6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: algumas faixas, alguns produtos, artigo no The Wall Street Journal, competição com a Procter & Gamble, marcas locais chinesas, Unilever
Por: Paulo Yokota Seção: Economia, Editoriais e Notícias, WebTown Tags:
O artigo elaborado por Laurie Burkitt e Emily Glazer para o The Wall Street Journal, publicação difícil de ser posto em dúvida, traz algumas notícias surpreendentes para os analistas de mercado que exigem uma reflexão. Uma pasta de dente herbal chinesa para gengivas sensíveis vende pelo dobro do preço de um produto similar da Procter & Gamble, a chamada Crest 3D White Vivid na China e continua crescendo na participação neste mercado importante. Algo semelhante acontece com detergentes para máquinas de lavar roupas, segmento na qual esta multinacional vinha inovando e crescendo há anos. Os chineses que tinham 1,1% deste mercado há cinco anos, chegaram a 8,8% em 2011.
Segundo a Euromonitor, a participação da P&G caiu de 20,8% para 19,7% em pasta dental, e a Unilever de 12% para 9,9% naquele mercado. A marca chinesa é produzida pela Yunann Baiyao, mudando os costumes dos consumidores locais. O analista de outra empresa local de mercado, a China Market Research Group, Ben Cavender afirma que as multinacionais precisarão lutar muito para se diferenciar dos grupos locais que estão oferecendo uma vasta linha de produtos.
Foto: WSJ
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6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apresentação em Londres, evolução da Osesp, expressivo intercâmbio com os melhores do mundo
Se existe um destaque cultural brasileiro de padrão internacional, este é certamente a Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que estará participando neste mês de agosto do festival BBC Proms, considerado como um dos mais prestigiosos do mundo. Na Revista Osesp deste mês, o economista e filósofo Eduardo Giannetti, no seu artigo “Vislumbre de um mundo melhor: os concertos para piano de Mozart”, registra: “A vida oprime, o som liberta. Na Metafísica do Belo (1820), Schopenhauer afirma que ‘a música é um exercício oculto de filosofia, no qual a mente não sabe que está filosofando’. Para além do prazer e da dimensão estética, a arte de Mozart como nenhuma outra os valores e os ideais do iluminismo europeu do século XVIII – ‘o vislumbre de um mundo melhor’, no dizer de Schubert”. Ele tem toda a razão, nada mais opressor que as limitações da economia atual e o vislumbre de um futuro melhor.
Como parte preparatória desta honrosa participação da Osesp em Londres, que contará com a regência da consagrada maestrina Marin Alsop e participação do pianista brasileiro Nelson Freire, ela apresentou um concerto excepcional no último fim de semana. Sob a regência de Sir Richard Armstrong, e participação de solista do pianista Marc-André Hamelin, nomes de mais alto nível mundial, a Osesp, entre outras peças, apresentou o Concerto nº 19 Para Piano em Fá Maior, KV 459 (1784), sendo que o solista ainda presenteou a plateia com um bis com um sofisticadíssimo Debussy. Deu uma marcante demonstração que está preparada para as plateias mais exigentes do mundo.
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6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alimentações e medicina, artigo de Kevin Short no Daily Yomiuri, incorporação na cultura, observações cuidadosas
Kevin Short é um consagrado naturalista e antropologista cultural, professor da Tokyo University of Information Sciences. É um colunista regular do Daily Yomiuri, escrevendo a última sobre a sua especialidade, com artigos sempre interessante na série chamada Nature in Short. A sua íntegra pode ser encontrada, em inglês, no http://www.yomiuri.co.jp/dy/features/science/T120731002254.htm , cuja leitura seria interessante, pois vai muito além das observações resumidas neste artigo.
O autor destaca que no sistema chamado sekki, um sistema solar que divide o ano em 24 segmentos, nesta terça-feira, o outono do Japão tem início, que é considerado por muitos como a estação mais importante para os japoneses. De forma poética, ele observa que as estações passam, a lua cheia do Oriente marca esta passagem. Ainda que o verão quente e úmido do Japão esteja afetando ainda a população, as pequenas mudanças que marcam os primeiros indícios do esperado outono começam a se manifestar.
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6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: adicionar valor com a agroindústria, atenção com o Vietnã, esforços vietnamitas, pesquisas agrícolas
Algumas pessoas observam comigo que muitos textos postados acabam se concentrando em determinados países, como no caso do Vietnã. Isto acontece até por recomendação de especialistas das Nações Unidas que procuram ficar atentos a pequenos países ainda em desenvolvimento que efetuam grandes esforços, devendo ganhar projeção no futuro próximo. Todos sabem parte da história do Vietnã e a garra do seu povo que já enfrentou e derrotou surpreendentemente poderosos países como a França, os Estados Unidos e mantém os chineses com a distância adequada do seu território, o que por somente isto já deveria merecer uma grande atenção. Já postamos neste site que sua produção agrícola diversificada vem ocupando posições importantes no mercado internacional.
No artigo postado no jornal Viêt Nam News que o ministro vietnamita de Agricultura e Planejamento Rural, Cao Duc Phat, falando num fórum destinado a discutir a aplicação de alta tecnologia no desenvolvimento rural do Vietnã, conclamou os participantes a intensificarem estas tecnologias na agregação de valor aos seus produtos que estão sendo exportador. Isto ajudaria a promover um desenvolvimento sustentável naquele país. Nguyen Van Bo, chefe da Academia de Ciência Agrícola do Vietnã, expôs que estas tecnologias poderiam ser ainda melhor aplicadas na agroindústria, usando exemplos como o de Israel.
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6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: espírito otimista, posições pessimistas, resultados, reuniões com empresários
Todos que estão razoavelmente informados sobre a situação econômica no mundo e no Brasil sabem que existem dificuldades hoje, talvez ligeiramente maiores que já existiram em muitos momentos no passado. Ainda assim, o mundo vem registrando uma recuperação razoável, ou uma desaceleração suportável superando muitas das limitações que sempre existiram, com algumas melhorias significativas nos países em desenvolvimento ou emergentes. As vozes que reclamam da situação pouco ajudam na criação de um clima que, quando é positiva, acaba ajudando a todos a se empenharem na superação das limitações existentes. Não existem muitos casos de pessimismo generalizado que tenha ajudando a reverter o quadro para um ciclo de prosperidade, do tipo que ficou conhecido como “malthusianismo”, com base nas teorias de Thomas Robert Malthus, que previa que a humanidade estaria condenada à falta de alimentação, com o crescimento populacional.
Isto tende a levar algumas autoridades a interpretarem que os empresários sempre falam das dificuldades da economia e do governo, quando os responsáveis pela política econômica são obrigados a atuar quando os pessimismos são substanciais e não são superáveis somente pelos esforços do mercado privado. Existem casos que sempre reclamam de prejuízos, enquanto novas empresas foram agregadas ao grupo, ou empresários rurais sempre reclamando da assistência do governo e das cotações do mercado, mas vieram adicionando novas fazendas nos seus patrimônios, como num famoso caso brasileiro em que ele se tornou o maior produtor de café no Brasil. Octávio Gouveia de Bulhões, que chegou a ministro da Fazenda do Brasil, chegava a estar convicto que os empresários eram sempre “chorões”, até mesmo quando tinham razão nas suas reclamações.
Thomas Robert Malthus e Otávio Gouveia de Bulhões
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3 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: nos principais jornais, Panasonic tentando recuperar o espaço, Toyota e sua ampliação | 4 Comentários »
Observando-se a imprensa brasileira, nota-se uma mudança no comportamento de algumas empresas japonesas que não utilizavam muito os meios de comunicação social para informar os consumidores brasileiros sobre suas atividades, pouco utilizando agências de publicidade para divulgar a sua marca e seus projetos. Hoje, nos principais jornais brasileiros, observam-se artigos de grande dimensão informando sobre a visita do senhor Mark Hogan, que já foi presidente da GM no Brasil entre 1992 e 1997 e atualmente exerce as funções de integrante do conselho mundial da Toyota, com papel destacado junto ao presidente Akio Toyoda. Como do presidente da Panasonic no Brasil, Hirotaka Murakami, anunciando que utilizará Neymar para mudar a sua imagem no país. Como a Toyo Setal Engenharia e a Setal brasileira estabelecendo a TS Participações, por intermédio da declaração do senhor Moto Kamoshima.
Mark Hogan orientará a atuação da Toyota no Brasil que está inaugurando a unidade de Sorocaba para produzir um veículo de pequeno porte, Etios, para competir na mesma faixa com a Fiat, Volkswagen, General Motors, Ford, Hyundai, Renault, Nissan, Peugeot e outros importados, faixa considerada uma das que mais cresce nos mercados emergentes. Como a Toyota já produz o Corolla, um pouco maior no Brasil, almeja alcançar uma produção em torno de 400 mil veículos por ano, considerado pelo grupo como o mínimo para contar com uma escala competitiva.
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2 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, considerações importantes, destacada atenção ao Nobuo Oguri, outros fatores a serem considerados | 2 Comentários »
O Valor Econômico de hoje publica, com as autorias de Francisco Góes e Diogo Martins, três artigos importantes destacando o papel desempenhado por Nobuo Oguri, um japonês que se tornou engenheiro naval no Brasil, tendo colaborado com empresas de grande importância como a Ishibrás, Verolme e Emaq, ajudando a aumentar os componentes brasileiros. Segundo o jornal, ele teria declarado: “É preciso entender que o sócio estratégico somos nós, temos a demanda e o mercado. As estrangeiras podem vir para ajudar”. O artigo, que merece ser lido na sua íntegra, menciona aspectos da história da construção naval no país e no mundo, mas sente-se que existem algumas poucas lacunas que são necessárias para o completo entendimento dos problemas do setor.
Ainda que o setor de construção naval do Brasil tenha sido a maior do mundo, lançando cerca de um milhão de toneladas TDW por ano, por que chegou a ponto de quase extinção, quando seu papel passou a ser ocupado pela Coreia e pela China? Hoje existe uma grande demanda de navios como equipamentos da construção naval para a exploração principalmente do pré-sal. Mas por que não somos competitivos, tendo que importar componentes que estão limitados pela legislação?
Aos 86 anos, o engenheiro Nobuo Oguri defende a criação de uma indústria naval brasileira forte e rebate as críticas de que o produto brasileiro é mais caro (Foto: Luciana Whitaker/Valor)
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2 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: descobertas de talentos, resultados expressivos, trabalhos de longo prazo, treinamentos intensivos
Quando a nadadora chinesa Ye Shiwen, de 16 anos, surpreende o mundo batendo recordes mundiais, melhor que os resultados que são obtidos pelos atletas masculinos, muitos acabam sendo obrigados a questionar o que está por trás desta performance que não se resume a ela, mas resulta na obtenção de muitas outras medalhas obtidas pelos chineses nestas Olimpíadas. Alguns até chegam a insinuar maldosamente a possibilidade de doping, ainda que os testes não apresentem nenhum indício. A China vem desenvolvendo, segundo artigo publicado no Valor Econômico em português, reproduzindo o do Financial Times, de autoria de Roger Blitz com a colaboração de Katrin Hille e Mure Dickie, um grande programa de longo prazo, que começa com a procura de jovens ainda nas tenras idades com qualificações diferenciadas, utilizando as escolas em todo o país.
No caso de Ye Shiwen, ainda aos sete anos, notou-se que suas mãos eram maiores que das suas colegas. Selecionada pelas autoridades chinesas, ela foi submetida a intenso treinamento de até cinco horas por dia, e intercâmbios no exterior, no caso dela com a Austrália que tem um histórico brilhante na sua modalidade. Os que obtêm sucesso acabam sendo devidamente remunerados com as mais variadas formas.
Ye Shiwen ganhadora de duas medalhas de ouro em Londres
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2 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Ralph A. Cossa no The Diplomat, caso da Coreia com o Japão, dificuldades políticas diversas
Angela Merkel, chanceler da Alemanha, vem afirmando que a Comunidade Europeia sabe o que precisa fazer, mas não como ganhar as eleições tomando as medidas necessárias e impopulares. Ralph A. Cossa, presidente do Pacific Forum Center for Strategic International Studies, referindo-se aos problemas entre a Coreia do Sul e o Japão, usa um velho provérbio russo: “Esqueça o passado e perca um olho, ficando preso ao passado é perder os dois” (tradução livre). Ele publicou um artigo no The Diplomat tratando deste difícil assunto, quando se aproxima a eleição presidencial coreana no final deste ano, que dificulta os entendimentos entre estes dois países importantes para os Estados Unidos e estabilidade internacional no Extremo Oriente.
O governo coreano cancelou o acordo firmado entre os dois países assinado em junho último, para a troca de informações de segurança, bem como o prosseguimento do acordo para aquisição e serviços cruzados (Acquisition and Cross-Servicing Agreement) diante dos problemas que ainda restam na Coreia com relação ao Japão, devido às sequelas da Segunda Guerra Mundial. Ainda que do lado japonês este sentimento já tenha sido superado, em grande parte. Até os atores e as novelas coreanas são os mais populares no Japão atual, sendo amplamente utilizados nas publicidades para vendas de produtos no país.
Ralph A. Cossa, presidente do Pacific Forum Center for Strategic International Studies
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31 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Yuriko Koike no Project Syndicate, candidata da situação, eleições coreanas em novembro de 2012
Ainda que o assunto seja relevante no Extremo Oriente, poucos analistas no Ocidente estão informados sobre as próximas eleições na Coreia do Sul, que colocam aspectos cruciais para a região. A candidata que está mais cotada é Park Geun-hye, do partido situacionista Saenuri (Nova Fronteira), a primeira a lançar a candidatura, ela que é chairwoman do partido. Pela oposição, sai Ahn Cheol-soo, diretor do Graduate School of Convergence Science and Technology da Universidade Nacional de Seul, um empresário de sucesso e figura carismática que atrai os votos dos jovens e independentes.
Park é uma trágica heroína, pois sua mãe foi assassinada em 1974, e o seu pai, presidente da Coreia do Sul, Park Chung-hee, foi morto pelo chefe de sua própria inteligência em 1979. Na eleição coreana, a política com a Coreia do Norte, dirigido pelo jovem Kim Jong-um, que anunciou a demissão do comandante militar, assumindo ele mesmo o comando, aparece publicamente visitando Mickey e Minnie, da Disney, com sua nova esposa, é um assunto crucial. Tanto pelos seus lançamentos de foguetes como pela existência de muitas famílias que foram separadas pela divisão da península coreana pela guerra que ainda não tem um tratado de paz, havendo uma zona desmilitarizada na fronteira.
Park Geun-hye, Ahn Cheol-soo e Kim Jong-un e sua esposa
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