11 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: artigo do Financial Times, contraste com a época do Akio Morita, os jovens japoneses estão evitando tecnologias | 2 Comentários »
Por ironia, o jornalista Jonathan Soble do Financial Times informa que os atuais jovens japoneses, apesar do atual elevado desemprego pelos padrões daquele país, estão indicando que se distanciam das profissões relacionados com o desenvolvimento tecnológico. Ele chama a atenção que Akio Morita, co-fundador da Sony, orgulhava-se na sua autobiografia em 1986 que o Japão se concentrava na formação de engenheiros, enquanto os Estados Unidos contavam com muitos advogados.
Ainda hoje, muitas empresas japonesas dependem da tecnologia para enfrentar a concorrência com os coreanos e taiwaneses. Uma pesquisa efetuada pelas empresas japonesas informa que no ano passado dois terço delas sentiam as limitações da disponibilidade de pessoal técnico capacitado voltado à tecnologia.
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8 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: concorrendo com outros asiáticos, mudanças no comportamento do JBIC, usinas atômicas e trens rápidos
Um interessante artigo de Michiyo Nakamoto, de Tóquio, acaba de ser publicado hoje no Financial Times, dando conta de uma mudança efetiva na atitude do governo japonês no suporte de empresas daquele país, a fim de concorrer com outros países asiáticos. Informa que Tadashi Maeda, do JBIC – Japan Bank for International Cooperation, efetuou uma longa viagem pelo exterior, de forma a tornar o Japan Incorporation competitivo na área dos trens rápidos até usinas atômicas.
O Japão ficou traumatizado quando perdeu para a Coreia a concorrência para construir usinas atômicas nos Emirados Árabes Unidos. É um setor onde conta com tecnologia competitiva e uma longa tradição das usinas mais seguras ao longo de muitos anos, controlando até a Westinghouse norte-americana que fornece para os Estados Unidos, por intermédio da Toshiba.
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8 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: construção naval dominada pelos asiáticos, efeitos cambiais, mudanças dramáticas nos últimos anos
Existem muitos setores industriais que estão se deslocando para novos países produtores, mas o exemplo mais dramático parece ocorrer no setor estratégico de construção naval. É uma indústria de base que, além de construir navios e seus componentes, também constroem equipamentos pesados, como as plataformas que dão suporte para a extração petrolífera e de gás nas costas marítimas.
O Brasil chegou a ser a primeira produtora no mundo, mas deixou de ser competitiva, e está agora recomeçando a retomar suas atividades em função das imensas necessidades do pré-sal. A falta de visão de longo prazo deixou-nos longe dos produtores asiáticos, que disputam acirradamente as grandes encomendas, pois o mundo globalizado vai continuar exigindo transportes marítimos de grandes distâncias.
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6 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Tecnologia | Tags: dificuldades, necessidade de calor humano, o uso de robô para atendimento dos idosos
O jornalista Michael Fitzpatrick, da BBC News de Tóquio, postou um interessante artigo sobre o acompanhamento mundial da experiência japonesa no uso do robô para o atendimento de pacientes no Japão. Todos sabem que nas atividades industriais repetitivas, como na indústria automobilística, está se intensificando o uso do robô. A grande carência de pessoal para atendimento dos pacientes idosos nipônicos enfrenta a dificuldade de licenciamento de profissionais provenientes de outros países, e muitas tentativas estão sendo feitas com equipamentos robotizados.
É evidente que, mesmo efetuando esforços para que tais robôs tenham algumas reações humanas, como alegria e contrariedade, ainda não se conseguiu substituir os seres humanos, cujo trabalho está se tornando proibitivo pelos seus custos em todo o mundo para atendimento dos muitos idosos necessitados. Algumas tarefas, como medidas dos dados vitais, inclusive exames de eletrocardiogramas, já estão sendo efetuadas por equipamentos, como camas hospitalares, instalações de toilets especiais bem como celulares com funções específicas de atendimento de alguns pacientes. Até alguns animais robotizados estão sendo utilizados para o atendimento de pacientes de Alzheimer com capacidade de transmitir um mínimo de afeição, a partir dos equipamentos destinados ao atendimento de crianças.
Robôs estão cada vez mais com aparência e funções humanizadas
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4 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: Nippon Steel com a Sumitomo Metal, outros casos, tentativas de fusões para se manterem competitivas | 1 Comentário »
O importante jornal econômico norte-americano The Wall Street Journal como o japonês Nikkei noticiaram, observando a demora da operação, que as japonesas Nippon Steel e a Sumitomo Metal Industries anunciaram o plano de se fundirem até outubro de 2012. Estas siderúrgicas, que eram as mais importantes do mundo até algumas décadas passadas, precisaram tomar estas medidas para poder se aproximar da atual líder mundial indiana Acelor Mittal e competir com a chinesa Baosteel e a coreana Posco.
Estas fusões vêm ocorrendo ao longo da história econômica destes países. A Nippon Steel nasceu de uma fusão da Yawata com a Fuji no pós-guerra e, em 2002, a NKK (Nippon Kokan) fundiu-se com a Kawasaki Steel, dando origem a atual JFE.
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2 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: esforços de adaptações de empresas japonesas, exemplo da NEC | 1 Comentário »
As grandes empresas japonesas, como a NEC – Nippon Eletric Company, se empenham profundamente para se adaptar ao novo quadro econômico, encerrando algumas atividades, procurando novas parcerias, adotando novas estratégias. O jornal japonês Nikkei publica uma extensa matéria sobre os esforços que a NEC está efetuando.
Os seus negócios com PC serão transferidos para uma nova joint venture que estabeleceram com a chinesa Lenovo. Eles já não produzem mais microchips que passaram a adquirir de terceiros. As vendas anuais do grupo devem se reduzir em 60% com o que tinham no ano 2000.
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31 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: abertura para os estrangeiros, problemas ambientais, usina da Posco coreana na Índia
Existe uma constante discussão em todo o mundo sobre as compatibilizações das necessidades de desenvolvimento com os cuidados ambientais, envolvendo agora a Índia e a Coreia. Um artigo da jornalista Alexandra Stevenson publicado no Financial Times informa que a gigantesca Posco coreana conseguiu um novo avanço na Índia, para a instalação da usina siderúrgica que implica em US$ 12 bilhões de investimentos no estado de Orissa, na Índia, com uma autorização provisória.
A Índia projeta uma grande necessidade de produtos siderúrgicos e existem alguns projetos importantes da ArcelorMittal, Tata Metaliks e JSW Steel, e as preocupações ecológicas estão crescendo também naquele país. Evidentemente, do ponto de vista industrial existem hoje tecnologias para evitar poluições, mas que implicam em investimentos pesados. Uma grande siderurgia acaba provocando impactos ambientais amplos em muitos setores, mas os indianos possuem recursos humanos competentes para fazer face a todos estes problemas.
Logotipo da Posco em sua sede, em Seul
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31 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: avaliações acadêmicas, investimentos feitos para evitar a recessão, utilidade do trem rápido no Festival da Primavera
Os chineses estimam que neste Ano Novo Lunar que marca a entrada no Ano do Coelho, também chamado de Festival da Primavera, cerca de 230 milhões de pessoas se deslocarão dos seus atuais lugares de trabalho para suas terras natais. É uma massa impressionante, sem paralelo no mundo, e algumas delas utilizarão o sistema de trem rápido implantado recentemente que já chegou a 8.358 quilômetros construídos, como parte das medidas antirrecessivas da China.
Numa matéria publicada pelo acadêmico Liu Wellin no China Daily, informa-se que a passagem entre Guangzhou e Wuhan, nestes trens rápidos e confortáveis, em primeira classe chega a custar 780 yuans, muito acima da possibilidade de um chinês normal. O ticket normal custa 490 yuans, sendo que a passagem aérea é de cerca de 800 yuans, mas existem ofertas especiais deste período que chegam a 300 yuans.
Verdadeira multidão comemora o Festival da Primavera
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29 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: baixo intercâmbio Brasil-Índia, pode aumentar o conhecimento recíproco, promoção indiana | 4 Comentários »
Segundo nota distribuída pela Confederação das Indústrias Indianas, eles estão tomando a iniciativa de promover em São Paulo, entre 11 a 14 de março próximo, a feira The India Show. O volume de exportação da Índia para o Brasil em 2010 foi de US$ 4,2 bilhões, contra US$ 3,4 bilhões de importação, cifras insignificantes quando consideradas as importâncias que ambas as economias emergentes estão ganhando no mundo.
O evento deverá reunir 100 das mais importantes empresas da Índia, destacando-se os três gigantes da área de óleo e gás, Bharat Petroleum, Hindustan Petroleum e a Oil India. O evento será aberto pelo ministro indiano de indústria e comércio, Anand Sharma, e envolverá empresas de engenharia e tecnologia, como o conhecido Tata Group, indústrias de autopeças, farmacêutico, têxtil e processamento de alimentos.
Anand Sharma
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29 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: dois casos de intercâmbio bilateral, Financial Times relata projeto do Vale do Silício, The New York Times relata projeto de genética | 2 Comentários »
Em que pesem as naturais dificuldades de intercâmbio científico e tecnológico entre a China e os Estados Unidos, há que se admitir que os norte-americanos são ousados no incentivo de projetos inovadores que superam as resistências, prestigiando as iniciativas de competentes empreendedores, mesmo que envolvam os chineses que estão competindo com eles na vanguarda de muitos conhecimentos. O Financial Times relata sobre o projeto de um fabricante de lâmpadas de luz com baixo consumo de energia emitindo diodes (light bulbs that use low-power light-emitting diodes), na linha de tecnologias verdes no Vale do Silício. E o The New York Times sobre uma odisséia sino-americana na construção de um melhor mapa genético dos ratos.
Estas notícias vêm no rastro da visita do presidente chinês Hu Jintao aos Estados Unidos, marcado por declarações preocupantes sobre a atual rivalidade entre os dois países que disputam a liderança das inovações nas pesquisas e tecnologia.
Presidente da China Hu Jintao ao lado do presidente norte-americano Barack Obama
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