Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Problemas que Extravasam os Limites Nacionais

7 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: acordos convenientes para troca de informações, correntes migratórias, problemas de poluição

Existem alguns problemas difíceis de serem mantidos nos limites das fronteiras internacionais, exigindo cooperações entre países vizinhos para minorar alguns deles. Um se refere à poluição, como o que vem sendo enfrentado pela China, a Coreia e o Japão, e os seus ministros do Meio Ambiente resolveram criar um painel para a troca regular de informações, como noticiado pelo jornal econômico japonês Nikkei. Todos sabem que a China, principalmente, enfrenta problemas sérios de poluição de partículas minúsculas, abaixo de 2.5 microns, que acabam se espalhando fora de suas fronteiras.

Noticia-se que o ministro japonês do Meio Ambiente reuniu-se com o seu colega coreano Yoon Seong Kyu e o vice-ministro para proteção ambiental da China, Li Ganjie, numa reunião realizada em Kitakyushu, no sul do Japão, mais próximo dos países vizinhos. Numa declaração conjunta, resolveram estabelecer um painel periódico para troca de informações sobre a poluição do ar na região, bem como relato das providências que estão sendo tomadas.

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Diferenças nas Formas de Atuação dos Bancos Asiáticos

6 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apoio aos investimentos chineses, artigo de Eliane Velloso do Brasil Econômico sobre os bancos chineses no Brasil, atuação como bancos múltiplos, diferenças com os japoneses e coreanos

O jornal Brasil Econômico publicou um artigo de Eliane Velloso sobre a agressividade dos bancos chineses nas suas atuações com relação ao Brasil. Ela informa, com base nas informações do Banco Central do Brasil, que os dois maiores bancos chineses, o BOC – Banco da China e o ICBC – Banco Industrial e Comercial da China, já possuem autorizações das autoridades brasileiras para atuar como bancos múltiplos no Brasil. Eles são também os maiores bancos do mundo atualmente. Estas autorizações necessitam de reciprocidade, o que significa que o Banco do Brasil e outra brasileira devem receber autorização para atuar na China, de forma semelhante.

O artigo informa que estes bancos procuram dar o respaldo para os investimentos diretos chineses no Brasil que já atingem US$ 50 bilhões, que se estendem desde a indústria automobilística, eletrônica, aço, energia elétrica, petróleo e minérios. Atuando como bancos múltiplos, podem atender também os imigrantes chineses que figuram entre os que mais ingressam no Brasil, bem como expatriados das empresas chinesas, além de atenderem as empresas chinesas bem como outras estrangeiras ou nacionais. Eles já contam com suas dependências em São Paulo como o Rio de Janeiro, e nesta última cidade deve começar a atuar em junho próximo. Informa-se que ainda o Banco de Construção e o Banco de Comunicação da China também estão estudando suas entradas no Brasil, para dar apoio aos projetos de suas especialidades.

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Jornal Brasil Econômico Cobre Missão Japonesa

6 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: da missão japonesa não noticiada em outros jornais nacionais, dificuldade para ganhar expressão nacional, jornal Brasil Econômico

É um acontecimento raro o lançamento de um jornal econômico no Brasil, a partir do Rio de Janeiro, o que ocorreu sem muita divulgação nacional. Aparenta ser bastante completo e furou os principais jornais brasileiros ao noticiar a vinda da missão econômica japonesa, comandada pelo ministro de Indústria e Comércio do Japão, Toshimitsu Motogi, composta de 68 empresários, alguns de grande peso. Foram recebidas pela chefe da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann. A notícia, elaborada por Edla Lula, proveniente de Brasília, informa que estiveram também com os ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Edison Lobão, de Minas e Energia. A não divulgação do assunto pelos principais jornais nacionais pode indicar a pequena importância dada ao assunto, ou as dificuldades de comunicação de fatos ocorridos na sexta-feira em Brasília.

A notícia informa que os japoneses revelaram interesse em investir na área do petróleo e da infraestrutura no Brasil. Entre os empresários japoneses de maior destaque figuram o vice-presidente da Mitsubishi Heavy, Atsushi Maekawa, o chairman da Honda Motors, Fumihiko Ike, o presidente da Toyota para o Mercosul, Shunishi Nakanishi, e o vice-presidente da Nippon Steel & Sumitomo Metal, Kozuka Shuichiro, recentemente fundidas.

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Ministra Gleisi Hoffmann e o ministro japonês Toshimitsu Motegi

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A Solução do Plantio Direto

4 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: contribuição de Herbert Bartz, demais condições, plantio direto para evitar a erosão, reconhecimento da Embrapa

Duas matérias publicadas na Folha de S.Paulo informam como o agricultor Herbert Bartz, que enfrentava os problemas relacionados com a erosão, acabou criando a técnica do plantio direto. Hoje, a Embrapa e a agricultura brasileira consagram a nova tecnologia que provou uma verdadeira revolução, permitindo que a história da agricultura fosse dividida em antes e depois desta inovação. Acaba sendo uma demonstração que as dificuldades enfrentadas acabam provocando inovações que podem se tornar revolucionárias, contribuindo para mudar a faceta de uma agricultura ampla como a brasileira.

Como é do conhecimento de muitos, existem solos no Brasil que são vulneráveis à erosão de forma acentuada, como no noroeste do Estado do Paraná. No depoimento de Herbert Bartz, fica claro que ele enfrentava estes problemas na região de Rolândia, e a cada forte chuva todos os trabalhos e investimentos efetuados, como o tratamento da terra, uso de sementes e fertilizantes, acabam perdidos. Procurando soluções, inclusive na Alemanha e na Inglaterra onde nada conseguiu, foi descobrir que o agricultor Harry Young já utilizava o plantio direto ha dez anos nos Estados Unidos. Quando trouxe a inovação para o Brasil, foi motivo até de riso, quando hoje esta técnica vem se comprovando praticamente em todo o território brasileiro como mais eficiente, inclusive do ponto de vista ecológico, além de proporcionar elevada produtividade.

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Herbert Bartz: criador do plantio direto no País

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Reportagem do The Economist Sobre Belo Monte

4 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: as discussões ideológicas, avaliações de custo/benefício, correções que não agradam a todos, os muitos fatores emocionais, sempre difíceis opções energéticas do Brasil

Se existe um projeto no Brasil extremamente convertido é o da Usina de Belo Monte, que, apesar de muitas correções, continua gerando discussões intermináveis, internas e externas. O The Economist, mesmo tentando uma avaliação mais objetiva, enviando um jornalista para a área, admite que os seus danos foram minimizados, mas se trata de um projeto irreversível e considera os seus elevados custos para benefícios pequenos, acabando por sugerir que existiriam opções mais racionais no Brasil, como as solares, eólicas e decorrentes de biomassa, utilizando a cana de açúcar e todas as suas variadas possibilidades.

O artigo admite que o Brasil continue necessitando atualmente de mais 6.000 MW anuais e, apesar de contar com uma matriz energética diversificada e das menos poluentes do mundo, em quaisquer das opções necessitará continuar investindo muito na área energética. O seu potencial hidroelétrico estaria concentrado na Amazônia, longe das maiores áreas de consumo que se encontram no sudeste do país, cogitando-se ainda de muitos projetos de baixa capacidade de geração energética e longe das áreas urbanas e industriais do país.

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Construção da Usina de Belo Monte em ritmo acelerado

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Suplemento Sobre Rumos da Economia do Valor Econômico

3 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigos dos jornalistas, depoimentos, entrevistas, falta de uma ideia força, opiniões variadas, pontos importantes apontados, suplemento especial do Valor Econômico

Como parte da comemoração do 13º aniversário do Valor Econômico, elaborou-se um Suplemento Especial sobre os Rumos da Economia, levantando o problema de por que o Brasil não cresce, com alguns artigos de conhecidos economistas brasileiros, entrevistas e alguns artigos de jornalistas. Resultou num conjunto de ideias, que devem ser levados seriamente em consideração, apontando variados aspectos, que não necessitam ser consensuais. O conjunto aparenta ser difícil de ser transformado num programa de governo, que teria que ser simples com uma ideia força fácil de ser transmitida para os eleitores, havendo muitas resistências que teriam que ser superadas e que não dependem somente do Brasil, mas também como evoluirá a economia mundial nos próximos anos, principalmente envolvendo os principais parceiros externos.

Naturalmente, muitos analistas se expressaram, dando ênfase em alguns aspectos que consideram estratégicos e que mereceriam mais atenções. O que parece comum entre a maioria é que há uma necessidade de se adicionar uma visão de longo prazo, com o estabelecimento de uma estratégia que, mesmo sem entrar em todos os detalhes, trace as linhas mestras da forma com que a economia brasileira se inserirá na economia mundial, tirando o melhor partido de suas condições disponíveis, efetuando muitas correções que foram apontadas. Há um reconhecimento que o desenvolvimento industrial é indispensável e que a desvalorização cambial torna-se conveniente dentre um elenco de outras medidas, ainda que não se precise a magnitude da mesma.

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Infraestrutura Brasileira nos Meios de Comunicação

1 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a ampliação das licitações para participação do setor privado, aperfeiçoamentos que estão sendo introduzidos, os estrangulamentos existentes, suplemento especial sobre rodovias do Valor Econômico

Todos se mostram impressionados com a quantidade de notícias sobre os estrangulamentos observados na infraestrutura para atendimento da economia, notadamente no escoamento da grande safra agrícola deste ano. As reclamações sobre os aumentos dos custos dos escoamentos, rodovias precárias, longos congestionamentos forçam as autoridades a acelerarem as licitações para suas melhorias, muitas em parcerias com o setor privado, que se mostram sensíveis diante das demandas existentes. Muitos consideravam que os editais de concorrência não preenchiam as condições necessárias, e as novas correções parecem atender as principais reivindicações, ainda que nem todos se mostrem ainda satisfeitos.

Um suplemento especial sobre as rodovias foi divulgado pelo jornal Valor Econômico, setor da infraestrutura que todos consideram das mais cruciais. Ainda que muitos problemas ainda estejam colocados, observa-se que o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes vem realizando reuniões com potenciais interessados nas licitações, anunciando o calendário até 2014. Em agosto de 2012 já foi realizado algo semelhante com a licitação de 42 obras do PAC – Plano de Aceleração do Crescimento, com 41 mil quilômetros sobre obras sob o regime de CREMA – Contratos de Restauração e Manutenção Rodoviária, mas bastou sete meses para a superação da meta.

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Via Dutra, que já foi privatizada

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Financial Times Constata Mudanças no Japão

1 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: efeitos da Abeconomics, entusiasmo entre os consumidores japoneses, Financial Times escreve sobre o Japão atual, otimismo generalizado sobre o crescimento econômico

O jornal econômico londrino Financial Times de circulação internacional constata que a chamada Abeconomics, a nova política econômica do governo Shinzo Abe, está provocando um entusiasmo nos consumidores japoneses, principalmente entre os mais idosos. Eles se mostram dispostos a aumentar os seus consumos, meta perseguida pela política, que está provocando uma desvalorização do yen, elevação das cotações nas bolsas de valores, diante de uma recuperação da economia japonesa depois de duas décadas de estagnação. Os consumidores acreditam que o Japão volta a ser competitivo no mercado internacional, seus ativos financeiros estão melhorando seus rendimentos, e revelam uma disposição de aumentar os seus consumos, que devem estimar o mercado interno para as produções locais, ainda que com pequena elevação dos custos de importação.

As vendas dos grandes varejistas acusaram um crescimento de 2,4% depois de vinte anos. Os economistas locais estimam que a economia japonesa deva crescer cerca de 2,1% no trimestre, o que vem sendo compartilhado também pelas estimativas do governo. Depois de muito tempo, todos sentem que algo está sendo feito. Na realidade, o patrimônio das famílias já era expressivo, mas elas estavam conservadoras no consumo, o que se alterou radicalmente. Com a perspectiva de inflação, ao contrário da longa deflação, os consumos não serão mais postergados.

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The Economist Pergunta se Economistas Entendem o Povo

30 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: amplo conhecimento humanístico, da neurociência e da antropologia, geografia e cultura, hipóteses irrealistas dos economistas, história, influências da psicologia, o homo economicus é uma espécie rara

Joan Robinson, consagrada economista inglesa já falecida, afirmava que tinha estudado economia para não ser enganada pelos economistas, que continuam exagerando nos seus conhecimentos. Na atual revista The Economist consta um importante artigo baseado nas contribuições de Daniel McFadden, Prêmio Nobel da Universidade da Califórnia, Berkeley, questionando o exagero do “homo economicus” que seria soberano nas decisões dos seus gostos, um olhar de aço na percepção dos riscos e sempre procurando a maximização da sua felicidade. Certamente, a teoria teria exagerado, pois dificilmente esta figura caricatural é encontrada na realidade, o que deveria levar a maior humildade da maioria dos economistas, cujos conhecimentos se baseiam em hipóteses não realistas.

Os antigos economistas tinham, na época que este segmento do conhecimento humano era conhecido como Economia Política, uma formação mais humanista, reconhecendo a importância da história, da geografia, da cultura, das ciências sociais e notadamente da política. A Europa ainda era o centro mundial dos conhecimentos acadêmicos, inclusive da economia. Depois da Segunda Grande Guerra, com a hegemonia norte-americana, o conhecimento tendeu a ser mais especializado, departamentalizado, e com o domínio de técnicas como a econometria, muitos modelos dos economistas passaram a ocupar os livros-textos cujas hipóteses nem eram profundamente discutidas. Abusos de toda ordem prevaleceram, e economistas se afastaram da dura realidade, muito mais complexa e cheia de limitações importantes.

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O País Impossível Chamado Coreia do Sul

29 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: 2012, editado pela Tuttle, Hong Kong, o fabuloso livro de Daniel Tudor, uma ampla cobertura profunda da Coreia do Sul | 2 Comentários »

Confesso que sou um economista antiquado que enfrenta dificuldades com as atuais análises telegráficas e superficiais que se intensificaram com o uso da internet. Fico entusiasmado quando encontro um trabalho de fôlego como este livro “Korea – The Impossible Country”, do jornalista e escritor Daniel Tudor, Editora Tuttle, Hong Kong, elogiado por toda a imprensa internacional de peso. O autor é correspondente do The Economist na Coreia, além de colaborador regular do Newsweek Korea e outras publicações. Ele conta com uma sólida formação na Oxford University e Manchester University e elaborou um trabalho quase enciclopédico que não pode ser perdido por quem se interessa em compreender a Coreia, com todas as suas profundas raízes. A Coreia que provocou um milagre tornando-se uma economia desenvolvida e democrática, superando todas as suas limitações de um país impossível.

Os meus primeiros contatos com a Coreia foram em torno de 1963, quando ajudava o Advisory Committee on Technical Service do Conselho Mundial de Igrejas. Em colaboração com o Committee of Refugies das Nações Unidas, ajudamos a promover a primeira imigração dos coreanos para o Brasil, logo depois do armistício na guerra entre o Sul e o Norte, que ainda não terminou como sempre noticiado até recentemente. A Coreia estava arrasada, quase perdendo a sua identidade. Os contados seguintes foram em torno de 1985, quando supervisionava inclusive o escritório de Seul de uma trading brasileira com muitas viagens para aquele país. Eles foram renovados recentemente com a presença do embaixador Edmundo Fujita, meu amigo pessoal, como representante do Brasil naquele país.

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