11 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: crescentes dificuldades nas relações bilaterais, efeitos empresariais, quadro preocupante
A deterioração da situação entre a China e o Japão, tanto pelas disputas territoriais como suas consequências com aprisionamentos recíprocos de cidadãos de ambos os países, começa a afetar o quadro da integração comercial. O primeiro setor atingido foi o do fornecimento de terras raras chinesas para as indústrias de alta tecnologia do Japão. Depois vieram os cortes dos turistas de ambos os países. Seguem-se os intercâmbios de técnicos do setor eletrônico de tecnologia de ponta e agora se anuncia dificuldades crescentes no fornecimento de confecções chinesas para atender as demandas japonesas.
Há um aumento crescente dos custos de mão de obra na China e parte do abastecimento de confecções chinesas está passando para outros países, principalmente do Sudeste Asiático, mas num ritmo mais lento que o desejado, segundo o jornal japonês Nikkei. Alguns fornecedores chineses alegam que os japoneses adquirem em pequenos lotes, com condições mais duras, enquanto compradores norte-americanos e europeus oferecem melhores preços e outras facilidades, ao mesmo tempo em que a demanda interna da China está se elevando.
Rede de lojas japonesa Uniqlo, que pode ser afetada pela crise entre o Japão e a China
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17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: influência do desenvolvimento chinês, o sudeste asiático e a Asean, papel de Cingapura
Todos reconhecem que o desenvolvimento chinês na última década, e nos últimos anos depois da crise que afetou todo o mundo, tem sido importante para o universo globalizado. Nos países que são seus vizinhos, como a Coreia e o Japão, ele é mais marcante, mas também no Sudeste Asiático, é muito importante.
Hong Kong acabou sendo integrado à China, preservando um “status” especial, o que deve acontecer no futuro com Taiwan, de forma semelhante. Mas também Cingapura, a Tailândia, a Indonésia e outros países do Sudeste Asiático contam com fortes presenças de chineses e seus descendentes que chegam a ser de um terço da população local, ao lado dos indianos. E Cingapura, um país-cidade, tornou-se um forte centro financeiro e de serviços que exerce uma liderança regional.
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15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: continuidade do desenvolvimento chinês, pronunciamento do premiê chinês em Tianjin, relações com as empresas estrangeiras, reunião com grande comparecimento
Evidentemente, mesmo a China não é totalmente avessa às críticas que as empresas multinacionais fazem às suas regras econômicas, ainda que todos estejam ansiosos por se beneficiarem do elevado ritmo do desenvolvimento daquela economia. O premiê Wen Jiabao assegurou que as empresas estrangeiras atuantes naquele país contarão com igualdade de condições com as locais, respondendo a algumas críticas efetuadas por elas, que temem um confronto mais explícito.
Todos sabem que as empresas estrangeiras efetuaram investimentos na China para aproveitar a sua mão de obra barata, e algumas começam a visar o mercado interno que inicia sua expansão. Poucas são as empresas que conseguem lucros naquele país, mas os resultados são obtidos no exterior, quando comercializam os produtos lá fabricados, quer sejam roupas, eletrônicos em seus países de origem ou no mercado internacional.
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15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: suas repercussões pelo mundo, valorização do câmbio chinês
Num interessante artigo publicado no Valor Econômico, o professor Dani Rodrik, da Universidade de Harvard, mostra que a valorização do câmbio chinês, reclamado por muitos, não é uma unanimidade. Os países desenvolvidos, como muitos emergentes, entendem que esta mudança é indispensável para equilibrar o comércio mundial, pois as exportações chinesas inundam muitos países, enquanto as suas importações continuam contidas, dificultando a recuperação da economia de muitos países.
O autor coloca, no entanto, que muitos países menos desenvolvidos dependem das exportações de matérias-primas para a China, que teria o seu ritmo de desenvolvimento reduzido, como vem ocorrendo com os minérios brasileiros e produtos agropecuários como a soja. O que Dani Rodrik coloca é que estas exportações são temporárias e que estes países necessitam promover a sua diversificação, com uma política industrial que lhes permitiria um desenvolvimento mais sustentável.
Trabalhador da construção civil em uma rua no distrito de negócios de Shenzhen na China. Foto de Bobby Yip / Reuters
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8 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: custo da mão de obra, empresas chinesas, plano das autoridades
Todos sabem que as empresas estrangeiras e as terceirizadas chinesas, como as do setor eletrônico, se instalaram próximo ao litoral devido às facilidades de conexões com o exterior. É onde os salários estão subindo, com problemas como as greves de trabalhadores estimuladas até pelas autoridades, que afetaram as empresas como a Toyota e a Honda. Até o número de suicídios de operários pressiona a todos. A política chinesa é de interiorização deste desenvolvimento, beneficiando áreas que contam com excedente de mão de obra barata, proveniente do setor rural.
Um interessante artigo do The Wall Street Journal, escrito pelos jornalistas Janson Dean e Peter Stein, e publicado hoje no Valor Econômico, mostra como este processo está ocorrendo com o exemplo da Hon Hai Precision Industry, que concentrava seus investimentos em Shinzhen, perto de Hong Kong, e está deslocando seus novos investimentos para Chengdu (capital de Sichuan), Wuhan e Zhengzhou.
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16 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: chineses mais abertos, japoneses mais conservadores, pesquisa sobre sentimentos recíprocos
Como efeitos das guerras passadas, na Ásia ainda restam resquícios de restrições, como entre chineses e japoneses, que vão se reduzindo muito lentamente em função da maior integração econômica que ocorre na região. Uma pesquisa recente efetuada pelo jornal China Daily, junto com a ONG japonesa Genron, fornece informações importantes que mostram que os chineses estão melhorando o sentimento com relação aos japoneses, quando comparado a recíproca.
Mas todos consideram que o intercâmbio com os Estados Unidos continua mais importante que entre a China e o Japão.
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10 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: comportamento recente na América Latina, investimentos chineses e japoneses
O jornal Valor Econômico de hoje publica um artigo do professor Javier Santiso, da prestigiosa Esade Business School, com este título, fazendo um apanhado geral do crescimento recente dos investimentos chineses na América Latina, ultrapassando os japoneses que ainda estão mais diversificados. É verdade que os investimentos chineses estão ocorrendo em todo o mundo, destacando-se na África, onde procuram assegurar o abastecimento de matérias-primas que necessitam para dar continuidade ao seu processo de desenvolvimento.
Nas últimas décadas, os japoneses estão pouco ativos nesta região, concentrando os seus investimentos nos países asiáticos, inclusive na China, para atenderem as demandas de produtos semielaborados e finais, tanto para atender o mercado local como os destinados a atender suas necessidades.
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8 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: acadêmicos brasileiros no exterior, literatura como forma de compreender o Brasil, novas colocações
Este site tem insistido no enfoque do conhecimento recíproco da Ásia e da América do Sul sob uma perspectiva ampla, onde a literatura e o cinema também têm um papel relevante. O artigo do último suplemento do Valor Econômico, Eu & Fim de Semana, escrito pela Rachel Bertol, sobre os “Brasilianistas brasileiros”, que está centrado na literatura, é de grande importância para esclarecer este enfoque.
Os antigos brazilianists estrangeiros, em algumas grandes universidades norte-americanas e europeias, estão sendo parcialmente substituídos por acadêmicos brasileiros, principalmente no campo da literatura. Eles ajudam a entender o Brasil, que hoje desperta maior interesse no exterior, tanto do ponto de vista econômico quanto político. Como ajudam a fazer uma análise do país sobre uma perspectiva do exterior, com um enfoque mais abrangente, do ponto de vista sócio-cultural.
Ainda é um processo que mal começou, pois o Brasil não tem uma tradição cultural muito rica nem longa. No caso dos Estados Unidos, segundo o artigo, parece que somos ofuscados, ainda, pela influência mais acentuada dos hispano-americanos. E na Europa, pelos luso-africanos. No entanto, com um enfoque mais abrangente da tradição francesa, foge-se da exagerada departamentalização do conhecimento como dos norte-americanos.
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6 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: crescimento acelerado no Sudeste Asiático, outro pólo além da China e Índia
Os dados estatísticos disponíveis vêm demonstrando que o bloco dos países do Sudeste Asiático, conhecido como ASEAN, constituem um pólo dinâmico como a China e a Índia. Além de serem agressivos no mercado internacional, contam com um mercado interno em expansão, merecendo a atenção da mídia internacional. O Banco de Desenvolvimento da Ásia estima, num relatório deste mês de julho, que em 2010 este bloco deve crescer 7,9%, mais que anteriormente previsto, tendência que é compartilhada pelo FMI. As estimativas para a China e Índia indicam ligeira desaceleração.
Tendo como pólo financeiro Cingapura, o ASEAN conta hoje com a participação da Tailândia, Filipinas, Malásia, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja como membros efetivos, e como observadores Papua-Nova Guiné e Timor Leste. Alguns países são populosos como a Indonésia e outros pequenos, mas ricos como o Brunei. O bloco vem estabelecendo importantes acordos de livre comércio com outras potências asiáticas.
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24 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: avanços substancias, países do sudeste asiático, para enfrentarem os gigantes asiáticos
A necessidade acaba sendo a mãe de muitos entendimentos, e os pequenos países do sudeste asiático, para fazerem frente aos desafios de gigantes como a China, a Índia e o Japão, juntam os seus esforços de cooperação recíproca que extravasa a área comercial e econômica. Os acordos assinados em nível ministerial na reunião realizada no Vietnã, depois de cinco dias de intenso debate, na cidade de Ha Noi, surpreendem como noticiou o jornal Viet Nam News, apoiado por declarações da Secretaria de Estado norte-americana, Hillary Clinton.
Muitos acordos foram firmados envolvendo áreas como a cooperação cultural, conectividade entre os países, direitos humanos. Perseguem a paz, estabilidade e a cooperação, sendo que muitos acordos foram efetuados com países foram deste bloco.
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