Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Preocupações do Vietnã com a Tecnologia Agrícola

6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: adicionar valor com a agroindústria, atenção com o Vietnã, esforços vietnamitas, pesquisas agrícolas

Algumas pessoas observam comigo que muitos textos postados acabam se concentrando em determinados países, como no caso do Vietnã. Isto acontece até por recomendação de especialistas das Nações Unidas que procuram ficar atentos a pequenos países ainda em desenvolvimento que efetuam grandes esforços, devendo ganhar projeção no futuro próximo. Todos sabem parte da história do Vietnã e a garra do seu povo que já enfrentou e derrotou surpreendentemente poderosos países como a França, os Estados Unidos e mantém os chineses com a distância adequada do seu território, o que por somente isto já deveria merecer uma grande atenção. Já postamos neste site que sua produção agrícola diversificada vem ocupando posições importantes no mercado internacional.

No artigo postado no jornal Viêt Nam News que o ministro vietnamita de Agricultura e Planejamento Rural, Cao Duc Phat, falando num fórum destinado a discutir a aplicação de alta tecnologia no desenvolvimento rural do Vietnã, conclamou os participantes a intensificarem estas tecnologias na agregação de valor aos seus produtos que estão sendo exportador. Isto ajudaria a promover um desenvolvimento sustentável naquele país. Nguyen Van Bo, chefe da Academia de Ciência Agrícola do Vietnã, expôs que estas tecnologias poderiam ser ainda melhor aplicadas na agroindústria, usando exemplos como o de Israel.

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Otimismo e Pessimismo Econômico Mundial e Brasileiro

6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: espírito otimista, posições pessimistas, resultados, reuniões com empresários

Todos que estão razoavelmente informados sobre a situação econômica no mundo e no Brasil sabem que existem dificuldades hoje, talvez ligeiramente maiores que já existiram em muitos momentos no passado. Ainda assim, o mundo vem registrando uma recuperação razoável, ou uma desaceleração suportável superando muitas das limitações que sempre existiram, com algumas melhorias significativas nos países em desenvolvimento ou emergentes. As vozes que reclamam da situação pouco ajudam na criação de um clima que, quando é positiva, acaba ajudando a todos a se empenharem na superação das limitações existentes. Não existem muitos casos de pessimismo generalizado que tenha ajudando a reverter o quadro para um ciclo de prosperidade, do tipo que ficou conhecido como “malthusianismo”, com base nas teorias de Thomas Robert Malthus, que previa que a humanidade estaria condenada à falta de alimentação, com o crescimento populacional.

Isto tende a levar algumas autoridades a interpretarem que os empresários sempre falam das dificuldades da economia e do governo, quando os responsáveis pela política econômica são obrigados a atuar quando os pessimismos são substanciais e não são superáveis somente pelos esforços do mercado privado. Existem casos que sempre reclamam de prejuízos, enquanto novas empresas foram agregadas ao grupo, ou empresários rurais sempre reclamando da assistência do governo e das cotações do mercado, mas vieram adicionando novas fazendas nos seus patrimônios, como num famoso caso brasileiro em que ele se tornou o maior produtor de café no Brasil. Octávio Gouveia de Bulhões, que chegou a ministro da Fazenda do Brasil, chegava a estar convicto que os empresários eram sempre “chorões”, até mesmo quando tinham razão nas suas reclamações.

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Thomas Robert Malthus e Otávio Gouveia de Bulhões

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Empresas Japonesas no Noticiário Brasileiro

3 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: nos principais jornais, Panasonic tentando recuperar o espaço, Toyota e sua ampliação | 4 Comentários »

Observando-se a imprensa brasileira, nota-se uma mudança no comportamento de algumas empresas japonesas que não utilizavam muito os meios de comunicação social para informar os consumidores brasileiros sobre suas atividades, pouco utilizando agências de publicidade para divulgar a sua marca e seus projetos. Hoje, nos principais jornais brasileiros, observam-se artigos de grande dimensão informando sobre a visita do senhor Mark Hogan, que já foi presidente da GM no Brasil entre 1992 e 1997 e atualmente exerce as funções de integrante do conselho mundial da Toyota, com papel destacado junto ao presidente Akio Toyoda. Como do presidente da Panasonic no Brasil, Hirotaka Murakami, anunciando que utilizará Neymar para mudar a sua imagem no país. Como a Toyo Setal Engenharia e a Setal brasileira estabelecendo a TS Participações, por intermédio da declaração do senhor Moto Kamoshima.

Mark Hogan orientará a atuação da Toyota no Brasil que está inaugurando a unidade de Sorocaba para produzir um veículo de pequeno porte, Etios, para competir na mesma faixa com a Fiat, Volkswagen, General Motors, Ford, Hyundai, Renault, Nissan, Peugeot e outros importados, faixa considerada uma das que mais cresce nos mercados emergentes. Como a Toyota já produz o Corolla, um pouco maior no Brasil, almeja alcançar uma produção em torno de 400 mil veículos por ano, considerado pelo grupo como o mínimo para contar com uma escala competitiva.

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A Construção Naval no Brasil

2 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, considerações importantes, destacada atenção ao Nobuo Oguri, outros fatores a serem considerados | 2 Comentários »

O Valor Econômico de hoje publica, com as autorias de Francisco Góes e Diogo Martins, três artigos importantes destacando o papel desempenhado por Nobuo Oguri, um japonês que se tornou engenheiro naval no Brasil, tendo colaborado com empresas de grande importância como a Ishibrás, Verolme e Emaq, ajudando a aumentar os componentes brasileiros. Segundo o jornal, ele teria declarado: “É preciso entender que o sócio estratégico somos nós, temos a demanda e o mercado. As estrangeiras podem vir para ajudar”. O artigo, que merece ser lido na sua íntegra, menciona aspectos da história da construção naval no país e no mundo, mas sente-se que existem algumas poucas lacunas que são necessárias para o completo entendimento dos problemas do setor.

Ainda que o setor de construção naval do Brasil tenha sido a maior do mundo, lançando cerca de um milhão de toneladas TDW por ano, por que chegou a ponto de quase extinção, quando seu papel passou a ser ocupado pela Coreia e pela China? Hoje existe uma grande demanda de navios como equipamentos da construção naval para a exploração principalmente do pré-sal. Mas por que não somos competitivos, tendo que importar componentes que estão limitados pela legislação?

Data: 11/07/2012      
Editoria: Empresas
Reporter: Francisco Goes
Local: Centro cultural da Marinha no Centro, Rio de Janeiro.
Pauta: Entrevista com o engenheiro Nobuo Oguri, lenda viva da industria naval brasileira
Personagem:  O engenheiro Nobuo Oguri, 86 anos.
Foto Luciana Whitaker/Valor

Aos 86 anos, o engenheiro Nobuo Oguri defende a criação de uma indústria naval brasileira forte e rebate as críticas de que o produto brasileiro é mais caro (Foto: Luciana Whitaker/Valor)

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A Recuperação da JAL – Japan Airlines

31 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do The Wall Street Journal, razões apontadas, reproduzido em português no Valor Econômico | 2 Comentários »

Um interessante artigo escrito por Kenneth Maxwell e Yoshio Takahashi para o The Wall Street Journal foi reproduzido em português pelo Valor Econômico reportando a recuperação da JAL – Japan Airlines, apontando algumas razões e as críticas que são formuladas. Todos sabem que esta gigantesca empresa aérea, há menos de três anos, teve que pedir concordata com uma dívida de US$ 30 bilhões, e para a sua recuperação foi convocado o carismático empresário Kazuo Inamori, hoje com 80 anos, que deverá se aposentar brevemente. Ele foi o fundador de uma empresa inovadora, a Kyocera, cujo produto principal é a cerâmica fina, e é considerado um filósofo que tem um grande número de seguidores.

Para esta recuperação, o governo japonês contribuiu com um perdão de dívida de US$ 6 bilhões e concedeu empréstimos de US$ 4 bilhões, os seus aposentados e funcionários sofreram cortes nos seus direitos de comum acordo, uma expressiva economia foi feita nos seus custos, além de renovar a sua frota com aviões novos e mais econômicos. Aumentam sua frota dos novos 787 da Boing. Houve um momento em que 16.000 vagas foram cortadas, com a demissão acordada de funcionários, bem como a eliminação de uma série de setores da empresa. Hoje, informa-se que ela atingiu um lucro operacional de 17%, bem maior do que a média dos seus concorrentes internacionais. A JAL estabeleceu um importante acordo operacional com a American Airlines nas linhas que operam entre os Estados Unidos e o Japão, vital para os seus resultados. Isto num momento em que a aviação internacional continua enfrentando os efeitos da crise mundial.

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Kazuo Inamori

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Especulações Sobre as Reformas Chinesas

30 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de A.Greer Meisels no The Diplomat, lições da URSS, lideres chineses expressando a necessidade de reformas, problemas de outros países

A.Greer Meisels é do Center for the National Interest, especializado em China e Pacífico, e publicou o seu artigo no The Diplomat dizendo que os líderes chineses estão se manifestando sobre as reformas necessárias, aprendendo do exemplo da desagregação da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e da Rússia. Aponta o fato que, nas vésperas da passagem da liderança chinesa para a quinta geração de dirigentes, tanto o presidente Hu Jintao como o premiê Wen Jiabao fazem repetidos pronunciamentos no mesmo sentido.

Segundo a autora, que evidentemente tem uma posição crítica com relação à China, os atuais ventos não são favoráveis para o Partido Comunista Chinês que procura construir uma sociedade harmoniosa, mas vê multiplicar as manifestações populares insatisfeitas com diversos aspectos. Os líderes chineses têm a consciência que precisam contar com o suporte da opinião pública chinesa que legitimem o seu regime, e, aprendendo as lições russas, tentam estimular as reformas para proporcionar maior flexibilidade para o país.

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A.Greer Meisels, Hu Jintao e Wen Jiabao

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Falta de Atenção da Imprensa Brasileira à Produção

30 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Agroguia, informe publicitário, preenchendo lacunas, temas importantes para a agrobusiness

KazuuuA reconhecida insuficiência de atenção da imprensa brasileira às atividades produtivas importantes no Brasil como a do agrobusiness acaba exigindo esforços especiais para o preenchimento das lacunas existentes. Destacando demasiadamente as atividades financeiras, os responsáveis pelos meios de comunicação social desconhecem que sem a produção, como do setor rural e industrial, o Brasil não poderia se desenvolver. Os setores financeiros e comerciais são importantes braços auxiliares das atividades produtivas, mas não há condições no país para viver da predominância de atividades financeiras como na Suíça, por mais importantes que elas sejam.

Um gritante sinal desta distorção é a necessidade de se elaborar um informe publicitário como o Agroguia, do Grupo Publique, uma publicação mensal que está sendo distribuído em São Paulo junto com a Folha de S.Paulo. A edição de julho traz importantes matérias sobre as preocupações ecológicas e sustentáveis do setor agropecuário, os desenvolvimentos tecnológicos que estão sendo introduzidos, os principais eventos nacionais que interessam a este setor, bem como esclarecedoras entrevistas sobre as atividades no oeste baiano, os problemas da pecuária com a seca, bem como os pensamentos dos novos dirigentes do setor, além de outras informações técnicas.

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Importância Agrícola do Vietnã

30 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: empenho de sua população, mão-de-obra intensiva, pequenas propriedades, produção diversificada, Vietnã

Nestes tempos de Olimpíadas, onde pequenos países estão mostrando o seu progresso esportivo, destacando-se em setores onde poderiam encontrar limitações, o Vietnã vem surpreendendo muitos analistas com o seu desenvolvimento agrícola. Um país que conta com um território cerca de 30% maior que o Estado de São Paulo, um quarto do Estado do Pará, com um clima e geografia semelhante ao da Amazônia. Com uma população total de cerca de 45 milhões de habitantes, registrou nos sete primeiros meses deste ano de 2012 um brilhante crescimento de 12,4% na sua exportação de produtos agrícolas, com relação ao mesmo período do ano passado. Isto ocorre mesmo com a redução de muitos preços dos produtos agrícolas neste período. O valor chegou a US$ 15,9 bilhões, cerca da metade de uma potência agrícola mundial como o Brasil.

Madeira e produtos florestais foram os que mais apresentaram em crescimento, com 21,6% de aumento. Produtos de alto valor comercial como a pimenta do reino rosa e frutos do mar também tiveram uma boa performance, destinando estas exportações para diferentes regiões do mundo, como os Estados Unidos, Taiwan, Alemanha, China, Índia e Emirados Árabes Unidos. A borracha, o café e o chá também ganharam importância. Muitos destes produtos são semelhantes com os brasileiros, como no caso da castanha de caju, que registrou um crescimento de 36,5% em volume. O arroz foi o único produto importante que apresentou queda, tanto em volume como valor. Todas estas VietNam%20News%20logoinformações foram publicadas no seu principal jornal em inglês, o Viêt Nam News.

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Elevados Investimentos Estrangeiros em Myanmar

27 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alertas da prêmio Nobel Aung San Suu Kyi, artigo no Foreign Affairs, moderação

O artigo de Brian P. Klein, ex-representante para o Sudeste Asiático do Escritório Representativo de Comércio dos Estados Unidos e credenciado analista econômico e político, informa que Myanmar, antes conhecido como Birmânia, está recebendo maciços investimentos estrangeiros diretos que chegaram a US$ 20 bilhões em 2011. Os primeiros eram asiáticos, mas nos últimos meses a Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos reabriram seus relacionamentos econômicos com este país.

Myanmar é considerado a última fronteira no Sudeste Asiático e foi mantida isolada pelas barbaridades cometidas pelo Khmer Vermelho e manteve a prêmio Nobel Aung San Suu Kyi para lutar pacificamente contra os militares que a mantiveram em prisão domiciliar por muitos anos. Ela acabou liberada e foi eleita parlamentar e está percorrendo o mundo, até para receber o prêmio Nobel para cuja cerimônia estava impedida de comparecer. Como se trata de um país com uma população próxima de 50 milhões de habitantes, dispondo de muitos recursos naturais, inclusive petróleo e gás, além de preciosos minérios e uma produção de arroz de elevada qualidade. Tudo está provocando uma enxurrada de interesses estrangeiros, numa economia que se manteve estagnada por um longo período e que começa a ser recuperada do seu atraso.

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Aung San Suu Kyi

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Tentando Entender os Problemas do Etanol no Brasil

27 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: abastecimento internacional em risco, problemas para o aumento de sua produção no Brasil, uso do etanol como combustível | 6 Comentários »

Todos sabem que o Brasil foi o pioneiro da utilização do etanol como combustível para os seus veículos, em grande escala, tanto puro como misturado com a gasolina. Existem episódios isolados como na China, quando de sua guerra com o Japão, onde Joseph Needham relata o uso de um veículo movido a álcool para efetuar suas pesquisas no País do Meio, quando o resto do mundo utilizava outros substitutos para a gasolina concentrada para mover os equipamentos militares, como o hidrogênio, inclusive no Brasil.

No entanto, nos últimos anos, o Brasil vem importando o etanol norte-americano produzido a elevados custos a partir do milho, exigindo subsídios para os seus produtores. Com a forte seca nos Estados Unidos, tanto o abastecimento mundial do milho como da soja ficaram prejudicados, com seus preços subindo de forma acentuada. O que aconteceu com a indústria brasileira de cana que vinha crescendo por décadas mais de 3% real por ano em produtividade? Não se pode apontar somente uma razão, mas pode-se tentar listar alguns fatores que contribuíram para as tendências dos últimos cinco anos.

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