Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Respeitável Produção Acadêmica da FEAUSP

29 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: O Brasil do Século XXI, O Brasil e a Ciência Econômica em Debate, O Estado de Arte em Economia, produções relevantes

Acabou de ser lançado pela Editora Saraiva “O Brasil e a Ciência Econômica em Debate”, compreendendo o primeiro volume com o título “O Brasil do Século XXI” e o segundo volume com o título “O Estado da Arte em Economia”. Ambos foram coordenados pelo professor Antonio Delfim Netto e organizados pelos professores Pedro Garcia Duarte, Simão D. Silber e Joaquim J.M.Gulhoto. Os artigos constantes destes livros correspondem aos trabalhos apresentados nos seminários que vieram sendo efetuados no Departamento de Economia da FEA-USP desde 2007, que chegam próximo a 50 sessões supervisionadas pelo professor Delfim Netto. Todos os artigos foram discutidos nos seminários e sofreram à apreciação crítica de dois outros economistas e exigiram imensos trabalhos para chegarem à forma adequada para a sua publicação, que demandou um bom tempo.

Todo este trabalho exigiu um cuidadoso processo de revisões e alguns artigos podem sofrer as limitações dos profundos aperfeiçoamentos que estão ocorrendo recentemente nos conhecimentos econômicos, diante das crises que afetam o mundo e acabam exigindo novas colocações. Mas todos merecem as mais profundas considerações por tratarem de temas que permitem uma visão mais abrangente, como sempre foi a marca da FEA-USP. Lá, convivem acadêmicos que adotam variadas posições, com suas visões que podem ser completadas pelos leitores com novas leituras, permitindo uma compreensão humanística, que não se restringe às especializações econômicas.

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Todo este processo visou aproveitar a experiência do professor Delfim Netto, não só decorrente de sua constante leitura das contribuições acadêmicas mais atualizadas em todo o mundo, como de sua aplicação no exercício da política econômica brasileira, bem como análise do que vem ocorrendo em outras partes do mundo, bem como em todo o universo globalizado.

Com o espírito jovem, aberto e pragmático do professor Delfim Netto, os seminários ganharam a contribuição de um colega como dos muitos doutorandos e outros que conquistaram títulos acadêmicos recentemente, tendo enriquecido seus cabedais em muitas instituições do exterior. Mas a prova do pudim é quando se come, como ensinava Joan Robinson, e é na aplicação na complexa realidade é que vai se avaliar a validade de algumas teorias, com a honestidade do profundo conhecimento dos instrumentos que estão sendo utilizados, como a econometria.

Sempre se deu importância na FEA-USP aos conhecimentos da história e da geografia, e mais recentemente compreende-se que as hipóteses da racionalidade dos comportamentos humanos só atendem a uma parte da realidade. Nem sempre uma exagerada sofisticação teórica é mais útil na compreensão dos fenômenos econômicos, sujeitos às restrições políticas, do tipo da urna, corrigindo os exageros das colocações econômicas.

Estes livros devem ajudar estudantes, acadêmicos e analistas para o aguçamento dos seus espíritos críticos, mostrando que existem visões que podem apreciar os fenômenos de ângulos que nem sempre foram percebidos. Devem ajudar a enriquecer também nas elaborações teóricas, que sempre necessitam da observação da realidade, sem a pretensão que os esquemas lógicos abarquem a complexa sociedade dos seres humanos, que possuem limitações objetivas, ainda que devam aspirar melhorias sensíveis no bem estar de toda a humanidade e do ambiente que os cerca, que deve estar sempre preocupada com a sustentabilidade.

Evoluiu-se muito no conhecimento, mas ainda existem amplos campos a serem aprofundados, pois as crises recentes vêm mostrando que as exageradas pretensões de muitos acadêmicos levaram o mundo a muitos desastres. Parece recomendável, acima de tudo, a humildade, pois nunca existiu teste estatístico que aceite as hipóteses levantadas, mas somente as que não as rejeitam, diante de dados que procuram expressar a realidade, mas também contam com suas limitações.


Euforia na Imprensa Brasileira com a Dilma no New Yorker

29 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo ponderado, Dilma no New Yorker, repercussões amplas no Brasil

Não é sempre que um mandatário supremo do Brasil merece um artigo com tanto destaque na revista New Yorker, voltada para um público mais exigente, com matérias que exigem um mínimo de preparo para a sua apreciação. A revista não é de cunho popular ou de divulgação semanal, mas provoca reflexões mais profundas. A presidente Dilma Rousseff mereceu um artigo de 14 páginas de Nicholas Lemann, que procura ser equilibrado, mas reflete uma surpreendente admiração, considerando-a “ungida” não só pelo Lula da Silva, mas por ter conseguido o que poderia se chamar a tríplice coroa, com o crescimento econômico, que se destaca com os Estados Unidos e a Europa enfrentando problemas, liberdade política, diferente de muitos países autoritários, e uma respeitável melhoria na distribuição de renda.

A repercussão do artigo na imprensa brasileira é inusitada, com praticamente todos os veículos de comunicação destacando a matéria, com resumos diferentes, pois sua circulação é da edição de 5 de dezembro próximo. O artigo refere-se também aos pontos problemáticos do Brasil como a corrupção, criminalidade, educação precária, deficiências de infraestrutura. Mas ressalta que a presidente tem um estilo diferente de governar do seu antecessor, Lula da Silva, por quem foi indicado como candidata, e ter sido beneficiada por uma economia que se encontrava em boas condições. Reconhece que ela procura atacar os problemas existentes como pode.

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Assuntos que Estão por Trás da Decisão Sobre a Usiminas

28 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: algumas dificuldades, dados constantes dos comunicados oficiais, uma solução adequada

O jornal Valor Econômico publica hoje na sua manchete principal a solução que foi alcançada na disputa pela Usiminas, que começou com a pretensão hostil da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, comandada por Benjamin Steinbruch, de assumir o seu controle. No fundo, a CSN teria a vantagem de absorver a tecnologia que a Nippon Steel transferiu para a Usiminas, quando a CSN conta atualmente com uma menos sofisticada, concentrada em produtos básicos. A Usiminas tem capacidade de produzir aços como os utilizados pela indústria automobilística, que continua evoluindo para fazer face às concorrências das fibras de carbono e materiais plásticos utilizados nas indústrias automobilísticas, que procuram usar menos combustível com um peso mais leve.

A Techint tem o seu braço siderúrgico com a Ternium, que já tem uma joint venture com a Nippon Steel no México, estando acostumada com a cultura desta tradicional siderurgia japonesa nascida da fusão da Yawata e da Fuji, que continua tendo elevada importância no cenário empresarial do Japão. Com a fusão da Nippon Steel com a Sumitomo Metals, ela deve voltar a ser a segunda no mundo, atrás da AcelorMittal indiana, superando a Posco coreana, bem como a Bao Steel chinesa.

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Cargas da Imprensa Norte-Americana Sobre os Chineses

28 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: criticas subliminares, disputa ideológica, momentos de crise, problemas destacados | 5 Comentários »

Observando dois artigos reproduzidos no Valor Econômico, um do The Wall Street Journal e outro do Bloomerg/ Businessweek, fica-se com a impressão da existência de uma verdadeira campanha norte-americana subliminar destacando eventuais problemas, ainda que diferentes, enfrentados pela China. Sempre que o quadro internacional torna-se mais problemático, é natural que um polo dialético seja ressaltado, e com os Estados Unidos e a Europa enfrentando graves dificuldades, a candidata natural acaba sendo a China. Subliminar, pois os assuntos levantados são banais, mas acabam sendo ganchos para criticar o estado atual das coisas na China.

No Wall Street Journal, o jornalista Jeremy Page escreveu o artigo cujo título acabou sendo traduzido por “Crescem críticas às regalias da elite política da China”. Relata-se que um jovem filho de Bo Xilai, o líder que procura ressaltar os valores da época de Mao Tsetung, teria uma participação retumbante num evento nos Estados Unidos, como indicação dos privilégios de descendentes de alguns líderes chineses. No Bloomberg/Businessweek, os jornalistas Dexter Roberts e Jasmine Zhao, no artigo que recebeu o título “Ricos chineses buscam refúgio em países seguros”, informam sobre as transferências de algumas famílias chinesas ricas para o exterior.

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Um Projeto Nacional Para o Brasil

28 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entrevista de Paulo Cunha, IEDI, observações de Jorge Gerdau Johanpeter, planos do governo, reflexões sobre o assunto, sentimento da falta de um projeto nacional

Vale a pena refletir um pouco sobre uma entrevista concedida por Paulo Cunha, destacado empresário brasileiro, presidente do Grupo Ultra, terceiro faturamento privado do Brasil, publicado na Folha de S.Paulo de domingo. Acrescente-se a isto o que expressam outros importantes empresários, como as entrevistas que foram selecionadas pela Carta nº 495 do IEDI – Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial sobre a atual crise mundial e a indústria brasileira. Incluia-se um importante pronunciamento feito na semana passada pelo empresário Jorge Gerdau Johanpeter que procura ajudar o atual governo federal brasileiro afirmando que não há possibilidade de governabilidade com tantos ministérios. Com tudo, parece possível chegar-se a uma conclusão que se sente a carência de um Projeto Nacional razoavelmente consensual para o Brasil, mesmo que exista um plano governamental federal e diversas entidades que procuram subsidiar o governo federal na direção deste objetivo.

Muitos expressam suas insatisfações, mostrando que não se sentem solidários com o plano que já existe, mesmo que reconheçam alguns dos seus méritos. Não se sentem participantes da elaboração do mesmo, nem concordam completamente com a gestão governamental que vem se efetuando. Evidentemente, nenhum plano tem a possibilidade de satisfazer a todos, mas parece de toda conveniência que se procure um mínimo de solidariedade dos empresários a um Projeto Nacional e que toda a população saiba qual a estratégia que vem sendo perseguida pelo governo para superação da maioria das dificuldades atuais da economia brasileira, de forma a se posicionar corretamente nas tendências futuras do Brasil.

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Jorge Gerdau Johannpeter                         Paulo Cunha

É evidente que a presidente Dilma Rousseff recebeu na sua eleição um mandato para estabelecer uma política condizente com o que expôs durante a sua campanha eleitoral, procurando o desenvolvimento sustentável e possível com a estabilidade de sua economia, dando prioridade para a melhoria social de sua população mais modesta. E que a crise mundial atual provoca uma necessidade de constante adequação pragmática de suas metas, que é sentida de forma diferente pelos diversos setores da economia. Reconhece-se que existe pouca funcionalidade no seu sistema político-partidário brasileiro com as aspirações nacionais, inclusive de relacionamento do Executivo com outros segmentos da administração pública, como o Legislativo e o Judiciário. E que se trata de um sistema federativo, com o poder partilhado com os Estados e os Municípios, onde a execução da política de desenvolvimento depende fundamentalmente do setor privado, ainda que num mundo onde o Estado necessite criar as condições para manter a sua competitividade internacional.

Parece que a maioria da sociedade brasileira aprova o início da atual gestão da presidente como a comandante máxima do país, como indicam as pesquisas de opinião pública. Mas parece que a sociedade brasileira aspira por impostos menos pesados, juros mais baixos, câmbio mais ajustado, serviços públicos mais eficientes, notadamente no atendimento das necessidades de saúde, educação e previdência, melhores infraestruturas, desenvolvimento tecnológico para proporcionar condições competitivas com outros países emergentes nos setores produtivos entre outros aspectos.

É evidente que um Projeto Nacional não é um santo milagre e a sua execução necessita contar com uma pragmática flexibilidade, pois as condições internacionais estão em constantes e fortes mudanças. Mas deve-se reconhecer que a sua discussão pode ajudar a aglutinar importantes segmentos da sociedade brasileira, mesmo que não seja consensual e sempre desperte oposições. Todos se sentiriam mais confortáveis sabendo o que se persegue, de que forma e quais os instrumentos que serão utilizados para se atingir os seus objetivos. Que tudo está em muitos documentos e posicionamentos, não há dúvida, mas sempre algo organizado e consistente poderia ajudar na procura de uma maior eficiência dos resultados, utilizando os recursos humanos, naturais, tecnológicos, e demais recursos disponíveis. Hoje, se reconhece que o mercado não é capaz de resolver todos os problemas mais complexos, muitos que exigem pesados investimentos por longos períodos, como a preparação dos recursos humanos para os desenvolvimentos tecnológicos.

Tudo indica que o Brasil já dispõe de uma política externa mais clara, como a expressa pela presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral das Nações Unidas. Parece útil organizar a sociedade brasileira internamente, desde os setores primários, industriais e dos serviços, inclusive do setor público para enfrentar os desafios que se apresentam no momento, que se agravam num cenário externo que vai demandar muito tempo para ficar mais claro. A ampliação do mercado interno que se tornou mais estratégica exige melhores empregos e a geração de renda para um processo sustentável, sem agravar as pressões inflacionárias e os endividamentos públicos.

Todos reconhecem que o Brasil dispõe de muitas condições favoráveis, mas ainda estamos longe do que já alcançaram outros países emergentes em alguns setores. Um claro diagnóstico da situação em que nos encontramos e as nossas limitações permitem que todos os setores tenham melhores condições para enfrentar os desafios existentes, inclusive com ajuda externa, num intercâmbio sadio, respeitando as opções que são tomadas pelos outros países na perseguição dos seus objetivos nacionais.

O quadro atual não permite os desperdícios de recursos que ainda estão ocorrendo, e exigem a concentração das atenções em alguns objetivos estratégicos, com um claro delineamento dos caminhos que podem ser traçados, ainda que de forma pragmática, diante das condições que continuarão se alterar no tempo.

Muitos estudos já estão acumulados em muitas organizações privadas e públicas e os recursos disponíveis ainda exigem humildade diante dos desafios existentes, ainda que muitas potencialidades estejam claras. Uma organização dos esforços não poderá ser prejudicial, ainda que não seja necessário despender exagerados esforços em discussões que se tornem acadêmicos.

Certamente é um processo que terá ter o comando da presidente Dilma Rousseff que tem todas as credenciais indispensáveis para galvanizar toda a sociedade brasileira neste esforço organizado de desenvolvimento econômico, social e político, de forma sustentável.


Vendas dos Produtos de Luxo no Japão Continuam Altas

25 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: explicações possíveis, mudanças de hábitos, tendência de manter, vendas altas de produtos de luxo | 2 Comentários »

Para a perplexidade de muitos analistas, o consumo de produtos de luxo no Japão continua elevado, segundo o jornal Nikkei de hoje. Está sendo a salvação de muitas lojas de departamento, não somente em Tóquio como em outras cidades como Osaka. São mencionados exemplos concretos, como o da conhecida loja da Mitsukoshi no bairro de Nihonbashi, onde os relógios de mais de US$ 13.000 aumentaram 60% com relação ao ano passado, e os de mais de US$ 26.000 dobraram suas vendas, incluindo as de grifes internacionais como a Rolex.

Numa feira especial realizada no Daimaru Matsuzakaya, de Osaka, nos últimos dias 15 e 16 de outubro, as vendas aumentaram 18% com relação ao ano anterior, com itens como pinturas, e colares de diamante com preços em torno de US$ 300 mil. Esta tendência está sendo confirmada também no corrente mês de novembro, em diversas lojas de departamento em Tóquio, em vários bairros.

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Prédios das lojas de departamentos da Mitsukoshi e da Daimaru Matsuzakaya

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Dirigentes de Turismo que não Conhecem o Mundo

24 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Turismo, webtown | Tags: esqueceram a China, oportunidade da Copa, turismo internacional

Se a notícia que foi publicada no Valor Econômico informando que a Embratur elegeu 17 países como alvos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, excluindo a China, parece que os dirigentes daquela entidade estão desfocados com o que vem acontecendo no mundo atual. Quem viaja pelo mundo, Estados Unidos, Europa, Ásia, África observam que recentemente o número de turistas chineses em todo o mundo passou a ser a principal corrente, e chegam até o Brasil, mesmo sem eventos especiais.

Eles substituíram os norte-americanos, europeus ou japoneses, e “invadem” os países que apresentam atrativos turísticos enchendo as lojas de departamentos, as lojas de grifes conhecidas, os hotéis e os restaurantes. Possuem uma empolgação pelo futebol e os astros brasileiros e destacam-se nos esportes. Até na África, por motivos variados, o fluxo de passageiros nos voos aéreos é surpreendente. Existe uma maciça classe média chinesa, além dos que possuem elevados poderes aquisitivos, ocupando os melhores estabelecimentos disponíveis no cenário internacional.

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Turistas chineses invadem o mundo / Cataratas do Iguaçu

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Cristo Redentor / Pororoca no Rio Amazonas

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Diferenças de Comportamento numa Crise Econômica

23 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: comportamentos racionais e movimentos de manada, demanda efetivas e bolhas, riscos

São nos momentos de crise econômica que se observam o excesso de movimentações que não parecem totalmente racionais, alguns caracterizando bolhas, outros baseados em dados objetivos. Tudo indica que há um aumento da aversão ao risco, com exagerados fluxos de recursos para aquisição de títulos do Tesouro Americano, chegando até a provocar uma valorização do dólar norte-americano, depois de exagerada política de aumento da circulação desta moeda provocada pelas autoridades americanas visando a desvalorização da mesma. Mesmo com todas as dificuldades dos Estados Unidos, muitos portadores de ativos financeiros continuam achando que os títulos do governo americano continuam sendo de mais baixo risco.

De outro lado, nota-se, como no Japão, um verdadeiro boom imobiliário, que se observa também em Londres, como os noticiados em diversos jornais internacionais. Há uma nítida preferência por ativos reais, representados pelos imóveis. No centro de Tóquio, em ambos os lados da estação central daquela cidade, as notícias são da continuidade, que parece exagerada, de novos preditos de grande porte, numa das áreas mais valorizadas do mundo em termos imobiliários. Ao mesmo tempo, noticia-se que mesmo com uma economia que começa a se recuperar, até no interior do Japão está se generalizando o aumento dos preços dos imóveis, em parte da recuperação dos que estavam reprimidos.

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Edíficos modernos e imponentes “brotam” em Tóquio

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Novas Realidades na Mineração do Ouro

23 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: coexistência com velhas técnicas, novas tecnologias, uso intensivo dos equipamentos

Com os elevados preços que o ouro vem alcançando no mercado internacional, notadamente com os receios das desvalorizações das diversas moedas e a natural procura de segurança nos períodos de grande instabilidade na economia mundial, ampliam-se as atividades para a mineração deste precioso metal. Além das românticas explorações que continuam ocorrendo em muitos lugares da Amazônia, sabe-se que este minério é também encontrado em pequenas proporções misturadas com outros, exigindo tecnologias sofisticadas e empresariais para serem exploradas. Grandes volumes de terras e outros minérios necessitam ser utilizados para a sua separação, como a que está sendo noticiada no site do Globo, que destaca a participação até de mulheres no manejo de pesados equipamentos que movimentam até 240 toneladas de materiais.

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Mulheres atuam na mineração manejando grande equipamentos. Foto: O Globo/Divulgação

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Tecnologia Japonesa Para Evitar Congestionamentos

20 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aplicação na China, noticias do Nikkei, possibilidades no Brasil

Uma notícia publicada no jornal econômico Nikkei informa que a Nissan e a Mitsubishi Heavy estão fornecendo tecnologias de ponta para resolver os problemas de congestionamento do trânsito nas principais cidades asiáticas. Um caso concreto é a que está sendo utilizada na capital chinesa, Beijing, que é um projeto de maior dimensão na espécie, envolvendo 12.000 veículos equipados com GPS. Câmeras são instaladas nas principais rotas transmitindo aos motoristas as informações do tráfego, oferecendo alternativas mais favoráveis. Em fevereiro próximo, as informações das pequenas ruas também serão incluídas.

Cerca de 5 milhões de veículos provocavam problemas em Beijing em 2005, e as autoridades resolveram utilizar a tecnologia da Nissan. Como o projeto envolvia veículos de outras marcas, ele era complicado, mas está sendo melhorado. Utiliza-se o chamado ITS – sistema de transporte inteligente, e a Mitsubishi Research Institute estima que as vendas de 2005 a 2020 destes sistemas devem chegar a cerca de US$ 1,3 trilhões. Eles envolvem a utilização do ETC – coletores eletrônicos de pedágio, VICS – sistemas de comunicações e informações de veículos, e sistemas de assistência à segurança dos motoristas, ajudando o ITS.

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Centro de controle de tráfego em Beijing e pedágio eletrônico em Cingapura

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