Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Indústria de Aviação Francesa se Prepara Para o Futuro

20 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Tecnologia | Tags: Airbus se prepara para o futuro, fracasso do Concorde, ligação rápida com a Ásia, preocupações ambientais

Como é do conhecimento geral, o Salão da Indústria Aeronáutica mais importante do mundo ocorre em Bourget, onde participa tradicionalmente a Embraer brasileira. Logo que se abriu a exposição, a casa matriz da Airbus, segundo publicado no Le Figaro desta segunda-feira, iniciou suas pesquisas para o lançamento do novo avião que pretende cobrir Paris a Tokyo em duas horas e meia, sem agredir o meio ambiente. Espera-se que o projeto esteja concluído em 2050. O Concorde voou comercialmente pela última vez em 2003 e é uma das frustrações francesas.

O voo do novo avião pretende atender o mercado dos executivos, comportando entre 50 a 100 passageiros, e tem como alvo principal a ecologia, com emissão zero de poluentes. O projeto foi batizado de ZEHST (Emissão Zero no Transporte de Alta Velocidade – Zero Emission High Speed Transport), numa associação das empresas EADS, L’Onera, do Laboratório de Pesquisa Aeroespacial da França, como do Japão.

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Concorde, cujo projeto fracassou comercialmente, e o novo projeto batizado de Zehst

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Engenharia Japonesa Para Acelerar o Pré-Sal

17 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: artigo do Toyo Keizai, participação japonesa, pré-sal, Taketoshi Aizawa

Um importante artigo foi publicado por Taketoshi Aizawa, no jornal econômico japonês Toyo Keizai, ele que é o gerente geral adjunto da Petrobras em Tóquio, Assessor do CEO da Nansei Sekiyu, e ex-representante da JBIC – Japan International Cooperation Agency no Brasil, onde ajudou no financiamento de importantes projetos. Numa longa apresentação, o artigo relata a importância da exploração dos recursos de petróleo e gás em áreas marinhas, inclusive em Zonas de Exploração Especial do Japão, como nos arredores de Okinawa. Principalmente com os acidentes ocorridos no Japão recentemente, e as decisões norte-americanas de acelerar os projetos de sua autosuficiência energética, bem como as dificuldades de geração de energias alternativas.

Novas tecnologias são indispensáveis para as explorações como do pré-sal a grandes profundidades. Elas podem ser úteis também para explorações nas Zonas Especiais no Japão, segundo o autor. A Petrobras está envolvida na produção de supertanques de 500.000 TDW em Suape, em Pernambuco, com a coreana Samsung Heavy Industries, na empresa chamada Atlântico Sul, que conta com a participação da Camargo Correa brasileira. Muitos projetos já envolvem investimentos de US$ 4,6 bilhões com muitos outros navios de grande porte.

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A Competitividade Internacional das Atividades Produtivas

16 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: competitividade da indústria, da agricultura e da mineração, o câmbio determinado pelos influxos financeiros internacionais | 2 Comentários »

Os industriais brasileiros são os que mais reclamam de estarem sendo excluídos do mercado, pois não conseguem manter a sua competitividade, principalmente com os produtos chineses, mesmo sendo eficientes dentro de suas fábricas. O câmbio extremamente valorizado que vem sendo estabelecido pelo forte influxo de recursos externos, os juros mais altos do mundo praticados no Brasil, os pesados tributos locais e as limitações da infraestrutura brasileira não permitem a continuidade de suas atividades, passando a aumentar seus componentes importados ou mesmo produtos acabados. Mesmo as empresas produtoras de commodities agropecuários e minerais estão com suas competitividades cada vez mais comprometidas, fazendo com que o ritmo da exportação venha se reduzindo. As importações estão aumentando, e as contas externas conseguem ser mantidas pelos fortes influxos de recursos financeiros externos, influenciados pelas diferenças das taxas de juros internas e do mercado internacional.

Os analistas econômicos indicam que o câmbio brasileiro não apresenta tendências de mudança, os juros internos continuarão a se reduzir lentamente, as tributações apresentam dificuldades de reformas significativas e as melhorias na infraestrutura continuarão ocorrendo, mas incapazes de alterar o quadro de forma marcante. Estarão as atividades produtivas fadadas ao desaparecimento?

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O Intercâmbio Sino-Brasileiro Atual e Bases Para Expansão

13 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Política | Tags: artigos na Folha de S.Paulo, consulado geral em Xangai, observações do correspondente em Peguim

A Folha de S.Paulo trouxe no domingo, dia 12 de junho, dois artigos de suma importância sobre o intercâmbio sino-brasileiro que merecem a atenção de todos que estão relacionados com este relacionamento. Um é de Fabiano Maisonnave, correspondente em Pequim do jornal e outro escrito pelo cônsul geral do Brasil em Xangai, Marcos Caramuru, junto com seu adjunto, Joel Sampaio. O primeiro observa que os serviços brasileiros na China ainda engatinham, com uma presença limitada, e o segundo trata do aumento do entendimento entre chineses e brasileiros, como base para o futuro aumento do intercâmbio econômico.

O que valeria a pena acrescentar é porque isto está acontecendo, com base na história do Brasil e exemplos dos intercâmbios efetuados com os Estados Unidos, Europa e Japão, ainda que superficialmente. Isto permitiria sugerir medidas para o aumento do intercâmbio bilateral, com bases mais sólidas.

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Cônsul geral do Brasil em Xangai, Marcos Caramuru de Paiva

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Notícias Empresariais do Japão e da China

11 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: Hitachi, Komatsu, mercado de produtos de luxo, mudanças em marcha, pequenas e médias empresas chinesas

Segundo o jornal econômico Nikkei, a Hitachi anuncia uma nova visão estratégica para se tornar uma participante global no mercado de infraestrutura social, competindo com empresas como a General Eletric e Siemens, principalmente no Sudeste Asiático, inclusive em tecnologia de informações e materiais de alta performance, quando antes estava focada na energia nuclear. O mesmo jornal informa que a Komatsu, diante da redução do ritmo de investimento chinês na construção, está voltando seus equipamentos para o mercado de mineração. As suas vendas de escavadeiras hidráulicas, que vinham crescendo cerca de 42% anual no começo do ano, caiu para 8% em abril e em maio reduziu-se em 39%, uma mudança típica da indústria de equipamentos pesados.

Este desaquecimento da economia chinesa vem sendo sentida também pelas suas pequenas e médias empresas, como noticia o Financial Times. Elas sofrem um aperto financeiro pior que na crise financeira global de 2008. Ao mesmo tempo, o China Daily informa que em 2012 a China ocupará a posição do Japão como a maior consumidora mundial de produtos de luxo.

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Cadeia Japonesa de Izakaya Expandindo para o Exterior

10 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: aproveitando as oportunidades, expansão para o exterior, Izakaya, rede Watami | 2 Comentários »

O jornal econômico japonês Nikkei informa que a rede Watami, que possui cerca de 600 estabelecimentos no Japão, pretende ampliar suas atividades no exterior. Izakaya é uma espécie de pub japonês, onde o objetivo principal é usufruir de algumas bebidas num ambiente descontraído, acompanhadas de pequenas porções de petiscos. Eles pretendem abrir, no mínimo, 26 novos estabelecimentos na Ásia durante este ano fiscal (o ano fiscal japonês vai até março de 2012).

Eles pretendem abrir mais 10 estabelecimentos em Hong Kong onde já possuem 20. Eles querem abrir 10 na Malásia, usando o sistema de franchises, e ampliando as atividades que possuem no Japão, servindo também saladas, pratos fritos, sashimi, massas e arroz, aproveitando a onda favorável para a culinária japonesa.

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Izakaya Pubs em Shenzhen, na China

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Mercado de Capitais na China

10 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: bolsa de valores da China, chineses pretendem ser importantes em todos os setores, mercado de capitais

Um artigo publicado no China Daily mostra que os chineses estão determinados a serem importantes em todos os setores da economia, inclusive no mercado de capitais. Já chegaram à posição de segunda economia do mundo, e o artigo mostra um sentimento de Hong Kong que devem abrir o mercado de capitais, para que os estrangeiros adquiram ações das empresas da economia que ultrapassará a dos Estados Unidos nos próximos anos.

A Bolsa de Xangai ainda é a quinta do mundo, mas existem a de Hong Kong e a de Shenzhen, que também merecem destaque internacional. Os fundos chineses têm uma atuação importante no exterior e suas grandes empresas estão presentes nos mercados estrangeiros. As autoridades chinesas já deram sinais para o avanço das participações de ações da Coca-Cola, Unilever e HSBC nas listas das Bolsas da China.

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Os Juros Discrepantes no Brasil

10 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: discrepâncias exageradas, juros brasileiros elevados, tendências futuras

O Banco Central do Brasil elevou novamente os juros do chamado Selic, que serve de base para os demais praticados no país, para a taxa anual de 12,25%, que descontada da inflação resulta em 6,8% ao ano, de longe a mais elevada do mundo. Um artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, informa que o Brasil e somente outros nove países, entre 40 outros levantados, têm juros positivos, com base numa pesquisa e um gráfico elaborado pela Cruzeiro do Sul Corretora, basicamente para manter a inflação controlada. O juro brasileiro é cerca de cinco vezes mais alto que o segundo, que é do Chile.

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Outro gráfico elaborado pela Idéias Consultoria mostra desde janeiro de 1945 até janeiro de 2011 a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna levantado pela Fundação Getúlio Vargas. A inflação vem ocorrendo por problemas nas contas externas ou em decorrência do que os economistas chamam de “choque de oferta”, ou alguma medida que provocou a queda da produção local, como alguns planos governamentais.

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Estimativa do Cenário Energético em 2035

9 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: cenário para 2035, era de ouro para o gás, estimativa da Agência Internacional de Energia

A Agência Internacional de Energia é uma entidade independente criada junto a OECD – mantida pelos países economicamente desenvolvidos, com a finalidade de estudar os problemas mundiais de energia. Diante do quadro que se apresenta no mundo atual, principalmente depois dos problemas ocorridos em Fukushima no Japão, eles entendem, com a ajuda de estudiosos especialistas, que as próximas décadas serão a era de ouro do gás. Ele ganhará um aumento de participação no cenário para 2035 das fontes de energia de todo o mundo.

As dificuldades existentes com a energia nuclear, os problemas de preservação do meio ambiente, a disponibilidade de reservas, os preços das energias e todas as demais informações disponíveis levam a Agência a perguntar se as próximas décadas não serão a era de outro do gás.

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Ela estima que a demanda mundial de energia em 2035 será cerca de 35% maior que em 2008, calculando que percentualmente as seguintes fontes terão os percentuais de participação alterados:

Tipos de fontes   2008   2035

Carvão mineral     27%   22%

Petróleo              33%   27%

Gás                     21%  25%

Nuclear                6%    7%

Hidro                    2%   3%

Biomassa             10% 12%

Outros renováveis  1%    4%

O cenário de 2035 está baseado no estudo chamado Cenário de Energia Mundial 2010 (World Energy Outlook 2010) elaborado pela Agência Internacional de Energia, mas é este o quadro que consta do relatório de 2011 que faz um levantamento cuidadoso, pais por país, considerando os dados mais minuciosos disponíveis, bem como as políticas estabelecidas.

Estes estudos são longos e contém uma série de detalhes, e todos os que trabalham com o planejamento da energia o fazem com períodos relativamente longos como os de 25 anos. A justificativa para tanto é que os projetos energéticos de grande magnitude, tipo as hidroelétricas como a de Itaipu no Brasil, ou Three Gorges na China ou do pré-sal na plataforma brasileira, costumam demandar, entre os estudos preliminares até a sua conclusão, em torno de 20 anos.


Banco Mundial e FMI Estimam Crescimento do Japão

9 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: 2012, decresce, Economia do Japão em 2011, estimativas do Banco Mundial e do FMI, mas não é negativo

Considerando as magnitudes dos terremotos, tsunami e radiações, as novas estimativas sobre o crescimento do PIB do Japão para 2011 efetuadas pelo Banco Mundial e FMI de 0,1% no ano devem ser consideradas satisfatórias, pois em 2010 foram estimadas em 4,0%. Principalmente em função dos esforços para a reconstrução, está se estimando em 2,6% para 2012 e 2,0% para os anos seguintes. Estão considerados os eventos no Japão, os problemas no Oriente Médio e no Norte da África que afetaram a economia japonesa.

Estas organizações internacionais estimaram que no Oriente Médio e no Norte da África o crescimento que foi de 3,1% em 2010 decresceu para 1,9% em 2011. Elas estimam que se a crise nuclear deteriorar, ela pode exigir mais tempo na sua solução, impactando na economia. Todas estas informações foram noticiadas pelo The Japan Times, baseadas nas notícias distribuídas pelas principais agências internacionais.

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