Ásia. Mesmo que não tenha ainda conseguido resultados reais de reformas no próprio Japão. A revista inglesa de circulação internacional The Economist publica dois artigos sobre o estímulo que o primeiro-ministro Shinzo Abe está dando ao empreendedorismo, estimulando figuras controvertidas como Takafumi Horie, o ex-proprietário do Livedoor que esteve preso por fraude, e que apresenta nada menos que 30 novas empresas. O primeiro-ministro, ele mesmo que fracassou na sua primeira tentativa, é de opinião que o sucesso só pode ser obtido depois de diversas tentativas.
Depois de décadas de estagnação, o Japão volta a tentar uma reativação de sua economia com a política que recebeu o nome de Abeconomics. Já conseguiu uma sensível desvalorização de sua moeda, o que deve tornar a sua economia competitiva. Aumentou seus investimentos públicos, ainda que com o aumento de sua elevada dívida pública. Necessita efetuar reformas, e entre elas escapar dos grandes aglomerados empresariais, perseguindo uma meta de 100.000 novas empresas até o ano 2020, estimulando novas iniciativas dos jovens, que estão condicionados a uma sociedade que evita riscos. Abe está sendo assessorado por empresários como Hiroshi Mikitani, fundador da Rakuten, que é um gigante no online-commerce.
Yuriko Koike Hiroshi Mikitani
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30 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a elevação dos juros no Brasil, desvalorizações cambiais em economias emergentes, diferenças brasileiras
É muito comum os leigos perguntarem por que na economia brasileira existem tendências de efeitos inflacionários mais acentuados quando ocorrem desvalorizações cambiais como acontecem atualmente em muitas economias emergentes. Em muitos países, as suas transferências para as pressões inflacionárias não são tão acentuadas e as autoridades locais procuram preservar o crescimento de suas economias. Podem ser apontadas diversas causas, que sempre são diferentes em cada caso. Não se pode negar que no Brasil há uma longa cultura inflacionária, diante de períodos de acentuada elevação dos preços, que nem sempre ocorreram em todos os países.
Mas pode-se chamar a atenção para a sobrevivência de alguns sistemas de indexação, mesmo quando se provocou com a introdução do Real um período de razoável estabilidade que não foi curto. Como isto,continua sendo aplicado, a tendência é que a inflação que já ocorreu no passado seja transferida para o futuro, mediante a correção do que se entende que houve de prejuízo para alguns setores. Toda a inflação é um processo de disputa entre setores que procuram se defender dos efeitos da elevação continuada dos preços, que provocam transferências dos seus efeitos para os outros. Com a indexação que proporciona uma sensação de que se corrigiram as perdas, acaba se prolongando esta disputa por um longo período. Não se conhece um esforço para a eliminação desta indexação no Brasil, que costuma não existir em outras economias mesmo emergentes.
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28 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apoio governamental no Japão para construções em grande escala, diversos projetos no mundo, projeto da BASF com outras empresas, um exemplo em São Paulo
As economias de energia e residências não poluentes estão se tornando um foco importante de preocupações em variadas partes do mundo. A revista Inovação! Brasileiros de agosto/setembro apresenta um artigo elaborado por Fernanda Cireza com o título “Um Espaço de Conceito”, referindo-se a um projeto liderado pela BASF chamada CasaE (indicando eficiência) que conta com 19 parceiros brasileiros e estrangeiros e que também está sendo implantado na Alemanha, França, Itália, Coreia do Sul, Reino Unido, Estados Unidos e Argentina. Em São Paulo, a primeira unidade está na Avenida Prof. Vicente Rao, 1195, no bairro do Brooklin, visando comprovar a eficiência energética com uma economia de 70% no seu consumo.
Além disso, na sua construção haveria uma economia de 40% de energia global, redução de 30% na emissão de gases de efeito estufa, e somente de 10% da emissão da poeira global. Os materiais utilizados colaborariam na economia de recursos naturais, e sua construção seria mais rápida. O assunto teria sido discutido no 10º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoEficiência.
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