1 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de J. Berkeshire Miller no The Diplomat, entendimentos bilaterais naturais, estabilidade do Pacífico
Um artigo publicado por J. Berkshire Miller, um especialista em segurança no Pacífico, no site do The Diplomat relata o fortalecimento dos entendimentos bilaterais entre o Japão e a Austrália, ressaltando que isto fortalece a segurança e a economia na região do Pacífico. O comércio bilateral chega a US$ 70 bilhões, com as exportações australianas atingindo US$ 50 bilhões. O peso econômico dos dois países chegam a US$ 7,3 trilhões em 2011, aproximadamente igual à soma de China, Índia, Rússia, Coreia do Sul e os países do ASEAN – Associação dos Países do Sudeste Asiático todos juntos.
A colaboração entre a Austrália e Japão não se resume aos aspectos econômicos, mas se estendem à política externa e aos problemas relacionados com a segurança internacional da região do Pacífico, que envolve uma cooperação com os Estados Unidos, no momento que a China está aumentando a sua influência na região. Até o problema dos armamentos nucleares entram em pauta, na medida em que a Coreia do Norte acaba representando um risco para o Japão e países mais próximos.
Primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda e a primeira-ministra australiana Julia Gillard
Leia o restante desse texto »
1 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: democracia sem vigor econômico, falta de uma forte liderança política na Índia, trabalho do Manmohan Singh
Nos tempos atuais, todos os países têm os seus problemas, pois sem um crescimento vigoroso da economia mundial não se conta mais com o vento de cauda que poderia ajudar os diversos países. The Economist, com sua posição liberal, dedica a edição desta semana para uma análise mais profunda dos problemas dos indianos. Afirma que com Mahtma Gandhi e Jawaharial Nehru, a Índia conquistou a sua independência e regime democrático, mas manteve para a sua bilionária população um crescimento econômico muito modesto. Sem contar com um regime autoritário ou fortes líderes religiosos, está numa fase de mudanças, mas que exigem reformas que não estão sendo feitas, mesmo depois que Manmohan Singh, então ministro das finanças, começou liberalizar a sua economia.
A revista considera que Manmohan Singh, ainda que um bom economista, não é um grande líder político capaz de fazer com que os políticos indianos efetuem as reformas necessárias. O governo continuou detendo diversos setores, mantendo regulamentações que não foram capazes de estimular fortemente investimentos externos, ao mesmo tempo em que alguns grandes grupos locais cresceram, sem beneficiar a massa dos trabalhadores, persistindo a corrupção. Os serviços, como de saúde e educação, não conseguiram melhorar, e o atual crescimento voltou a ser novamente modesto.
Manmohan Singh
Leia o restante desse texto »
1 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análise cuidadosa, extenso artigo de Kátia Mello no Eu & Fim de Semana, suplemento do Valor Econômico
Para quem nasceu quando a família morava no bairro da Liberdade e acompanhou a sua longa evolução, o cuidadoso artigo de Kátia Mello, publicado no suplemento do jornal Valor Econômico, Eu e Fim de Semana, além de ser motivo de orgulho, pode certificar que decorre de um levantamento cuidadoso, que revela a sua complexidade. O bairro, que hoje pode ser considerado oriental, teve uma predominância inicial de japoneses, mas atualmente os proprietários dos principais estabelecimentos comerciais são chineses, com alguma participação dos coreanos.
Os imigrantes japoneses começaram a ocupar o bairro a partir da rua Conde Sarzedas, que perdeu a sua importância desde o período em que os japoneses foram removidos para outros bairros durante a Segunda Guerra Mundial. O atual centro é na praça onde se situa a estação do metrô, no início da rua Galvão Bueno. Ainda que muito frequentada por descendentes e japoneses e brasileiros em geral interessados em produtos orientais, as principais lojas são de propriedade de chineses de várias regiões, muitos de Taiwan. Mas como todos são originários do Extremo Oriente, os ocidentais têm dificuldades de fazer as distinções, que estão ficando mais difíceis mesmo entre os orientais, pois muitos hábitos estão se tornando globalizados.
Ano Novo chinês e a festa japonesa Hanamatsuri, que celebra o nascimentode Buda
Leia o restante desse texto »
27 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do Nikkei, aumento dos meios de pagamento, guerra cambial, menção as críticas do ministro Guido Mantega
Um artigo publicado no jornal econômico Nikkei reconhece o que foi denunciado pela presidente Dilma Rousseff no seu discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, e repetidas vezes pelo ministro Guido Mantega como uma “guerra cambial”, está ocorrendo, com crescentes pressões para maiores “Competitive Easing”, diante da valorização do iene perante o dólar norte-americano. Aliás, o artigo faz menção direta ao ministro Guido Mantega sobre o “currency war”.
Todos sabem que os Estados Unidos, desde o episódio da quebra do Lehman Brothers em 2008, vêm provocando o “quantitative easing”, também conhecido por alguns como “monetary easing”, que nada mais é que o aumento dos meios de pagamentos, facilitando o aumento dos empréstimos dos bancos. Acontece que isto acaba provocando um aumento do fluxo de recursos para economias consideradas seguras, como a brasileira, provocando a valorização de suas moedas, fazendo com que os seus produtos fiquem com menor capacidade de competição no mercado internacional. Dificultam as exportações e aumentam as importações e os gastos de turismo no exterior.
Gráfico publicado no Jornal Nikkei
Leia o restante desse texto »
27 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: correção das distorções, custo dos cartões de crédito, queda de juros, Valor Econômico abordando temas importantes
Mesmo com as resistências dos bancos, as pressões oficiais estão provocando uma paulatina queda de alguns dos juros mais escorchantes. Os que incidiam sobre os saldos negativos dos cartões de crédito, segundo muitos artigos publicados pela imprensa brasileira, como o Valor Econômico, começam a apresentar quedas significativas, pois eram exageradas, mesmo considerando todos os riscos envolvidos. Começando com os bancos oficiais, foram se estendendo para os principais bancos privados, que procuram manter suas receitas com a criação de novos encargos pelos serviços de outras naturezas.
Artigos de Cristiano Romero, Felipe Marques, Carolina Mandi, Natalia Virie e Marina Falcão, todos do Valor Econômico, procuram descrever o que está acontecendo sobre diversas facetas. Assim, informam que as empresas de varejo podem ser prejudicadas, pois estavam parcelando muitas das suas vendas “sem juros”, quando na realidade os consumidores que pagavam à vista não obtinham os descontos dos custos financeiros embutidos, e os bancos davam retaguarda a estas empresas para contarem com recursos para estas vendas parceladas.
Sede do Banco Central do Brasil em Brasília
Leia o restante desse texto »
25 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a coluna de Delfim Netto, experiência de Stanley Fischer, Valor Econômico, visões diferentes
Na sua coluna semanal no Valor Econômico, o professor Antonio Delfim Netto faz uma análise da invejável carreira do economista Stanley Fischer, que na vida acadêmica, no FMI – Fundo Monetário Internacional, num banco privado e depois como presidente do Banco Central de Israel acumulou uma excepcional experiência com visões de muitos e diferentes ângulos. Isto permite que ele faça comentários evidenciando que muitos analistas, ainda que bem aparelhados, não conseguem compreender adequadamente todos os constrangimentos a que estão sujeitos os que formulam a política econômica em qualquer país.
O artigo informa, ainda que num economês nem sempre acessível, que Stanley Fischer “depois de mostrar que um sistema de metas de inflação relativamente ‘flexível’, no qual o banco central usa cuidadosa política monetária que leva em conta seus efeitos sobre o nível de atividade para decidir se a velocidade de retorno à meta é capaz de produzir o resultado esperado de estabilizar a expectativa de inflação no longo prazo”, resume, com base na sua longa experiência, os problemas em quatro itens: 1) o de um único instrumento com dois objetivos; 2) o “trade off” nulo no longo prazo entre inflação e crescimento que toma a mesma forma no curto prazo; 3) da taxa de câmbio para as pequenas economias abertas e; 4) dos preços dos ativos, da estabilidade financeira e da supervisão macroprudencial.
Delfim Netto Stanley Fischer
Leia o restante desse texto »
24 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: difusão da cachaça brasileira, interesse pelo Brasil, utilização alem da caipirinha
No suplemento da Folha de S.Paulo de hoje, que inclui artigos publicados no The New York Times, um artigo de Robert Simonson informa que a cachaça brasileira está sendo incluída em muitos coquetéis consumidos pelos norte-americanos. Com o aumento do interesse pelo Brasil diante das próximas Copa do Mundo e Olimpíadas, e as pressões dos produtores brasileiros, as autoridades dos Estados Unidos iniciaram o processo do reconhecimento da cachaça brasileira, que até o momento era rotulado como “Brazilian rum”.
Ainda que em outros países a cachaça brasileira venha ganhando mercado, sendo mais conhecida no consumo na forma de caipirinha, que utiliza o limão com um pouco de açúcar, os norte-americanos a estão utilizando nos variados coquetéis que misturam com outras bebidas e frutas, como estão mais habituados. As grandes organizações do país que trabalham com outras bebidas esforçam-se para aproveitar a onda atual de interesse pelo Brasil. É o caso da Diageo, gigantesco conglomerado que está atrás da marca Ypioca, informa o artigo.
Leia o restante desse texto »
23 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: aplicações na África, artigo de Kanayo F. Nwanze no Project Syndicate, as dificuldades para os pequenos produtores rurais, experiências passadas, o caso do Vietnã
Apesar do forte desejo de prestigiar os pequenos produtores rurais que, sem dúvida, criam mais empregos, há que se reconhecer que a disseminação de tecnologias exige um esforço de assistência técnica para viabilizar seus empreendimentos que nem sempre está disponível, apresentando dificuldades. Kanayo F. Nwanze, o nigeriano presidente do IFAD – International Fund for Agricultural Development, uma agência das Nações Unidas, publicou seu artigo via Project Syndicate propondo intensificar a assistência aos pequenos produtores, mas para que suas ideias sejam aproveitadas há que se contar com o que se aprendeu com a experiência passada.
Entre 1940 a 1970, o prêmio Nobel Norman Borlaug provocou o fenômeno que teve por nome “Green Revolution”, que começou beneficiando a Índia e se espalhou por todo o mundo, inclusive o Brasil. Como ensinar os pequenos agricultores a adotarem novas técnicas agrícolas, como curvas de nível, demanda um grande número de especialistas envolvidos na assistência técnica, concentrou-se a atenção na produção de sementes selecionadas de mais alta produtividade, utilização de corretores de solo e fertilizantes, além de defensivos. No Brasil, com a utilização do crédito rural, subsidiavam-se aqueles que utilizavam os chamados indevidamente de “insumos modernos”, quando fertilizantes já eram conhecidos deste a antiguidade. Os grandes produtores foram mais ágeis no aproveitamento destes subsídios, mas acabou-se beneficiando também os pequenos produtores.
Kanayo F. Nwanze, e Norman Borlaug
Leia o restante desse texto »
23 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Esther Dyson no Project Syndicate, exemplos como Jaipur Foot e Amrita University, o que provocou as diferenças, soluções econômicas
Um artigo publicado por Esther Dyson, uma líder empresarial nas tecnologias digitais emergentes, no Project Syndicate provocam reflexões sobre os fatores que determinaram as diferenças de desenvolvimento em diversos países, e que soluções econômicas estão sendo adotadas atualmente para reduzir os atrasos existentes. Os exemplos apontados mostram que existem soluções para reduzir as diferenças entre os elevados padrões de qualidade de vida nos países desenvolvidos e os emergentes.
Esta influente empresária que colabora com diversas organizações visitou recentemente a Índia e descreve alguns projetos que conheceu. Um foi o do já conhecido mundialmente Jaipur Foot, organização que já proporcionou gratuitamente 1,3 milhões de próteses baratas para os que perderam seus membros inferiores. Conseguem produzir estas próteses por cerca de US$ 45 quando nos Estados Unidos chegam a custar US$ 8.000, atendendo modestamente muitos que necessitam destas ajudas. Outro foi a Amrita University, fundada por Sri Mata Amritamandamayi Devi, conhecida como Amma.
Próteses da Jaipur Foot e D.R.Mehta, criador do Bhagwan Mahaveer Viklang Sahayata Samiti
Amrita University e sua fundadora Sri Mata Amritamandamayi Devi
Leia o restante desse texto »
21 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do prêmio Nobel Michael Spence, assunto fora das campanhas eleitorais, exemplo do Brasil, necessidade de tratar da melhoria da distribuição de renda
O prêmio Nobel de Economia Michael Spence, num artigo distribuído pelo Project Syndicate, trata de um problema crucial para a recuperação do crescimento da economia no mundo industrializado que difere substancialmente do que está sendo perseguido pelas principais autoridades monetárias dos Estados Unidos, da Europa e do Japão. Todos sabem que sem a criação de empregos e aumento dos consumos internos não há um mecanismo mágico para facilitar a saída dos atuais impasses.
Ele aponta no seu artigo, com propriedade, que os meios de estimular os consumos locais, que representam mais de dois terços da demanda global dos países industrializados, não podem ser feitos com o aumento do endividamento dos consumidores, e nem do aumento das exportações. Foram as expansões descontroladas dos créditos que acabaram por provocar a crise que se iniciou em 2008. E, não havendo demanda, não há como estimular os investimentos.
Michael Spence
Leia o restante desse texto »