7 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: atividades no exterior, contatos com os consumidores, economias emergentes, lições da crise
Quando a economia japonesa sofre uma estagnação no seu mercado interno, e com a sua moeda extremamente valorizada não consegue se manter competitiva nas suas exportações, suas empresas necessitam incrementar as atividades no exterior para continuar sobrevivendo. E a necessidade é sempre a mãe de muitas mudanças de comportamento. De uma atitude de produzirem bens de qualidade e solicitarem aos consumidores mundiais a comprá-los, caminham para atender as necessidades dos mesmos, inclusive de assistência técnica de pós-venda.
O jornal econômico japonês Nikkei noticia que empresas como a Komatsu, produtora de equipamentos pesados para a construção e mineração, ampliam suas instalações no Panamá, visando assistir a potenciais consumidores da América Central e do Sul, principalmente nas economias emergentes. Teriam uma central de informações e depósito de componentes para uma assistência técnica mais eficiente.
Centro de Apoio ao Cliente da Komatsu em Hiratsuka, Kanagawa, coleta informações sobre o funcionamento de máquinas de construção que a empresa já vendeu em todo o mundo
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4 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: Canon na disputa, imagens em 3D, novos campos
Muitas empresas japonesas ocupam posição de destaque nas imagens e agora, segundo o jornal Nikkei, a Canon ingressa no mercado das imagens na medicina, ao mesmo tempo em que a sua capacidade de transmissão é colocada em conjunto. Ela acompanha outras nipônicas que procuram novas áreas de atuação, elegendo a medicina como um setor onde a demanda deve continuar crescendo, e onde a sua capacidade pode concorrer com os fornecedores tradicionais.
A Canon saiu além do setor onde já são tradicionais de câmeras digitais, equipamentos de escritório e outros hardwares. Numa exposição em Nova Iorque, que realiza a cada cinco anos apresentando o que possui de mais avançado em tecnologia, ela exibe imagens de terceira dimensão de ossos e órgãos internos, que mudam de aparência dependendo do ângulo de observação. Os dados mostram as informações obtidas de tomografias computarizadas e outros sistemas de imagens, oferecendo novos meios para os médicos diagnosticarem seus pacientes.
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31 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: autos de baixo custo, competições entre a Suzuki e a Tata, mercado hindu, países emergentes
Um interessante artigo publicado no jornal Nikkei, de autoria do jornalista Toru Sugawara, informa sobre a disputa que está ocorrendo entre a Suzuki japonesa com a Tata indiana, principalmente no segmento dos autos de pequeno porte, de custo modesto. Até o momento, a japonesa tem uma produção três vezes maior, mas a indiana está produzindo um pequeno carro que está sendo vendido, no varejo, por US$ 2.135,00, chamado Nano, que é considerado bom, principalmente para mercados emergentes, mas já apresentou problemas de qualidade. Custa cerca de metade do que custa uma motocicleta naquele país.
A Tata começou a sua produção de automóveis em 1954, estabelecendo um relacionamento com a Mercedes Benz, e possui 60% do mercado indiano de ônibus e caminhões. No que se refere aos carros de passageiros na Índia, entre abril e junho deste ano, a Suzuki contou com 43,8% do mercado.
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31 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: CADE no Brasil, conglomerados coreanos, pequenas e médias empresas | 2 Comentários »
A grande maioria dos economistas admite que a concorrência seja um importante mecanismo para promover o desenvolvimento de qualquer economia. No caso da Coreia do Sul, adaptando um modelo que foi aplicado no Japão no final do século XIX e começo do século seguinte, estimulou-se a formação de grandes conglomerados, de base familiar, que procuravam aproveitar as economias de escala. O jornal coreano JoongAng Daily, num artigo escrito pelo jornalista Lee Eun-joo com o título “Tycoons may be invited to meeting”, informa que está se fazendo um esforço recente para um equilíbrio maior com as pequenas e médias empresas.
Todos sabem que na Coreia, grupos como a Samsung, LG e Hyundai e outras poucas são extremamente importantes, atuando junto com as autoridades para se manterem competitivas no mercado internacional. São adaptações das japonesas, como a Mitsubishi, Mitsui, Sumitomo e outras que desempenharam um papel importante na recuperação da economia japonesa no pós-Segunda Guerra Mundial.
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23 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: evitando excesso de departamentalizações, sinergias dentro do próprio grupo, um exemplo concreto
Quando as empresas estavam em rápida expansão econômica, muitas procuraram criar subsidiárias que tinham como objetivo especializar suas equipes em determinadas tarefas, buscando uma eficiência decorrente do foco em negócios específicos. Parece que agora, quando a economia se torna indispensável com a acirrada concorrência, algumas procuram integrar melhor as suas subsidiárias para conseguir sinergias adicionais.
O jornal econômico Nikkei anuncia uma nova orientação do grupo Panasonic, que planeja para 2012 o completo controle de suas subsidiárias Panasonic Eletric e Sanyo, revisando seu modelo de marketing, passando a atuar com um pacote para atender todas as necessidades de uma residência ou de um edifício empresarial, inclusive energia solar. A Panasonic Eletric tem uma experiência atuando com materiais de construção desde 1935, onde as necessidades de cada residência ou edifício tinham suas carências específicas, antes mesmo de ingressarem no setor eletrônico.
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15 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: objetivos, participações e aquisições de empresas japonesas pelos chineses
Um fenômeno que surpreende muitos observadores está ocorrendo na Ásia. Empresas japonesas que entraram em dificuldades, com a queda da demanda na recente crise econômica que afetou muitos mercados, estão passando a contar com participações ou aquisições efetuadas por grupos chineses. O objetivo destas aquisições e participações é obter tecnologias, bem como aproveitar as marcas que os japoneses conseguiram no mercado.
As empresas que entraram em processo de concordata são os alvos principais, que podem ser feitos pelos fundos que os chineses dispõem, como a da conhecida Citic, que já possuem empresas de “merger and acquisition”, ou fusões e incorporações no Japão, com funcionários japoneses.
Qiu Yafu, da Shandong Ruyi, e Minoru Kitabake, da Renown
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8 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: estágios mais avançados, no Japão e no exterior, pescados preparados para os retalhistas
Começa a esboçar-se uma nova tendência no mercado de produtos derivados de frutos do mar, que parece bastante racional. Empresas japonesas começam a utilizar suas facilidades para oferecer produtos semipreparados para os varejistas, dando um passo a mais no que já ocorria. Já era usual que peixes limpos, tanto na forma de filés como até sashimis, eram oferecidos para as donas-de-casa nos supermercados japoneses. Agora, já semigrelhados, cozidos e fritos estão sendo oferecidos, utilizando instalações existentes nos portos pesqueiros como nas proximidades de mercados importantes com o famoso de Tsukiji.
Esta tendência não se observa somente no mercado japonês, como em outros asiáticos, como noticiado no jornal Nikkei. Estes produtos são apresentados com datas claras do seu preparo e prazo de validade, de forma que haja segurança para os seus consumidores.
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2 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: atraindo turistas chineses de elevado padrão, Karuizawa, outras localidades, realismo dos melhores locais do Japão | 2 Comentários »
A nova realidade asiática está exigindo um pragmatismo da parte das operadoras de turismo que visam clientes de elevado padrão. Os chineses passam a ser alvos para preencherem espaços que eram considerados exclusivos de clientes japoneses de elevada exigência. O jornal Nikkei reporta esta dura realidade, mostrando que os luxuosos “ryokan”, pousadas de elevado padrão, procuram atrair clientes chineses, para ocupar espaços que eram os mais cotados no Japão.
Um exemplo é a pequena cidade de Karuizawa, estação de veraneio onde o atual Imperador conheceu a jovem que se tornaria a Imperatriz. Onde a elite japonesa jogava tênis e ocupava mansões localizadas em seus agradáveis bosques. Hoje, é significativo o aumento de clientes chineses atraídos pelo que o Japão pode oferecer de melhor.
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2 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: ativos no exterior, empresas na Bolsa de Tóquio, mudanças rápidas
O jornal econômico japonês Nikkei apresenta um artigo relatando que um terço dos ativos das empresas japonesas listadas na bolsa de Tóquio já está no exterior. São instalações industriais e todos os seus ativos, estando com dificuldades para diferenciar os resultados obtidos no exterior e no Japão. É preciso entender que muitas, como as instaladas na China, não obtêm resultados naquele país, mas exportam para o Japão e outros países, obtendo lucros no comércio internacional e nos países onde colocam suas produções.
Como consequência, o emprego no Japão não cresce, mas os resultados obtidos no exterior, que ainda não são elevados, representam rendas para os investidores japoneses, ou são destinados para novos investimentos ou ampliações dos já existentes. Há casos, como o da Honda, em que este percentual já supera a 70%, passando a ser uma empresa multinacional, e não exatamente japonesa, onde continua gerando tecnologias novas.
Fábrica de tratores da Kubota na Tailândia
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25 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: maior empenho e eficiência, Posco, sistema similar aos japoneses
A POSCO coreana, que há algumas décadas começou suas atividades siderúrgicas absorvendo parte das tecnologias e sistemas de empresas como a da japonesa Nippon Steel, supera em muito a sua produção, lucros como valor de mercado, sendo a maior do seu país. Estendeu sua cooperação, inclusive financiamentos que proporcionava para os seus subcontratados para mais dois níveis abaixo, ou seja, subcontratados deles e também destas pequenas e médias empresas, como consta do artigo publicado no MK Business News coreano.
O CEO da POSCO, Chung Joon-yang, anunciou que coloca à disposição deles seus centros de pesquisas sem nenhum custo, proporcionando financiamentos quando necessários, estabelecendo um sistema que considera de “ganho-ganho”. O seu contínuo desenvolvimento depende, em parte, das empresas que trabalham com a POSCO indiretamente, e está disposta a ampliar esta colaboração recíproca, como uma inovação inédita.
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