16 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre a Hitachi no The Wall Street Journal, empresas japonesas procuram novos caminhos, sobre a Mitsubishi Heavy no Nikkei
No atual mundo econômico conturbado e sofrendo grandes mudanças, alguns exemplos de empresas japonesas procurando novas posturas estão sendo divulgados pela imprensa. Num artigo publicado por Daisuke Wakabayashi no The Wall Street Journal sobre os esforços do grupo Hitachi, que nos últimos quatro anos somaram prejuízos de US$ 12,5 bilhões, mostra o seu esforço para se tornar uma empresa multinacional sob a presidência de Hiroaki Nakanishi, cortando funcionários e unidades deficitárias, fugindo do tradicional padrão japonês. Algo semelhante acontece com outros grupos como a Fujitsu, Nintendo, Panasonic, Sony e Toshiba, cujos resultados continuam não satisfatórios.
O jornal econômico Nikkei anuncia que a Mitsubishi Heavy desenvolveu a maior planta de recuperação do CO2, dióxido de carbono, que consegue captar 3.000 toneladas deste gás por dia, multiplicando por seis a maior até agora existente para esta finalidade. Este desenvolvimento tecnológico visa atender grandes complexos industriais, como as produtoras de energia elétrica a partir do carvão mineral e indústrias produtoras de aço. Sem as mudanças substanciais deste tipo, não parece possível se ajustar às novas necessidades do atual mundo globalizado.
Hiroaki Nakanishi e a planta da Mitsubishi Heavy em Alabama
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15 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do presidente do BID, e presidente do ADB, globalização, Haruhiko Kuroda, Luis Alberto Moreno
Um artigo conjunto do presidente do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, e do presidente do ADB – Asian Development Bank, Haruhiko Kuroda, foi publicado pelo jornal Valor Econômico. Eles mencionam que há cinco séculos as embarcações espanholas (deixaram de mencionar os portugueses) percorriam a América Latina e a Ásia, ligando parceiros comerciais. As relações das Índias Orientais e Índias Ocidentais eram sólidas, segundo os autores. Hoje, desde 2000 até 2011, o comércio entre as duas regiões cresceram anualmente a uma média de 20%, chegando a um montante de US$ 442 bilhões.
Também os fluxos de investimentos e financiamentos aumentaram significativamente, bem como 18 acordos de livre comércio foram firmados nos últimos 8 anos. Não mencionaram que o Brasil ficou atrasado neste processo, por tentar acordos mundiais como a rodada de Doha. Anunciam que foi publicado por ambos os bancos um relatório com o título “Construindo o futuro das relações entre América Latina, Caribe e Ásia”.
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15 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises mais acuradas, exageros nas flutuações voláteis, medidas tomadas, problemas dos dados
Folheando-se as notícias dos principais meios de comunicação econômica relevantes no mundo, nota-se a perplexidade que toma a conta de muitos pseudoanalistas. A abundância de informações “on time” proporcionados pela internet provocam uma espécie de poluição que acaba confundindo até os estudiosos mais experientes, acentuando a natural volatilidade dos mercados nos períodos de crise. A concorrência acirrada dos diversos veículos de informação, disputando as atenções dos agentes econômicos, faz com que os jornais sofram as desvantagens do tempo indispensável para serem impressos e atenderem os seus leitores. Muitos assuntos se tornaram descartáveis e as paranoias dominam muitos ávidos de informações atualizadas, muitas delas plantadas por interesses variados. E que acabam se invertendo no dia seguinte.
Jamil Anderline, do Financial Times, publicou um artigo, reproduzido pelo Valor Econômico, que começa refletindo uma expressão que teria sido utilizado por Li Keqiang no passado, que deverá substituir o premiê Wen Jiabao no próximo ano. Que os dados sobre o PIB chinês seriam “produzidos pelo homem” e, portanto, pouco confiáveis. Muitos chineses não se fiam demasiadamente nos seus dados estatísticos, que devem apresentar deficiências de elaboração superiores aos que são os da maioria dos países emergentes, inclusive os brasileiros. Muitos preferem utilizar “proxis” como o consumo de energia elétrica, dados de transportes ou empréstimos bancários para avaliarem a evolução do produto nacional. E tudo que se refere à China parece carregar admirações ou contrariedades, diante da performance impressionante de sua economia nas últimas décadas.
Li Keqiang
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14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: acordo de investimentos foi firmado, Japão e Coreia anunciam avanços, jornais da China, livre comércio previsto para o fim do ano
Os principais jornais da China, Japão e Coreia ressaltam a importância da reunião de cúpula realizada neste fim de semana em Beijing, reunindo o premiê chinês Wen Jiabao, o presidente coreano Lee Myung-bak e o premiê japonês Yoshihiko Noda, dando prosseguimento às reuniões onde seus ministros alcançaram importantes acordos. Foram assinados os acordos de investimentos como um passo importante para chegar a um acordo de livre comércio entre os três países ainda este ano, apesar das dificuldades ainda existentes. Também estabeleceram um entendimento que não aceitarão novos testes nucleares da Coreia do Norte.
Tudo indica que estes entendimentos estão se consolidando diante das dificuldades econômicas mundiais, e as pressões norte-americanas em direção a uma Parceria Trans-Pacífica (Trans-Pacific Partnership) envolvendo países de toda bacia do Pacífico. Os indícios são no sentido de evitar problemas como os que estão afetando a Comunidade Europeia, restringindo-se a entendimentos no sentido da formação de um bloco de livre comércio entre os três países.
Lee Myung-bak, Wen Jiabao e Yoshihiko Noda
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14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: crise ofusca a redução da pobreza absoluta, importância do que está acontecendo, The Economist cuida do assunto
É compreensível que todos se preocupem somente com o que acontece ao seu redor, com poucos se importando se a pobreza absoluta está sendo reduzida em todo o mundo, mesmo nestes anos recentes de crise. The Economist, que costuma abordar também o que acontece em todo mundo, publicou um artigo mostrando que, mesmo com a pior crise mundial depois de 1930 e o maior aumento do preço dos alimentos desde 1970, o número de pobres está diminuindo no mundo. A melhor estimativa deste fenômeno, segundo o artigo, vem do Grupo de Pesquisa do Desenvolvimento do Banco Mundial, que atualizou os dados de absoluta pobreza desde 2005.
Os dados se referem à população que vive com menos de US$ 1,25 por dia aos preços de 2005, que caiu em todo o mundo desde que o Banco Mundial começou a coletar estes dados em 1981. O mesmo ocorreu com os que vivem com menos de US$ 2,00, com os dados agrupados para o mundo, Sul da Ásia, África Subsaarana, Leste Asiático e Pacífico e China. Sendo que os dados mais expressivos estão no Sul da Ásia e na África Subsaarana, em que pesem todos os problemas que enfrentam.
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11 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Marli Olmos, observações em Pequim, produção e trânsito, Wuhu e Xangai
Marli Olmos é uma experiente jornalista com longa tradição nos assuntos relacionados com a indústria automobilística em todo o mundo. Acaba de publicar um artigo no suplemento Eu & Fim de Semana do Valor Econômico em função de uma viagem a convite da empresa chinesa Chevy que está se instalando no Brasil, com a primeira fábrica fora da China. Além de conhecer a exposição feita em Pequim, teve a oportunidade de visitar as instalações industriais em Wuhu a 1.200 quilômetros da capital, bem como Xangai, para observar o atual trânsito naquela metrópole. Ela analisa pontos importantes para a avaliação do estágio em que se encontram, mostrando que do ponto de vista industrial se aproximam do que se faz no resto do mundo, com alguns aspectos mais avançados do que o do Brasil, bem como com problemas de trânsito comparáveis aos brasileiros de 20 anos atrás.
As linhas de montagem da Chevy contam com um exército de robôs e procuram aprender com modelos de outras empresas como o Audi, abertamente. Mas contam com laboratórios de “crash test” como os que não se encontram no Brasil para verificar os impactos e os efeitos simulados sobre os seus ocupantes. Como todos sabem, a China já ultrapassou os Estados Unidos na produção de veículos e vai continuar a ampliar as suas produções com novas instalações de grupos chineses e estrangeiros.
Trânsito infernal na China
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10 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a procura das diversificações de atividades ilícitas, como “bicheiros” estão no noticiário internacional, paralelos no exterior
Lamentavelmente, as atividades ilícitas não são um privilégio brasileiro estando presente nas maiorias das sociedades humanas, em maior ou menor grau. Como o popular jogo do bicho acabou ficando restrito no Brasil depois da popularização de muitas apostas legais como a loteria esportiva, a mega sena e outras que estão controladas pela Caixa Econômica Federal, com parte substancial dos seus resultados voltados para atividades sociais, os seus banqueiros chamados “bicheiros” acabaram migrando para outras atividades ilícitas, como a exploração de máquinas caça níqueis, cassinos clandestinos e envolvendo-se em atividades carnavalescas e nas de obras públicas, que dependem de políticos eleitos.
A matéria do The Economist faz um histórico do seu aparecimento com a instalação de um zoológico no Rio de Janeiro em fins do século XIX e o sorteio para atrair frequentadores. A atração acabou se desvirtuando passando a guardar somente o seu nome relacionado aos animais. Algo similar também aconteceu em Nova Iorque, ambos sobrevivendo com a corrupção de policiais que deveriam coibir estas atividades. No Brasil, mesmo com o governo federal transferindo tipos de apostas para o seu âmbito, controlando seus ganhos, algumas autoridades estaduais acabaram tolerando a atividade de alguns “bicheiros”. Segundo o artigo, para realizarem algo como relações públicas acabaram se imiscuindo com o Carnaval. Atuando numa zona cinzenta, entraram na política, que em qualquer país necessita de muitos recursos, multiplicando os problemas e a sua amplitude, de forma lamentável.
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9 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ampliação dos investimentos, aumento do uso do gás na China, mudança da matriz energética | 2 Comentários »
Um interessante artigo elaborado por Charlie Zhu, de Hong Kong, está sendo distribuído pela Reuters. Ele trata sobre as mudanças que estão sendo observadas na China com relação à utilização do gás. Todos sabem que o uso deste combustível limpo está aumentando no mundo, a ponto desta década estar sendo denominada como deste combustível, mudando a matriz energética. Também é conhecido que a China figura como a principal poluidora no mundo pelo uso do carvão mineral que atender 70% das suas necessidades de energia. A notícia que este quadro tende a se alterar é alvissareira e está promovendo vastos investimentos no setor, inclusive com recursos provenientes do exterior.
O artigo informa que os preços estão se elevando com os fornecimentos provenientes do exterior, na forma de gás liquefeito como de gasodutos dos países vizinhos que estão sendo ampliados. Isto estimula a produção local das reservas já localizadas, como pela utilização do xisto abundante na China. As mudanças estão se processando em muitas frentes, com mais cidades chinesas contando com o fornecimento deste combustível, ao mesmo tempo em que grandes estatais nacionais ampliam seus negócios no setor, como a Sinopec e a PetroChina.
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8 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do Valor Econômico, direto sobre parte da dívida pública, efeitos da redução da Selic
Ainda que sejam evidentes os méritos da redução dos juros, muitos analistas que são críticos às atuais autoridades monetárias tendem a minimizar os seus impactos. Um artigo publicado no Valor Econômico pelos jornalistas Chico Santos, Edna Simão e Ribamar Oliveira informa que o gasto com juros pode cair para 4,6% do PIB, bem abaixo do que veio se registrando nos últimos anos. Todos sabem que cerca de um terço da dívida pública brasileira está com os seus juros estabelecidos pela Selic, que está sendo estimada pelo mercado para chegar a 8,5%, no relatório conhecido como Focus.
Estima-se que, neste ano de 2012, o pagamento de juros deve representar 4,6% do PIB, quando no ano passado estava em 5,7%. Em valores correntes, isto significaria uma redução de cerca de R$ 43 bilhões diretamente, mas deve-se reconhecer que a Selic é uma taxa básica estabelecida pelo Copom do Banco Central do Brasil, influenciando outras taxas de juros. O governo Dilma Rousseff vem se empenhando na redução do spread bancário, ou seja, a diferença entre o custo de captação e aplicação dos recursos, o que deve beneficiar as empresas e os consumidores.
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8 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: dificuldades e pragmatismo, período de mudanças econômicas e políticas, Rio + 20 em junho
Basta abrir qualquer jornal para ser confrontado com dificuldades econômicas e políticas que se multiplicam por muitos países mundo afora. O período é ingrato para avanços substanciais nos entendimentos como os que devem ser discutidos na próxima reunião do Rio + 20, que deveria ser um marco importante da consciência mundial sobre as necessidades de preservação do meio ambiente. Mas, até pelo pessimismo que anda rondando a todos, é possível que surpresas inesperadas possam ocorrer. No mínimo é a nossa esperança.
A Folha de S.Paulo publica uma entrevista de Brice Lalonde, o ex-ministro francês do Ambiente, e coordenador do Rio + 20. Ele informa que o evento deverá ser mais amplo do que uma reunião sobre o clima, discutindo como vamos viver em ambientes sustentáveis nos próximos 20 anos, e como vamos produzir alimentos de forma sustentável. Ele deixa explícita sua opinião que a diplomacia brasileira está demasiadamente tímida, procurando de forma pragmática a presença de autoridades mundiais na reunião. Angela Merkel, da Alemanha, além de enfrentar a mudança política na França que põe em perigo a Comunidade Europeia, corre o risco de não se reeleger no seu próprio país, e já afirmou que não estará na reunião do Rio. Todos os políticos no mundo não veem como podem aproveitar esta reunião que corre o risco de não colher conclusões avançadas para aumentar seus prestígios que estão abalados com as dificuldades econômicas presentes.
Brice Lalonde, coordenador do Rio + 20
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