8 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: fortalecimento dos intercâmbios, inovações, novos modelos sofisticados e pequenos
De forma surpreendente, a Google, segundo a CNN, conseguiu completar satisfatoriamente um teste de 200 mil milhas (mais de 300 mil quilômetros) com um veículo totalmente dirigido por um computador, tendo obtido a licença para o seu uso no Estado de Nevada, nos Estados Unidos. É considerado um veículo autônomo, e no futuro deverá estar nas estradas. A licença foi concedida para a Google, o gigante do Vale do Silício em tecnologia. O projeto começou em 2010 com Sebastian Thrun, e visa prevenir acidentes de trânsito, economizar o tempo dos motoristas e reduzir a emissão de carbono. A informação completa sobre esta notícia pode ser obtida em: http://edition.cnn.com/2012/05/07/tech/nevada-driveless-car/index.html
Veículo autônomo, que dispensa motorista
Do Japão vem a notícia publicada no Nikkei que a Toyota consolidou a sua aliança com a Fuji Heavy Industries, focada em veículos ecológicos, que obteve sucesso com o seu Subaru BRZ lançado simultaneamente com a Toyota 86.
Presidente da Fuji Heavy, Yoshinaga, cumprimenta o presidente da Toyota Motor,Toyoda
A Fuji Heavy passava por dificuldades e, obtendo a participação da Toyota, tenta superar suas dificuldades, produzindo o modelo Camry, da Toyota, numa planta independente nos Estados Unidos, chamada SIA – Subaru of Indiana Automotive. Ao mesmo tempo, passa a produzir modelos menores que estão com a demanda crescente no mundo, numa colaboração com a Toyota, necessitando estabelecer uma estratégia comum para o futuro.
A indústria automobilística mundial passa por mudanças, com novas alianças. A General Motors procura um entendimento com a Volkswagen bem como com a Isuzu, o mesmo acontecendo com a Fiat. A Nissan, que já opera com a Renault, decidiu adquirir o controle da russa AvtoVAZ. Montadoras chinesas estão aparecendo no cenário mundial.
Tudo indica que nos próximos anos, com as crises se estendendo por muitos países, as mudanças e acordos serão inevitáveis, dentro de um quadro que não poderia ser imaginado no passado. Até as indústrias japonesas, que tinham orgulho das suas tecnologias desenvolvidas dentro de suas empresas, estão sendo obrigadas a se associar com outras, inclusive no exterior.
A globalização e as crises acabam sendo implacáveis, exigindo mudanças que eram difíceis de serem imaginadas. Parece que não existe mais as barreiras intransponíveis.
8 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a demanda no Japão, incremento no turismo internacional, tradição japonesa
Tradicionalmente no Japão, com uma sequência de feriados, os japoneses utilizam a semana para as suas viagens. Neste ano, coincidindo com outros feriados em datas variáveis, acabou proporcionando a muitos uma folga de nove dias, e, para compensar as dificuldades naturais de 2011, os aumentos registrados tanto para viagens internacionais como nacionais foram surpreendentes. A tradicional agência de turismo do Japão, a JTB, informou que os pacotes para o exterior sofreram um aumento de 25% neste ano. A JAL informou que as viagens para a China e para outros países vizinhos aumentaram em 17,7%, e a sua concorrente ANA em 15,2%.
Nas viagens aéreas nacionais, os aumentos foram de 8,3% para a JAL e 8,2% para a ANA. E uma nova empresa aérea econômica chamada Peach conseguiu uma taxa de ocupação de 90,8% neste período. Nas ferrovias japonesas, incluindo o Shinkansen, o aumento no ano foi de 22%.
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7 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: modelos domésticos até industriais, técnicas japonesas para uso de plásticos descartados para produção de combustíveis, uso no Japão e países asiáticos | 2 Comentários »
Minha amiga professora Mineko Tominaga, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo, solicita-me divulgar estas informações, o que faço com o maior prazer. Um japonês chamado Akinori Ito desenvolveu um equipamento que, mediante aquecimento, sem a produção de CO2, transforma plásticos de diversos tipos em gasolina, diesel e querosene. O assunto pode ser acessado pelo vídeo: http://www.flixxy.com/convert-plastic-to-oil.htm
O seu custo é extremamente baixo, e os modelos podem ser localizados pelo texto em inglês:
The machine produced in various sizes, for both industrial and home uses, can easily transform a kilogram of plastic waste into a liter of oil, using about 1 kW·h of electricity but without emitting CO2 in the process. The machine uses a temperature controlling electric heater instead of flames, processing anything from polyethylene or polystyrene to polypropylene (numbers 2-4). Comment: 1 kg of plastic produces one liter of oil, which costs $1.50. This process uses only about 1 kW·h of electricity, which costs less than 20 cents!
Brochure: pdf Contact: e-mail
7 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, necessidades e dificuldades, questões no FMI
Um artigo sobre o assunto dos controles dos fluxos financeiros internacionais foi publicado por Alex Ribeiro no Valor Econômico, com base nas informações pessoais fornecidas pelo diretor brasileiro e de outros países no FMI – Fundo Monetário Internacional, Paulo Nogueira Batista Junior. Este assunto é de grande complexidade, pois, dependendo da conjuntura econômica, tende a se agigantar, havendo interesses divergentes entre os países membros. Em princípio, os recursos gerados pelos países mais desenvolvidos tendem a procurar as economias que necessitam dos mesmos, e por isto remuneram melhor, para financiarem os seus investimentos e acelerarem o seu desenvolvimento e, neste sentido, são necessários.
No entanto, como os fluxos financeiros internacionais são volumosos, superando em muitas vezes os decorrentes dos fluxos comerciais, quando as economias desenvolvidas aumentam a sua disponibilidade visando retomar o crescimento de suas economias, uma parte substancial dos mesmos acabam se dirigindo para países que apresentam melhores remunerações e outros que são considerados mais seguros. Assim, até a Suíça acabou sendo obrigada a estabelecer um limite para a variação do seu câmbio, procurando coibir o exagerado influxo de recursos naquele país.
Paulo Nogueira Batista Junior
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7 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre o assunto no Valor Econômico, inovações nos antigos, novos materiais
Um interessante artigo foi publicado pela Vanessa Dezem e Eduardo Laguna no Valor Econômico informando sobre a busca brasileira de produtos mais leves e resistentes, fazendo surgir uma nova cadeia de suprimento dos mesmos. Insumos derivados de plásticos, fibras de vidro, polímeros e alumínios são mencionados, substituindo madeiras, borracha e ferro fundido. Outros podem ser mencionados, como as fibras de carbono, além de novas ligas mais leves e resistentes que estão sendo fabricadas pelas siderurgias para competirem com os novos materiais.
O artigo menciona também que está aumentando os usos de estruturas de aço pré-fabricados em uso nas construções civis. Também as estruturas de concreto pré-fabricadas estão modernizando as concretagens que se efetuavam nas obras, tanto de edifícios como pontes. Muitos visam a redução dos pesos, proporcionando economias de energias, mas também estão elevando a eficiência na produção de muitos produtos industriais.
Carro com chassi de alumínio e carroceria de fibra de alumínio e fabricado com fibra de carbono
Bolsa confeccionada com recilagem de alumínio / Peças de papel reciclado / Cadeira de plástico
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6 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a ampliação nos países emergentes, recuperação das vendas de luxo nas economias desenvolvidas, revistas voltadas ao consumo de luxo
Do fato que a Veja São Paulo deste fim de semana lançou uma edição especial Luxo, pode-se efetuar algumas considerações sobre o que estaria acontecendo em diversos mercados com a ampliação das vendas para estas faixas de consumidores de alta renda ou patrimônio. Mesmo com as crises econômicas em muitos países, observa-se que nos países emergentes, com a aceleração do seu crescimento, existe uma pequena parcela da população que melhora substancialmente suas rendas que induzem estes consumos de novos ricos. Parece que é o que se observa na China atual e que é tradicional onde as distribuições de renda sempre foram desiguais, como no Brasil e na Índia, ou países privilegiados por recursos minerais como o petróleo e gás controlados por poucos.
Mas tudo indica que, quando os países já dispõem de um nível de renda apreciável, como alguns países europeus, Estados Unidos e Japão, a crise tende a provocar uma redução temporária deste tipo de consumo, mas que volta a ativar-se com o que alguns analistas estão chamando de “saturação da frugalidade”. Para os detentores de grandes patrimônios, parece prevalecer por um período um sentimento de contenção, uma espécie de “não pega bem esbanjar quando os outros passam por dificuldades”, mas que depois de um período este sentimento acaba sendo superado pelo desejo de gozar o que há de melhor para o seu nível de patrimônio, mesmo que a sua renda não esteja se elevando temporariamente.
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6 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: coluna de Angelo Ishi de Tóquio, publicado no suplemento dominical Ilustríssima da Folha de S.Paulo | 8 Comentários »
Angelo Ishi, um jornalista nikkei brasileiro que vive em Tóquio, vem mandando regularmente suas contribuições para o suplemento Ilustríssima, publicado dominicalmente pela Folha de S.Paulo, enfocando tópicos que nem sempre são compreensíveis por todos os leitores brasileiros. O suplemento aborda temas que nem sempre são populares, tendo uma orientação um pouco sofisticada culturalmente. No tópico principal, trata de uma série de publicidade que vem sendo feito pelo Softbank, de propriedade do descendente de coreanos, Masayoshi Son, que é um grande empresário naquele país, que vem provocando um grande impacto, sendo considerado pelo quinto ano como os mais apreciados pelos telespectadores.
Conheci-o quando ele esteve em São Paulo, quando ainda não era tão importante, e notei que é um empresário extremamente ousado, tendo conseguido uma boa parcela do mercado japonês com uma gigantesca empresa telefônica, principalmente de celulares e assemelhados, tendo no seu grupo até um time de beisebol. Anúncios chocantes já foram publicados por empresas italianas em todo o mundo. Os coreanos e seus descendentes sempre foram discriminados no Japão e a carreira de Masayoshi Son não deve ter sido fácil, sendo hoje considerado por muitos como o “Steve Job japonês”
Angelo Ishi e Masayoshi Son
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6 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: colocação de Harsh V. Pant do King’s College de Londres, exageros na importância dos BRICS, falta de uniformidade
Num artigo publicado no The Japan Times, o professor Harsh V. Pant, do prestigioso King’s College de Londres, chama a atenção sobre o exagero na importância atribuído ao grupo que foi denominado inicialmente como BRIC pelo economista Jim O’Neil, do Goldman Sachs. Teria o sentido de tijolo, no desejo de expressar a sua solidez em inglês, formado pelas iniciais do Brasil, Rússia, Índia e China ao qual se acrescentou depois a África do Sul, passando a ser BRICS. São arbitrariamente considerados países emergentes de grandes dimensões geográficas e populacionais, com elevado potencial de aumento de sua importância econômica e política, ainda que as populações se destaquem na China e na Índia.
O artigo, com acerto, coloca que não existem uniformidades de interesses entre estes países para uma ação conjunta, ainda que tenham algumas características comuns. O crescimento econômico também parece ser considerado exagerado, ainda que a China tenha ultrapassado o Japão em termos de PIB, e o Brasil tenha ultrapassado o Reino Unido como a sexta economia no mundo (posição que deve perder com a atual desvalorização do câmbio, que mostra a fragilidade da forma de sua avaliação). Muitas reuniões do grupo têm sido realizadas, inclusive de cúpulas, como o último em Nova Delhi, no dia 29 de março deste ano, sem que se chegue a formas de atuação conjunta.
Presidentes dos BRICS em Nova Delhi
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5 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: liderança da Odebrecht, participação das brasileiras OAS e UTC, tecnologia da Kawasaki Heavy
Simultaneamente no Brasil e no Japão foram confirmadas as participações de três grupos brasileiros, liderados pela Odebrecht e compostas pelo grupo de engenharia pesada OAS e pela UTC especializada em montagens industriais, junto com a Kawasaki Heavy do Japão na formação da EEP – Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A. O objetivo será a construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração, voltados prioritariamente para as necessidades do pré-sal. Atenderão as encomendas da Sete Brasil, empresa brasileira que já possui encomendas da Petrobras, para a construção de um mínimo de seis sondas de perfuração.
As notícias foram divulgadas pelo jornal econômico japonês Nikkei e também pelo Portal Naval brasileiro especializado neste setor. Os japoneses confirmam que a Kawasaki Heavy participará com 30% da nova empresa, constituída pelas três brasileiras. A Odebrecht é o maior grupo brasileiro atual com atuações na construção pesada, petroquímica (junto com a Petrobras), petróleo e gás, tendo cerca da metade do seu faturamento no exterior. Tem experiências no Brasil, no Mar do Norte e no offshore africano, entre outros locais.
Segundo a notícia publicada no Japão, a Kawasaki Heavy que já participa sem grandes resultados da Embraer, ajudará na construção do estaleiro na Bahia, providenciando a tecnologia indispensável, bem como auxiliando nas pesquisas necessárias. Investirá cerca de US$ 40 milhões no empreendimento. Os japoneses informam que são os terceiros produtores mundiais, depois dos coreanos e chineses, principalmente por causa da valorização exagerada do iene que não permite a sua competitividade, mas dispõe de tecnologias, inclusive para explorações em águas profundas que podem chegar a 5.000 metros de profundidade.
As duas demais participantes brasileiras são de construção pesada e de montagens industriais e o empreendimento será construído em Maragojipe, no recôncavo baiano, a cerca de 42 quilômetros de Salvador, devendo ocupar uma área total de cerca de 1,6 milhões de metros quadrados.
Sem dúvida, trata-se de um empreendimento vital para o Brasil, com empresas de alto nível com larga experiência internacional. Até o momento o que foi firmado é ainda um entendimento básico sobre o projeto, mas que certamente se confirmará, pois são empresas de alta confiabilidade.
4 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: necessidade de mudanças nas cadernetas de poupanças, operação delicada, reduções dos juros no Brasil
O governo Dilma Rousseff vem desenvolvendo uma verdadeira campanha para reduzir os custos dos financiamentos no Brasil, que estavam entre os mais altos do mundo e não tinha correspondência com a solidez conquistada pela sua economia. Todos entendem que os juros altos reduzem as possibilidades de expansão das atividades das empresas, inibem os consumidores a utilizarem o financiamento para adquirir bens de valor mais alto e deveriam estimular as poupanças. Mas, no Brasil, pela sua longa histórica de inflações elevadas e um oligopólio de instituições bancárias, ao que se somam outros fatores, os juros sempre foram elevados, não se conseguindo os efeitos desejados.
Atualmente, com a inflação razoavelmente comportada em todo o mundo e no Brasil, e a necessidade de estimular o crescimento econômico diante de um desaquecimento generalizado das economias, as autoridades optaram por uma redução substantiva dos juros de todos os tipos. Dentro deste esforço, a tradicional caderneta de poupança teria que ser também alterada na sua remuneração, uma operação delicada que poderia provocar uma reação adversa dos que a utilizam para manter as suas economias, de forma popular.
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