6 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: artigo sobre a Cracolândia no The Economist, necessidade de ações sociais além das policiais, solução demorada e difícil, tentativas ainda sem resultados, tristes cenas
Se existe uma chaga social que entristece todos os paulistanos é a lamentável Cracolândia, cuja fama chegou até a ser motivo de notícia no The Economist, para conhecimento do mundo. Diversas ações já foram tentadas, inclusive a internação compulsória, com a devida assistência jurídica, mas os lamentáveis usuários desta terrível droga acabam voltando ao vício, depois de uma curta permanência em instituições especializadas na sua assistência. Os esforços governamentais se concentram no combate aos traficantes, havendo algumas alternativas para o seu tratamento social, inclusive com a criação de centros para proporcionar os seus atendimentos adequados, que acabam exigindo intensos trabalhos voluntários de instituições beneficentes.
O problema não se restringe a São Paulo, ocorrendo também no exterior, mas a sua intensidade parece mais forte por aqui. A ação contra os traficantes não parece ainda eficiente, e ainda que as prisões estejam sobrecarregadas, não se conseguem resultados expressivos. Houve tentativas para a sua dispersão que acabou espalhando por muitos locais da cidade os seus pobres viciados. O fato concreto é que o crack, por ser barato e altamente viciador, acaba atingindo as camadas mais pobres da população. Até o artigo do The Economist acaba admitindo que as ações dos voluntários sejam mais eficientes do que os oficiais.
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6 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: noticias cautelosas no Japão, notícias eufóricas no exterior, os problemas, resultados positivos
Ficaram mais evidentes as diferenças da economia japonesa com outras no exterior com as reações diante da nova política monetária do Bank of Japan, banco central daquele país, agora presidida por Haruhiko Kuroda. No exterior, ouve-se um amplo reconhecimento da ousadia do novo “monetary easing”, num montante mais agressivo do que o FED – banco central dos Estados Unidos, provocando uma aceleração da desvalorização do yen, uma substancial elevação das ações na bolsa de Tóquio, visando perseguir uma elevação da inflação para 2% ao ano. Mas seria interessante entender a reação cautelosa da imprensa japonesa, que se espera conheça melhor a sua economia que analistas que atuam no exterior.
O Bank of Japan anunciou a compra maciça de títulos do governo japonês, aumentando o meio circulante visando estimular o crédito e as compras, esperando que a deflação que vinha se observando por muitos anos resultem numa reversão para o aumento da inflação. Ao mesmo tempo, haveria um aumento da competitividade da economia japonesa, aumentando suas exportações e elevando os preços das importações. Como a taxa de juros continua mantido em torno de zero, espera-se que a expectativa de inflação futura acabe induzindo muitos poupadores a utilizarem seus recursos financeiros nos aumentos de consumo, evitando a desvalorização dos seus ativos, ou caminhando para a aquisição de ações que registram uma apreciável elevação quase imediata.
Haruhiko Kuroda
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5 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: muitos artigos sobre o assunto, o influente site Project Syndicate pergunta se os BRICS estão em queda, problemas também no resto do mundo
Como a economia mundial passou por anos de expansão até 2008, como costuma acontecer nos ciclos econômicos que não se consegue evitar até hoje, observam-se problemas que parecem não somente dos países emergentes incluídos como BRICS. O site do prestigioso Project Syndicate, que publica regularmente os mais variados autores consagrados em todo o mundo, abrangendo análises sempre interessantes, pergunta se que os BRICS estão em queda. Mas pode-se arguir se isto não estaria acontecendo em todo o mundo, salvo honrosas exceções, mostrando que o passa-se pelo ramo descendente de um forte ciclo. As exceções parecem concentrar-se entre os países de baixíssima renda per capita, que começam a sair da chamada miséria absoluta, dentro deste mundo globalizado.
Project Syndicate menciona com destaque artigos como de Joseph S. Nye que se refere à visita de Xi Jinping à Rússia para visitar Vladimir Putin, tentando renovar uma aliança importante que se manteve com a China no pós-Segunda Guerra Mundial para fazer face aos aliados. Noruriel Roubini, sempre considerado entre os mais pessimistas, que viajou por diversos países recentemente, menciona que a economia mundial não decola. Sanjaya Baru, que sempre escreve sobre a Índia, refere-se aos constantes atritos com a China, estes dois gigantes asiáticos.
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4 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: formação de um polo na Vila Medeiros em torno do Mocotó, intensificação dos chamados defumados, noticias interessantes sobre gastronomia, pad thai
Em São Paulo, que é um centro gastronômico de importância internacional, sempre se encontram novidades como os que são destacados por suplementos como o Paladar do jornal O Estado de S.Paulo. No mais recente número, divulga-se que produtos defumados estão aumentando, de forma criativa. Todos sabem que o processo tradicional de defumação decorria da necessidade de preservação de algumas carnes, principalmente durantes os longos períodos de inverno, ou onde não se dispunha da refrigeração adequada. Os mais veteranos constatavam muitos toucinhos defumados junto aos fogões de lenha, ou embutidos de vários tipos.
Costuma apresentar vários produtos ricos em gordura, com ligeiras alterações nos seus paladares, para darem toques diferenciados até em pratos tradicionais. Um feijão com alguns produtos defumados, principalmente quando preparados em fogões de lenha, ainda que mais calóricos, lembra sabores da infância de muitos. Mas também se observam a moda de alguns pratos, como o pad thai em São Paulo, que são criativas adaptações, nem sempre adequadas, procurando adicionar muitos legumes e folhas, com a desculpa que são mais saudáveis. Alguns molhos, com exageros de shoyu, acabam provocando efeitos contrários com o excesso de sal e outros condimentos erroneamente utilizados.
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3 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: artigo de Beth Koike no Valor Econômico, aumento de produtividade pela resolutividade, experiências nos Planos de Saúde, Heráclito Brito, mudanças no comando da Rede D’Or
Quem imaginar que existe uma solução fácil no natural confronto da eficiência dos serviços médicos e hospitalares com os planos de saúde que viram a melhor rentabilidade para os seus controladores, pode estar enganado. Uns procuram prestar os melhores serviços cujos custos vão se elevando com os avanços tecnológicos, quando em outros setores da economia estes avanços costumam proporcionar reduções de custos. Os planos de saúde procuram naturalmente uma rentabilidade mais elevada para os seus controladores, procurando reduzir os seus pagamentos para os prestadores de serviços. E muitos deles passaram a ser controlados pelos fundos de investimentos que procuram evidentemente as melhores rentabilidades para os seus participantes.
Na notícia publicada por Beth Koike no seu artigo sobre a mudança de comando da Rede D’Or, que veio ampliando suas atividades com as aquisições de muitos hospitais, inclusive o São Luiz de São Paulo, informa-se que os novos dirigentes, como Heráclito Brito, com longa experiência do outro lado do balcão, ou seja, dos planos de saúde, procuram investir na ampliação da capacidade dos hospitais já existentes na rede, mudando a orientação anterior. Estaria tentando ampliar suas receitas com a manutenção dos seus custos, para não prejudicar a qualidade dos serviços prestados. Estaria procurando elevar a resolutividade dos serviços dos hospitais para conseguir manter bons relacionamentos com os seus clientes que são basicamente os planos de saúde.
Heráclito Brito
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2 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as mulheres conquistam um maior espaço entre cientistas, as remunerações delas ainda são mais baixas, série de artigos no Nature
As mulheres em todo o mundo estão conquistando espaços importantes, inclusive no segmento das pesquisas científicas nos mais variados setores. Uma das mais importantes revistas científicas do mundo, a Nature, publicou uma série de artigos começando com a de Helen Shen, eliminando as diferenças de sexo. Apesar das melhoras, constata-se que ainda as cientistas sofrem discriminações e suas remunerações são mais baixas que dos homens. Comparando dados do ano 2000 com os de 2009, informam que, de pouco menos de 40% dos cientistas, elas chegaram a mais de 47%, neste curto espaço de tempo.
Os recursos que elas conseguem estão melhorando, mas quando comparados os de 2002 com os de 2012, verifica-se que estavam com 24% e subiram para 30%, o que ainda não se aproxima da igualdade. Os seus salários nos setores de biologia, química, física e astronomia ainda indicam que estão cerca de 18% abaixo dos homens.
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2 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artifício com a ajuda dos estados, notícia no site da Bloomberg, superam as restrições de empréstimos externos para os municípios
Segundo uma notícia publicada no site da Bloomberg, alguns bancos internacionais como o JPMorgan e o Credit Suisse encontraram um mecanismo com alguns estados brasileiros para superar as restrições existentes de empréstimos externos aos municípios. Ainda que as taxas de juros tenham baixado na última operação para 4,216 por cento ao ano em dólares norte-americanos, quando a anterior teria sido feita com 5,33 por cento, estes empréstimos teriam como base os bônus de 15 anos emitidos por municípios, utilizando uma empresa de propósitos especiais do Estado, como o de Minas Gerais. O montante teria sido de US$ 1,27 bilhão e este mercado já contaria com operações idênticas feitas com o México, que somariam US$ 4,85 bilhões. Evidentemente, as taxas de juros são superiores aos empréstimos feitos para o Estado ou a União, atraindo os bancos internacionais, que contariam com garantias federais idênticas.
O artigo informa que em agosto do ano passado o governo brasileiro autorizou 21 Estados brasileiros a tomarem empréstimos até o montante de R$ 60 bilhões, ou seja, cerca de US$ 30 bilhões. Outros estados, como o Paraná e o Mato Grosso, também estariam cogitando destas operações, mas nem todos os estados são avaliados como seguros para estas operações pelos bancos.
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2 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Andrew Miller, as diferenças culturais, comparações com o Ocidente, Japan Today, observações sempre interessantes
Muitos analistas afirmam que a cultura de negócios do Japão é das mais diferenciadas no mundo, como está no interessante artigo de Andrew Miller, publicado no Japan Today. O autor destaca cinco tópicos, mas a nossa longa experiência no assunto nos autoriza a fazer algumas considerações sobre eles. Ele escreve que estes itens decorreram dos contatos que teve com variados empresários estrangeiros que se encontravam no Japão, dois franceses, um inglês e um norte-americano, que normalmente passam uma temporada no país, sendo deslocados posteriormente para outros. Na realidade, parece que entender a cultura empresarial japonesa exige um estudo mais demorado, passando por diversas experiências concretas, pois também existem diferenças entre empresas e organizações, como é natural.
Ele listou cinco itens que achou mais interessante, começando por observar que quando um japonês afirma que é capaz de concluir uma tarefa deve-se levar isto a sério, o que parece natural, mas em muitos países seria usual os interlocutores afirmarem o que estaria acima de sua capacidade. Um empresário inglês afirmou que os japoneses costumam ter o claro conhecimento da sua escala de produção e o tempo necessário para tanto, estando capacitado a cumprir o prometido, como a entrega de uma encomenda num prazo certo. Em muitos países, quando não é possível cumprir o prometido, coloca-se a responsabilidade nos outros, mas no Japão o problema passa a ser também uma questão de honra pessoal.
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2 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alguns problemas apontados pelo jornal, capacidade de convencimento de importantes grupos internacionais, movimentos gigantescos no campo virtual, reestruturações em andamento
Ainda que muitos acontecimentos tenham cercado recentemente o grupo comandado por Eike Batista, é sempre desconfortável comentar o que acontece com grupos privados brasileiros. Mas, como o assunto mereceu um amplo artigo publicado num jornal de prestígio internacional como o The Wall Street Journal, escrito por Luciana Magalhães, Paulo Winterstein e Matthew Cowley, ele não pode ser mais ignorado. Envolve suportes do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, além de volumosos recursos levantados junto a importantes grupos internacionais, que devem contar com competentes analistas.
Todos mencionam a elevada capacidade de Eike Batista, que tem na sua retaguarda seu pai, Eliezer Batista, que foi fundamental no desenvolvimento da Vale, que deslanchou com a construção do porto de Tubarão, e outros projetos brasileiros importantes como a de Carajás, que escoa a sua produção pelo porto de Itaqui. Ele se movimenta com desenvoltura, possuindo relacionamentos internacionais, ainda que seus projetos efetivos sejam limitados diante da magnitude dos seus ousados planos.
Eike Batista
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1 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: ameaças militares, artigo no The Washington Post, dificuldades econômicas, dificuldades gerais de compreensão do que acontece, repercussões no Extremo Oriente
Todos sabem que a Coreia do Norte passa por um período de grandes dificuldades econômicas e fica difícil de compreender-se as descabidas ameaças militares feitas pelo jovem líder Kim Jong Um. Elas se dirigem à Coreia do Sul e aos Estados Unidos, e envolvem diretamente o Japão pela proximidade, desobedecendo às orientações emanadas das Nações Unidas, que recomendam a cessação de lançamentos de foguetes e testes nucleares.
A guerra entre a Coreia do Norte e Sul, que os nortistas consideram não terminada, acabou dividindo a pequena península em duas partes, pela zona desmilitarizada junto ao paralelo 38. Ainda que a parte mais rica em minérios e recursos naturais tenha ficado ao norte, a Coreia do Sul, com a ajuda dos aliados, principalmente dos Estados Unidos, acabou se desenvolvendo aceleradamente como um dos “tigres asiáticos” conquistando com seus produtos importantes mercados externos, desenvolvendo tecnologias que são intensamente utilizadas tanto pelas gigantescas chaebol como as pequenas e médias empresas.
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