26 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: as dificuldades que estão sendo encontradas, decisões no âmbito do IPCC, estudos que estão sendo feitos em diversas instituições
Um artigo publicado por Alex Morales publicado no site da Bloomberg em 23 de setembro último faz um bom balanço sobre o assunto. Os cientistas estão convencidos mais do que nunca que o clima da Terra está se aquecendo. Mas os legisladores de diversos países do mundo estão se esforçando para não fazer nada, porque o ritmo de mudança caiu de forma inesperada recentemente. Ainda que em 2013 as catástrofes provocadas pelo aquecimento estejam atingindo dramaticamente muitas regiões no mundo, inclusive o Brasil. Documentos sobre o assunto estão sendo preparados para muitas reuniões que estão sendo realizadas e que devem resultar num resumo final em outubro de 2014, como parte dos esforços que estão sendo feitos no IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, no âmbito das Nações Unidas.
Existem diversas hipóteses, das mais otimistas até as mais pessimistas, sobre o aquecimento que ocorreria até 2100 no mundo, não havendo consenso mesmo entre os cientistas, mas somente o estabelecimento de uma ampla faixa de possibilidades. A afirmação mais completa nos últimos seis anos é que haverá uma elevação do nível do mar mais rápido que antes projetado, em decorrência do derretimento das geleiras em diversas localidades. Ligar esta tendência com ações sobre a necessidade de controle sobre a produção do dióxido de carbono é o problema a que conclui Michael Jacobs, que aconselhou do Reino Unido sobre a política climática até 2010.
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26 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a pendência da Rede Solidariedade de Marina Silva, aprovações de dois novos partidos, denominações que geram confusões, difícil compreensão dos problemas partidários no Brasil
O jornal Folha de S.Paulo, como outros veículos de comunicação social, publica artigos sobre as decisões tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral que são difíceis de serem compreendidas mesmo pelos que estão familiarizados com estes assuntos políticos e partidários. Aquele Tribunal aprovou a 31ª sigla partidária brasileira com o nome Solidariedade liderada pelo deputado federal Paulinho, da Força. Este novo partido nada tem com a Rede Solidariedade pretendido pela ex-senadora Marina Silva, que figura nas pesquisas de opinião como a segunda em preferência como candidata à Presidência da República. A Rede Solidariedade ainda encontra-se em análise, tendo que apresentar mais 52 mil nomes com as indicações dos seus títulos eleitorais e comprovações da validade das assinaturas aposta, no mínimo, para uma decisão final na próxima semana, exigência que dificilmente será atendida.
Foi aprovada também a criação da 32ª sigla partidária com o nome PROS – Partido Republicano da Ordem Social, liderada pelo ex-vereador do interior de Goiás, Euripedes de Macedo, ainda que pairasse dúvidas sobre irregularidades no seu processo. Qualquer analista de razoável bom senso deve suspeitar que algo esteja muito errado no sistema partidário brasileiro, bem como nos seus processos de sua aprovação. Não existe nenhuma possibilidade de que existam tantas tendências ideológicas e programáticas no país que exijam tal número de siglas partidárias. O que deve se suspeitar é que existem, no mínimo, vantagens paralelas como as disponibilidades de tempo nos horários de propaganda política nas eleições que estão distorcendo totalmente o sistema político-partidário brasileiro.
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25 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: evidências explicitas na Assembleia Geral da ONU, o mundo forma e real, poderes efetivos de alguns segmentos
Ainda que o mundo em rápida mudança aspire uma melhor governança com a ajuda dos organismos internacionais, a atual Assembleia Geral das Nações Unidas está explicitando a falta de correspondência entre a realidade e a formalidade. Os analistas mais competentes estão admitindo que o eixo do mundo esteja se deslocando fazendo com que a Ásia ganhe maior importância real, mas o que se observa é que a África, pelo seu elevado número de países, continua formalmente com maior número de votos na ONU, que se tornou irrelevante, lamentavelmente. Para se ajustar melhor à realidade, procura-se concentrar o poder efetivo no Conselho de Segurança da ONU, que foi formado depois da Segunda Guerra Mundial, fazendo com que alguns países considerados como vencedores tenham o poder de veto e outros são membros permanentes, ainda que hoje tenham menor importância.
Em muitos organismos que fazem parte da ONU, como a UNESCO, a FAO e muitos outros, como a representação africana é numerosa, países econômica e politicamente desistiram de sua participação efetiva, não contribuindo para os seus orçamentos e estas entidades encontram-se relativamente esvaziadas, só cuidando de honrarias sem maior expressão econômica ou política. Ainda que a presidente Dilma Rousseff tenha usado o privilégio brasileiro do primeiro discurso na Assembleia Geral, que decorre do prêmio de consolação por não ter sido incluído como membro permanente do Conselho de Segurança, a contribuição brasileira só tem o papel de contar com um palco para apresentação de sua posição aos meios de comunicação mundial e as numerosas, mas inexpressivas delegações da totalidade dos países membros da ONU.
Presidente Dilma Rousseff durante discurso na Assembleia Geral da ONU
Mesmo os atuais problemas mais cruciais estão sendo decididos à margem da ONU, como no caso da Síria que decorreu basicamente de um entendimento entre os Estados Unidos e a Rússia, com a simples aceitação parcial dos outros, sem que Barack Obama se mostre totalmente submetido à decisão mesmo do Conselho de Segurança, reservando-se a uma eventual ação militar isolada. Outro fato relevante foi a nova posição do Irã, que também se altera cuidadosamente, com uma paciência oriental, não se precipitando no contato com o presidente norte-americano, já considerado como um lame duck, no declínio natural do seu governo.
O professor Delfim Netto, na sua coluna semanal na Folha de S.Paulo, expressa a sua opinião que nem o FMI – Fundo Monetário Internacional ou entendimentos mundiais como os que permitiram a existência do BIS – Banco Internacional de Compensações, o banco central dos bancos centrais, não tem mais a importância que deveriam contar na governança mundial. Uma simples decisão do FED – Banco Central dos Estados Unidos acaba influindo de forma decisiva no mercado financeiro e cambial que afeta a todos os países, notadamente o Brasil.
Num plano mais elementar, as decisões sobre a Copa do Mundo, as Olimpíadas ou competições automobilísticas, como da chamada Fórmula 1, também não dependem dos organismos internacionais onde os governos dos países membros tenham o poder de decisão. A FIFA – Federação Internacional de Futebol é privada, o COI – Comitê Olímpico Internacional não é governamental e a FIA – Federação Internacional de Automobilismo é dominada por interesses privados, ainda que tenham o poder de decisões que afetam os diversos países. Estádios inviáveis como o de Manaus, Cuiabá e Natal acabam sendo impostos com padrões incompatíveis com as capacidades financeiras e o número de espectadores potenciais.
Organismos vinculados à ONU, como a OMC – Organização Mundial de Comércio, não conseguem avançar com os programas para facilitar o comércio internacional, sendo substituídos por entendimentos regionais ou bilaterais que deixam à margem os interesses da maioria dos países do mundo.
Fernando Rodrigues expressa na sua coluna semanal na Folha de S.Paulo a opinião que o saudoso jornalista Paulo Francis tinha, ainda que seja a lamentável realidade: “A ONU é uma ficção. Não serve para nada. Quem manda lá são os Estados Unidos e seus satélites”.
Outras organizações procuram meios para conseguir uma governança mundial mais razoável, como o G-20 que reúne os 20 países hoje considerados mais importantes, tanto do ponto de vista econômico como político. Também não conseguem decisões de importância que vinculem todos os seus membros para uma política que atenda aos interesses da maioria.
Estão sendo preparados por diversas instituições importantes de cientistas em todo o mundo os estudos preparatórios para o IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas organizado sob o patrocínio da ONU, na tentativa de convencer a mídia, os políticos e o público sobre a gravidade do aquecimento global, que estaria agravando as irregularidades climáticas que estão provocando desastres em todo o mundo, inclusive no Brasil. Mas as esperanças que metas objetivas sejam estabelecidas são mínimas, como está colocado por Alex Morales, da Bloomberg, assunto que será tratado em artigo separado neste site.
Ainda que existam todas estas dificuldades, é preciso continuar acreditando que a Humanidade não é suicida. Os seres humanos parecem ser dotados do instinto da preservação da espécie e o mínimo para a sua sobrevivência continuará sendo feito, mas sempre é necessário sonhar que muitas coisas poderiam ser feitas melhores, com maior eficiência.
24 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, Saúde, webtown | Tags: as entidades beneficentes, as limitações existentes nos hospitais públicos, os recursos públicos crescentes, suplemento sobre saúde no Valor Econômico, uma ampla pauta de assuntos
Um dos assuntos cruciais brasileiros que são divulgados com frequência e constam das reivindicações públicas dos últimos meses, figura o problema de atendimento de saúde para a população brasileira, que está numa situação precária. Pesquisas efetuadas pela CNI – Confederação Nacional da Indústria indicam que 77% da população brasileira apontam a saúde como o principal problema. O suplemento Setorial do Valor Econômico sobre a Saúde procura abordar o assunto fornecendo uma série de dados sobre o assunto. Informa que o governo lançou o programa Pacto pela Saúde, investindo R$ 15 bilhões adicionais até 2014 na estrutura para os atendimentos relacionados com a saúde.
O total dos gastos totais do país na saúde está se elevando, tendo sido de 9% dos gastos públicos em 2010 do PIB, chegando a 10,7% de todos os gastos das administrações governamentais. Muitos países estão com percentuais mais elevados em saúde com relação ao PIB, como com relação aos seus gastos governamentais. São percentuais não desprezíveis, mas as necessidades continuam aumentando, tanto pelos avanços das tecnologias médicas como em decorrência da elevação da idade das populações. Numa comparação internacional, os gastos do governo, em termos per capita continuam relativamente baixos. O ministro da Saúde Alexandre Padilha está enfatizando a necessidade da medicina preventiva.
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24 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: até o New York Times informa sobre o assunto, exageros nos modelos de previsão dos riscos, o fracasso dos economistas sobre a crise de 2007-2008, vinculação com os interesses dos bancos
O professor Antonio Delfim Netto é um dos que constatam que depois dos recentes fracassos dos economistas na previsão dos problemas que abalaram o mundo com a crise de 2007-2008, haveria uma grande mudança inevitável nas tendências dos seus estudos. Até no The New York Times, na sua versão em português distribuída pela Folha de S.Paulo, há um artigo informando que Wynne Godley, do Levy Economic Institute, como alguns outros, já anteviam que os economistas com seus sofisticados modelos de previsão dos riscos não conseguiram ver que haveria uma crise que está se mostrando da profundidade do que ocorreu em 1929, cujos efeitos se prolongam até hoje.
Na realidade, houve um evidente exagero com alguns economistas elaborando modelos econométricos que poderiam prever os riscos, não se atentando que os comportamentos humanos são mais complexos, não se restringido à racionalidade que estavam nas suas hipóteses. Comportamentos como de manada, com fortes componentes de psicologia coletiva, entre outros muitos fatores, fazem com que os problemas se aprofundem, mostrando que os parcos conhecimentos de economia necessitam ser completados por outros mais humanísticos, que envolvem a história, a geografia, como todos os demais conhecimentos das ciências sociais, e atualmente das contribuições até do que vem se chamando neuroeconomia.
Casas abandonadas nos Estados Unidos em decorrência da crise de 2007/2008
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24 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, dificuldades dos pequenos colonos, produtores de cacau na Transamazônica
Lamentavelmente, depois de quase três décadas após deixar a presidência do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, lendo um artigo no Valor Econômico sobre os pequenos colonos que batalham junto à Transamazônica, escrito por Carine Ferreira, vejo que pouco mudou para eles. O que me deixava muito triste era constatar que para eles as autoridades brasileiras tinham a infeliz imagem de que eram pessoas que só lhes criavam dificuldades. A jornalista descreve que os pequenos produtores de cacau continuam enfrentando dificuldades para contar com títulos de suas terras, incompreendidos pelos que pensam estar defendendo a ecologia e enfrentando todas as dificuldades para sobreviverem produzindo heroicamente nos confins deste país.
Eles deveriam ser tratados como verdadeiros heróis por estarem cultivando o cacau em condições tão adversas. Os artigos mostram que produzem o mesmo de forma orgânica, estão organizados em cooperativas, ocupam a floresta com o que melhor podem preservá-la, e continuam aumentando a sua produção apesar de todos os funcionários públicos que só lhes criam dificuldades. Chegam a produzir para que seus produtos sejam exportados, contribuindo com grande sacrifício para colaborar com o Brasil. Mas continuam sendo ameaçados por injustas desapropriações para a construção de usinas como Belo Monte, por valores insignificantes.
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22 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: desapropriações de suas terras, necessidades das obras de infraestrutura, processo de urbanização
Todos sabem que existe uma relação atávica entre os agricultores e suas terras e o mesmo acontece de forma mais dramática na China. São frequentes as notícias que agricultores desalojados de suas terras, pelas mais variadas razões, acabam preferindo o suicídio. É preciso compreender que para os agricultores suas terras são, além de onde estão suas moradias, também os meios de seus trabalhos pelos quais se realizam como seres humanos. Milhões de pequenos agricultores estão sendo desapropriados de suas terras por duas razões básicas: a China necessita continuar ampliando sua infraestrutura, como a de geração hidroelétrica, e represamentos como as das usinas de Three Gorges, a maior do mundo, acabam desalojando milhões de chineses que viviam nas áreas ribeirinhas hoje inundadas.
De outro lado, a China planeja acelerar o seu processo de urbanização, e as terras que eram rurais estão sendo desapropriadas para a construção de moradias urbanas e outras necessidades, nas periferias dos grandes centros urbanos. As estimativas conservadoras efetuadas pelas Nações Unidas estimaram que mais de 50% da população de mais de 1.300 milhões de chineses em 2010 viviam nas áreas rurais. Estimam que 2030, sem as acelerações que estão sendo promovidas na China, no mínimo 875 milhões dos 1.600 milhões de chineses estarão nos centros urbanos, representando cerca de 55% do total, com redução correspondente da população rural. O grande drama é que não existem terras rurais adicionais para acomodar os agricultores desalojados, e eles precisam mudar seus afazeres para atividades urbanas.
Desapropriação das terras de agricultores acaba gerando um problema habitacional na China
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22 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: muitos ruídos nos noticiários, o adiamento da visita de Estado, os problemas das espionagens, realidades e versões oficiais
Lamentavelmente, sempre existem as versões oficiais, os mitos alimentados por variados interesses e as duras realidades difíceis de serem identificadas nas relações entre dois grandes países. O Brasil e os Estados Unidos, os dois maiores das Américas, queiram ou não, convivem razoavelmente, mantendo apreciável nível de comércio, investimento e financiamento, tradicionalmente abaixo do que poderia ser esperado. Têm muitas vezes posições políticas comuns expressas pelos seus governos, outras divergentes, agradando a uns, contrariando outros. O que se pode dizer atualmente é que estas relações entre os dois países não estão confortáveis para ninguém. A revista The Economist dá a sua visão, comentando o adiamento da visita de Estado da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos que estava prevista para o próximo mês de outubro.
As visitas de Estado, que são raras, diferem das de trabalho e outras por serem marcadas por protocolos solenes. Envolvem revistas às tropas formadas, jantares formais, incluem normalmente visitas aos Legislativos e até aos Judiciários, marcando as relações entre dois países, que eventualmente podem estar representados pelos seus chefes de governo nos regimes presidencialistas. Mas são diferentes nos regimes parlamentaristas que contam também com outros chefes de Estado. Quando monárquicos, envolvem os reis ou os imperadores que desempenham este papel, mesmo quando constitucionais. Tais ocasiões costumam ser enriquecidas com as assinaturas de diversos acordos. Costumam ser utilizadas, de comum acordo, para reafirmar a importância dada às relações bilaterais.
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16 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Fidel V. Ramos sobre o ASEAN, artigo no Project Syndicate, contraponto à China, participação dos Estados Unidos
Fidel V. Ramos foi presidente das Filipinas e é membro do Grupo de Pessoas Eminentes da ASEAN – Associação os Países do Sudeste Asiático que está rascunhando as diretrizes para a Carta desta organização. Ele apresentou um artigo que foi publicado no Project Syndicate colocando de forma aguda e enfática pontos cruciais para estes entendimentos, numa linguagem que nem sempre pode ser entendida como diplomática. Ele menciona que a China vem apresentando reclamações territoriais sobre mares do Sul e do Leste Asiático, criando conflitos com as Filipinas, Vietnã e Japão, impedindo a segurança regional indispensável para o planejamento dos investimentos, o que provoca uma competição militar não declarada com os Estados Unidos para que haja um contrapeso.
Ele utilizou as declarações do vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden que estariam alocando atenção e recursos para a região a fim de assegurar a sua estabilidade e segurança. Isto visaria gerenciar os conflitos de forma pacífica. Sem dúvida, estas declarações são duras, mostrando as diferenças de opinião que existem com a China. Fidel V. Ramos vê as ações internacionais para formar uma comunidade regional semelhante à europeia, com pleno direito diplomático e econômico, que os líderes regionais esperam que esteja concluído em 2015. Visaria para a região um desenvolvimento sustentável voltada para o exterior, resistente, pacífico, estável e próspero. Seriam objetivos ousados que necessitariam de ajustes que deverão envolver duras negociações entre os países, com dimensões e características diferentes.
Fidel Valdez Ramos
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8 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo sobre o sonho americano, percepções diferentes em países desenvolvidos e emergentes, piora da distribuição de renda
Os seres humanos parecem aspirar ao máximo de igualdade que aparentam contar com percepções diferentes dependendo do nível de renda dos países em que se vive. Carol Graham, que é da Brookings Institute e professora na Universidade de Maryland, publicou um artigo no Project Syndicate sobre a possível quebra do sonho americano, constatando que a distribuição de renda nos Estados Unidos está piorando, principalmente com a recente crise. O mesmo pode-se dizer sobre o Japão, que tinha, segundo muitos analistas, uma boa distribuição de renda, e passa por um longo período de baixo crescimento econômico que tenta superar agora. Nestes países de elevado nível de renda, possivelmente este problema é menos crítico do que naqueles emergentes, que tentam melhorar a sua distribuição, mas ainda conta com renda modesta, como o Brasil e mais dramaticamente a China.
Segundo Carol Graham, entre 1997 a 2007, a participação das famílias que estão no topo da pirâmide, representando somente 1% da população, elevaram 13,5% de sua participação, o que realmente é assustadoramente alto, e poderia estar acabando com o sonho americano, representado pela possibilidade de ascensão social daqueles que se empenham economicamente. Mas, como a despesas de atendimento social são razoáveis, isto não provocou ainda uma reação forte. A mesma tendência parece observar-se no Japão, que também vem piorando sua situação, com o enriquecimento de uma pequena parcela da população, mesmo no quadro de baixo crescimento observado nas últimas décadas.
Carol Graham
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