25 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: financiamentos da infraestrutura, o atual influxo de capitais nos países emergentes, problema do prazo
Numa reunião realizada em Tóquio, na 19º Conferência para o Futuro da Ásia, a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, afirmou, segundo artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei, que as políticas de flexibilização monetária dos países desenvolvidos estão provocando um forte influxo de recursos nos países emergentes. Ela propõe que os mesmos sejam utilizados para melhorar as redes de transportes por terra ou por mar destes países, criando algo como uma nova Rota da Seda, conectando o Sudeste Asiático com o Oriente Médio, com o norte da Ásia e com a Ásia Central.
Ela informa que as políticas adotadas pelo Japão, pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela União Europeia provocam estes influxos, e ela propõe que os países da região atuem em conjunto para garantir a estabilidade local, de forma produtiva. Atuando em conjunto, haveria a possibilidade de potencializar os benefícios, e somente a Tailândia está investindo US$ 66 bilhões na melhoria da sua infraestrutura.
Yingluck Shinawatra
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24 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alguns dos seus problemas, eficiências discutíveis, multiplicação de agências reguladoras
Tudo indica que a comprovada ineficiência da administração pública, principalmente com a sua falta de flexibilidade e excesso de burocracia nos seus três níveis, federal, estadual e municipal, levou à criação de inúmeras agências governamentais para regularem serviços públicos que seriam executados pela iniciativa privada. Alem de estabelecer regras para o setor, deveriam controlar a qualidade na prestação dos serviços para a população. Apesar do empenho dos governos na procura do aumento de sua eficácia, constatam-se dificuldades que persistem que em parte podem ser atribuídas à falta de experiência. Mas há indicações que muitas delas acabam sendo influenciadas fortemente pelas poderosas empresas que deveriam ser fiscalizadas, defendendo mais os seus interesses que são concentrados, do que os da população que são disseminados.
Entre as agências reguladoras nacionais, destacam-se as que foram criadas desde 1996, como a ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações, a ANP – Agência Nacional de Petróleo, a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANS – Agência Nacional de Saúde Complementar, a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANA – Agência Nacional de Águas, a ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, a ANTT – Agência Nacional dos Transportes Terrestres, a ANAC – Agência Nacional de Aviação, entre as mais destacadas.
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22 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: efeitos sobre os transgênicos, pesquisas da Embrapa, retornos elevados
Um artigo publicado por Tarso Veloso no Valor Econômico informa sobre importantes descobertas efetuadas na Embrapa pela bióloga Juliana Dantas de Almeida. O artigo informa que foram patenteadas pelo INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial, duas tecnologias, ambas chamadas “promotores” dos genes, uma que concentra nas folhas das plantas a presenças de proteínas transgênicas, chamadas “promotor específico”. E outra, denominada “promotor constitutivo”, que permite a manifestação da transgenia em toda a planta, mas menos intensa que o exemplo da soja RR – Round Ready, resistente ao glifosato.
Como se sabe desde que a Monsanto introduziu o RR, 90% das lavouras de soja no Brasil e nos Estados Unidos utilizam o transgênico, apesar da resistência de alguns consumidores. Com as novas descobertas, estas restrições sofrerão uma grande queda, por não envolverem as raízes e os grãos das plantas. Utilizando-se o promotor específico, somente a folha terá a capacidade de coibir o fungo que provoca a ferrugem.
Juliana Dantas de Almeida
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22 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no jornal Nikkei, efeito da desvalorização do yen, semelhança com o caso brasileiro
Um artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei informa que no último mês de abril, alta estação do turismo estrangeiro no Japão, em parte devido à época da florada das cerejeiras, chegou a um recorde de 923 mil pessoas, com um crescimento de 18,1% sobre o dado do ano anterior. O jornal informa que a desvalorização do yen também contribuiu para tanto. O dado superou os 879 mil de julho de 2010, segundo a Organização Nacional do Turismo do Japão. Como o Japão persegue a meta de contar com 10 milhões de turista no ano, as autoridades japonesas informam que necessitam envidar esforços adicionais.
Os problemas dos atritos com os chineses estão prejudicando a ida de turistas da China, mas os coreanos aumentaram em 33,7% e de Taiwan, que ainda se considera independente da China, teve um surpreendente aumento de 42,5% neste mesmo período.
Turistas estrangeiros aproveitam a baixa do yen para visitar o Japão
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22 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: as dificuldades dos Estados Unidos, as limitações japonesas, os contágios para o resto do mundo, problemas na China
Depois de um longo período de crescimento na economia mundial, a partir de 2007/2008 começaram a se manifestar as dificuldades que começaram no setor financeiro imobiliário nos Estados Unidos, que acabaram globalizando muitas de suas dificuldades pelo resto do mundo. Alguns países como a China e o Brasil foram capazes de minimizar as suas dificuldades de curto prazo, mas, com o tempo, todos se ressentem dos problemas deixados pela euforia passada. A Europa enfrenta a necessidade de ajuste à sua generosa democracia social do passado, necessitando cair na dura realidade. Existe o velho ditado que quando o cobertor é curto todos reclamam e ninguém tem razão.
Nos Estados Unidos, que vinham dando os primeiros sinais de uma lenta recuperação, estão se generalizando as críticas, justas e injustas, sobre a administração Barack Obama, tanto pelo descontrole do seu IRS – Internal Revenue System que estaria constrangendo oposicionistas, como nunca observado, como no acompanhamento de jornalistas e seus procedimentos, alegando razões de segurança nacional. São problemas graves, que devem inibir a possibilidade de atuação do presidente, mesmo que nos Estados Unidos a sua importância para o país seja mais tênue do que em outros países presidencialistas.
Barack Obama Xi Jiping
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22 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entre os que estão na resistência estão jovens insulares, participação no TPP, problemas do Shinzo Abe, resistências japonesas para a globalização
Um interessante artigo publicado por Chris Burgess, professor de Estudos Japoneses e Australianos na Tsuda College, Tóquio, publicado no The Japan Times, informa que existem diversos segmentos da opinião pública japonesa resistindo às iniciativas como o TPP – Transpacific Partnership, ou seja, a participação do Japão num acordo que envolve muitos países da bacia do Pacífico. O primeiro-ministro Shinzo Abe, dentro de sua política que está sendo conhecida como Abeconomics, entende que a abertura japonesa para o exterior é vital para o crescimento da economia japonesa. O surpreendente é que, além de segmentos que são contrários a estes acordos, como os representativos do meio rural nipônico, o artigo informa que mesmo entre os jovens estudantes japoneses está havendo um desinteresse por uma globalização mais acentuada.
O autor toma como um indicador os recursos humanos japoneses que necessitam atuar no exterior. Os estudantes japoneses que estudavam no exterior chegaram em 2004 a um pico de 82.945, e caíram significativamente para o nível de 1995 recentemente. Muitos vão estudar nos Estados Unidos, e em 1997-98 chegavam a cerca de 47 mil, mas em 2011-12 apresentaram uma queda de 60%, chegando a 19.900 estudantes.
Japoneses protestam contra o TPPP
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20 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a lagosta no Ceará, artigo da Bloomberg sobre Tokyo, artigo do Wall Street Journal sobre Paris, evoluções em algumas localidades, lamentáveis deteriorações em outras
Mesmo entendendo que há uma crise econômica profunda no mundo, surpreende-se com as notícias contrastantes na imprensa internacional sobre a recente evolução na gastronomia. Enquanto Michael Steinberger, da Bloomberg, aponta Tóquio como a nova capital mundial da gastronomia, no artigo reproduzido em português pelo Valor Econômico, baseado na quantidade de restaurantes estrelados pela Michelin naquela cidade, inclusive na culinária francesa, verifica-se que o The Wall Street Journal registra que em Paris, até em restaurantes conhecidos como Plat du Jour, passam a servir refeições congeladas, dados os elevados custos de preparo dos mesmos nos restaurantes com matérias-primas frescas.
Num outro artigo de Rodrigo Uchoa no Valor Econômico informa-se que um turista no Ceará procurou um estabelecimento simples numa praia e foi informado que só se poderia servir de uma simples lagosta, cuja estação de pesca é agora, e que pode ser conseguida a um preço irrisório quando comparado com os dos grandes centros urbanos brasileiros. Ele reporta também sobre uma notícia recente que informa que o caviar de esturjão era servido nos Estados Unidos como sanduíche, quando hoje só pode ser obtido a preço de ouro. E a lagosta era para consumo popular entre os norte-americanos, quando hoje é considerado um requinte nos melhores restaurantes do mundo.
As badaladas cidades de Paris e Tóquio e um prato de lagosta encontrado em simples restaurante no nordeste brasileiro
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18 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: comparação com a política de Roosevelt para a Grande Depressão, mudança de regime monetário e cambial, paper de Christina Romer da Universidade da Califórnia Berkeley
Christina Romer, professora de economia na Universidade de Califórnia, Berkeley, é uma respeitável acadêmica, e ela fez um pronunciamento na recente reunião da NBER – National Bureau of Economic Research, na conferência anual de Macroeconomia, em 12 de abril último. Falou sobre o paralelo que ela vê entre a política japonesa que ficou conhecida como Abeconomics, implementada pelo primeiro-ministro Shinzo Abe do Japão, com a adotada pelo presidente Roosevelt quando assumiu em 1933 o comando dos Estados Unidos com a missão de superar a Grande Depressão que tinha se iniciado em 1929.
É um importante suporte acadêmico à política que vem sendo implementada pelo Bank of Japan, comandada por Haruhiko Kuroda, que, adotando uma forte flexibilidade monetária, persegue passar do regime deflacionário para uma inflação de dois por cento ao ano, provocando também uma expressiva desvalorização cambial do yen, que vem recebendo um grande suporte dos empresários bem como do Grupo dos Sete. A esperança é que resulte numa recuperação da economia japonesa que vem acusando uma estagnação por cerca de duas décadas.
Professora Christina Romer, da Universidade da Califórnia
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17 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: envelhecimento da população usada para o desenvolvimento, o caso japonês, situações adaptáveis para outros países
A população em todo o mundo está envelhecendo relativamente, sendo que o Japão está entre os países que contam com mais idosos. Todos sabem que, por serem os detentores de parcelas importantes dos patrimônios familiares, se encontram entre os melhores consumidores, podendo influenciar no aumento da demanda que impulsionaria o crescimento da economia. Os formuladores da política econômica veem este segmento como estratégico no momento em que a retomada do crescimento se encontra na pauta mundial. Um interessante artigo sobre o assunto foi publicado no jornal econômico japonês Nikkei, tratando do assunto com muita originalidade.
No Japão, a população com mais de 60 anos representa hoje 45% do consumo das famílias do país, e seus ativos financeiros encontram-se em patamares superiores aos que podem usar em suas vidas. A política japonesa procura utilizar incentivos fiscais e um aumento de impostos para que estes idosos contribuam para o crescimento, mais do que já fazem como bons consumidores. A partir de abril deste ano, os idosos podem transferir até 15 milhões de yens, livre de impostos para cada neto, vinculado ao uso em educação. Com os pais livres destes custos, a tendência é elevar o seu consumo.
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17 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: área mais disputada na foz do Amazonas, avaliações positivas do Valor Econômico e do The Economist, interesse do mercado, potenciais da costa nordestina | 2 Comentários »
Duas fontes independentes avaliaram como extremamente positivas os resultados do 11º leilão para as concessões para pesquisas e explorações de blocos, efetuado pela ANP – Agência Nacional de Petróleo, depois de um longo período sem os mesmos. O assunto está no editorial do Valor Econômico e num artigo do The Economist da próxima semana. O mercado reagiu com elevado interesse, principalmente sobre os blocos na foz do rio Amazonas, no litoral do Estado do Amapá, que chegou a um ágio de 3.735% vencido por um consórcio formado pela Petrobras, a francesa Total e a inglesa BP. Este bloco fica ao lado de uma exploração que já está sendo feita na Guiana Francesa. As áreas do nordeste brasileiro, que são consideradas como vizinhas do offshore africano, também já em exploração, despertaram grandes interesses. Áreas terrestres ficam próximas das áreas já exploradas no nordeste brasileiro.
Estes consórcios que disputam estes leilões são conhecidos como especialistas no assunto e só oferecem propostas quando veem elevadas possibilidades de retornos dos seus investimentos nas pesquisas e explorações. Mesmo analistas que não são considerados especializados nestes assuntos petrolíferos e que envolvem também o gás associado estavam informados sobre as altas potencialidades destas áreas, que diferem totalmente do pré-sal do sudeste brasileiro, que conta com elevadas profundidades. Há esperanças que a produção brasileira, no futuro próximo, venha a apresentar uma tendência crescente.
Magda Chambriard, diretora-geral da da Agência Nacional do Petróleo. Foto: Agência Brasil
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