Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Variedades de Tomates Produzidos no Brasil

29 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: adaptações decorrentes do exterior, artigo no Valor Econômico, pesquisas, variedades de tomates disponíveis no Brasil | 2 Comentários »

Quem frequenta um grande mercado como o Ceagesp de São Paulo fica impressionado com a velocidade com que novas variedades de produtos estão sendo oferecidos aos consumidores, tanto de verduras, frutas, flores como de cebolas e tomates. Sempre existem novidades que não são conhecidas até pelos frequentadores habituais. Muitos produtores agrícolas estão se empenhando nestas inovações, com alguns apoios de instituições de pesquisa como a Embrapa, mas principalmente com os fornecedores internacionais de sementes.

A jornalista Janice Kiss publicou um artigo no Valor Econômico dando conta que uma variedade de tomate conhecida como Intense ganha à preferência dos consumidores, enquadrada na classe gourmet onde predominam as pequenas do tamanho de uma uva, apesar do seu tamanho normal, que estão ampliando suas presenças nas lojas de varejo. Conta com o trabalho de agricultores como Edson Trebeschi que utiliza, para tanto, um vinil house, para ter um total controle das condições climáticas, inclusive da quantidade de água. Ele foi conhecer este novo produto na Alemanha, que já está sendo comercializada na Europa, Estados Unidos e Austrália.

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O tomate e algumas de suas variedades

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Indústria Automobilística Japonesa em Recuperação?

28 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dados de 2012 indicam que a Toyota superou a General Motors, diversos modelos em muitos países, notícias em diversos jornais internacionais, produções das controladas | 2 Comentários »

Segundo notícias publicadas em diversos jornais no mundo, inclusive a japonesa Nikkei e o site do Valor Econômico com base na agência Dow Jones, a Toyota e suas controladas teriam superadas as produções da General Motors e da Volkswagen em 2012, recuperando a posição que teria perdido em 2011. A Toyota teria totalizado 9,75 milhões de veículos de venda, com um aumento de 23%, enquanto a General Motors 9,29 milhões e a Volkswagen 9,07 milhões. A Nissan e a Honda também teriam vendas recordes, indicando que as japonesas superaram os problemas de abastecimento do Nordeste do Japão e da Tailândia, e apesar da crise mundial e os problemas de política internacional que enfrentam na China e na Coreia.

A Toyota inclui os dados da produção de minicarros da Daihatsu e os caminhões da Hino. O seu sucesso teria decorrido da boa aceitação do seu modelo híbrido Prius, dos sedans como o Camry e SUVs, além do luxuoso Lexus. A Nissan teria vendido mais 5,8% sobre o ano anterior, atingindo 4,94 milhões de unidades, e a Honda 3,82 milhões, com um aumento de 19%.

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O Desequilíbrio Econômico Mundial

27 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: câmbio, contribuição de Ronald McKinnon da Stanford, déficit fiscais e comerciais, juros

O conhecido professor emérito da Universidade de Stanford Ronald McKinnon publica um artigo no Project Syndicate dando sua posição no interminável debate sobre o atual desequilíbrio econômico mundial. Ele ensina no seu artigo que os atuais enfoques estão errados, tanto no suporte como na crítica, e para tanto elaborou o seu livro “The Unloved Dollar Standard: From Bretton Woods to the Rise of China”, que numa tradução livre poderia ser “O não amado padrão dólar: de Bretton Woods à ascensão da China”. As críticas que costumam ser feitas é que a taxa de juros do Fed – Banco Central dos Estados Unidos está baixa, com sua política favorecendo a expansão do crédito, tanto no país como em todo mundo inundado de dólares, com o aumento da dívida pública, o que faz com que o câmbio acabe valorizando as demais moedas (o que corresponde uma desvalorização do dólar), dificultando as exportações de muitos países, favorecendo as dos Estados Unidos. Apesar disto, o dólar continua como a principal reserva de valor, desde o término da Segunda Guerra Mundial e a realização da reunião de Bretton Woods, que criou o FMI – Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, para promover a recuperação da Europa e o Japão, destruídos durante o conflito, promovendo o chamado Plano Marshall.

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Ronald McKinnon

A China, o Brasil e os países europeus reclamam da política norte-americana, que também já provocou no passado a valorização do yen, como no chamado Acordo de Plaza. Mas o professor Ronald McKinnon ressalta que o problema não está nos aspectos monetários nem cambiais, mas no déficit fiscal de muitos países como nos Estados Unidos, que vem atrapalhando a economia mundial, como já ocorreu no passado.

Ele apresenta um gráfico mostrando os períodos onde os produtos japoneses e depois os chineses inundam os Estados Unidos, que continuam não resolvidos pelas medidas de política econômica, segundo o autor.

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Com tudo isto, infelizmente, todos continuam insatisfeito, e fazem o que entendem como mais favorável para o seu país, pois não conseguem diminuir os seus déficits fiscais, mais por questões políticas a que estão condicionados, como se vê tanto nos Estados Unidos, Europa como no Japão.


Desperdício de Alimentos nos Restaurantes

26 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no China Daily sobre o assunto, movimento dos restaurantes de Beijing, problema no Brasil

Um interessante artigo foi publicado por Cheng Yingqi no China Daily, um jornal oficial do governo chinês, sobre o movimento que está ocorrendo na China para evitar o desperdício de alimentos. Os funcionários dos restaurantes estão convidando os fregueses a levarem as sobras em recipientes ecológicos, para reduzir o desperdício. Cerca de 750 restaurantes de Beijing participam do movimento, recomendando que os fregueses só façam o pedido necessário para atender as necessidades de uma mesa. O tamanho das porções também está sendo reduzido à metade.

A estimativa feita pela Universidade Agrícola da China é que em 2007 e 2008 foram desperdiçadas 8 milhões de toneladas de proteínas e 3 milhões de toneladas de gorduras, o suficiente para alimentar cada ano 200 milhões de habitantes. Os chineses costumam tomar as refeições em grupos, não fazendo o pedido de um prato para cada pessoa, como costuma ocorrer em muitos países ocidentais.

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Funcionários de um restaurante chinês incentivam os fregueses a cooperarem com a campanha. Foto: Xinhua

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Xi Jinping e a Relação Sino-Japonesa

25 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: importância do intercâmbio econômico, tentativa de superar as disputas de ilhas, Xi Jinping aproveitou a visita do líder do New Komeito

Aproveitando a visita do líder do New Komeito, Natsuo Yamaguchi, a Beijing, coligado com o LDP – Partido Liberal Democrático que comanda atualmente o governo japonês, o secretário-geral do PCC – Partido Comunista da China, Xi Jinping, transmitiu que deseja preservar as relações bilaterais, apesar das disputas sobre as ilhas denominadas Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses. A notícia consta tanto do jornal econômico japonês Nikkei, baseado numa nota distribuída pela agência Kyodo, como do jornal oficial da china China Daily, que é a versão inglesa do Xinhua da China, que inclui uma foto da entrevista.

Todos sabem que a China vem utilizando muito das tecnologias das empresas japonesas instaladas naquele país, bem como os produtos chineses abastecem muito do mercado varejista do Japão, inclusive os supermercados. O intercâmbio de bilateral vinha sendo prejudicado pela disputa das ilhas Senkaku/Diaoyu, criando um clima hostil, que a revista inglesa The Economist aventava até chegar a um conflito armado. Muitas empresas japonesas instaladas na China, como as automobilísticas, estavam sofrendo quedas nas suas vendas para os chineses, e o número de turistas chineses para o Japão tinha se reduzido de forma sensível.

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Encontro de Natsuo Yamaguchi com Xi Jinping teve um clima amigável

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Testemunhando o Crescimento do Brasil

25 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico sobre novas saídas da produção de grãos pelo Norte, do leste de Mato Grosso do Norte para Santarém, hidrovias da Amazônia

As oportunidades de trabalho com o desenvolvimento regional na CIBPU – Comissão Interestadual da Bacia Paraná Uruguai, que envolveram o aproveitamento da experiência de Roosevelt no Vale do Tennessee, ajudaram a programar, com a assistência do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o aproveitamento integral do potencial energético da região Centro Sul do Brasil. Permitiu a colaborações com a Comissão da Faixa de Fronteira do Itamaraty, como no IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas do Ministério de Planejamento. Somaram-se as atividades na FEAUSP – Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e as das autoridades monetárias, quando o Banco Central do Brasil ainda se envolvia naquela época diretamente com o meio rural e infraestrutura, como na Transamazônica, na Cuiabá – Santarém e outros programas nacionais. E somadas, depois com a administração fundiária no INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do governo federal do Brasil, permitiram-me acompanhar a efetiva ocupação territorial de uma grande parte do país por algumas décadas, desde os anos sessenta do século passado. Muitas outras experiências, como a construção da Cuiabá Porto Velho ou até da Perimetral Norte, se somariam a uma lista inesgotável de projetos que tive o privilégio de acompanhar pessoal e localmente.

A construção de Brasília acelerou a ocupação em direção ao centro-oeste, quando o Brasil ainda se concentrava no litoral pouco integrado com o resto do país, que se mantinha com regiões bastante isoladas. Uma parte do Nordeste e do Centro-Oeste brasileiro ainda vivia de atividades extensivas e são recentes as notícias da ocupação intensiva do oeste baiano, de Tocantins, do Piauí e do Maranhão. O jornal Valor Econômico publica um artigo expressivo, elaborado por Gerson Freitas Jr., sobre as novas rotas para o escoamento da produção do leste do Mato Grosso do Norte, bem como parte do Pará pelos portos localizados no Amazonas, como Santarém e alternativas, inclusive com a formação da Associação dos Terminais Privados do Rio Tapajós. Grandes empresas multinacionais que trabalham com cereais, inclusive no Brasil, como a Cargill e a Bunge, já atuam procurando soluções alternativas e mais econômicas que os escoamentos pelos portos do Sul do país, que distam a mais de 2 mil quilômetros destas novas zonas produtoras.

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Cultura do Uso Eficiente da Energia

23 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: calor do forno de lenha, catavento, energia solar, formas eficientes, realidades rurais e urbanas

Duas matérias publicadas no Valor Econômico permitem algumas reflexões sobre a cultura do uso eficiente da energia. Numa, elaborada por Dauro Veras, refere-se ao aproveitamento do calor gerado num forno de lenha no meio rural brasileiro, o que sempre foi feito de alguma forma, podendo ser aperfeiçoado. Outra, de Andrea Vialli, levanta o problema da queima doméstica de lenha, referindo-se mais à realidade urbana, informando que o uso da biomassa como a lenha, além de consumi-las em grande volume, pode gerar problemas de saúde pública decorrentes das fumaças.

O assunto permite especular um pouco sobre a cultura do melhor aproveitamento de qualquer energia. Mesmo com os inconvenientes apontados, há que se constatar que existe uma realidade brasileira, notadamente no meio rural, e também em alguns estabelecimentos como restaurantes e pizzarias, onde ainda existem fogões ou fornos que utilizam a lenha. Sempre se aproveitou, por exemplo, as serpentinas para uso de parte deste calor para o aquecimento da água, que acaba sendo ecológico, no balanço final, sempre que se esteja economizando mais outros combustíveis. As fumaças são possíveis de serem controladas, ainda que impliquem em investimentos para tanto e as lenhas utilizadas hoje são provenientes de reflorestamentos, como os de eucaliptos.

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Fogo de lenha tradicional e forno de lenha utilizada na maioria das pizzarias

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Inspirações Para os Futuros Projetos da Ford

22 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Marli Olmos para o Valor Econômico, observações para inspirar projetos futuros, produtos orgânicos, tendências futuras dos hábitos humanos

Marli Olmos é uma jornalista com rara sensibilidade e elevada competência para captar sutilezas que vão marcando a mudança de comportamento de algumas empresas, como no caso da Ford. Ela publica um expressivo artigo no Valor Econômico, mostrando os esforços que estão sendo feitos para captar as tendências que devem orientar os projetos futuros daquela empresa. A Ford criou um grupo baseado na sua matriz em Dearborn, em Michigan, mas que parece ter ramificações em muitos países onde atua.

Ela informa que os engenheiros da Ford utilizam informações sobre os hábitos das pessoas que devem servir para definir os modelos futuros. Cita, por exemplo, a preferência do tomate sem agrotóxico, ainda que ele não seja de melhor aparência, ou o comportamento dos filhos nas escolas. Não é um problema simples, mas algumas tendências acabam sendo definidas para o futuro, que se procura atender. No fundo, procura-se produzir até automóveis que procuram estar em sintonia com o comportamento das pessoas, ainda que elas sejam emocionais.

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Marli Olmos

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As Dificuldades de Execução dos Projetos

22 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: difícil execução dos projetos, discursos das autoridades, execução dos planos, formulação da política

Ainda que muitas autoridades elaborem bons planos de governo, e seus discursos sejam bem formulados, verificam que existem mais dificuldades para a sua execução do que estimavam. Há um dito em política que diz que o papel aceita tudo, mas a execução dos projetos e programas exigem mais suor e paciência, além de outras habilidades indispensáveis, para se tornarem realidade, principalmente num cenário interno e externo pouco favorável. Quando existe um entusiasmo geral, tudo parece mais fácil de ser executado, ainda que sempre haja exageros e desperdícios nestes movimentos emocionais. Quando se trata de reerguer a economia, com o pessimismo sendo alimentado pelos adversários políticos, tudo parece ficar mais complicado.

Isto não acontece somente no Brasil, mas na maior parte do mundo, tanto desenvolvido como emergente. Ainda que muitos críticos aleguem que o governo brasileiro só se preocupa com o aumento da demanda, parece que ele também se torna indispensável, pois quando a economia mundial ainda está contida, fica difícil alavancar a economia com os estímulos das exportações. E sem demanda ou suas expectativas, infelizmente, não se efetuam investimentos, pois os públicos encontram tanto a barreira dos recursos disponíveis, como de executores eficientes, havendo grandes riscos de desvios.

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Mudanças Com as Reduções Populacionais

22 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: brasileiros contam com dificuldades para algumas análises, economias com redução da população, o caso da Rússia, o caso do Japão

Um interessante artigo de Andrew E. Kramer, publicado originalmente no The New York Times, foi republicado no suplemento da Folha de S.Paulo em português. Refere-se a recente multiplicação de shoppings na Rússia para atender a classe média local, ainda que sua população venha se reduzindo recentemente. Este tipo de redução populacional observa-se também no Japão, que provocam fenômenos pouco conhecidos em países como o Brasil, que continua aumentando a sua população, ainda que na faixa dos mais idosos.

Naturalmente, quando a taxa de crescimento populacional passa a ser negativa, muitas das demandas que eram fortes no passado passam a deixar espaços para outras. Por exemplo, o número de habitações necessárias diminui ainda que haja espaços para as suas melhorias, os investimentos em ensino primário diminuem, maternidades ficam menos necessárias e outros gastos indispensáveis para as crianças ficam reduzidas, tanto para o governo como para as famílias. É interessante observar que demandas de produtos de melhor qualidade tendem a subir, inclusive muitos de luxo, com as poupanças realizadas.

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Alguns shoppings de Moscou

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