7 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: o desenvolvimento dos países que constituíam a URSS, pouca atenção a eles, poucas notícias
Apesar de muitos receberem notícias esparsas sobre os países que constituíram a antiga URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, elas não vêm recebendo da opinião pública mundial a mesma atenção, por exemplo, dos países do Sudeste Asiático, ainda que também passem por uma expansão econômica e consolidação política. Alguns destes países já tinham a sua importância antes de se separarem da Rússia, como a Geórgia, a Ucrânia, a Lituânia, o Azerbajão e os demais que são menos lembrados. Outras já eram independentes como a Polônia, a Hungria, a Yugoslávia, a Romênia, a Bulgária, a República Checa e a Eslováquia, apesar de serem consideradas do Leste, e também terem tendências socialistas, com muito planejamento centralizado.
O fato concreto é que estes países que já contavam com uma população com etnia definida, cultura consolidada, bem como uma infraestrutura respeitável, estão passando por uma nova fase de aceleração do crescimento, até por estarem fora da zona do euro e com políticas econômicas diferenciadas. Contam com respeitáveis recursos humanos e naturais, além de estruturas econômicas elaboradas, sendo competitivos em muitas atividades.
Mapa do Leste Europeu e a Torre de Azerbajão
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1 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: arremedo de solução na última hora, dificuldades dos democratas e republicanos, não é uma orientação com forte suporte
Ainda que na última hora, chegou-se a um acordo para que os Estados Unidos, e com eles o resto do mundo, não precipitasse num abismo com consequências imprevisíveis. O vice-presidente Joe Biden conseguiu com a liderança dos republicanos no Senado um arremedo de solução, que ainda vai exigir aprovações complementares dos deputados, que possuem mais poder no sistema norte-americano, fazendo maiores concessões do que pretendido por Barack Obama. O presidente desejaria que os aumentos dos impostos atingissem os que possuem renda acima de US$ 250 mil anual, mas o entendimento chegou a US$ 450 mil por família, sendo de US$ 400 mil por membro, livrando parte da classe média. Não estão ainda muito claros os cortes de despesas que serão efetuados, pois os gastos de saúde centrados no Medicare, que são caros para os democratas, também devem ser afetados.
Na realidade, os republicados que possuem metade do eleitorado norte-americano, como os democratas, estão profundamente divididos, entre os mais radicais conservadores com os mais liberais como acontece também em outras grandes agremiações políticas. Não desejam que Barack Obama tenha chances elevadas de uma boa administração, aumentando as restrições de gastos que já são grandes.
A Casa Branca e o Congresso dos Estados Unidos
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1 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: atividade comercial, comportamento passado no Ano Novo, lojas de departamento e supermercados funcionando no primeiro dia do ano, relacionamento com a família
Surpreendente a notícia divulgada pelo jornal Japan Today. Até o ano passado, o costume era as lojas de departamentos como os supermercados japoneses se manterem fechados no primeiro dia do ano, e muitas empresas até por mais dias, permitindo que seus funcionários fossem visitar os familiares, muitos no interior do Japão. A notícia informa que neste ano as lojas já oferecem no primeiro dia do ano os chamados fukubukuro, ou seja, pacote da sorte, ofertas especiais, estando abertos para o público.
A notícia é que lojas de departamento como o Sogo & Seibu, Takashimaya e Mitsukoshi, os mais conhecidos no Japão, já abrem suas portas no chamado sho-gatsu, ou seja, o Ano Novo. Informa-se que o Seibu de Ikekukuro, um dos maiores em Tóquio, preparou 150 mil destes pacotes, que chegam ao preço de 100.000 yens, ou seja, mais de US$ 1.100. A loja recebeu na parte da manhã do dia 1º cerca de 20 mil compradores.
Mitsukoshi, de Ginza, em Tóquiio, que abriu neste 1º de janeiro
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1 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apesar dos analistas econômicos, brasileiro inaugura 2013 com otimismo, pesquisa da Datafolha, sentimento importante para o crescimento
O brasileiro é essencialmente um otimista, uma qualidade rara no mundo atual. Apesar do constante bombardeiro da opinião de analistas econômicos, notadamente os envolvidos com o sistema financeiro, a pesquisa da Datafolha publicada neste início do ano na Folha de S.Paulo mostra que a população continua otimista com as expectativas da economia no Brasil, segundo artigo da jornalista Patrícia Campos Mello. Os dados foram levantados em meados de dezembro último em 160 municípios brasileiros, e 44% dos pesquisados indicaram que a situação vai melhorar, e outros 38% que ela vai se manter. Somente 13% estão com a expectativa de piora. Não adianta brigar com estes dados.
Entre outras coisas, isto indica que as análises econômicas publicadas ou divulgadas pouco atingem a população, que se baseiam mais nos fatos que a cerca mais diretamente que nos dados que são divulgados. A pesquisa foi bastante ampla, com 2.588 entrevistados, e a Datafolha costuma ser cuidadosa na elaboração da amostragem, e a margem de erro é somente de 2%, não afetando os resultados. Esta tendência vem se mantendo desde fins de 2009, portanto, há três anos. Todos os gráficos estão na página A11 da edição de 1º de janeiro.
Consumidores invadem a Rua 25 de Março, em Sáo Paulo, nas compras de final de 2012
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31 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Abe convoca empresários e acadêmicos experientes, dificuldades com divergências passadas, o Conselho de Política Econômica e Fiscal do Japão, tentativas
Diante dos desafios de política econômica, o novo governo de Shinzo Abe convoca para o seu Conselho de Política Econômica e Fiscal nomes conhecidos entre empresários e acadêmicos. Mas as divergências passadas com alguns deles impedem que alguns mais expressivos fossem escolhidos, como o atual presidente do Keidanren, a poderosa federação das organizações econômicas, levando à escolha do seu vice-presidente. Também entre acadêmicos algumas divergências passadas com membros do atual gabinete exigiram que os preferidos fossem alocados em outras entidades auxiliares do governo.
O jornal econômico Nikkei anunciou que o Conselho será composto pelos experientes empresários presidentes da Toshiba, Norio Sasaki, e da Mitsubishi Chemical, Yoshimitsu Kobayashi. Estes empresários devem ajudar o governo a formular uma política pragmática, pois são presidentes também do poderoso Doyukai, que reúne executivos de grandes empresas e vice-presidente do famoso Keidanren, por não poder contar com o atual presidente.
Primeiro-ministro Shinzo Abe. Foto: Koji Sasahara/Associated Press
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31 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ajuda importante, aumento de imigrantes qualificados para o Brasil, aumento expressivo de pedidos de CPF, notícia de site de O Globo
Um artigo de Cristina Tardáquila publicado no site de O Globo é um indicador do aumento de imigrantes qualificados do exterior para o Brasil nos anos recentes. Segundo a notícia, somente de janeiro a dezembro deste ano, foram solicitados 87.787 novos CPF – Cadastro de Pessoas Físicas de estrangeiros no Brasil, o que representa um aumento de 10% sobre o ano anterior, e quase três vezes maior do que obsevado há uma década.
Esta curva de novos imigrantes estrangeiros em ascensão são também confirmados pelo RNE – Registro Nacional de Estrangeiros que é emitido pelo Ministério da Justiça. Em 2002, eram 22.418 os estrangeiros residentes permanentemente no Brasil e no ano passado saltou para 1.466.584 no ano passado, salvo alguma incorreção na notícia. Isto representa o equivalente à população de uma cidade como Porto Alegre.
Passaportes de diversas procedências mostram o ciclo imigratório para o Brasil
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30 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as irregularidades climáticas, as negociações internacionais, entendimentos mínimos nos momentos extremos, extremos de calor e frio
Todos estão sendo informados dos fenômenos climáticos que estão ocorrendo em todo o mundo. Aqui no Brasil, a população vem enfrentando um calor inusitado, e em muitas localidades no Hemisfério Norte são divulgadas notícias de um frio raramente sentido, com elevadas ocorrências de mortes além de apreciáveis problemas econômicos. Ao mesmo tempo, tempestades como o Sandy na região de Nova Iorque e muitos na Ásia e no Pacífico causam devastações catastróficas. Ainda que não possam ser relacionadas cientificamente com o aquecimento global, estas tragédias devem sensibilizar as autoridades, mesmo que existam restrições econômicas.
O professor Michael Jacobs, que é visitante no Granhtam Research Institute on Climate Change and the Environment na London School of Economics, publicou no Project Syndicate um artigo que merece atenção. Com base no que resultou da última reunião de Doha, onde 200 países concordaram somente em estender o Protocolo de Kyoto até 2015, esperando-se que até lá seja alcançado um novo acordo mais avançado e detalhado, inclusive com a adesão dos Estados Unidos e da China. Na realidade, isto foi obtido para não se registrar um fracasso completo.
Secretário Geral da UN Ban Ki-moon discursa durante reunião de Doha 2012
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30 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: desafios para o governo Shinzo Abe, dificuldades externas, necessidade de superação do ceticismo, política monetária e fiscal, pragmatismo com as promessas feitas, problema cambial
Nunca um partido, tanto do PLD – Partido Liberal Democrata como do DPJ – Partido Democrata do Japão, assumiu o governo com tão baixo prestígio popular, segundo o jornal Nikkei, baseado nas pesquisas de opinião. Pode ser que isto acabe sendo uma ajuda, pois todos que começaram com expectativas elevadas acabaram colhendo fracassos. Na última eleição, o PLD colheu um resultado arrasador, mas decorreu dos eleitores votantes que foram menores que nas eleições anteriores, pois no Japão o voto não é obrigatório. E os eleitores optaram pelo menos ruim, contra o governo do DPJ. O programa que vem sendo apresentado pelo novo governo, constituído de muitos veteranos, é conservador e nacionalista no discurso, mas com possibilidades ainda duvidosas de execução.
Apesar da pretensão nacionalista, o novo governo precisa ser pragmático nos seus relacionamentos com a China e a Coreia, bem como com os Estados Unidos, que, mesmo sendo o principal aliado, não conta com condições de proporcionar um apoio maciço aos japoneses, pois luta com suas próprias dificuldades internas. A maior expansão na sua política monetária não pode ser o instrumento suficiente para ativar sua economia, perseguindo um aumento da inflação que vem se comportando deflacionariamente, e uma desvalorização do yen não depende somente do Japão. O aumento da competitividade japonesa no atual cenário internacional não é uma tarefa fácil, e o elevado nível da dívida pública japonesa já é uma limitação substantiva.
Primeiro-ministro Shinzo Abe posa com membros de seu novo gabinete
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30 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo no Nikkei, surpreendente transformação de Mianmar, ultima fronteira no Sudeste Asiático
Mesmo no mundo que enfrenta os mais variados problemas, observa-se que Mianmar, antiga Burma, está chamando a atenção mundial pela sua surpreendente transformação. Este país do Sudeste Asiático está sendo considerada a última fronteira do desenvolvimento, contando com uma população de 60 milhões de habitantes. Faz fronteira com a Tailândia, China, Laos, Índia e Bangladesh. Como passou por uma das mais terríveis guerras civis, com a participação de um dos mais violentos regimes autoritários, tornou a sua principal dissidente Aung San Suu Kyi merecedora do Prêmio Nobel da Paz, mas ela foi mantida em prisão domiciliar por longo tempo. Hoje, ela que é uma parlamentar eleita em 2010, primeira eleição livre depois de 20 anos, ajuda a atrair a atenção do mundo para apoiar o seu desenvolvimento e na consolidação de sua frágil democracia.
Um artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei informa que o Japão está ajudando na instalação de sua infraestrutura, enquanto os seus ruralistas criam o búfalo e a população começa a receber as primeiras assistências para a melhoria de sua condição de vida. Instalam-se zonas econômicas especiais como em outros países asiáticos, notadamente a China. Como os salários locais são baixos, atraem hoje a indústria de confecções do exterior, e a população procura habilitar-se no uso da informática. Tudo está ajudando a transformar o país num alvo de interesse internacional, tendo merecido a visita do presidente Barack Obama recentemente.
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28 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo sobre o custo da retirada no The Washington Post, parte das dificuldades dos Estados Unidos, reproduzido em português no O Estado de S.Paulo
Um artigo de Walter Pincus, do The Washington Post, foi republicado em português no O Estado de S.Paulo, tratando do alto custo da retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, estimado em mais de US$ 5,7 bilhões, quando a economia dos Estados Unidos enfrentam problemas. Não se trata de um caso isolado, mas uma sequência que vem do Iraque e outras intervenções que sempre resultaram em poucos resultados positivos do ponto de vista militar e político. Estima-se que os Estados Unidos gastaram US$ 1 trilhão ou mais no Afeganistão, que, por não ser um país marítimo, exigirá elevadas despesas para a retirada.
Todas estas intervenções militares, desde a Guerra do Vietnã, apresentaram custos fabulosos, sem que os resultados fossem satisfatórios. Espera-se que os Estados Unidos já tenham aprendido estas lições, mas continuam cogitando delas envolvendo parceiros que não parecem dispostos a arcar com parte dos seus custos. Mesmo no atual caso da Síria, todos procuram, no máximo, um bloqueio do fornecimento de armamentos e outros suprimentos vitais para o governo sírio que insiste em se manter no comando, ainda que tendo com uma oposição generalizada, interna e externa.
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