24 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo sobre a China, suplemento Eu & Fim de Semana, Valor Econômico
Com grande competência, Cyro Andrade elaborou para o suplemento Eu & Fim de Semana, do jornal Valor Econômico, um importante artigo sobre a mudança de comando político que está ocorrendo na China, com a ascensão de Xi Jinping que deve ocupar o posto máximo naquele país em outubro próximo. O artigo se baseia nas informações de Michael Pettis, das Universidades de Pequim e Columbia, que é considerado um dos maiores conhecedores atuais daquele país e escreve regularmente para alguns jornais.
Utiliza, também, o livro de Justin Yifu Lin, o economista-chefe do Banco Mundial, que escreveu “Demystifying the Chinese Economy”, e o trabalho “The Battle for China’s Top Nine Leadership Posts”, publicado por Cheng Li, que é o diretor de pesquisas do John L.Thornton China Center da Brooking Institution, no The Washington Quarterly, deste inverno no Hemisfério Norte. Todas as fontes utilizadas são consideradas do mais alto nível internacional.
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23 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: construção civil e aproveitamento dos pontos de venda, novo edital, redução dos riscos, separação da tecnologia e operação
Um artigo abrangente publicado por Daniel Rittner e André Borges no Valor Econômico informa que um novo edital do trem bala reduz risco cambial e de demanda, ajudando a estimular a concorrência de grupos internacionais no fornecimento de tecnologia e experiência de operação. Eles ficariam separados da construção civil e aproveitamento imobiliário das proximidades das estações, que dependeria de um projeto executivo de engenharia. Segundo o ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos, o assunto estaria pronto para uma reunião envolvendo todos os organismos governamentais relacionados com o projeto, visando a aprovação final da presidente Dilma Rousseff.
Em que pesem os avanços obtidos, ainda cabe uma consideração sobre a forma de financiamento de um empreendimento desta magnitude. Verificando-se as histórias dos projetos ferroviários, sempre se considerou a valorização das regiões beneficiadas como forma de arcar com parte destes elevados custos. Algumas áreas foram destinadas às atividades urbanas e agropastoris, e outras visaram o melhor aproveitamento imobiliário de áreas já existentes nas ferrovias, como pátios, armazéns e demais áreas com elevados potenciais de valorização imobiliária.
Ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos
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22 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: economia de água, economia de alimentos, economia de energia, possibilidades
Um exemplo marcante acabou sendo dado pelo Japão. Afetado pelos fortes desastres naturais, terremoto, tsunami e radiações, o país que sempre enfrentou uma carência de fontes de energia teve que desligar suas usinas atômicas, o que o forçou a uma economia de 30% de toda a energia consumida nacionalmente. Isto foi conseguido com eficiência, sem que nenhum apagão se registrasse no país. Houve uma conscientização e uma colaboração de toda a população, das empresas e entidades públicas, minimizando os sacrifícios de todos.
A população mundial continua crescendo e aspirando por melhores padrões de vida. Em muitos países existem muitas outras limitações que podem ser superadas com a colaboração de todos, de forma semelhante com a feita pelos japoneses. Continua existindo uma carência mundial de alimentos, com povos famintos passando por dificuldades, quando outros estão se alimentando acima do necessário, aumentando doenças com estes excessos. A água potável passou a ser um recurso limitado no mundo e esforços precisam ser feitos para a sua economia. Todo o meio ambiente precisa ser menos danificado para manter a qualidade de vida de todos.
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22 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: criticas ao Keidanren, governança das empresas, Japan Center for Economic Research
O que não era usual no Japão começou a acontecer com as dificuldades por que passa a economia daquele país. Um organismo, o Japan Center for Economic Resarch, uma organização de empresários critica publicamente o Keidanren – Federação das Organizações Econômicas do Japão, a cúpula empresarial japonesa pelo mau desempenho da governança das empresas, que provocaria o comportamento desfavorável de sua economia.
Segundo o economista sênior Masataka Maeda, do Japan Center for Economic Resarch, casos como da Olympus que veio escondendo o seu mau desempenho por anos, e da Daio Paper que apresentou irregularidades nos últimos exercícios, decorrem de suas más governanças. Estas empresas estão sofrendo fortes críticas pelos seus conselhos não serem capazes de prevenir péssimos comportamentos de seus altos executivos.
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22 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: além das Zonas de Exportação, Bangladesh cria 30 Zonas Econômicas Especiais, notícia no Nikkei
Notícia publicada no jornal japonês Nikkei informa que Bangladesh, com uma população de 160 milhões de habitantes, ficando entre a gigantesca China e a Índia, anunciou a criação de mais 30 Zonas Econômicas Especiais, além das Zonas de Exportação já implantadas. Os países do Sudeste Asiático estão disputando os investimentos estrangeiros diretos feitos por países como a Coreia e o Japão, visando não somente aproveitar a mão de obra barata, como o mercado interno que começa a crescer. As Zonas Econômicas Especiais criam condições para que parte da produção seja voltada para o mercado interno, além de uma parcela destinada à exportação com redução de tributos.
O jornal Nikkei obteve uma entrevista com o ministro de Finanças de Bangladesh, Abul Maat Abdul Muhith, mostrando que aquele país está criando as condições para competir com outros do Sudeste Asiático com relação à localização de empresas estrangeiras. Entre as japonesas de destaque, já estão a Fast Retaiiling que usa a marca Uniqlo, que está diversificando os investimentos feitos na China, com a elevação do custo da mão de obra chinesa, como a Mitsubishi Motors que está produzindo veículos esportivos. Também empresas do setor farmacêutico e médico, como a Nipro e a JMI Pharma, já anunciaram em dezembro último os seus investimentos. Estão procurando não depender exageradamente do seu setor têxtil para industrializar também outros produtos.
Se os países sul-americanos, como o Brasil, não acelerarem seus projetos de Zonas Especiais, tanto econômicas como de exportação, poderão perder as oportunidades que estão sendo procuradas por estes investidores internacionais, mesmo que tenham outras condições. Todos reclamaram que o nível da tributação, principalmente no Brasil, é muito elevado, deixando-o pouco competitivo.
20 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: Applied and Environmental Microbiology, artigo de Alexandre Gonçalves, O Estado de S.Paulo, trabalho publicado pelos estudantes de Yale
Um interessante artigo foi publicado por Alexandre Gonçalves no O Estado de S.Paulo, com base no trabalho científico publicado no Applied and Environmental Microbiology pelos alunos de graduação da Universidade de Yale, referindo-se a um fungo amazônico que degrada plásticos em condições semelhantes às de aterro. Como os cientistas norte-americanos identificaram mais de 50 microorganismos que consumiram o petróleo derramado no Golfo do México, é muito provável que estes que degradam plásticos também existam, com grandes potencialidades de aplicação.
Segundo o artigo, duas cepas de Pestalotiopsis microcraspora mostraram enorme potencialidade de degradação dos plásticos de poliretano. O estudante Jonathan Russell identificou e segregou a enzima secretada pelo fungo responsável pelo enfraquecimento das ligações químicas do polímero, mesmo sem oxigênio. Isto teria a possibilidade de diminuir o impacto ambiental do lixo.
Capa do Applied and Environmental Microbiology e imagem do fungo de planta amazônica
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20 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ajuda via FMI, anúncio conjunto da China e do Japão, valores ainda não acordados
Todos os jornais importantes do mundo, principalmente os voltados para assuntos econômicos, estão anunciando que as autoridades japonesas e chinesas, representando a segunda e a terceira economias do mundo, divulgaram a firme intenção de apoiar a Europa, alocando seus volumosos recursos por intermédio do FMI. Eles se encontram com suas delegações em Beijing, lideradas pelo vice-premiê da China, Wang Qishan, e pelo ministro das Finanças do Japão, Jun Azumi, neste domingo. Os montantes da ajuda ainda não foram acertados, mas o anúncio pretende tranquilizar os mercados, expressando uma forte determinação.
Jun Azumi e Wang Qishan. Foto: Xinhua/Li Tao
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20 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: mecanismo empregado em diversos países, notícia no Viêt Nam News, potencialidades no Brasil, zonas especiais no Vietnã
Os mecanismos de zonas especiais, que no caso de Vietnã apresentam duas qualificações, as zonas industriais e zonas especiais de exportação, são aplicados em muitos países. No caso do Brasil, consolidou-se há décadas com a Zona Franca de Manaus, e já conta com a legislação para poder ser multiplicado junto a portos e aeroportos, ou em outras regiões que apresentam condições especiais, mas ainda sofrem restrições. A China iniciou o recente processo de desenvolvimento criando diversas zonas especiais, principalmente as voltadas para as exportações nas suas zonas litorâneas. O Japão anunciou que até Tóquio pode ser utilizada para a instalação de escritórios voltados às atividades asiáticas.
Logotipo do jornal Viêt Nam News e foto área da zona franca de Manaus
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20 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: editorial da Folha, posicionamento ideológico, razões da melhoria da distribuição de renda
Todos sabem que os editoriais dos jornais refletem a sua opinião e o seu posicionamento ideológico, mas no caso do publicado hoje pela Folha de S.Paulo contém fatos objetivos que ficam subjacentes e não se trata meramente de sua posição. O editorial mostra que, confirmando outros artigos postados neste site, o jornal mesmo sendo crítico aos governos do PT, reconhece a expressiva melhoria da classe chamada C no Brasil, cuja renda mensal domiciliar se situa entre R$ 1.000 a R$ 4.500, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2009.
Só que atribui a causa fundamental desta melhoria à estabilidade monetária que teria sido conquistado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, atribuindo menor importância à Bolsa Familia do governo Lula da Silva, que também admite ser relevante ao lado de outros programas de distribuição de renda no Brasil.
Gráfico publicado no editorial da Folha de S.Paulo
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20 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: custo da previdência social, dívida pública japonesa, elevação dos impostos
Um informativo e extenso artigo dos jornalistas Tetsushi Kajimoto, Leika Kihara e Tomasz Janowski distribuído pela Reuters comenta que o risco da dívida pública japonesa começa a preocupar ainda que lentamente. A fuga de capitais, o aumento dos custos dos empréstimos, o estoque de moeda e ações e a injeção de vasto montante de liquidez das autoridades monetárias aos bancos locais fazem com que o país tenha que enfrentar o crescimento da dívida pública. O assunto que já vem sendo discutido há décadas agravou-se sobremodo depois dos problemas do terremoto, tsunami e radiações no Nordeste do Japão.
Muitas entrevistas foram efetuadas com autoridades e analistas do setor privado pela Reuters, sem que os primeiros fossem identificados, mas notou-se que estes assuntos estão sendo discutidos internamente pelas autoridades. Segundo um deles, seria assustador pensar-se na venda do triplo de títulos públicos, ações e da moeda local, mas a sua possibilidade é maior do que o mercado imagina. A dívida pública japonesa supera a US$ 10 trilhões, duas vezes o PIB do país e somente o seu serviço (juros pagos) representa a metade da renda dos tributos do país. O aumento anual desta dívida pública é superior ao PIB da Grécia e de Portugal somados.
Nota de 10.000 yens, Bank of Japan e Dieta japonesa
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