11 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: crescentes dificuldades nas relações bilaterais, efeitos empresariais, quadro preocupante
A deterioração da situação entre a China e o Japão, tanto pelas disputas territoriais como suas consequências com aprisionamentos recíprocos de cidadãos de ambos os países, começa a afetar o quadro da integração comercial. O primeiro setor atingido foi o do fornecimento de terras raras chinesas para as indústrias de alta tecnologia do Japão. Depois vieram os cortes dos turistas de ambos os países. Seguem-se os intercâmbios de técnicos do setor eletrônico de tecnologia de ponta e agora se anuncia dificuldades crescentes no fornecimento de confecções chinesas para atender as demandas japonesas.
Há um aumento crescente dos custos de mão de obra na China e parte do abastecimento de confecções chinesas está passando para outros países, principalmente do Sudeste Asiático, mas num ritmo mais lento que o desejado, segundo o jornal japonês Nikkei. Alguns fornecedores chineses alegam que os japoneses adquirem em pequenos lotes, com condições mais duras, enquanto compradores norte-americanos e europeus oferecem melhores preços e outras facilidades, ao mesmo tempo em que a demanda interna da China está se elevando.
Rede de lojas japonesa Uniqlo, que pode ser afetada pela crise entre o Japão e a China
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4 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: custos ainda elevados, lançamento mundial, TV 3D Sem Óculos
Os jornais japoneses, entre eles o Nikkei e o Japan Today, noticiam que a Toshiba exibiu no CEATEC – Combined Exhibition of Advanced Technologies, em Tóquio, nesta semana, o primeiro aparelho de 3D com tela de cristal líquido, que não precisa de óculos especiais para dar a impressão de profundidade. Eles informam que os aparelhos devem estar no mercado japonês em dois tamanhos, de 12 e de 20 polegadas, não estando ainda previsto o lançamento no exterior. Os seus preços iniciais, eles admitem, ainda são elevados.
Mas a longo prazo, a tecnologia de 3D caminhará em direção a ficarem livres dos óculos especiais. A Toshiba desejou demonstrar estar na liderança do desenvolvimento deste tipo de tecnologia.
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1 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: autorização das autoridades chinesas, depósito de minério na China, fornecimento para pequenas siderúrgicas
Para a Vale brasileira ser competitiva na China, com relação a outros grandes fornecedores internacionais como os australianos Rio Tinto e a BHP Biliton, precisa contar com um estoque disponível de minérios, principalmente para atender pequenas e médias siderurgias. As grandes costumam firmar contratos de fornecimento de longo prazo, mas as empresas menores usam também os chamados mercados “spots” para atender necessidades eventuais.
O transporte de minério do Brasil até o Extremo Oriente exige mais tempo do que os australianos, e precisam ser feitos em navios de grande porte, normalmente de 400.000 TDW, que reduzem os custos de fretes. Existem outros portos asiáticos, como no Japão e nas Filipinas, que sempre foram utilizadas pelos brasileiros, mas contando com um depósito em Qingdao, na província chinesa de Shandong, ficará mais competitiva, como informou o diretor Jose Carlos Martins, da Vale, aos jornalistas chineses em Dalian, conforme noticiou o China Daily.
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28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: 416, 6 quilômetros por hora, entre Xangai e Hangzhou, recorde batido na viagem teste
O principal jornal chinês, China Daily, noticiou que hoje, numa viagem teste entre Xangaiai e Hangzhou, o seu trem CRH380A atingiu a velocidade recorde mundial de 416,6 quilômetros horários. Ele foi projetado para uma velocidade de 350 quilômetros, para cobrir a distância de 202 quilômetros entre as duas cidades em 40 minutos, quando antes levava duas horas. Espera-se que cerca de 80 milhões de passageiros usem esta rota por ano.
Xangai é uma metrópole com cerca de 20 milhões de habitantes, que tive a oportunidade de visitar neste ano, e Hangzhou é uma aprazível cidade com atrativos turísticos, que visitei há algum tempo, que conta atualmente com cerca de 7 milhões de habitantes. Hoje, são centros dinâmicos do desenvolvimento chinês, que se concentra na faixa litorânea.
O engenheiro chefe do Ministério de Ferrovias chinês, He Huawu, informou que 7.055 quilômetros de trens rápidos já se encontram em serviço naquele país. Os chineses haviam batido o recorde anterior que era de 394,3 quilômetros por hora entre Beijing, a Capital, e Tianjin com o seu CRH3 em junho de 2008, com distância em torno de 120 quilômetros.
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28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: duas concorrências, ferrovia Oeste-Leste na Bahia, monotrilho em São Paulo
O jornal Valor Econômico publica hoje dois artigos, um do jornalista André Borges sobre a concorrência da ferrovia Oeste-Leste e outro do Fernando Teixeira sobre o fornecimento de trens para o monorail na cidade de São Paulo. A Oeste-Leste ligará inicialmente a cidade de Barreiras, no além São Francisco ao porto de Ilhéus, ambos no Estado da Bahia. Posteriormente, ela será interligada à Ferrovia Norte-Sul, na cidade de Figueirópolis, no Estado de Tocantins. O monorail ligará o bairro de Tiradentes até a estação de Vila Prudente, onde ficará interligado ao sistema metropolitano de São Paulo.
A construção da ferrovia Oeste-Leste foi dividida em sete lotes, com distâncias entre 403 a 740 quilômetros cada. Ela será utilizada para o transporte de minério de ferro existente em Caetité na Bahia, cereais principalmente soja do Oeste baiano, além de açúcar e etanol, criando mais uma opção portuária de importância em Ilhéus. Quando interligada à ferrovia Norte-Sul, poderá transportar os cereais produzidos na região Central do Brasil.
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28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: condições naturais favoráveis, novas tecnologias, setor competitivo
Se existe um segmento industrial onde o Brasil hoje é altamente competitivo no mundo, trata-se do papel de celulose. Muitas inovações vieram sendo introduzidas desde a época em que o “pinus” mostrou-se mais eficiente que as florestas da Escandinávia para a produção de celulose. O eucalipto, que era considerado como produtor de fibras curtas, de baixa qualidade, acabou-se revelando adequado para as condições naturais do país, em muitas regiões de solos pobres, atendendo parte substancial do mercado de papéis.
Mas o mercado mundial continua se sofisticando, apresentando novas demandas. E a Klabin, uma grande produtora brasileira de papel e uma importante fornecedora da Tetra Pak, a maior produtora de embalagens para alimentos líquidos, passa a produzir papel cartão para esta finalidade. Muitas inovações desta natureza devem continuar a ocorrer no futuro, para continuar a elevar a eficiência do setor.
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28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: alimentos e doenças, da gordura e do açúcar, novas atividades, redução do sal
Nas diversas culturas asiáticas não costuma haver uma distinção muito clara entre alimentos e o que no Ocidente é considerado medicamentos. Com o recente e alarmante aumento da obesidade no mundo, doenças provocadas pelo excessivo consumo do sal e do açúcar e o aumento da expectativa de vida da população, o gigante mundial da produção de alimentos, Nestle, anuncia como novidade seu ingresso no setor de alimentos saudáveis. Cria até uma unidade especial para o seu desenvolvimento, segundo o CEO da Nestle, Paul Bulcke.
Num artigo publicado no O Estado de S.Paulo, pelo correspondente em Lausanne, Jamil Chade, informam-se as cifras astronômicas que muitos países terão que gastar com o tratamento da saúde. E o Valor Econômico publica artigo relacionado com o assunto, assinado por Haig Simonian e Louise Lucas, do Financial Times, informando que a Nestle criou uma empresa independente para “desbravar um novo setor entre o alimentício e o farmacêutico”.
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27 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: Brasil, China e Índia, equipes de projetos nos países emergentes, parceira da Usiminas
A Nippon Steel que já foi a maior siderúrgica do mundo e hoje está bastante reduzida em importância, mas detém altas tecnologias, anunciou a sua decisão de estabelecer equipes de projetos em países emergentes, citando especificamente o Brasil, a Índia e a China. No Brasil, ela participa da Usiminas há muitas décadas; na Índia, prepara-se para criar uma joint venture com a Tata Steel; e na China, com a Baosteel, todas empresas de reconhecida qualidade mundial. Ela já vem fornecendo equipamentos e tecnologias, não sendo novidade a sua atuação internacional.
Cada equipe terá cerca de 40 pessoas, vindas dos departamentos de gerenciamento, vendas, construção de plantas, controle de qualidade e tecnologia, e trabalhará em conexão com seus associados para desenvolver novos negócios, segundo noticiou o jornal japonês Nikkei.
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26 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: centros brasileiros, centros de ensino e pesquisa, iniciativas coreanas
Dois interessantes artigos foram publicados na Folha de S.Paulo. O primeiro, da jornalista Natália Paiva, reporta os projetos da Kaist – Instituto Avançado de Tecnologia da Coreia, que pretende desempenhar na Ásia um papel equivalente ao MIT – norte-americano. E outro das jornalistas Cristina Grillo e Denise Menchen que mostram algo semelhante no Brasil, por iniciativa da Vale, uma empresa basicamente de mineração.
Estas iniciativas são bem-vindas, somando-se a que já existem em ambos os países, tanto por iniciativa governamental como empresarial. O ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica desenvolveu um papel pioneiro no Brasil, procurando proporcionar um ensino de qualidade, que agora se estende também em nível secundário, com a ajuda da Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica. Os grandes aglomerados coreanos, como a Samsung, mantêm centros de pesquisa e ensino de grande importância.
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25 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: aperfeiçoamentos de tecnologias absorvidas, notícias no Financial Times, visita do governador da Califórnia
O programa chinês de trens rápidos, que pretende instalar mais de 16.000 quilômetros até 2020, uma distância que daria para ir de Beijing até Londres e voltar, permite absorver as tecnologias que obteve no exterior e aperfeiçoá-las, passando a produzir a custos extremamente baixos. O jornal inglês Financial Times, num artigo publicado no Nikkei, escrito pelos jornalistas Jamil Anderlini, de Beijing, e Mure Dickie, de Tóquio, relata que a foto do governador da Califórnia, Arnold Schuwazenegger, ao lado de um destes trens é histórico e irônico, afirmando que eles estão na competição para instalá-los nos Estados Unidos. No passado foi a mão de obra chinesa que permitiu a construção de muitas ferrovias norte-americanas.
Uma estatal chinesa foi obtendo tecnologias da Siemens alemã, da Alstom francesa, da Kawasaki Heavy japonesa e da Bombardier canadense, pois eram condições para fornecerem para a China. Segundo eles, o atual projeto chinês que chega a 380 quilômetros por hora nada tem a ver com os que foram adquiridos que chegavam a 200 quilômetros por hora de velocidade. Este é um exemplo vivo de como os chineses absorvem e aperfeiçoam tecnologias externas, e mesmo que existam algumas contestações, nenhuma empresa estrangeira ousa desafiar a China e perder o seu mercado potencial.
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