23 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, mudanças na estrutura da importação, problemas existentes | 2 Comentários »
Marta Watanabe, jornalista do Valor Econômico, publica um interessante artigo na edição de hoje, referindo-se, com base nos dados até agosto último, que a China ultrapassou os Estados Unidos e a Argentina como a principal fonte das importações brasileiras, utilizando dados da Funcex e do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Utiliza informações fornecidas por Welber Barral para mostrar que os produtos importados da China não são mais quinquilharias, mas produtos intermediários, inclusive de bens de capital, como decorrência dos investimentos dos grupos chineses que estão sendo feitos no Brasil.
Segundo o artigo, os negócios intracompanhias estão aumentando, como já ocorreu em outros países, nas empresas automobilísticas que traziam alguns modelos e componentes do exterior, ao mesmo tempo em que promovia a exportação de outros. Não parece que o caso chinês se enquadra dentro deste esquema, ainda que algumas empresas como a SANI, de equipamentos pesados para a construção civil, já promovem a importação de máquinas e componentes, sendo difícil que faça o mesmo a partir do Brasil.
Gráfico publicado no Valor Econômico
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23 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do Project Syndicate, artigo do The Economist, crescimento de um estágio modesto, distribuição de renda, sustentabilidade | 2 Comentários »
O The Economist desta semana publica dois artigos importantes sobre a África. Um aponta as dificuldades que começaram a se manifestar na África do Sul, que representa 40% da economia daquele continente e outro mostra, num contraste, o boom econômico que está se observado na grande região subsaariana, com investimentos asiáticos bem como interesses brasileiros. Ao mesmo tempo, especialistas nestas regiões, como Jean-Michel Severino e Emilie Debled, publicam no Project Syndicate um artigo que indica que das dez economias mais rapidamente crescente em 2011, seis estão na África, enquanto a dívida externa do continente que era de 63% do PNB em 2000 caiu para 22,2% no ano passado e a inflação que era de 15% baixou para 8%.
Ainda que estes dados sejam impressionantes, eles, que são bem-vindos, exigem alguns cuidados nas suas apreciações. Muito deste crescimento está fortemente ligado ao petróleo e matérias-primas minerais, cujas receitas costumam estar concentradas em poucas mãos, e, na medida em que se observa o desenvolvimento, as tensões, como da África do Sul, acabam se expressando. Evidentemente, o continente pode ser considerado o último reduto onde a disponibilidade de recursos naturais, inclusive solos cultiváveis, é abundante, e muitos dos consumidores dos seus produtos estão interessados nos investimentos, com destaque para a China.
Geograficamente, muitos países cabem no continente africano
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22 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises mais profundas, o crescimento econômico modesto no Brasil, os dados do FMI sobre algumas economias no mundo, outros dados comparativos
Samuel Pessoa, competente economista da FGV – Fundação Getúlio Vargas, publicou neste fim de semana na Folha de S.Paulo um artigo agrupando alguns dados de crescimento econômico, dividindo por períodos entre 1994 a 2002, 2002 a 2010 e 2011 a 2012, relativos à América Latina e alguns países da região. Ele se baseia nos dados divulgados pelo FMI – Fundo Monetário Internacional e enfatiza que o Brasil está registrando um crescimento recente abaixo dos seus vizinhos, e que o assunto deverá ser analisado com profundidade no futuro próximo.
Estes dados são difíceis de serem contestados, mas parece que a ligação direta com a política econômica adotada nestes períodos parece apresentar dificuldades. Neste período, com todos os pesares, houve uma mudança significativa nos segmentos da população brasileira que ascenderam economicamente, com uma boa melhoria na distribuição de renda pessoal e regional que sempre foi precária, e continua abaixo do desejável. O Brasil consolidou a sua democracia, o que ainda apresenta dificuldades em muitos países vizinhos, que perseguem caminhos semelhantes.
Samuel Pessoa, da FGV
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22 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Marcos Caramuru de Paiva, desejos das grandes cidades, dificuldades, o que resta na alma do povo
Marcos Caramuru de Paiva, num brilhante artigo publicado na sua coluna na Folha de S.Paulo, expressa a sua aspiração, que é de muitos, para que os intensos interesses econômicos entre a China e o Japão levem a um entendimento na disputa de ilhas entre os dois países. O sonho que vinha se montando é o da formação de um acordo de investimentos que evoluiria para uma zona de livre comércio envolvendo também a Coreia do Sul. No entanto, parece que as disputas de ilhas entre os dois países despertaram os sentimentos nacionalistas que foram agravados durante as guerras do século XX, difíceis de serem apaziguados, notadamente na China.
Nos grandes centros metropolitanos da China ao longo da costa, estes problemas estão minorados pelos intensos interesses comerciais, notadamente entre os jovens que não viveram os dramas passados. No entanto, como já afirmava Charles De Gaulle, existe uma “France profonde” como também no “Green belt” norte-americano, muitos dos sentimentos da população restringem-se aos nacionais e locais. O mesmo parece acontecer no interior do Japão e da China, onde é possível detectar a alma de sua população. Somente admitindo estas diferenças é que se pode chegar a uma forma de convivência respeitável entre um país desenvolvido economicamente e outro emergente de todos os pontos de vista.
Marcos Caramuru de Paiva
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19 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análise com sua experiência internacional, artigo sobre o Brasil no The Economist, avaliação da redução da taxa de juros
A longa e ampla experiência de análises econômicas internacionais confere aos artigos publicados no The Economist uma importância ímpar, resumindo o que deveria de amplo conhecimento dos brasileiros. No número desta semana, com o título inspirado na declaração recente da presidente Dilma Rousseff, trata do assunto que “não existe mais almoço grátis”, que originalmente é de Milton Friedman. Trata do assunto da queda de juros reais, redução do spread e do lucro bancário que está sofrendo fortes pressões.
O Banco Central do Brasil reduziu a taxa Selic para 7,25% quando analistas ligados ao sistema bancário esperavam a sua manutenção em 7,50% diante do surgimento de algumas pressões inflacionárias, que a colocavam acima da meta inflacionária. O mercado entendeu que as autoridades monetárias estavam dando maior importância ao crescimento modesto da economia brasileira neste ano, ainda que tenha anunciado que deve ser a última redução por um longo período.
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18 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aproveitamentos legítimos das condições atuais do mercado internacional, o artigo de Boris Korby e Benson Drew postado no Bloomberg, riscos diante das flutuações que podem ocorrer
Como exemplo, o artigo publicado pelos jornalistas Boris Korby e Benson Drew no Bloomberg sobre o atual crédito ao Brasil, classificando seus bonds como os mais perigosos entre os dos BRICS, podem ser considerados no mínimo indelicado ou parcial, aparentando estar elaborado pelo fígado e não pelo cérebro. Eles afirmam que não receberam respostas dos assessores de imprensa da Vale, Odebrecht e Petrobras aos e-mails enviados para comentarem a situação. Parece natural que as empresas brasileiras aproveitem a situação presente, onde existe uma grande liquidez, e os títulos das empresas brasileiras gozem de juros baixos e proporcionem prazos longos.
As políticas adotadas pelos países desenvolvidos, na tentativa de elevar seus níveis de atividade, ampliam a disponibilidade de recursos, provocando condições favoráveis para a renovação de empréstimos, principalmente os de vencimentos próximos e juros mais baixos. Não há dúvidas que um dia estas políticas podem voltar a elevar os seus juros, mas não se sabe quando, e tudo indica que não será no futuro próximo. Evidentemente, os que efetuaram investimentos de longos prazos, com juros modestos, podem enfrentar situações diversas às atuais.
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16 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Nippon Steel e Sumitomo Metal com novas chapas para veículos, noticias do Nikkei, produção nos países emergentes
O jornal econômico japonês anuncia que a Nippon Steel e a Sumitomo Metal, que estão providenciando a sua fusão, irão produzir na Tailândia, no México e no Brasil chapas de aço para serem utilizados nos veículos com tecnologias avançadas, como na Usiminas – Usina Siderúrgica de Minas Gerais. A previsão para a Tailândia e o México é para 2013, e elas serão 60% mais resistentes, cumprindo as normas de segurança ao mesmo tempo em que seu peso proporcionará redução entre 10 a 20%. O peso terá redução de 5 a 10% nos novos veículos, proporcionando mais eficiência no consumo de energia.
As indústrias japonesas de automóveis nos países emergentes, como a Nissan, a Honda e a Mazda, estão construindo fábricas no México. A Nissan está no Brasil e a Mitsubishi Motors na Tailândia, todos visando veículos mais eficientes no consumo de combustíveis. A Nippon Steel e a Sumitomo Metal produzem tais chapas de aço atualmente no Japão, nos Estados Unidos e na Europa, e ainda mantinham as tradicionais nos países emergentes.
Estas chapas eficientes para os veículos da maior siderurgia japonesa ainda são superiores às da Posco coreana e da Baosteel chinesa, mas elas também estão na corrida para aperfeiçoar seus produtos.
Estas evoluções têm sido constantes no tempo. Os primeiros veículos utilizavam chapas de aço extremamente resistentes, mas pesadas. As atuais parecem folhas maleáveis, para evitar os impactos e danos aos passageiros, mas apresentam expressivos ganhos na eficiência energética, que está sendo perseguida pela indústria automobilística em todas as partes do mundo.
16 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cobrindo a maioria dos temas, direções de Cley Scholz, do Estado, do Globo, e Cristina Alves, quatro números, reconhecimento das dificuldades, suplemento conjunto de O Estado de S.Paulo e O Globo
Reconhecendo que a economia brasileira enfrenta problemas para se situar entre os primeiros do mundo, os jornais O Estado de S.Paulo e O Globo tomaram a iniciativa de publicar quatro suplementos especiais visando cobrir os principais temas. Designando equipes para tanto, começam reconhecendo que, apesar de alguns avanços, o Brasil ainda se situa no 48º lugar no ranking mundial, enfrentando problemas como a insuficiência na inovação, regulação de moedas estrangeiras, acesso a financiamentos, corrupção, falta de preparo da força de trabalho, relações trabalhistas restritivas, burocracia governamental, carga tributária, deficiência na infraestrutura e regulações tributárias.
Apontam que o governo não consegue fazer os ajustes necessários sem reformas, os juros começam a baixar e o câmbio se desvaloriza, as exportações concentram-se nos produtos primários, os componentes eletroeletrônicos estão emperrados, a logística está atrasando o desenvolvimento, os portos são um problema, a tecnologia é uma grande barreira, os transportes são de má qualidade, o setor privado deve investir em infraestrutura, os executivos brasileiros são globais, componentes internacionais podem ajudar, parcerias ajudam a Embrapa, casos de adaptação, ousadia da Embraer, Marcopolo mantendo-se competitiva, entre outros casos.
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15 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: assuntos que exigem reflexões, comparações internacionais, conjunto de artigos, inovações tecnológicas comentados no Eu & Fim de Semana do Valor Econômico, patentes e questões judiciais
O suplemento Eu & Fim de Semana do Valor Econômico publica conjunto de artigos para tratar da procura brasileira por espaços na competição tecnológica que vem ocorrendo no mundo. Muitos assuntos abordados procuram despertar a atenção dos leitores sobre as importâncias de esforços sistemáticos nas inovações tecnológicas para manter o Brasil competitivo no atual mundo globalizado. O primeiro artigo, de Chico Santos e Cyro Andrade, refere-se às preocupações atuais da INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial, com o seu presidente Jorge Avila colocando seu foco na verdadeira guerra de patentes em curso no mundo. Apesar dos esforços que começam a ganhar impulso no Brasil, observa-se, com as patentes requeridas e concedidas nos Estados Unidos, comparadas com a China e Índia, que estamos ainda muito atrasados nos últimos anos.
Gráfico publicado no Valor Econômico
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13 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: além do FMI-Banco Mundial, mudanças no Japão, notícias na Folha de S.Paulo, o caráter os japoneses
Logo depois de ter comentado com um importante diplomata japonês sobre a escassez de notícias sobre o Japão nos meios de comunicação do Brasil, apesar da simpatia com que os brasileiros viam os japoneses, fui surpreendido pela edição do último sábado da Folha de S.Paulo. Além de noticiar sobre a reunião do FMI/Banco Mundial que se realiza em Tóquio, como um acontecimento internacional parcialmente esvaziada pela crise mundial, as eleições de novos dirigentes em muitos países do mundo, o boicote dos principais líderes chinesas do segmento econômico-financeiro ao evento diante das disputas sobre algumas ilhas, fui surpreendido por duas outras notas que ressaltam os comportamentos dos japoneses e algumas mudanças em marcha.
O diplomata e escritor Alexandre Vidal Porto escreverá regularmente numa coluna da Folha de S.Paulo, e comenta que o individualismo está sendo recuperado no Japão, principalmente entre os jovens, ao lado do coletivismo que era a marca mais acentuada da organização japonesa. Álvaro Pereira Junior comenta na sua coluna semanal sobre o Japão gentil, diante de algumas experiências por que passou naquele país.
Álvaro Pereira Junior Alexandre Vidal Porto
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