19 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avanços em alguns instrumentos, mesmo no mundo menos aquecido economicamente, necessidade de insistir nos projetos sustentáveis, posição do Banco Mundial
Mesmos que todas as aspirações dos ecologistas não venham sendo atendidas, há que se admitir que a consciência sobre o assunto da sustentabilidade está se ampliando, com avanços em alguns instrumentos, mesmo que metas comuns e globais ainda não estejam sendo aprovadas. Muitos países, como os Estados Unidos e a China, preferem ter liberdade para fixar seus próprios compromissos, que não sejam comuns com os dos demais do resto do mundo. Em que pesem os desaquecimentos econômicos na maioria dos países, os projetos costumam envolver considerações de prazo mais longo, exigindo que se considere a sustentabilidade, como vem ocorrendo na maioria dos casos, pois a opinião pública acaba condicionando as decisões das autoridades, que louvam estas considerações, ainda que tenham dificuldades com ações práticas.
Mahmound Mohhieldin, diretor gerente do grupo Banco Mundial e ex-ministro de investimentos do Egito, publicou um artigo sobre o assunto no Project Syndicate. Ele enfatiza que o avanço do mundo não pode se concentrar somente nas considerações da renda econômica, mas envolver também indicadores da segurança humana e a criação de esperanças para todos prosperarem. Engrossa o grupo que procura ir além das considerações econômicas, mostrando que novos instrumentos estão sendo criados, ainda que as metas ainda não estejam definidas, como ocorreu no Rio + 20.
Mahmoud Mohieldin
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19 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Robert Skidelsky da Universidade de Warwick, dados históricos, sistematização dos fatores que influem nos resultados, tendências
Apesar dos grandes investimentos efetuados nos variados eventos de importância internacional observa-se que muitos deles foram utilizados com eficiência para obter alguns resultados almejados, quer sejam esportivos, de elevação do orgulho nacional, como de aproveitamento futuro da infraestrutura preparada. O Japão teve um surto de melhoria das condições criadas pelas Olimpíadas, e o mesmo aconteceu na Coreia com reuniões como do Fundo Monetário Internacional ou a China também com as Olimpíadas. Mas também existem casos de fracassos, como o da Grécia. Agora, o Reino Unido mostra-se animada com os resultados esportivos alcançados. Robert Skidelsky, que ostenta títulos como o de professor Emérito de Política Econômica da Warwick University, membro da British Academy, membro da Câmara dos Lordes, publicou seu artigo sobre a Economia das Olimpíadas no prestigioso Project Syndicate.
É evidente que todos os prognósticos do que vai acontecer no futuro, que depende não só dos recursos humanos brasileiros como de todos os demais competidores, não pode senão indicar uma tendência do que é recomendável, com base nos estudos estatísticos efetuados com dados passados. Mas os britânicos se mostram agradavelmente surpreendidos com os resultados esportivos que alcançaram, quando havia uma previsão da obtenção de 24 medalhas de ouro e conseguiram 29, como previsto por um estudo efetuado pelo Financial Times. Os Estados Unidos tinham uma previsão de 39 e conseguiram 46, a China de 37 e obteve 38, a Rússia de 12 e obteve 24, a Coreia do Sul 12 e obteve 13, e a Alemanha 9 e obteve 11. O Brasil obteve somente um total modesto de 15 medalhas colocando-se no 21º lugar, e deve se preparar de forma mais eficiente para as próximas Olimpíadas de 2016, utilizando indicadores como fizeram muitos outros países.
Robert Skidelsky
O artigo de Robert Skidelsky afirma que estas previsões podem ser feitas com grande precisão, e certamente ele está se referindo aos estudos estatísticos que permitem projeções com elevadas probabilidades, dentro de um intervalo com razoável segurança. As quatro variáveis principais nestes modelos seriam: a população, o nível de renda per capita, as performances obtidas no passado e a situação de estar sediando os Jogos. As demais, como estruturas de treinamento, melhores equipamentos, apesar de serem atrativos, não conseguem obter significância estatística nestes modelos.
É evidente que um país minúsculo populacionalmente tem poucas condições de identificar talentos, e o nível dos investimentos possíveis afetam os demais preparativos. Os resultados obtidos no passado acabam estimulando a população, como no caso da Jamaica nos atletas velocistas de curtas distâncias que são considerados heróis nacionais, e o fator “casa” acaba provocando um estímulo além dos investimentos que ela obriga. Alguns esportes são sensíveis aos investimentos efetuados e ao nível de renda, pois exigem gastos elevados.
Segundo o autor, o Brasil pode esperar por melhorar sensivelmente os resultados como outros países que sediaram os Jogos Olímpicos no passado, e ele recomenda: selecionar suas modalidades esportivas potencialmente vencedoras do país, escolher os medalhistas potenciais, concentrar os investimentos sobre eles, até com patrocinadores globalizados, além dos mecanismos existentes em diversos países para conseguir os recursos, como as loterias.
Ele reconhece que muitos criticam a concentração de investimentos nestes Jogos, quando os recursos poderiam ser voltados para a educação e outros fatores que promovem o bem-estar. Mas admite que o esporte tenha elevado o moral nacional, que facilita a solução de outros problemas. A ideia da escolha dos vencedores pode ser aplicada em outros setores, como da economia, gerando um ciclo favorável. No fundo, está se manipulando a paixão nacional, e todos os países necessitam dos seus heróis.
Há que alertar, adicionalmente, que os eventos esporádicos tendem a gerar maiores irregularidades. Para melhor aproveitamento dos investimentos em infraestrutura que sejam feitos, há que se considerar em nível nacional as prioridades das diferentes obras, evitando-se as que ficarão depois ociosas. Como o tempo de preparo é limitado, há modalidades onde os técnicos precisam ser importados, havendo necessidade que os locais tenham amplas experiências internacionais. No fundo, está se lidando com o mundo globalizado, onde todos os demais concorrentes estão superando, também, os limites que eram considerados difíceis de serem superados.
17 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cobertura sobre o Brasil, não é capa, The Economist, três artigos e um editorial
Muitos analistas em vários países consideram o The Economist uma das mais importantes revistas do mundo, cobrindo diversos assuntos de forma global, não sendo especializada somente em economia, ainda que o tema mereça um grande destaque. Notícias boas como ruins são divulgadas com muito cuidando, dentro de sua perspectiva ideológica de tendência liberal, como um dos instrumentos do prestigioso grupo da London School of Economics. No número desta próxima semana, além de um editorial que já teve o comentário sobre ele postado neste site referindo-se às necessidades de importantes decisões a serem tomadas pela presidente Dilma Roussef, aparecem três artigos de grande destaque sobre o Brasil.
O primeiro refere-se à substância sobre o qual opinou no seu editorial, afirmando no seu título que, enfrentando ventos contrários, Dilma Rousseff faz algumas correções de curso, destacando as privatizações no setor de infraestrutura, desapontando burocratas e enfrentando greves, muitos orientados pelos petistas. Noutro, compara o Rio de Janeiro, próxima sede das Olimpíadas, com Londres que sediou as últimas, que ainda deve receber as paralimpíadas. E noutro registra que Eike Batista, considerado o maior milionário brasileiro, foi atingido fortemente nas cotações de suas empresas nas bolsas. O interessante é que mesmo com isto o Brasil não é o assunto da capa.
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16 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do próximo número do The Economist, as dificuldades, benefícios passados da melhoria do mercado mundial, Dilma precisa cortar o custo Brasil, o aumento da carga tributária
O site do The Economist já antecipa o artigo sobre o Brasil que deverá sair no próximo número que leva a data de 18 de agosto. Afirma que chegou a hora da verdade para a Dilma, que terá que cortar o custo Brasil, para que a economia brasileira saia do atual crescimento modesto. Cita Warren Dean, um historiador econômico que há cerca de um século afirmou que o comércio exterior brasileiro aparenta limitado às commodities em que as vantagens comparativas esmagadoras compensam os elevados custos de produção e comercialização, bem como altos impostos. Que tanto o governo como o setor privado não dá a devida atenção à competitividade. A renomada revista internacional afirma que ainda hoje esta realidade parece válida.
O crescimento elevado observado na última década no Brasil deveu-se a demanda chinesa de minério de ferro, soja e seu óleo, que permitiu elevados salários e créditos que permitiram aumentar o poder de compra de milhões de brasileiros. Poderia se acrescentar que o desenvolvimento que ocorreu no mundo também beneficiou o Brasil, que nada fez de especial que elevasse a sua competitividade. Depois de superar as dificuldades decorrentes de 2008 com uma ampliação da demanda interna, agora o Brasil vem cortando suas taxas de juros e desvalorizou o seu câmbio, ofereceu incentivos localizados e créditos, procura um crescimento do PIB de 4,5% ao ano para o futuro próximo. Mas as medidas tomadas de ampliação de sua demanda interna no passado não proporcionam maiores efeitos, pois os consumidores brasileiros necessitam pagar pelos empréstimos contraídos.
A presidente Dilma Rousseff
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16 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: constantes aperfeiçoamentos necessários, dificuldades passadas, novas licitações visando projetos de concessão publico-privados, tentando corrigir ineficiências passadas
Parece existir um razoável consenso que a infraestrutura brasileira está extremamente deficiente, comprometendo a evolução positiva da economia brasileira, ao mesmo tempo em que o setor público não conta com recursos econômicos e humanos para superar esta limitação. O governo anuncia uma nova e ousada rodada de licitações, visando inicialmente à concessão temporária de projetos rodoviários e ferroviários, prometendo que os portos e aeroportos estarão na sua próxima etapa, com possibilidade de financiamentos de longo prazo, com custos compatíveis. Há uma esperança que os setores públicos encarregados destes setores tenham acumulado conhecimentos que permitam superar as dificuldades existentes, pois as principais rodovias já privatizadas continuam num ritmo lento de melhoria.
Destacam-se as das rodovias já privatizadas Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao Sul do País, e a Fernão Dias que liga São Paulo a Belo Horizonte, que contam com tráfegos intensos, mas cujas melhorias ainda enfrentam variadas dificuldades, não permitindo que atinjam a eficiência desejada com a rapidez necessária. Além de provocar muitos acidentes, com o sacrifício incrível de vidas. Tudo indica que as condições estabelecidas nos editais de concorrência das concessões não equacionaram adequadamente os problemas, e nas que contam com tráfegos menos intensos os problemas podem ser maiores. Ao mesmo tempo, muitos projetos ferroviários não contam com um tráfego intenso e contínuo de cargas e passageiros, ficando coordenados por uma nova estatal. Isto tende a tornar mais difícil de apresentarem atrativos suficientes para grupos do setor privado, obrigados a investir pesado nestes projetos, ainda que reconhecida as suas necessidades.
Presidente Dilma Rousseff durante lançamento do programa de investimentos em logística
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15 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo animador no site do Nikkei, comparação com o mesmo período do ano passado que foi baixo, melhores resultados nos lucros das empresas não manufatureiras, resultados das empresas listadas na Bolsa em abril-junho | 4 Comentários »
Se existe uma economia que vem enfrentando dificuldades terríveis, mas os superando, é a japonesa. Enfrentando um câmbio valorizado, dificuldades de exportação, limitações dos fornecimentos de energia, os resultados de 1.505 empresas não manufatureiras levantadas pelo jornal econômico Nikkei para o período abril-junho comparado com o mesmo período do ano passado mostraram que seus lucros cresceram 7%. Mesmo incluindo as indústrias, o crescimento foi de 2% para o conjunto das empresas cotadas na Bolsa. Os dados do primeiro grupo não incluem as empresas que iniciaram as suas atividades, as de energia e as do setor financeiro.
Dos 14 setores pesquisados, 11 registraram ganhos positivos, com os transportes ferroviários, gás e ônibus, serviços e as do setor imobiliário obtendo resultados destacados. Os de ônibus e de ferrovias, incluindo o Shinkansen, cresceram 60% nos resultados obtidos, sempre considerados antes dos impostos. Os tributos que estão sendo elevados no Japão são sobre as vendas, para fazer face ao elevado endividamento do setor público. O setor de turismo bateu recorde, e no setor imobiliário os lucros cresceram 30%, com novos lançamentos comerciais como Tokyu Terrra e o Tokyu Plaza Omotesando Harajuku, a nova sensação da capital nipônica, na região mais prestigiada em vendas de luxo daquela metrópole.
Imagens do Tokyu Plaza Omotesando Harajuku
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14 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Dani Rodrik no Project Syndicate, dificuldades das generalizações, superestimações e subestimações | 2 Comentários »
Dani Rodrik é um considerado professor da Universidade de Harvard, especialista em desenvolvimento e globalização, combinando conhecimentos de desenvolvimento econômico, história e política econômica decorrente de suas pesquisas. Publicou o seu artigo “No more growth miracles” no Project Syndicate, levantando alguns problemas que podem gerar algumas observações. Ele afirma que há um ano havia um grande otimismo sobre o desenvolvimento econômico mundial, mesmo com os problemas nos Estados Unidos e na Europa, imaginando-se que as economias emergentes seriam capazes de compensar o que estava acontecendo, tornando-se o motor da economia global.
Cita exemplos de afirmações de bancos e empresas de consultoria de importância internacional. Hoje, começando pelo The Economist, há um exagero de dúvidas com o crescimento da China, da Índia, do Brasil e da Turquia. Ele considera que o longo período de crescimento não pode ser entendido somente com as flutuações de curto prazo. E procura entender os “crescimentos miraculosos” que teriam ocorrido nas últimas seis décadas, afirmando que, com pequenas exceções de países abençoados com recursos naturais, as economias que obtiveram sucesso, como o Japão, a Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan e a China, conseguiram rápidas industrializações, utilizando seus recursos humanos, o que não difere com o que aconteceu nos Estados Unidos e na Alemanha.
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13 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigos com bom conteúdo e títulos inadequados, Eu & Fim de Semana, visões diferentes dos problemas
Mesmo que possa haver algumas divergências sobre os títulos e subtítulos de artigos publicados no último Eu & Fim de Semana, suplemento do Valor Econômico, todos que se interessam pelo assunto da crise da dívida externa brasileira devem ler os artigos de Cláudia Safatle e de Ribamar Oliveira que apresentam ricas informações, bastante corretas, que podem contar com algumas pequenas lacunas compreensíveis, mas devem ter envolvido trabalhos cuidadosos e entrevistas com pessoas que estiveram diretamente envolvidas com estes assuntos.
Certamente, a longa crise da dívida externa brasileira não começou precisamente há 30 anos, como foi atribuído por licença poética, pois sempre tivemos dificuldades, como a maior parte dos países em desenvolvimento, desde a virada do século XIX para o XX, quando o Banco do Brasil, que era a principal instituição financeira brasileira, faliu algumas vezes por falta de uma adequada estruturação do país. O Brasil dependia fortemente das receitas geradas pelas suas exportações de café, e outros produtos agroindustriais e quando havia problemas com seus preços externos enfrentávamos dificuldades nas contas externas. Também a crise de 1929 afetou o mundo e o Brasil. Juscelino Kubitschek construiu Brasília, que não constava originalmente do seu Plano de Metas e tivemos que contar com a assistência do Fundo Monetário Internacional. Depois da renúncia de Jânio Quadros, tivemos um período conturbado que se prolongou até 1968, mesmo com o início do período autoritário e militar em 1964. As duas fortes crises petrolíferas e a brutal elevação dos juros provocada pelo FED norte-americano, o Banco Central dos Estados Unidos, afetaram todos os países endividados e importadores de petróleo. E o governo Ernesto Geisel decidiu por uma estratégia agressiva, tentando criar uma exagerada indústria de base apoiada no programa atômico na tentativa de resolver o problema energético. Parece difícil, portanto, determinar um dia em que o Brasil quebrou por não poder honrar a sua dívida externa.
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8 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: notícia no Nikkei, produção dos motores em 2015, seus diversos modelos
O jornal econômico japonês Nikkei – Nihon Kenzai Shimbun, na sua edição matutina do Japão de hoje, anuncia que, além do início da produção do subcompacto Etios no próximo mês, a Toyota prepara-se para produzir os motores no Brasil, de forma que 85% dos seus componentes dos modelos Etios e Corolla sejam produzidos no país. Quando conversei com um diretor-superintendente técnico no Japão há muitos anos, quando ainda produziam somente o famoso “jeep” Bandeirantes, utilizando motores fornecidos pela Mercedes Benz, ele me informava que somente poderia pensar em novos modelos se os motores fossem seus. Dizia ele: “É muito difícil projetar um carro em cima do coração dos outros”.
Até o momento, os modelos montados pela Toyota no Brasil contavam com motores produzidos no Japão. Com a nova planta projetada para 2015, eles pretendem produzir veículos que utilizam gasolinas que contenham um percentual variável de etanol, e apenas gasolina voltada para outros países emergentes. Atualmente, as caminhonetes Hilux são importadas da Argentina, e em outubro próximo desejam iniciar a venda do híbrido (gasolina e elétrico) Prius, segundo este jornal japonês que conta com um correspondente no Brasil para cobrar a América do Sul.
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6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: algumas faixas, alguns produtos, artigo no The Wall Street Journal, competição com a Procter & Gamble, marcas locais chinesas, Unilever
Por: Paulo Yokota Seção: Economia, Editoriais e Notícias, WebTown Tags:
O artigo elaborado por Laurie Burkitt e Emily Glazer para o The Wall Street Journal, publicação difícil de ser posto em dúvida, traz algumas notícias surpreendentes para os analistas de mercado que exigem uma reflexão. Uma pasta de dente herbal chinesa para gengivas sensíveis vende pelo dobro do preço de um produto similar da Procter & Gamble, a chamada Crest 3D White Vivid na China e continua crescendo na participação neste mercado importante. Algo semelhante acontece com detergentes para máquinas de lavar roupas, segmento na qual esta multinacional vinha inovando e crescendo há anos. Os chineses que tinham 1,1% deste mercado há cinco anos, chegaram a 8,8% em 2011.
Segundo a Euromonitor, a participação da P&G caiu de 20,8% para 19,7% em pasta dental, e a Unilever de 12% para 9,9% naquele mercado. A marca chinesa é produzida pela Yunann Baiyao, mudando os costumes dos consumidores locais. O analista de outra empresa local de mercado, a China Market Research Group, Ben Cavender afirma que as multinacionais precisarão lutar muito para se diferenciar dos grupos locais que estão oferecendo uma vasta linha de produtos.
Foto: WSJ
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