Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Uniqlo Percebendo as Diferenças dos Diversos Mercados

10 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: asiáticos dos europeus e norte-americanos, Nikkei noticia as diferenças percebidas pela Uniqlo

As diferenças culturais acabam determinando comportamentos diversos nos mercados, principalmente quando se trata de moda. Segundo um artigo publicado pelo jornal econômico japonês Nikkei, a Uniqlo, a maior rede de lojas de confecções do Japão, visando enfrentar o desaquecimento do mercado observado na Europa e nos Estados Unidos, está procurando ampliar suas atividades na Ásia. O mercado asiático, mesmo com algumas diferenças pelos diversos países, apresenta maior semelhança com a japonesa, e os consumidores parecem preferir os produtos práticos e funcionais que são oferecidos por preços convenientes, como nas lojas da Uniqlo.

Isto está permitindo a ampliação de sua rede pelas Filipinas, pela Tailândia, China e Índia e somente neste ano de 2012, até o mês de agosto, a Uniqlo abriu 114 novas lojas no Japão. Isto visa compensar as dificuldades que estão encontrando na Europa e nos Estados Unidos, onde, além do desaquecimento da economia, parece que os hábitos dos consumidores de moda apresentam diferenciações que não estavam adequadamente previstas pela empresa. Mesmo que resultados estejam sendo atingidos em lojas de referência, como a loja da Quinta Avenida, em Nova Iorque, parece que adaptações serão necessárias em outras visando os norte-americanos como os europeus.

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Uniqlo na 5ª Avenida de Nova Iorque. Um dos presidentes da empresa, Tadashi Yanai

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Pesquisas da Mars Sobre Cacau no Sul da Bahia

10 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo na Folha de S.Paulo, Centro Mars de Ciência do Cacau, importância da Mars, pesquisa privada

O Brasil, país de onde se originou algumas variedades de cacau provenientes da Amazônia e já foi importante no seu fornecimento internacional, hoje é um importador. Parte deste problema deve-se a uma praga chamada “vassoura-de-bruxa” e a incapacidade das instituições brasileiras de pesquisa que não conseguiram produzir uma nova variedade resistente à praga, apesar de alguns esforços desenvolvidos pela Ceplac – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Foi necessário que a Mars, uma multinacional de alimentos que fatura US$ 30 bilhões anuais, empregando mais de 65 mil empregados em todo o mundo, viesse a instalar o seu MCCS – Mars Center for Cocoa Science em Barro Preto, na região tradicional de Ilhéus, na Bahia, em 1982, contando com mais de uma centena de pesquisadores. O quadro aparenta a possibilidade que esta triste situação seja revertida no futuro, que se espera próximo.

A Folha de S.Paulo publica na sua edição de domingo um artigo do jornalista Venceslau Borlina Filho, que foi convidado pelo MCCS e visitou o projeto, fazendo um relato sucinto sobre o assunto, mas que chama a atenção para estes fatos que podem ser uma das vergonhas brasileiras. A imprensa brasileira poderia cuidar destes problemas sem contar com a ajuda de empresas privadas. Dados mais completos podem ser obtidos no site www.marscacau.com.br que informa sobre a importância da Mars e de seu Centro de Pesquisas em Barro Preto, que conta com uma equipe de 125 pesquisadores associados, sendo totalmente privado. Os resultados que forem obtidos permitirão patentes sobre as novas mudas.

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Política Econômica Brasileira Segundo Nelson Barbosa

10 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entrevista de Nelson Barbosa para Folha de S.Paulo, posição firmes e discretas, sua importância na formulação da política econômica brasileira

Todos os analistas econômicos mais informados do Brasil reconhecem a importância que Nelson Barbosa, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, tem na formulação da atual política econômica. Ele concedeu uma discreta, mas firme entrevista aos jornalistas Valdo Cruz, Natuza Nery e Julianna Sofia publicado na Folha de S.Paulo deste domingo. As posições colocadas devem ser consideradas por todos como de grande importância, ainda que estejam colocadas de forma bastante genérica.

Quando o chamado mercado, extremamente influenciado pelos economistas relacionados com o sistema financeiro, colocava que os juros deveriam ser mantidos elevados para evitar os problemas inflacionários, Nelson Barbosa já expressava que poderia haver uma redução, sem riscos maiores de volta do processo de elevação continuada dos preços, ao mesmo tempo em que o crescimento econômico poderia ser mantido. Com posições semelhantes aos atuais dirigentes do Banco Central do Brasil, antecipava que a crise econômica mundial seria mais profunda, reduzindo os preços das principais commodities internacionais.

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Nelson Barbosa

Procurando evitar a impressão que o Ministério da Fazenda está influindo na política monetária do Banco Central, ele avalia que a redução de juros no Brasil foi importante, não provocando um aumento da pressão inflacionária. Sobre o crescimento para 2013 colocado pelos jornalistas, ele expressou que o cenário externo está melhorando nos Estados Unidos, havendo uma desaceleração mais acentuada na China e dúvidas sobre as soluções dos problemas europeus. Mas que o quadro permite estimar que a economia brasileira esteja crescendo em torno de 4% ao final deste ano, com uma inflação controlada.

Ele menciona que, além da redução dos juros, encargos trabalhistas estão sendo reduzidos, e o governo vem anunciando programas que devem estimular a economia. A ligeira elevação da pressão inflacionária é atribuída à melhoria dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional.

Sem uma longa experiência na análise do setor agropecuário brasileiro, não colocou os fortes benefícios que poderão advir do quadro favorável dos preços dos produtos agropecuários, ainda que os mesmos acabem afetando também a inflação com a elevação dos custos das proteínas. Mas suas influências sobre o setor terciário da economia também não chegaram a ser analisadas, que devem ser importantes.

Ele atribui a devida importância para a diminuição do custo da energia elétrica, não somente pelo seu impacto direto nos índices de preços, como beneficiando as empresas, tanto industriais como as demais.

Ainda que analistas do mercado continuem afirmando que os juros terão que ser elevados em 2013 para reduzir as pressões inflacionárias, Nelson Barbosa não entende da mesma forma. Ele acredita que a melhoria da produção no Brasil pode contribuir com a elevação da eficiência, pressionando menos os preços.

Ele entende também que o câmbio ainda continua apreciado dentro dos padrões brasileiros, mas a política cambial não deve ser utilizada como forma para controle das pressões inflacionárias.

Observa-se que o entrevistado foi extremamente cauteloso nas suas respostas, procurando manter-se discreto, evitando a imagem que seria vital para a formulação da política econômica, como é o mais adequado.


Economia de Energia Torna-se o Novo Normal no Japão

10 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: colaboração das empresas, destaques, notícia do Nikkei, sem apagão no verão japonês | 2 Comentários »

Mesmo com as limitações impostas pelo não funcionamento das usinas nucleares, o Japão conseguiu passar o seu verão sem apagões, como noticia com orgulho o jornal econômico Nikkei. A forte colaboração das empresas foi fundamental, ainda que os seus custos tenham sido maiores. O governo japonês conseguiu atingir o seu objetivo de conservação nas áreas de serviço da Kansai Eletric, da Shikoku Eletric e da Kyushu Eletric, as principais áreas industriais do Japão.

O artigo cita exemplos que superaram os objetivos, como a Komatsu, que estabeleceu um corte de 25% e atingiu em julho-agosto uma redução de 28%. Isto foi obtido com a instalação de inversores (inverters) nas fábricas de Ishikawa e Osaka. A empresa pretende investir cerca de US$ 200 milhões até 2014 nos sistemas de economia de energia, incluindo a de informações. Muitas empresas, como a Aeon, mudaram as lojas para novas lâmpadas LEDs, conseguindo um consumo de 16,5% do que o nível de 2010.

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The Economist Repensando a Economia do Bem-Estar

8 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigos do The Economist sobre os avanços bem-estar na Ásia, contribuições das experiências Ocidentais, paralelos com as iniciativas brasileiras | 2 Comentários »

Em dois artigos de peso, o primeiro como um resumo e espécie de editorial, a revista inglesa The Economist, certamente entre as mais influentes do mundo, faz um vasto apanhado sobre as medidas que denotam que muitos países asiáticos caminham para a Economia do Bem-Estar. Faz um paralelo com o que aconteceu no Ocidente, quando alguns dos seus países possuíam o nível de renda atuais dos asiáticos, e com base nas experiências ocidentais recomendam cuidados que devem ser observados. Muitas das mesmas atenções podem ser feitas com relação ao Brasil, mencionado somente de passagem no artigo, que parece ter se adiantado na redução da pobreza absoluta e no estabelecimento de uma adequada rede de proteção para a sua população, cujos custos não são desprezíveis, e resulta uma elevada carga tributária.

Os artigos referem-se à próxima revolução asiática, que impressionou o mundo com o seu recente dinamismo econômico. Tudo indica que muitos países asiáticos que caminham para a constituição do Estado Previdência, e a revista indica que podem aproveitar as lições deixadas pelas experiências ocidentais. Faz menção ao Brasil de passagem, mas existem alguns paralelos que podem ser aproveitados para o caso brasileiro, que não foge muito à regra geral.

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Contrastes na Atual Crise Mundial

5 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: consumos de luxo em diversos países, disparidades de riqueza e renda, emergentes como industrializados

Chega a ser uma ironia, mas as notícias que chegam de diversas partes do mundo informam que a demanda de produtos de luxo estão em alta. Já dissemos neste site que no Japão, que passa por uma crise não só afetada pelo que ocorreu no setor financeiro mundial como em decorrências dos desastres naturais, as demandas dos produtos de luxo estão batendo recordes, mostrando que depois de um período de contenção os que possuem patrimônios expressivos voltaram aos seus consumos de elevado padrão. Isto ocorre não somente com as joias, mas também nas grandes lojas de departamento que s vendem para consumidores de elevado poder aquisitivo utilizando suas marca. O mesmo está acontecendo em alguns restaurantes de luxo, bem como turismos para o exterior dispendiosos.

As informações provenientes dos Estados Unidos também dão conta que os produtos de luxo estão tendo uma recuperação mais rápida que os normais. Em Londres, muitos investidores, inclusive estrangeiros, procuram imóveis de alto padrão. E até na China, um país emergente que veio registrando um crescimento elevado que agora arrefece, noticia-se sobre filas para a compra de produtos de grifes internacionais. No processo de desenvolvimento, observa-se que na sua fase inicial a distribuição de renda tende a piorar, com os mais capazes em realizar lucros elevados acabem demandando produtos de alto luxo, como os carros conhecidos mundialmente.

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Grifes famosas viraram febre na China e no Japão

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Governança no Brasil Segundo a Der Spiegel

4 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avaliação do Der Spiegel, avanços que estão sendo registrados, governança no Brasil | 2 Comentários »

É surpreendente que os alemães, que costumam fazer avaliações rigorosas, publicaram na famosa revista Der Spiegel um artigo longo elaborado por Erich Follath e Jens Gluesing fazendo elogios à governança no Brasil. As grandes democracias ocidentais se consideravam eficientes, mas passam pelas atuais crises na Europa, com fracassos como no Iraque e no Afeganistão, e lançam olhares para o que está acontecendo em países como a China e o Brasil, que emergem da pobreza para se tornarem potências respeitáveis. Der Spiegel está publicando uma série de artigos sobre as boas governanças em todo o mundo.

O artigo começa com a observação de Luiz Bezerra, 67 anos, um motorista de ônibus que mora na favela do Cantagalo, no Rio de Janeiro. Ele, que subia o morro todas as noites preocupado como ele, sua esposa e duas filhas sobreviveriam a cada noite, foi eleito como representante da comunidade depois que a sua favela, que conta com 20 mil habitantes, foi pacificada com a expulsão dos traficantes de drogas pelas forças policiais. Ele trata com as autoridades sobre as medidas que ainda precisam ser tomadas para a melhoria de sua comunidade, mas com a esperança de dias melhores. Antes, as autoridades eram complacentes com os bandidos, e hoje a comunidade cuida das documentações de sua habitação, do comércio local que começa a despontar, com as ligações regulares da energia elétrica, a chegada regular dos carteiros.

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Favela do Cantagalo, no Rio de Janeiro, citada pela Der Spiegel

Luiz Bezerra afirma na sua casa da nova classe média que, ainda que não seja tão excitante, é a primeira vez que pessoas comuns se sentem participando do crescimento do Brasil, experimentando a esperança. Ainda existe o sentimento de desconfiança, muitas pessoas se negam a expressar as suas opiniões, mas até as mulheres já dão um aceno amigável. A cidade do Rio de Janeiro começa a dar uma impressão de ordem, do tipo alemão, e não se observa somente nesta cidade que receberá a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas em diversas regiões do país.

O Brasil faz parte do grupo do BRICS, considerado como os emergentes com grandes potencialidades de crescimento, a caminho de tornar-se uma potência global, superando países como a França e o Reino Unido, contando com expressiva reserva externa, com um crescimento expressivo, liberdade política e reduzindo a desigualdade econômica, que contrasta com o que vem acontecendo no mundo desenvolvido. Torna-se um exemplo da boa governança, segundo o artigo.

Com um amplo território que tem 22 vezes a Alemanha, população expressiva que é o dobro da alemã, com o fardo de uma herança histórica está longe de ser homogênea. Os conquistadores portugueses foram implacáveis com os indígenas, trouxeram milhões de escravos africanos, e o país viveu séculos de crises políticas. Começou com a social democracia de Fernando Henrique Cardoso, mas foi com Luiz Inácio Lula da Silva, líder do Partido dos Trabalhadores, que venceu a luta contra a fome, mesmo acusado de assistencialismo, com grande carisma pessoal. Conseguiu reduzir a pobreza absoluta em 50%, e manteve o seu prestígio popular como poucos líderes no mundo.

Foi sucedido democraticamente por Dilma Rousseff, ex-guerrilheira, que se dedica a um trabalho que começa às 7h30 das segundas feiras, combatendo com afinco a corrupção. Ela que estuda os assuntos com profundidade e conta com uma memória invejável. Procura uma boa governança com a profissionalização.

As empresas brasileiras estão se globalizando, superando algumas alemãs. Avança para conseguir uma independência energética, evitando a “doença holandesa”, ou seja, a excessiva dependência de seus recursos minerais. Reduziu o seu crescimento que atraía demais os investimentos estrangeiros de caráter financeiro, e agora procura ativar a sua economia, contando com o pré-sal e a Petrobras, que incorpora a experiência de outras regiões como a Noruega, no Mar do Norte.

Outras providências estão sendo tomadas, e mesmo no Rio de Janeiro, que não pretende se tornar uma Lausanne ou Zurich, o churrasco na praia ficou proibido, e o futebol só pode ser jogado depois das 5 da tarde.

Ainda que seja caótica, como nas favelas, a noite carioca apresenta os seus atrativos, sem contar com riscos em particular. Não chegou ao extremo da Alemanha, mas já foi longe, segundo o artigo.


Economia de Energia na Iluminação e no Smart Grid

3 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: esforço na economia de energia, iniciativas do Meti, inovações no mundo | 4 Comentários »

Efetua-se um esforço em todo o mundo no sentido que o desenvolvimento se torne sustentável, e uma das medidas mais importantes está na área da economia do consumo de energia. Na área da iluminação, muitas empresas já estão utilizando as lâmpadas chamadas de LED (light emitting diodes) de diversos fabricantes, a tal ponto que o METI – Ministério de Economia, Indústria e Comércio do Japão está promovendo a sua padronização.

O jornal econômico japonês Nikkei noticia que o METI está liderando o processo, pois a indústria japonesa, dada a necessidade imperiosa de economia de energia nos produtos eletrodomésticos e automotivos, está estabelecendo metas de desempenho para cada cinco anos. As lâmpadas LED terão os seus consumos nas suas embalagens, de forma que os consumidores saibam exatamente o que estão adquirindo, observando simplesmente os seus rótulos.

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Percepção dos Correspondentes Estrangeiros Sobre o Brasil

3 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dados defasados, influência dos analistas financeiros, tendências a um viés negativo, visão dos grandes centros urbanos

Um artigo publicado por Jeff Fick, Luciana Magalhães e John Lyons no influente The Wall Street Journal é um exemplo do que os correspondentes estrangeiros que atuam no Brasil estão enviando para o exterior de notícias sobre o Brasil. Muitos outros veículos, como a Folha de S.Paulo/TV Cultura e o Globo News, também continuam divulgando estes pontos de vista dos correspondentes estrangeiros, que aumentaram a sua presença no país, muitos falando um português ainda precário. Mas, tudo indica, eles só podem contar com a percepção do que veem nos meios de comunicação do Brasil, sem uma capacidade de investigação mais aprofundada sobre as tendências de longo prazo, exagerando nas informações superficiais de curto prazo. Parece que há uma tendência universal que acaba dando prioridade à velocidade das notícias, do que uma análise mais profunda das informações, com o exagero das notícias telegráficas que são postados pela internet.

O artigo do The Wall Street Journal poderia ter o título, numa tradução livre, que o crescimento do Brasil continua apático, com os dados do primeiro semestre deste ano. Inicialmente, parece que houve um exagero na expectativa que o mundo emergente, com maior dinamismo, compensasse a desaceleração que se observou no mundo industrializado, sem se questionar o que provocou este processo, com o exagero da importância que o setor financeiro adquiriu em todo mundo, estimulando um movimento de manada.

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A China Está Bem

3 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Stephen S. Roach no Project Syndicate, avaliação de um credenciado analista, foi do Morgan Stanley e é de Yale Universty

Entre os reconhecidos analistas da China figura com destaque Stephen S. Roach, ex-chairman do Morgan Stanley Ásia e atualmente no Jackson Institute of Global Affairs da Yale University. Além de livros, ele sempre tem publicado muitos artigos, principalmente sobre a Ásia e a China, e agora publicou um artigo interessante no Project Syndicate que merece a atenção de todos. A China passou a ter uma importância fundamental na economia mundial e, dependo do que ocorre em sua economia, todo o mundo acaba sendo afetado. O autor tranquiliza com o seu artigo que mostra que a China está tomando as medidas que permitem concluir que seu ajustamento à nova situação mundial está se processando de forma suave e satisfatória.

O que se discute recentemente é se a desaceleração da economia chinesa vai se realizar de uma forma suave, o que denominam “soft landing”, ou ela vai entrar numa forte recessão depois de ter se recuperado uma vez da crise mundial de 2008. Antes das dificuldades mundiais, a China vinha crescendo a uma exagerada taxa de 14,8% ao ano, promovendo suas exportações, com a maciça entrada de empresas estrangeiras nas suas regiões litorâneas, que aproveitavam a mão de obra barata e os estímulos concedidos pelas autoridades locais nas chamadas zonas especiais de exportação.

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Stephen S. Roach /Mapa da China

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