Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Exploração do Xisto Gera Pequenos Tremores no Texas

28 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: notícia no The Wall Street Journal, pesquisa insuspeita, tremores constatados no Texas decorrentes da exploração do xisto

Todos sabem que os Estados Unidos estão considerando os custos da energia decorrentes da exploração do xisto (shale) um dos fatores que determinam a recuperação de sua economia. Além de poderem contar com a independência energética, como seus custos são baixos, acabam proporcionando maior competitividade para diversos setores de sua economia. Mas, mesmo as pesquisas efetuadas por fontes insuspeitas, acabam mostrando que existem pesados prejuízos para a sua sustentabilidade, provocando até pequenos tremores nas áreas próximas das explorações mais intensas do xisto mediante o processo do seu fraqueamento (fracking), como está se observando na área chamada de Eagle Ford Shale, no sul do Estado do Texas.

O jornalista Tom Fowler, do The Wall Street Journal, informa sobre o estudo que apareceu no Earth and Planetary Science Letters, constatando pequenos tremores considerados terremotos nesta área. O jornal tomou o cuidado de analisar os seus resultados antes da publicação da notícia. Os autores do estudo sugerem que extrair óleo e água do solo nas áreas próximas das pedras e areias provocam tremores que são pequenos, algumas vezes imperceptíveis na superfície.

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O Debate Em Curso no The Economist Sobre os BRICS

28 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a maioria que vai mudando responde que já passou, há um moderador, Kishore Mahbubani da Universidade de Cingapura apresenta argumentação contrária, o desenvolvimento já é o passado ou continua, os leitores podem apresentar suas contribuições, previsto para duas semanas, Rucher Sharma do Morgan Stanley defende intepretação, The Economist promove um debate sobre os BRICS

Parece natural, tanto pela natureza da revista como pela importância das economias envolvidas, que os debates se concentrem no que acontece na Ásia, notadamente na China e na Índia, com os demais emergentes do mundo aparecendo somente para compor o quadro geral. Na apresentação, o moderador Ryan Avent, um experiente editor do The Economist, aponta que o atual soluço está provocando um intenso debate, se seria o fim de um crescimento rápido dos emergentes ou não. A China estaria necessitando de uma adaptação e a Índia e Brasil se esgotando prematuramente, com problemas também em outros países emergentes mundo afora, mas haveria muito espaço para se chegar ao nível dos atuais desenvolvidos.

Ruchir Sharma, do Morgan Stanley, que também foi colunista em importantes meios de comunicação, afirma que a China e Índia que foram relevantes no século 17 voltariam a sê-los novamente no século 21. Cunhou-se o grupo dos BRICS e outros emergentes também assim podem ser considerados. Depois da crise de 2008, parecia que desafiariam a desaceleração que estava se observando no mundo, mas agora estaria com seus crescimentos em queda quando os desenvolvidos que são 35 retornam ao seu normal, e os demais dos 185 acompanhados pelo FMI continuariam emergentes.

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Ruchir Sharma                                  Kishore Mahbubani

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Uso de Consultores Externos Pelas Empresas Japonesas

27 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: adaptações às condições locais, antes tarde do que nunca, dificuldades das grandes empresas japonesas

Interessante o artigo publicado por Yoree Koh no The Wall Street Journal e reproduzido em português no Valor Econômico de hoje. Mostra a dificuldade de grandes empresas japonesas, como a Toyota, na absorção de especificidades dos mercados de outros países, parte pela insuficiência de uso de consultores externos. No Japão, os conhecimentos acumulados numa grande empresa costumam ocorrer ao longo do tempo com a contribuição de muitos dos seus próprios funcionários. Com isto, ficam limitados em absorverem conhecimento de mercados externos, e não são poucos os equívocos decorrentes destas limitações. A Toyota foi uma das primeiras indústrias automobilísticas a iniciar a sua montagem no Brasil, inicialmente com um jipe denominado Bandeirantes, que era adequado às condições rústicas do país.

No entanto, como ele era montado com um motor da Mercedes Benz, não teve condições de evolução, e a sua produção acabou sendo abandonada, deixando saudades. Também a Toyota ficou estagnada no país, perdendo para outras concorrentes, inclusive a Fiat que chegou bem depois no Brasil, produzindo veículos de menor porte adaptadas às condições do poder aquisitivo dos consumidores brasileiros. Mesmo alertado por consultores que com a nova classe média brasileira haveria demandas para automóveis baratos de pequeno porte, seus dirigentes no Brasil alegavam que isto seria para tecnologias chinesas e indianas. Agora, com novos dirigentes que vieram de outros grupos como a GM, como está no artigo citado, procura recuperar décadas perdidas, que começou com a produção do Etios e que deve evoluir para outras versões mais baratas.

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Diferenças de Situações Entre Economias Emergentes

26 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: causas dos problemas, desvalorizações das moedas, diferenças de sofisticações das economias

Um interessante e esclarecedor artigo foi publicado por José de Castro e Roberta Costa no Valor Econômico de hoje mostrando as diferentes formas pelas quais as economias emergentes estão defendendo suas moedas. Inicialmente, seria interessante explicar que as atuais fortes flutuações cambiais ocorreram a partir da ameaça do FED – Banco Central dos Estados Unidos alterar a sua atual política de ampliação das disponibilidades monetárias, que se dirigiam parcialmente para estas economias nas formas de fluxos financeiros. Quando aumentaram com os chamados easing monetary policy as disponibilidades de dólar no mercado, alguns foram especular nestas economias. Com a ameaça de término destas operações, registrou-se um refluxo das mesmas provocando valorizações exageradas nos seus câmbios.

No Brasil, que conta com um sistema financeiro bastante sofisticado, as empresas que possuem responsabilidades em moedas estrangeiras procuraram se defender dos riscos de um câmbio desvalorizado, ainda que elas acabem beneficiando as exportações e tendendo a reduzir as importações. A mudança de patamar, que não se sabe em que nível se situaria, fez com que elas procurassem no mercado futuro assegurar-se de sua disponibilidade para neutralizar os riscos. Nos outros países, como a Indonésia ou a Turquia, que não contam com mercados tão sofisticados, as operações acabam ocorrendo com a compra de moedas estrangeiras, ou de ouro como o que aconteceu na Índia, sem que o mercado futuro e seus derivativos sejam utilizados.

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Sinais de Pequenas Melhorias no Japão e no Mundo

26 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apoio interno e externo para o Japão, notícias sobre pequenas melhorias, produção industrial na China, TPP – Transpacific Partnership

Ainda que as dificuldades que tenham que ser superadas seja apreciável, tudo indica que o Japão está recebendo o apoio de sua população como dos países estrangeiros. Artigos, como os publicados no jornal econômico japonês Nikkei, informam que as pesquisas de opinião indicam que 70% da população japonesa apoia até o aumento dos impostos que precisa ser imposto pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, dentro do seu programa que recebeu o nome de Abeconomics, enquanto a desaprovação ao seu governo caiu para 23%. O aumento sobre as vendas que passariam dos atuais 5%, inicialmente para 8% para chegar a 10% em 2015 é entendida pela população que deve ter etapas e prazos flexíveis, dependendo do comportamento da economia.

Também o apoio à participação do Japão ao TPP – Transpacific Partnership está aumentando, conseguindo a compreensão de sua população que já chegou a 48%, enquanto a oposição ficou reduzida a 30%. Mesmo a carga maior dos serviços sociais para os idosos, 48% disse que não poderia ser evitada, enquanto naturalmente os atingidos entendem que deve ser evitada. As sondagens foram feitas por um setor do Nikkei junto a TV Tokyo.

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Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe

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Necessidade de Crescimento da Economia Brasileira

26 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a elevação dos investimentos, análise de Danny Leipziger, aumento da produtividade total dos fatores, necessidade de aprender com os asiáticos

Mesmo não se concordando totalmente com o artigo de Danny Leipziger, da Universidade de George Washington, é sempre interessante observar o que foi apontado no seu artigo publicado no Project Syndicate. Ele se mostra frustrado com a performance da economia brasileira, que só perde da Venezuela e de El Salvador na América Latina, com um crescimento modesto e desvalorização de sua moeda. Ao mesmo tempo, ainda que os investimentos no Brasil sejam baixos, as autoridades impõem restrições ao ingresso de financiamentos externos. A arrogância dos seus dirigentes estaria sendo perdidas.

Ele aponta que algumas coisas boas foram feitas, como a melhoria de sua distribuição de renda. Mas a produtividade do seu trabalho continua abaixo do observador no México ou no Chile. E o país pensava aproveitar o seu bônus demográfico, por contar com muitos jovens, quando o quadro já está se alterando com o aumento dos idosos. Ele entende que o Brasil não aprendeu com o que aconteceu na Ásia Oriental, e com a corrupção estimulando grandes obras, enquanto não foram feitos os investimentos para melhorar os seus recursos humanos e elevação de sua produtividade. O crescimento que foi observado foi somente devido à melhoria da economia mundial.

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Danny Leipziger

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Mudança Para Pior que Acontece na Indonésia

24 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alternativas disponíveis, artigo no The Economist, o caso da reversão econômica na Indonésia, pressões inflacionárias, redução do crescimento, vendo o que acontece no mundo

Quando conversava com um amigo que se queixava da situação em que se encontra a economia brasileira, pedindo que observasse o que vem acontecendo também no resto do mundo, ele afirmou que morava e trabalhava no Brasil. Ainda que isto seja importante em qualquer país, no atual economia globalizada, parece recomendável que tudo seja considerado relativamente ao que vem se observando no mundo, principalmente em países que apresentam semelhança com onde se vive. A revista The Economist apresenta num artigo a brusca mudança de cenário que se observou na Indonésia, este país emergente com 240 milhões de habitantes, que vinha crescendo cerca de 6% ao ano, que também está sofrendo uma desaceleração no seu crescimento, com pressões inflacionárias ascendentes.

O país que era considerado como um dos mais promissores do Sudeste Asiático, com a maior população muçulmana moderada do mundo, que conta com recursos naturais abundantes, inclusive petróleo, carvão mineral, uma política macroeconômica estável, passa a sofrer uma desvalorização cambial em decorrência do fluxo de recursos externos, depois dos anúncios que os Estados Unidos tendem a reduzir a sua flexibilidade monetária. Este problema não é isolado, e está ocorrendo em maior ou menor grau em todos os países emergentes, necessitando ser avaliado relativamente.

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Uma Avaliação do Abeconomics

24 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avaliação feita por Carola Blinder diplomada pela UC Berkeley, efeito do salário, efeito riqueza, pesquisa de opinião | 2 Comentários »

Num simples site mantido por Carola Blinder, diplomada pela Universidade da Califórnia, Berkeley, como aproximação da pergunta direta ao consumidor sobre os efeitos da Abeconomics, ela utilizou os dados de um Banco de Pesquisa da Opinião Pública, um levantamento trimestral com uma amostra de 4.000 indivíduos com pelo menos 20 anos de idade no Japão. Os resultados de junho deste ano dão um vislumbre como a Abeconomics está afetando a vida da população. Quando perguntado sobre o potencial de crescimento, os resultados são menos pessimistas que nos trimestres anteriores. Mas, quando se refere à experiência em sua própria família, a situação não é muito otimista. Apenas 4,9% dos entrevistados informam que melhoraram de situação com relação ao ano anterior, enquanto 39,2% informam que pioraram.

Indicam uma pequena melhora, pois os resultados da pesquisa anterior eram de 3,6% e de 47% respectivamente. Das famílias que afirmaram que pioraram, 73% disseram que a razão era que sua renda diminuiu e 42% que sua renda não era suscetível de aumentar no futuro, entre diversas opções de escolha que foram oferecidas. Das pessoas que entenderam que melhoraram, 22% responderam que suas rendas de juros e dividendos aumentaram e 26% era porque os valores dos seus ativos aumentaram. As cotações na bolsa acabam influindo um pouco neste sentimento de melhoria.

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O Brasil Visto por um Brazilianist Japonês

23 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: análise do Brasil atual pelo professor Kotaro Horisaka, manifestações populares, o relacionamento bilateral

Recebi do meu amigo professor emérito da Universidade de Sophia de Tokyo, Kotaro Horisaka, o seguinte artigo, cuja tradução livre para o português está abaixo. Ele é considerado merecidamente o mais credenciado “brazilianist” do Japão, tendo morado no Brasil por diversos períodos, onde trabalhou como correspondente do jornal econômico japonês Nikkei para a América Latina, além de participar de diversos trabalhos de vital importância no intercâmbio bilateral entre o Brasil e o Japão. Ele publicou recentemente este artigo em inglês que pode ser encontrado integralmente no site do Japanese Institute of Strategic Studies, que pode ser acessado pelo: http://www2.jiia.or.jp/en_commentary/201308/21-1.html .

A Onda de Choque na Meca do Futebol, Brasil – Uma Orientação Para Entender a Individualidade dos NICs – New Industrialized Countries

horisaka01O futebol está talvez entre as primeiras coisas que vem à mente dos japoneses quando se pensa no Brasil. Os atletas brasileiros participam com frequência como jogadores da Liga Profissional de Futebol do Japão (J-League), e alguns trabalham como técnicos nos clubes de futebol japoneses. Foi neste país com a rica história do futebol que incidentes ocorreram de forma veemente como a apresentar a pergunta: “Por que na Meca do futebol, Brasil?”. No meio à Copa das Confederações da FIFA – a competição intercontinental de futebol – um mês de protestos contra a corrupção varreu o país como se os manifestantes tivessem tomado o seu esporte preferido como refém.

Enquanto eventos esportivos internacionais como os Jogos Olímpicos ou a Copa do Mundo cativam as audiências pelo show dos esforços incríveis dos participantes e suas capacidades atléticas, eles são também oportunidades para a nação-sede mostrar sua prosperidade para o mundo. No Japão, os Jogos Olímpicos de Tóquio de 1964 serviram para apresentar o seu próspero desenvolvimento no cenário internacional. A rápida melhoria da sua infraestrutura se manifestou não só nos recintos desportivos, mas também nos trens de alta velocidade e na rede de rodovias que foi desenvolvido para atender os Jogos. Os taxistas japoneses que eram conhecidos tradicionalmente pelas conduções imprudentes e conhecidos como “kamikazes” puseram fim a tais procedimentos, e foi nesta época que o espírito de bons serviços aos clientes ou “omotenashi”, foi aperfeiçoado no Japão e consolidado no glossário da indústria da hospitalidade existente no país.

O Brasil está programado para sediar a Copa do Mundo da FIFA em 2014, apenas um ano após a Copa das Confederações, e em 2016 deve sediar também os primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul, no Rio de Janeiro. Japão e Brasil compartilham laços históricos de mutuas imigrações. Por cerca de sete décadas, os imigrantes vieram do Japão para o Brasil desde 1908 (interrompido temporariamente durante a Segunda Guerra Mundial) e do Brasil para o Japão desde fins da década de 1980.

Os eventos a serem realizados no Brasil servem para aproximar ambos os países. É crescente o interesse pelo Brasil neste início do século 21 que se contrapõe o arrefecimento dos investimentos japoneses nas décadas passadas. Particularmente, tem havido uma mudança na área dos investimentos da tradicional indústria siderúrgica e recursos naturais para os varejos, publicidades e produtos industriais de consumo, uma tendência que acompanha o desenvolvimento da sociedade brasileira. Acompanhando esta tendência, novas empresas que no passado não obtiveram sucesso estão aumentando a sua presença no Brasil.

Foi no meio deste período de crescimento do interesse dos japoneses que as demonstrações populares ocorreram. Nas telas das televisões, os brasileiros que protestavam estavam pintados como os da “Primavera Árabe” ou o clamor público contra a austeridade econômica em certas partes da zona do euro e na Turquia. Os manifestantes portavam cartazes como “Escolas e Hospitais, não Copa do Mundo”, pareciam que projetavam a contrariedade até contra o esporte mais apreciado.

No entanto, examinando de perto as queixas individuais dos milhões de manifestantes, fica claro que as demonstrações não eram meras críticas ao governo, mas sim a erupção de demandas públicas que acompanham a democratização brasileira. O Brasil afastou-se do regime militar e deu inicio ao regime democrático em 1985. Desde então, reformas sistêmicas estão sendo executadas, enquanto aumenta a conscientização pública que tem contribuído para a elevação do nível de vida. No entanto, a paralisia política levou à falha na continuação em reunir respostas eficazes para a melhoria da infraestrutura defasada, talvez um ponto focal da indignação do público. Conquanto o presente clamor público possa se assemelhar com o de outros países, a fonte de tal descontentamento decorre de questões específicas do Brasil.

Na Copa das Confederações, o Brasil derrotou a Espanha em 24 de julho, considerada frequentemente como o Rei do Futebol, triunfou contra o Paraguai na Copa Libertadores – o torneio organizado pela Confederação Sul Americana de Futebol. O público brasileiro tem apreciado as consecutivas vitórias de sua seleção nacional. Não se pode concluir que os protestos foram intencionalmente organizados para serem realizados durante os eventos esportivos internacionais que colocavam o Brasil em evidência. No entanto, não se pode negar que as demonstrações serviram para impulsionar ainda mais a demanda dos manifestantes por reformas.


Comparando as Maiores Economias da América Latina

23 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análise do The Economist sobre o Brasil e o México, dados contrariando as impressões, México dependendo dos Estados Unidos, projeções complicadas

Na edição mais recente do The Economist aparecem perplexas análises comparando o Brasil com o México, as duas maiores econômicas da América Latina. As impressões acabam conflitando com os dados registrados, mas talvez por um viés ideológico a revista prefere projetar tendências futuras que divergem dos dados mais recentes. As razões apresentadas acabam demonstrando que estão perplexos, e estão relacionando a situação com informações que apoiam seus pontos de vista, o que não parece uma boa prática. Seria mais honesto afirmar que todo o mundo continua enfrentando incertezas, sendo difícil expressar opiniões seguras sobre o que poderá acontecer no futuro, que dependem ainda das decisões a serem tomadas. Não existe um determinismo histórico.

A revista afirma que o México começou o ano de forma mais promissora, mas acabou registrando uma queda de 0,7% no segundo trimestre. O Brasil, que gerava muita angústia com as dificuldades relacionadas com as exportações para a China, deve registrar um dado mais decente na estimativa para o mesmo período. Continuam considerando que o setor industrial mexicano está em melhor situação pela sua dependência dos Estados Unidos, mas afundou 1,1% no período, devido ao seu setor de construção civil, enquanto o Brasil apresentou um crescimento no mesmo percentual de 1,1%. Não seria mais inteligente admitir que seus pré-julgamentos estivessem errados?

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