5 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: confiança e estado de espírito, empresários e governo, papel dos economistas
O professor Antonio Delfim Netto, nas suas diversas manifestações nos seus artigos e pronunciamentos recentes, vem insistindo na importância do fator confiança, tanto no relacionamento do governo com o setor privado, bem como com relação à evolução futura da economia. Todos reconhecem que os investimentos, que dependem da confiança mútua entre as autoridades e os empresários, são vitais para a manutenção do crescimento econômico no Brasil, que continua em patamares baixos nos últimos anos. O otimismo ou pessimismo dos empresários com relação à evolução futura da economia também desempenham um papel fundamental.
A natural divergência dos economistas, que sempre contaram com os pessimistas como os que dão grande importância às tendências malthusianas, treinados para trabalhar com recursos escassos, acabam por desenharem para todos os agentes econômicos quadros mais preocupantes, até diante das incertezas que estão embutidas nos cenários futuros. Os empresários, por estarem dotados de faros que permitem identificar as oportunidades de ganhos, contam com maiores tendências para o otimismo, até em quadro adversos. Mas, quando são soterrados por muitas notícias mais preocupantes, nas suas considerações sistêmicas, acabam adotando atitudes mais conservadoras. A situação ainda é mais complicada quando existem acirradas disputas políticas pelo poder.
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5 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a revista semanal científica Nature, artigo sobre as mudanças climáticas, sob o impacto do Sandy
Uma das revistas científicas mais credenciadas no mundo é o Nature, que semanalmente apresenta os trabalhos científicos relevantes efetuados nos centros de pesquisa de prestígio internacional. No número correspondente a 8, de novembro último, publica um artigo elaborado por Jeff Tollefson sobre as mudanças climáticas, informando que o tufão Sandy com seus vultosos estragos provocou nos Estados Unidos um debate sobre as adaptações climáticas. Sem nenhum sensacionalismo da imprensa comum, o artigo coloca a perplexidade da comunidade científica diante da falta de ação objetiva do mundo diante do aquecimento global.
Segundo Malcolm Bowman, especializado em modelos das tormentas na Stony Brook University de Nova Iorque, tudo que estava previsto há mais de uma década ocorreu em torno daquela metrópole, com uma catastrófica inundação das áreas baixas topograficamente, inundações dos túneis e linhas de metrô da baixa Manhattan, destruição das subestações de eletricidade e uma longa falta de energia numa larga região. Provou-se tristemente que a atual política é dolorosamente inadequada. Numa única noite, a tormenta derrubou um dos mais ilustres centros econômico e industrial do mundo, destruindo milhares de residências, deixando milhões de pessoas sem energia, acesso a alimentos, água e combustível. Sandy atingiu Nova Iorque como Katrina atingiu Nova Orleans. Discute-se o que precisa ser feito para evitar a elevação do nível do mar e a maior volatilidade climática.
Como previsto pelos cientistas voltados ao assunto, o aquecimento atmosférico e a elevação do nível do mar provocará grandes tormentas na costa leste dos Estados Unidos. O mesmo poderá acontecer em outras partes do mundo, como já está se constatando.
O Sandy foi provocado por uma temperatura da água de mais 3ºC que a média ao longo da costa leste dos Estados Unidos. Somente 0,6ºC pode ser atribuído razoavelmente ao aquecimento global, mas as potências das tormentas estão se elevando nos últimos 20 anos, segundo Kerry Emanuel, especialista no assunto do MIT. O Sandy foi especial, não somente pela sua força, mas pelo seu curso, quando os ciclones tropicais costumam tomar o rumo norte pelo oceano. Mas um sistema de alta pressão ao sul da Groelândia provocou o seu rumo para o interior.
Dois estudos científicos publicados em fevereiro e março deste ano sugerem que o aquecimento provocado pela perda de geleiras do Oceano Ártico pode provocar a alteração da circulação regional do ar, provocando uma corrente aérea, o que provoca tormentas mais fortes nos Estados Unidos, na Europa e na China, ainda que esta conclusão continue controvertida.
Os dados disponíveis desde 1923 mostram que os anos quentes provocam mais problemas que os frios, sendo que Nova Iorque é mais arriscado sobre este ponto de vista. Até o ano 2100 com tormentas mais fortes, combinados com uma elevação de um metro no nível do mar, podem causar inundações na cidade a cada 3 a 20 anos.
O Sandy acresceu urgência para um Painel da Cidade de Nova Iorque para as Mudanças Climáticas, que Michael Bloomberg criou em 2008. Existem os que propõem a construção de um dique, como os existentes em Londres, na Holanda e mais recentemente em São Petersburgo, na Rússia. Os Estados Unidos encarregaram as suas Forças Armadas para construir uma barreira em Nova Orleans, gastando US$ 15 bilhões depois do Katrina. Os danos do Sandy estão estimados entre US$ 30 a 50 bilhões, mas outros afirmam que o dique não resolve o problema, pois áreas da região não podem ser protegidas. Entendem que é necessário uma solução integrada e holística e outros entendem que Nova Iorque terá que adaptar-se num processo, com a cidade caminhando para frente, com estes problemas.
O fato concreto é que mesmo na atual reunião de Doha, o mundo não está conseguindo sequer manter os objetivos estabelecidos em Kyoto e nas reuniões que se seguiram não se obteve consenso razoável sobre as metas a serem perseguidas, mesmo com as evidências do aquecimento global e a redução das geleiras, elevando nível do mar.
5 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico sobre estudo da Fiesp, aumentos expressivos, importação de fertilizantes e defensivos
Um artigo elaborado por Fernando Lopes e publicado no Valor Econômico informa que o Brasil está aumentando suas importações de insumos agropecuários, notadamente fertilizantes e defensivos, mas também máquinas e implementos, produtos para a nutrição animal bem como para saúde animal, notadamente nos últimos anos. Como a demanda interna assim como as exportações do setor agropecuário estão aumentando, seria de se esperar que os insumos necessários fossem produzidos localmente, mas nota-se que os seus produtores nacionais não são competitivos com relação aos importados.
Os estudos foram concentrados nestes itens e foram efetuados pelo Deagro/Fiesp – Departamento de Agronegócios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, utilizando os dados da Secex – Secretaria de Comércio Exterior do governo federal. A soma destas importações em 2012 deve chegar a US$ 18,593 bilhões que poderiam estar estimulando a economia brasileira.
Terminal de importação de fertilizantes no porto de Paranaguá
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5 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: competindo com os instantâneos de copos, melhor cuidado com a saúde, sabores mais apreciados, volta da demanda de macarrão em pacotes no Japão
Segundo informações divulgadas pelo jornal japonês Nikkei as vendas de macarrão instantâneo em pacotes plásticos está voltando com um crescimento acentuado, como os da linha Maruchan Seimen, da fabricante Toyo Suisan. Outros produtores tradicionais de macarrão instantâneo como a Nissin, que está relacionado com a Ajinomoto no Brasil. A Sanyo Foods, que estuda entrar no mercado brasileiro, também procura conquistar a sua fatia neste mercado. A sua marca Sapporo Ichiban é líder do mercado mundial.
Produtos macarrão instantâneo em pacote conseguem vendas crescentes apesar dos seus preços mais elevados
O mercado de macarrões em pacotes plásticos, que vinha decrescendo rapidamente nos últimos anos, devido às vendas elevadas dos em copos, estão voltando no Japão, apesar dos seus preços um pouco mais altos. A tendência das vendas é um excelente exemplo de como produtos diferenciados podem conquistar os consumidores.
Nos dados coletados nos pontos de venda em supermercados japoneses para uma empresa de pesquisas, os macarrões com sabor de molho de soja lançado há cerca de um ano foram o macarrão instantâneo de pacote de venda mais elevada por oito meses consecutivos, até outubro último. Existem também os tipos temperados com sal e com sabor de caldo de porco, semelhantes com os que são vendidos pela Aska no bairro da Liberdade em São Paulo, muito procurado pelos consumidores, mas que não são instantâneos, mas de rápido preparo.
As vendas totais da versão molho de soja este ano chegaram ao dobro da meta inicial. As quatro ofertas de sabores tiveram uma participação combinada de cerca de 18% do mercado do macarrão tipo pacote em outubro, batendo o macarrão instantâneo em copo que era líder do mercado desde 1970.
A principal razão para a imensa popularidade do macarrão instantâneo em pacote é a sua textura, que se diz próxima ao dos macarrões originais. Macarrões instantâneos são geralmente fritos ou secos após cozidos e os consumidores parecem preocupados com a sua saúde, evitando gorduras e temperos que não contribuem para a saúde.
Em setembro último, a Sanyo Foods introduziu um produto chamado Sapporo Ichiban “Força do Homem” no mercado japonês, cujo nome significa macarrão poderoso, mostrando que não é o usual mais conhecido dos consumidores.
Como a culinária japonesa continua em alta no mercado brasileiro, se produtos mais saudáveis forem oferecidos brevemente, espera-se que esta evolução seja bem vinda. Com a criatividade brasileira, legumes certamente serão adicionados, melhorando a sua qualidade.
Observando-se o mercado brasileiro, nota-se que os macarrões preparados por alguns restaurantes são preferidos, como os chamados “teuchi” do Japão, preparados aos olhos dos clientes. Certamente, produtos de melhor qualidade são bem aceitas no mercado, ainda que toda a população não disponha de tempo para preparar as refeições em casa.
5 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: compra da Aegis Group pela Dentsu, fusões japonesas e internacionais dependendo das aprovações chinesas, notícia preocupante do Nikkei, o caso da JFE – IHI
Uma surpreendente notícia do jornal japonês Nikkei informa que a fusão dos grupos japoneses JFE e IHI na área das operações de construção naval, que estava originalmente marcada para 1º de outubro último, foi confirmada para 1º de janeiro próximo, depois de obtida a aprovação das autoridades antitruste da China. O artigo informa que as empresas de construção naval do Japão não são mais competitivas com relação às coreanas e chinesas, e esta fusão seria uma tentativa de recuperar as suas possibilidades competitivas. Certamente, uma parte da produção pretende usar os portos chineses, e as autoridades da China já proibiram navios da Vale, de grande porte, a aportarem em terminais chineses.
Apesar destas decisões serem compreensivas, acabam soando estranhas para analistas estrangeiros que entendem que o Japão é ainda um país independente e soberano. Mesmo que se entenda que as atuais tensões políticas entre os dois países estão críticas com as disputas de ilhas. Mais estranho é que a notícia informa que outra aquisição de empresa internacional de publicidade, a japonesa Dentsu, uma das maiores do mundo, que planeja a aquisição da inglesa Aegis Group, investindo cerca de US$ 5 bilhões, também aguarda idêntica aprovação chinesa.
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3 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a revista The Economist informa sobre cientistas analisando a cobrança de faltas, Juninho Pernambucano e Marcos Assunção são citados, uso de técnicas da Charnwood Dynamics
A revista inglesa The Economist reconhece que entre os melhores cobradores de falta no futebol mundial estão os brasileiros Juninho Pernambucano e Marcos Assunção, separando os bons dos ótimos. O primeiro é mais conhecido mundialmente por ter atuado na Europa e são muitos os que o consideram o melhor cobrador de faltas do mundo, como consta de muitas notícias do Google. Uma empresa inglesa chamada Charnwood Dynamics desenvolveu uma tecnologia do tipo que é utilizado na feitura de filmes de desenho animado, onde o movimento do corpo humano com marcadores consegue ser captado usando diversos pelo corpo do atleta. Tenta-se aprender a técnica aplicada na cobrança de faltas, com os efeitos desejados e velocidade para superar as barreiras e o goleiro. Algo parecido com a ficção científica, que também é estudada pelos cientistas de algumas universidades.
Na cobrança de uma falta perto do gol, o artigo explica o que acontece com o jogador bem como os adversários, e se tratando de um campo descoberto, existem muitos outros fatores do que num laboratório ou estúdio. O efeito é provocado para que a bola supere as barreiras num movimento curvo, para levá-lo para o gol, tendo uma velocidade conveniente para superar também o goleiro.
Gol de Juninho Pernambucano
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3 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do The Wall Street Journal reproduzido no Valor Econômico, comparações inadequadas, estágios do desenvolvimento, problemas da dimensões
Um artigo publicado por Sara Schaefer Munhoz publicado no The Wall Street Journal foi reproduzido no Valor Econômico em português comparando o crescimento econômico observado no Brasil nos últimos trimestres, com os verificados em economias latino-americanas como o México, a Colômbia, o Chile, o Peru, a Argentina, a Venezuela e o Equador, sugerindo que estaria se formando dois blocos, com um crescendo acima da média global e outro às voltas com fortes desacelerações.
Não há dúvidas que muitas economias estão conseguindo crescimentos, mas além das suas dimensões serem desiguais, os estágios de desenvolvimento em que se encontram não permitem análises tão simples. Certamente os países industrializados estão com taxas modestas de crescimento, enquanto outros considerados emergentes conseguem taxas razoáveis, e os que se encontram ainda em níveis modestos conseguem resultados que aparentam ser impressionantes. Além da armadilha que está sendo denominada de país de renda per capita média, com uma tendência a um crescimento mais modesto, não parece adequado que todo o crescimento seja medido somente pela taxa que está sendo alcançada recentemente, ainda que ela seja louvável.
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3 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entrevista no Agroguia, fatos concretos de aumento de produtividade e sustentabilidade, o que está sendo feito na agrofloresta e suas perspectivas
Dentro mar de pessimismo que inunda a imprensa nacional e internacional, temos ressaltado neste site que a publicação mensal Agroguia, que funciona inexplicavelmente como um informe publicitário, é um oásis no deserto, permitindo que nos mantenhamos otimistas com o que vem se desenvolvendo. No número distribuído com a Folha de S.Paulo de domingo passado conta com três notícias centrais, todas de alta relevância. Numa destaca-se o papel fundamental que Eliseu Alves teve no desenvolvimento da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que é o esteio da tecnologia do setor e formação de recursos humanos estratégicos para este segmento da economia brasileira. Noutro, o foco é Paulo de Castro Marques, que produz e comercializa genética de três raças bovinas que está tornando a pecuária brasileira cada vez mais competitiva nos mercados internacional.
O objetivo principal deste artigo é chamar a atenção para a entrevista com José Luciano Penido, presidente do Conselho de Administração da Fíbria e do Conselho Deliberativo da Bracelpa –Associação Brasileira de Celulose e Papel, que traça um panorama notável do que vem acontecendo na atividade florestal do Brasil, bem como suas perspectivas futuras. Vendo estas notícias, qualquer brasileiro fica em condições de equilibrar seus conceitos por neutralizar o pessimismo destilado pelo que lê e vê usualmente na imprensa. José Luciano Penido também cuida de problemas ecológicos, sendo co-chairman do Forest Solutions no WBCSD – World Business Council for Suitanable Development, e é conselheiro honorário do CDP-AS – Carbon Disclosure Project South America.
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2 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Financial Times, efeitos para 2013, problemas internos e externos, resultados do terceiro trimestre deste ano | 2 Comentários »
Ainda que toda a economia mundial esteja registrando uma desaceleração, os problemas da economia brasileira parecem estar se agravando com as dificuldades de comunicação adequada do governo com a opinião pública interna e externa. Um artigo publicado no site do Financial Times pelo jornalista Joe Leahy que está localizado em São Paulo dá uma ideia das dificuldades que estão se espalhando, quando conta com um título como “Downturn shakes Brazil from its dream” (traduzido pela Google como ‘Crise abala o Brasil do seu sonho’).
Evidentemente os resultados obtidos no terceiro trimestre deste ano pela economia brasileira, divulgados pelo organismo oficial de estatísticas do país, foram frustrantes, tendo ficado abaixo das estimativas mais pessimistas feitas pelo muitos analistas de diversas origens. Até as autoridades como o ministro Guido Mantega, que é obrigado a manter uma postura otimista mesmo num quadro adverso, mostrou-se decepcionado, ainda que ele espere uma possibilidade de recuperação no final deste ano, que permita um comportamento melhor para o próximo ano.
Presidente Dilma Rousseff
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2 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: já utilizado em aviões, mais resistência e menos peso, Nikkei anuncia acordo da Teijin com a GM para a utilização da fibra de carbono como componentes de veículos | 4 Comentários »
Como é de conhecimento de muitos, componentes de fibra de carbono produzidos pela empresa japonesa Toray Industries já estão sendo utilizados no novo Boeing 787 Dreamliner por serem dez vezes mais resistentes que o aço, pesando um quarto deste material. Isto permite que os aviões tenham uma sensível economia de combustível que utilizam. Agora, o jornal econômico japonês Nikkei anuncia que outra empresa petroquímica importante do Japão, a Teijin, decidiu produzir nos Estados Unidos componentes de fibra de carbono para serem utilizados pela GM – General Motors para a produção de veículos, por apresentarem as mesmas vantagens.
A Teijin pretende ser a primeira empresa do mundo a produzir de forma maciça componentes de fibra de carbono para veículos, aumentando a sua produção deste material em 40% até 2015 nos Estados Unidos. A tradicional fabricante de fibras sintéticas utilizadas na indústria têxtil está estabelecendo um acordo com a empresa automobilística norte-americana GM, que sabidamente opera em todo o mundo.
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