5 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: formação de um conglomerado sustentável, notícia no Estadão, outras matérias-primas regionais, produção de sabonetes | 2 Comentários »
Uma notícia elaborada pela Gabriela Lara e Renan Carreira foi publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo informando que a empresa Natura, que vem se destacando no aproveitamento das matérias-primas regionais de forma ecológica na produção dos seus produtos, está criando um Ecoparque. Fica localizado numa área de 172 hectares no município de Benevides, no Estado do Pará, bastante próximo da capital Belém. Suas unidades de produção de sabonete que procuram aproveitar algumas essências locais ficariam lá localizadas. Mas também estariam sendo convidadas outras empresas que tenham finalidades semelhantes com objetivos de sustentabilidade, para formarem um aglomerado que proporcionem algumas vantagens recíprocas.
A simbiose mais procurada seria com indústrias de alimentos, óleo-químicas e de biocombustível que tenham condições de elevar o volume de aproveitamento dos produtos mantendo as florestas em pé. Segundo a Renata Puchala, a gerente de biodiversidade do Programa Amazônia da Natura, seriam aproveitadas as águas das chuvas e todos os veículos utilizados no projeto seriam elétricos.
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5 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: CEO francês, exemplo de Carlos Ghosn, experiências internacionais, metade da receita fora do Japão, presença no Brasil com a Nycomed
A maior empresa farmacêutica japonesa, a Takeda Pharmaceutical, quebrou sua tradição de mais de 230 anos nomeando um não japonês para o seu cargo de CEO, contratando o francês Christophe Weber, de 47 anos. Metade da atual receita da Takeda é gerada fora do Japão, tornando-a uma das empresas multinacionais de grande importância mundial. Parece que é o caminho tomado por algumas empresas que estão ampliando suas atividades em escala internacional. Christophe Weber nunca tinha trabalhado para a Takeda, mas conta com um rico currículo de 20 anos de trabalho para a farmacêutica GlaxoSmithKline na França, Reino Unido, Bélgica e Cingapura. Segue caminhos como o aberto por Carlos Ghosn que foi da Renault para soerguer a Nissan, conseguindo um grande prestígio no Japão que acreditava que executivos estrangeiros teriam dificuldades com a cultura empresarial japonesa.
Mas o novo CEO terá que provar, como Carlos Ghosn, que tem capacidade para entender o que o setor empresarial japonês também tem de bom, acrescentando sua experiência internacional. Mas a Takeda também incorporou outros diretores estrangeiros para suas áreas de finanças, recursos humanos, bem levou para seu Conselho Tachi Yamada, médico da Universidade de Michigan e líder o programa global de saúde da Bill & Melinda Gates Foundation. Mostra com tudo isto uma forte intenção de se consolidar como uma forte organização internacional. O assunto está sendo divulgado num artigo elaborado pela Kanoko Matsuyama para a Bloomberg.
Christophe Weber e edifício sede da Takeda
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4 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: arroz com os genes SPIKE, cooperação japonesa com o International Rice Research Institute, produção na Ásia
Um artigo publicado no The Japan Times, originário de uma matéria distribuída pela agência noticiosa AFP-Jiji, informa que cientistas japoneses estão colaborando com o IRRI – International Rice Research Institute para um aperfeiçoamento no cereal mais importante para a alimentação humana em todo o mundo. Trata-se de um longo trabalho que começou em 1989 com o criador de variedades japonês chamado Nobuya Kobayashi, que descobriu os maravilhosos genes conhecidos como SPIKE que aumentaria a produção das plantas de 13 a 36%. Os experimentos preliminares efetuados nas Filipinas mostram que as produções da variedade Indica, um grão moderno e longo mais utilizado em todo o mundo, resultaram nestes aumentos.
Os genes SPIKE foram descobertos utilizando a variedade Japonica tropical, que é produzido na Indonésia. Foram testadas as infusões destes genes em muitas variedades na Ásia, segundo informa Tsutomu Ishimaru, chefe do programa de desenvolvimentos de variedades utilizando estes genes liderados pelo IRRI.
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4 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: a criação de moedas virtuais, noticiário intenso no mundo, sofisticações tecnológicas
Este artigo está redigido de forma a ser acessível a todos sobre o assunto que é de uma elevada complexidade tecnológica. A disseminação das chamadas moedas virtuais está sendo tão rápida e assustadora que mereceu um artigo no The Economist, ainda que tratado no capítulo da tecnologia. Elas exigem o uso de uma matemática sofisticada, com técnicas chamadas de criptográficas, e o Bitcoin e outras moedas virtuais estão se espalhando por todo o mundo, dos Estados Unidos até a China, sem o controle das autoridades monetárias. Muitos especuladores estão visando elevados lucros, pois as suas cotações denotam uma bolha.
Todas as moedas envolvem confiança, que normalmente é proporcionada pelas autoridades monetárias de um país que também usufrui de sua senhoriagem, a vantagem que decorre de sua emissão aceita pela população, que de outra forma não deixaria de ser um simples papel pintado. Já vêm sendo substituídas pelos cartões de crédito, além das versões virtuais que ainda tem como base a moeda tradicional. Elas servem como meios de transações e de reserva de valor, muitas vezes com seus fluxos internacionais sendo difíceis de serem controlados.
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4 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: agrônomo Nelson Shoiti Tajiri, artigo no Valor Econômico, brócolis e pimentão, sementes de alface | 2 Comentários »
Um artigo de Luiz Henrique Mendes informa que o fornecimento de sementes de hortaliça do tipo alface, brócolis e pimentão estão sendo efetuado no Brasil pela empresa japonesa Sakata Seeds, que tem como presidente o engenheiro agrônomo Nelson Shoiti Tajiri. Ele é formado nas primeiras turmas de agronomia da Unesp e iniciou a sua carreira na antiga Cooperativa Agrícola de Cotia, que contava com uma unidade para o fornecimento de sementes chamado Agroflora, para produzir sementes adaptadas para as condições brasileiras.
A Sakata já foi poderosa no fornecimento de sementes de tomate entre 1990 e 2005, com os tomates chamados de longa vida, tendo perdido terreno para suas concorrentes internacionais, como a Monsanto e a Syngenta. Mas, como a Sakata detém a tecnologia dos tomates chamados “sweet grape”, que está com o consumo para mesa em crescimento, poderá recuperar parte do mercado. O artigo informa que a Cooperativa Agrícola de Cotia tinha tecnologia adaptada para as sementes voltadas para o clima tropical.
Nelson Shoiti Tajiri. Foto: Valor Econômico
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27 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: Brahma Chellancy no Project Syndicate, interpretação correta, visita à Índia
Um artigo escrito pelo professor Brahma Chellancy divulgado pelo Project Syndicate parece necessitar de alguns ajustamentos mínimos na sua interpretação. O autor é professor de Estudos Estratégico no Centro de Pesquisa de Política baseado em Nova Delhi e refere-se à próxima visita do Imperador Akihito e Imperatriz Michiko à Índia como marco antecipatório das relações de economia e segurança entre as duas maiores democracia da Ásia. Não há dúvida que o Casal Imperial é o símbolo do Estado Japonês, da dinastia mais antiga do mundo, e suas ações não interferem diretamente nas ações de governo do Japão. Na realidade, o que o governo japonês vem estabelecendo com a Índia pode estar sendo sancionado pela sua visita, não sendo adequado interpretar que a visita se antecipa ao que o Japão estará efetuando.
A estabilidade política recomenda o fortalecimento das relações entre os dois países, e o governo de ambos os países já estabeleceram fortes laços de intercâmbio, começando pela implantação do importante corredor de exportação entre Nova Delhi e Mumbai, onde as grandes empresas japonesas estão construindo um sistema com financiamentos de longo prazo a custos privilegiados bem como expressivos investimentos. Também o governo japonês vem prestando sua colaboração ao Corredor Oeste da Índia e ao projeto do Metrô de Bengala. A visita pode ser a consolidação do que o Estado japonês está entrosando com o Estado indiano, o que foi estabelecidos por ambos os governos. Parece um detalhe semântico, mas não parece adequado interferir que a Casa Imperial esteja inspirando a ação governamental do Japão.
Imperador Akihito e da Imperatriz Michiko. Foto: Reuters
O artigo refere-se à visita feita pelo Casal Imperial em 1992 à China, como um apoio ao governo de Deng Xiaoping e a sua política externa. Na realidade, se algo foi efetuado neste sentido, também foi pelo governo japonês da época, sem que sua diretriz fosse dada pelo Imperador, que não interfere nestes assuntos depois da Segunda Guerra Mundial, como está na Constituição japonesa.
O autor ainda faz considerações inadequadas sobre futuras viagens do Imperador Akihito, bem como possíveis contrastes com as do primeiro-ministro Manmohan Singh, quando este é Chefe de Governo, não se confundindo com o de Chefe de Estado.
Ainda que o artigo faça uma série de outras considerações sobre assuntos estratégicos da Ásia, notadamente no seu relacionamento com a China, estas interpretações preliminares que não correspondem às formalidades políticas não atribuem às colocações uma validade que seria desejável, ainda que certamente estejam perseguindo a importância da viagem.
Fica difícil compreender como o Project Syndicate distribuiu um artigo que contém interpretações controvertidas como as que estão apresentados nesta matéria.
25 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: anúncio chinês da nova Air Defense Indentification Zone – ADIZ, áreas disputadas por diversos países, coreanos e norte-americanos, reações dos japoneses | 4 Comentários »
No ultimo fim de semana, o Ministério de Defesa da China anunciou uma nova ADIZ – Air Defense Indentification Zone, no Mar Leste da China, incluindo áreas críticas que abrangem as ilhas disputadas internacionalmente chamadas de Diaoyus pelos chineses e Senkakus pelos japoneses, como estão registrados em todos os órgãos relevantes da imprensa mundial. Já protestaram, ainda em termos diplomáticos, os japoneses, os norte-americanos e seus aliados, bem como os coreanos, todos que possuem interesses nas áreas, alertando sobre os elevados riscos da decisão chinesa.
Todos esperavam que os problemas das áreas em disputa, ainda que motivações internacionais tendessem a acomodar-se em algum tipo de entendimento, fossem resolvidos diante dos volumes dos interesses comerciais envolvidos entre os principais países envolvidos. Ainda que as reações diplomáticas tentem preservar os entendimentos, procurando minimizar a importância do anúncio chinês, todos ressaltam a possibilidade de um incidente com aeronaves que estejam cruzando estes espaços, procurando estabelecer alguns mecanismos de emergências para tanto.
Quando as dificuldades são marítimas, envolvendo embarcações, ainda tenham se tornados velozes mais recentemente, não são como as aeronaves e foguetes militares, muitos de velocidades supersônicas. Como as distâncias são pequenas nesta região do Mar Leste da China, os tempos disponíveis para alertas são mínimos. Qualquer disparo acidental antes do início das negociações pode desencadear uma crise de proporções monumentais.
Ainda que todos esperem que as devidas cautelas sejam tomadas, já havia tensões que envolvem questões de soberania entre países que possuem cargas históricas lamentáveis, que não conseguem ser absorvidas pelo tempo.
Outros países de comportamento pouco previsível, como a Coreia do Norte, já têm lançado foguetes que provocaram protestos de muitos outros países, bem como acumulação de preocupações. Agora, tanto a China como seus vizinhos contam com muitos armamentos pesados na região, inclusive atômicos. Qualquer acidente pode gerar uma situação de difícil controle.
24 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: colocações do The Economist, experiências militares, os problemas em ambos os países, teóricas disputas entre os Estados Unidos e a China na hegemonia das próximas décadas
Ainda que sejam estudos de futurologia que dependem muito do que continuará acontecendo nas próximas décadas em todo o mundo, as hipóteses de geopolítica costumam especular sobre o futuro mais longínquo e as possibilidades da China superar os Estados Unidos na hegemonia mundial nas próximas décadas. A revista inglesa The Economist é uma das que insistem neste assunto, ainda que a China sempre afirme que deseja somente a melhoria do padrão de vida de sua gigantesca população que ainda é muito baixa, não tendo pretensões imperialistas. Ela é feita na análise da atual situação dos Estados Unidos, onde visivelmente o presidente Barack Obama perde importância mundial, num país que depende mais do que acontece no seu setor privado, principalmente na economia. A China também se dispõe a efetuar reformas importantes para superar as suas dificuldades de manutenção de um ritmo de crescimento razoável na próxima década, tentando ampliar suas alianças internacionais.
O que parece evidente é que os Estados Unidos se desgastaram muito com as intervenções que promoveram no Iraque e no Afeganistão, inclusive ameaças na Síria que consumiram muitos recursos e prestígios, exigindo que suas presenças como nos mares que cercam a China contem com colaborações dos seus aliados na região, principalmente nos seus financiamentos. A revista entende que os norte-americanos colheram experiências com suas atuações utilizando suas forças militares em conjunto com os drones, o que os chineses não têm, mesmo contando com o apoio da Rússia, que não aprecia a hegemonia dos Estados Unidos. Mas estas contestações só ocorrem no campo diplomático, onde no Conselho de Segurança das Nações Unidas veta em conjunto as pretensões dos norte-americanos como no caso da Síria e do Irã.
Os Estados Unidos estão melhorando do ponto de vista econômico com o aumento significativo de sua produção interna de petróleo e gás, notadamente do fraqueamento das rochas do xisto que permite combustíveis baratos, ainda que isto continue poluindo suas águas. Eles afirmam que principalmente o gás é menos poluente que o carvão mineral e continuam dando pequena importância ao lançamento do CO2, mesmo que as irregularidades climáticas estejam aumentando, impondo pesados custos sociais em diversas partes do mundo, inclusive no seu próprio país. Estes e outros posicionamentos determinaram o fracasso das reuniões promovidas em Varsóvia, reunido praticamente todos os países do mundo.
Na China, o presidente Xi Jinping parece ter consolidado de forma impressionante o seu comando político, econômico, tanto interno como o de política externa, impressionando o mundo. Deve esmagar as resistências internas como relacionados com a corrupção, poder das estatais como das autoridades locais, ao mesmo tempo em que promove uma forte distensão política interna, ampliando a participação das massas populares. O primeiro-ministro Li Keqiang tende a se tornar somente a sua sombra, para executar o que ficar sobre a sua responsabilidade. Profissionais preparados como com Liu He, com aperfeiçoamentos em Harvard, com um pequeno grupo de liderança deve ajudar Xi Jinping nas difíceis tarefas de reformar radicalmente a China, adquirindo uma importância política que nem Deng Xiaping, reconhecido como o grande reformador, não teve naquele país.
A China vai depender do fornecimento de energia e matérias primas, ampliando suas influências como na África e em outros países emergentes como o Brasil, consolidando também suas alianças com a Rússia. Sua agilidade e pragmatismo são impressionantes, fazendo uso pleno das reservas de moedas estrangeiras que acumulou os últimos anos. Ainda que esteja aumentando o seu poder militar, ele é insignificante diante dos estoques de armamentos, experiências e tropas de que dispõem os Estados Unidos e seus aliados.
Parece que os chineses possuem a plena consciência desta situação, não se dispondo a correr os riscos como os que levaram a antiga URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas à sua dissolução. A corrida armamentista não parece estar nos seus planos, o que leva a entendimentos para uma convivência com os Estados Unidos, como estão sendo promovidos em diversas reuniões e intercâmbios.
Os Estados Unidos, de sua parte, parecem tentar encurralar estrategicamente a China como movimentos de pinças, tanto com os europeus como com seus aliados na região do Pacífico. Mas conflitos militares entre ambos os blocos não são imaginais pelos custos para todos. Do ponto de vista de relacionamento comercial, todos tentam intensificar com acordos de todos os tipos, mas a experiência passada indica que não suficientes para superar os problemas de hegemonia do poder, segundo a revista.
O quadro atual aparenta contar com dirigentes que se tornaram mais pragmáticos que ideológicos, apesar de sempre se contar com radicais por todos os lados. De outro lado, o poder parece estar mais distribuído, não se concentrando somente nas lideranças de dois blocos, havendo um grande grupo de países intermediários que também aumentaram suas participações nas influências internacionais.
21 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: evolução do problema da segurança na Ásia, novas revisões entre os Estados Unidos e o Japão, uma visão japonesa
O professor de política internacional da Universidade de Kanagawa Ryo Sahashi, expressa num artigo distribuído pela AJISS – Associação dos Institutos Japoneses de Estudos Estratégicos seu ponto de vista sobre as atuais tendências do entendimento militar entre os Estados Unidos e o Japão. Como todos sabem, depois da Segunda Guerra Mundial, o Japão renunciou a contar com força militar para a sua defesa externa, dispondo somente de meios para a chamada sua autodefesa, passando a contar com o suporte dos Estados Unidos para o que venha a necessitar. Com as despesas militares norte-americanas em diversas regiões do mundo, os Estados Unidos passam a esperar a colaboração dos países aliados para neutralizar o aumento da capacidade militar dos chineses nos mares que cercam a China, com a alegação de proteção de suas rotas de suprimento.
Os dois países mantêm um CCS – Comitê Consultivo de Segurança USA-JAPÃO ao nível dos ministros de Defesa e Relações Externas de ambos os países que se reúnem regularmente, o último no início de outubro último. O Secretário de Estado John Kerry vem afirmando que os Estados Unidos reconhecem que as ilhas Senkaku disputada com a China pertencem ao Japão. Também existem disputas com a Coreia do Sul, e a Coreia do Norte com seus foguetes com armamentos atômicos são preocupações constantes dos japoneses, como do resto do mundo, notadamente dos asiáticos.
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21 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: as dificuldades existentes, entendimentos de cúpula entre a China e a Comunidade Europeia, Harvard Business Review sobre as opiniões de Josef Joffe
Os que imaginam que o desenvolvimento é um processo fácil devem observar o que está ocorrendo na China que, apesar das suas dificuldades, empenha-se no estabelecimento estratégico de entendimentos com a cúpula da Comunidade Europeia. Ao mesmo tempo em que é criticado por estudiosos como Josef Joffe, autor do livro “The Myth of America’s Decline” (tradução livre, o Mito do Declínio Americano), que estudou também aquele país. O presidente Xi Jinping da China encontrou-se com o presidente Herman Van Rompuy do Conselho Europeu e o presidente Jose Manuel Barroso da Comissão Europeia, na reunião de cúpula do novo governo chinês com a União Europeia, segundo o China Daily. Justin Fox da Harvard Business Review entrevistou Josef Joffe, que analisou os países que poderiam disputar com os Estados Unidos a supremacia da liderança econômica e política mundial, apontando os problemas que a China deve encontrar.
O que o presidente da China espera é que a União Europeia promova novas áreas de cooperação, incluindo a urbanização, a inovação, a aeronáutica e a astronáutica, cuja discussão será comandada pelo primeiro-ministro Li Keqiang, procurando um plano para até 2020. Ainda que existam interesses de ambas as partes, os mecanismos atuais terão que ser aperfeiçoados, pois a Europa criou problemas com os painéis solares da China, e esta retaliou com investigações sobre o dumping com vinhos da Comunidade Europeia. Os chineses solicitam maiores facilidades para que possam fazer investimentos na Europa. Os parceiros procuram quais os papéis que podem desenvolver num longo prazo.
Herman Van Rompuy, Xi Jinping e Jose Manoel Barroso. Foto: Xinhua
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