7 de abril de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Empresas | Tags: a compra seria da CVC uma empresa internacional, as dificuldades da Toshiba se aceleraram no seu setor de energia nuclear, envolvimento com a usina de Fukushima, operação estimada em US$ 18 bilhões, Possível alienação do controle da Toshiba
A imprensa japonesa, notadamente o jornal Japan Today, noticia o exame da possível venda do seu controle para a CVC, uma organização internacional com base em Luxemburgo, na Europa. A Toshiba foi fundada em 1875, trabalha com diversos setores eletrônicos, incluído ferrovias, mas seus problemas começaram com a energia nuclear, cujo mercado está em declínio. Sua participação na usina nuclear de Fukushima agravou sua situação. Se confirmada a operação, que depende também da autorização do governo japonês, ela está estimada em US$ 18 bilhões.
Toshiba, empresa japonesa centenária, examina a alienação do seu controle para a multinacional CVC
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9 de fevereiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Empresas, Notícias | Tags: análise do acordo sino-americano para redução das emissões de gases de efeito estufa, esperanças sobre as negociações de Paris – COP21, impacto sobre os outros países
A Vox CEPR’s Policy Portal efetua análises com base em pesquisas sobre assuntos mundiais relevantes como os esforços para a redução das emissões de gases de efeito estufa, que não vêm obtendo acordos globais.
Estados Unidos e China firmaram um acordo para redução de suas emissões de gases de efeito estufa
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27 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Empresas, Notícias, webtown | Tags: ajuda externa chinesa, comparações com as dos outros países
No artigo publicado por Axel Dreher e Andreas Fuchs no Vox, uma instituição destinada à divulgação de análises, informa-se que as ajudas dos chineses ao exterior carregam um preconceito superior aos de outros países. Sempre são considerados como interessados em assegurar o seu abastecimento de recursos naturais, mercado para suas exportações e alianças políticas. Como exemplo, citam uma referência feita por Hillary Clinton numa visita a Burma, bem como a outros países do Leste Europeu ou asiáticos, para que cuidados sejam tomados sobre os mesmos.
Os autores informam que existem poucas evidências empíricas sobre estes fatos, não se diferenciando com os concedidos por outros países, sabendo que todos eles carregam, no mínimo, alguns propósitos políticos. Eles coletaram informações sobre os projetos chineses de 1956 a 2005, os montantes de recursos envolvidos, os envio de equipes médicas e as doações de alimentos.
Fonte: Dreher e Fuchs
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2 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Empresas, Notícias, webtown | Tags: CCBJ, empresários japoneses, palestra na Câmara de Comércio Brasileira no Japão, Petrobrás, pré-sal
* Publicado originalmente na Revista Brasil, da Câmara de Comércio Brasileira no Japão
O presidente José Sergio Gabrielle de Azevedo, da Petrobras, fez uma brilhante apresentação no almoço promovido pela Câmara de Comércio Brasileira no Japão (CCBJ), no dia 7 de novembro, nas dependências do luxuoso Hotel Península, em Tóquio. Observadores experientes das relações entre o Brasil e o Japão avaliaram o evento como dos mais expressivos no relacionamento bilateral recente entre os dois países.
A Petrobras vem apresentando aos empresários, notadamente dos grandes grupos japoneses, os dados de sua performance recente, bem como os arrojados programas para os próximos anos, criando grandes oportunidades tanto para os investidores como fornecedores internacionais. Isto já aconteceu na própria Câmara de Comércio, nas dependências do JBIC (Japan Bank for Internacional Cooperation) ou em Salvador, Bahia, quando empresários brasileiros se reuniram com os japoneses.
As empresas japonesas relevam a disposição de participar deste programa considerado entre os mais promissores do mundo emergente, que ganha uma importância maior no cenário mundial. Muitos já conhecem o que vem acontecendo no Brasil, especialmente os que acompanham atentamente os assuntos relacionados com o abastecimento vital de energia. Na palestra recente de José Gabrielli, houve um dado que impressionou os participantes, como o expressivo aumento dos componentes produzidos no Brasil nos equipamentos utilizados pela Petrobras. Isto demonstrou aos empresários japoneses a necessidade de ampliar suas produções no Brasil para continuarem competitivos.
Muitos estão se apressando para acelerar seus projetos no país, não só para aproveitarem as oportunidades geradas pelo pré–sal como visando o fornecimento para outros grandes projetos brasileiros, como os relacionados com a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Muitos japoneses já se mostram sensíveis na participação de projetos, que implicam em pesquisas adicionais a serem efetuadas no Brasil. A comparação com o que fazem os grandes grupos internacionais, que já aderiram aos trabalhos como os que estão feitos na ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, mostram que os grupos japoneses estão atrasados em comparação com os grupos internacionais.
Na plateia alguns empresários se mostravam impressionados com a presença de importantes líderes da comunidade empresarial japonesa no evento, demonstrando os elevados interesses das empresas internacionais nos projetos brasileiros. Um dos novos participantes destes almoços da CCBJ, notando a importância do evento, perguntou-me se tais reuniões eram frequentes, revelando o seu interesse em participar de outros que lhe permitiria estabelecer contatos com os responsáveis pelos grandes projetos brasileiros.
Eventos desta natureza, que contribuem decisivamente no aumento do intercâmbio bilateral do Brasil com o Japão de forma efetiva e objetiva, poderiam ser multiplicados, além dos que já vêm sendo realizados. Mostra que a Câmara de Comércio está desempenhando um papel de grande importância nestas relações. Sempre é possível aperfeiçoar estas interessantes iniciativas, como propiciar uns espaços maiores para o relacionamento dos participantes que se mostravam ávidos a aprofundar ou estabelecer novos contatos iniciais.
Outras entidades similares, mundo afora, vem desempenhando papéis importantes no estímulo ao intercâmbio com a participação ampla, pois o mundo globalizou-se e todos participam juntos com outros grupos dos grandes projetos como os da Petrobras.
Outros dirigentes brasileiros importantes como os da Vale, da Embraer, do Banco do Brasil, do BNDES e dos grandes grupos privados do Brasil com atuação internacional poderiam ser convidados para participar de eventos desta natureza, pois nota-se o forte interesse dos japoneses estabelecerem relacionamentos com estes grupos, montando até consórcios para participarem de alguns grandes projetos brasileiros.
27 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Empresas | Tags: atuação no mundo globalizado, comportamento na crise, duas últimas notas de Carlos Ghosn
Carlos Ghosn, o empresário brasileiro que comanda a aliança da Renault-Nissan, completa com duas notas sua série de cinco artigos publicados no jornal japonês Nikkei, referindo-se ao comportamento de uma empresa global durante a crise e a liderança empresarial no mundo globalizado. Ressalte-se que esta série é algo inusitado na imprensa japonesa, demonstrando o elevado prestígio que ele tem no mundo empresarial do Japão, quando o país tenta superar sua estagnação econômica.
Na quarta nota, ele constata as lições que absorveu na superação da crise mundial de 2008/2009, considerada sem precedentes. Como um terço da população mundial vive hoje na China e na Índia, ele entende que há novos desafios, que precisam ser superados com novas parcerias, como as que estabeleceram com a Mitsubishi, paralelamente ao aprofundamento da aliança Renault/Nissan. A consolidação de um grande grupo tornou-se uma necessidade.
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9 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Empresas | Tags: comportamento no mundo globalizado, empresas japonesas no exterior, estrangeiros nas empresas japonesas
Mostrando o quanto as empresas japonesas e o Japão não estavam preparados para o processo de globalização das economias, apesar de atuarem há décadas no exterior, um artigo do Financial Times, escrito pela Michiyo Nakamoto, acaba de ser publicado no jornal econômico japonês Nikkei noticiando sobre contratação de empregados estrangeiros. Em condições normais, o assunto não merecia ser pautado, mas como o processo ainda é uma novidade tardia naquele país, que ainda se mantém bastante isolado como um arquipélago, ele acaba sendo notícia. Certamente, o mesmo problema não acontece nas economias desenvolvidas com o mesmo grau, como na dos Estados Unidos, Inglaterra ou França, ainda que qualquer crise aprofunde os sentimentos nacionais, de forma lamentável.
O artigo informa que empresas japonesas, com critérios variados, procuram incorporar funcionários estrangeiros. Espera-se que comecem com os já residentes no Japão, que trabalham como temporários, pois já passaram por um período de adaptação, possuindo experiências internacionais, ainda que mais idosos em média, acabando com alguns preconceitos injustificáveis. Mesmos os funcionários estrangeiros nas subsidiárias das empresas japonesas continuam com a impressão que não recebem as mesmas oportunidades de ascensão dentro das mesmas, quando comparados com os japoneses.
Algumas empresas desejam funcionários estrangeiros qualificados que tenham o domínio do idioma japonês. Outros se satisfazem com o inglês, que vem sendo mais utilizado nas operações internacionais. Muitas desejam executivos treinados em mercados externos, principalmente emergentes, onde pretendem ampliar suas operações. Mas a grande pergunta que deveriam formular é: “por que muitos estrangeiros adequados receiam trabalhar ou não se sentem atraídas pelas empresas japonesas, ainda que elas possuam boas imagens internacionalmente?”
Parece que existem diversas respostas, todas complexas: 1) muitos dos sistemas e processos, inclusive administrativos das empresas japonesas, não são os mesmos de outras empresas estrangeiras; 2) muitos sentem que não possuem as mesmas oportunidades de ascensão dos colegas japoneses; 3) sentem que existem grupos japoneses que os marginalizam, considerando-os inferiores; 4) existem grandes barreiras linguísticas e culturais; 5) os critérios de remuneração ao longo da carreira são inadequados para os estrangeiros; 6) dão exagerada importância à performance coletiva, não reconhecendo talentos individuais etc.
As empresas japonesas estão reconhecendo que precisam das contribuições dos funcionários e técnicos estrangeiros que tenham experiências onde os japoneses são carentes, sendo que preparam alguns para atuar no exterior, por um curto espaço de tempo. Para estabelecerem conexões locais relevantes, eles necessitam de maior tempo, além do completo domínio do idioma local, ou precisam da colaboração de pessoal local, sem nenhum resquício de preconceito. Se elas necessitam de tais habilidades, precisam estar dispostas a proporcionar as remunerações adequadas, com as mesmas oportunidades de ascensão nas suas carreiras no nível mundial, sem nenhuma sombra de desconsideração que acumularam ao longo do tempo, e que se tornaram culturais de um arquipélago. É difícil, mas precisam absorver que “gaijin” e japoneses são iguais, e em alguns casos superiores as suas atuais qualificações, para as tarefas que hoje necessitam executar.
Muitas empresas japonesas, tanto as que atuam no exterior como as que trabalham voltadas ao mercado interno do Japão, estão atingidas pela globalização, e não conseguem se isolar dela sem contraírem suas atividades. As cifras de empregados estrangeiros mencionados no artigo são insignificantes ainda, e muitas empresas se tornarão mais importantes no exterior que no Japão. Nada mais natural que contar com maior número de dirigentes e empregados estrangeiros, se desejarem continuar competitivas.
Existem muitas qualidades dos japoneses e atrativos no Japão, mas é preciso reconhecer também os dos estrangeiros no mundo globalizado, senão o Japão não continuaria estagnado como há décadas. É preciso que os japoneses reconheçam que algumas economias nasceram e se desenvolveram voltadas para o exterior, até porque não contavam com o mercado interno, que não é o caso do Japão.
Assim, nada mais lógico, se pretendem expandir no mundo, que absorvem mais estrangeiros, ao mesmo tempo em que os recursos humanos japoneses possam competir em empregos nas empresas estrangeiras. Como tenderá a acontecer se possível com menor fricção, e se resistirem com maiores dificuldades.
9 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: ar-condicionado, máquina de lavar roupas, Panasonic investe no Brasil, refrigeradores | 2 Comentários »
A empresa japonesa Panasonic divulgou, por intermédio do jornal japonês Nikkei, sua decisão de construir uma fábrica de 170.000 metros quadrados no subúrbio de São Paulo para as produções de eletrodomésticos, que até o momento estão sendo importados de Taiwam. A empresa já vinha estudando como aumentar seus investimentos em países emergentes, não só no Brasil como na Índia. O seu presidente visitou São Paulo, onde esteve com empresários que atuam no varejo de seus produtos, ficando impressionado com o mercado, bem como atuação dos seus concorrentes.
Segundo a notícia, inicialmente eles produzirão 500.000 unidades de refrigeradores, que estão estimados para estarem à venda no varejo em outubro de 2012. As máquinas de lavar roupas em número de 200.000 estão previstas para março de 2013.
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17 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: acirrada concorrência na construção naval, coreanos e chineses, japoneses, navios amigos do meio ambiente
O jornal econômico japonês Nikkei informa que as gigantescas empresas de construção naval do Japão, que atualmente não conseguem competir com as coreanas e as chinesas, lançaram-se ao desenvolvimento inovações de tecnologias de ponta que contribuam com a recente onda de navios pouco poluentes. Entre outras, a Mitsubishi Heavy, a IHI Marine United e a Mitsui Engineering & Shipbuilding, com suporte para pesquisas do governo japonês, embrenharam-se nas tecnologias avançadas amigas do meio ambiente, procurando reduzir o lançamento de CO2 nas operações dos novos navios para transporte de contêineres. A sua demanda deverá continuar alta com o incremento do comércio internacional com consciência ecológica.
As novas tecnologias de ponta a serem utilizadas nos grandes navios visando ganhos de escala, de cerca 366 metros de comprimento e 49 metros de largura, pretendem reduzir em mais de 30% o lançamento de CO2. Estas embarcações devem passar pelo novo canal do Panamá. Como as cargas de contêineres atingem elevadas alturas provocando resistências ao vento, estuda-se a sua aerodinâmica para criar bolhas de ar no casco, reduzindo a imersão dos navios na água.
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15 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: coreanos firmaram acordo com o governo boliviano, lítio para baterias elétricas, reservas bolivianas
Como é do conhecimento de muitos, o lítio é um minério bastante abundante no mundo e estratégico para a produção de baterias elétricas para automóveis elétricos e, mesmo que parcialmente, para produzir energia solar e eólica. O problema principal é que sua extração pode ser fácil, se for feita a partir de reservas de sal, mas as disponibilidades bolivianas de sal mineral são consideradas entre as mais competitivas, sendo disputadas por muitas empresas internacionais.
Já as reservas que exigem complexas minerações ou extrações a partir do mar apresentam custos bem elevados. Existem projetos de extração do subsolo aproveitando águas salgadas que jorram na superfície. Estima-se que a demanda destas baterias de lítio devam ser crescentes com relação aos esforços ecológicos, tanto pela captação da energia solar ou eólica que exigem armazenamentos temporários. Os carros elétricos também constituem em finalidades potenciais destas baterias.
Lago Coipasa, a maior reserva de lítio do mundo
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15 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: atuação internacional, carros baratos, doações para a Harvard Business School | 1 Comentário »
O jornal indiano The Times of India noticiou que o Grupo Tata, a mais conhecida internacionalmente daquele país, fez uma doação de US$ 50 milhões à famosa Harvard Business School para a construção uma nova unidade que terá o nome de Tata Hall. Trata-se do maior donativo recebido pela instituição nos últimos cem anos.
Este grupo já tem uma boa imagem internacional, mas mostra que a emergente Índia é capaz de contar com uma empresa de nível mundial que estimula centros de excelência até nos Estados Unidos. É um ato raro, mesmo num país que tem a tradição de grandes filantropos, como os bilionários norte-americanos Gates e Warren que estão estimulando os asiáticos a se juntarem a eles para estimular a filantropia, principalmente os novos bilionários chineses.
Logotipo do Grupo Tata e Sir Dorabji Tata
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