19 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dia 18 de março a partir das 21h, no nordeste do Japão, o que aconteceu na vila de Iitate, província de Fukushima, radiação na vila, um programa da NHK transmitido pela TV Cultura de São Paulo
Existem alguns programas de televisão que, mesmo sem intenção de nenhum sensacionalismo, com uma narrativa adequada provocam um profundo impacto sobre os telespectadores. É o caso do programa da NHK, televisão oficial do Japão, transmitido pela TV Cultura de São Paulo, com legenda em português, neste último domingo, a partir das 21h. Retratou com profundidade o que aconteceu na vila de Iitate, província de Fukushima, no nordeste do Japão, como consequência do terremoto e da radiação espalhada pela Usina Nuclear de Fukushima Daiichi.
A vila de Iitate, com menos de 7.000 habitantes, mesmo localizado a mais de 30 quilômetros da Usina afetada pelo terremoto e pelo tsunami, provocando a contaminação pela radiação, considerada pelas autoridades japonesas e internacionais como distância adequada para a evacuação recomendada, por condições particulares das correntes de ar da região, ficou com um nível de radiação considerada superior à suportável pelos seres humanos.
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19 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no suplemento São Paulo da Folha de s.Paulo, busca de trabalho no Brasil, mudança dos fluxos, tendências que podem ocorrer
Sempre se entendeu que no processo de globalização, que ocorre no mundo nas últimas décadas, os deslocamentos das tecnologias e do fator de produção conhecido genericamente como capital eram mais rápidos que os dos recursos humanos. Mas eles começaram a ocorrer dos países classificados como em desenvolvimento para os industrializados nas últimas décadas, na procura de melhores oportunidades, na faixa considerada de preparo mais simples, de forma legal ou ilegal. Hoje, com os elevados níveis de desemprego nas economias desenvolvidas, muitos recursos humanos mais qualificados do ponto de vista educacional procuram condições de sobrevivência nos países emergentes, entre eles o Brasil. O suplemento dominical da Folha de S.Paulo, denominado São Paulo, entrevistou muitos que se deslocaram, principalmente da Europa para cá, no seu artigo de capa elaborado por Ana Paula Boni e Guilherme Genestreti, com situações bem diferenciadas entre cada indivíduo.
O número de estrangeiros que teriam recebido autorizações em 2008 seria de cerca de 44 mil, elevando-se para mais de 56.000 em 2010 e mais de 70.000 em 2011, com aumento de 60% em três anos. Há que se considerar que além destes existem os ilegais, predominantemente provenientes dos países vizinhos e um forte fluxo de retorno dos brasileiros que trabalhavam nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, também legais e ilegalmente. Somam-se ainda os chamados “expatriados” das empresas estrangeiras instaladas no Brasil que, mesmo se aposentando, preferem permanecer no país, mantendo pequenos negócios de iniciativa própria.
O italiano Jacopo Carandini na ctapa da revista e o arquiteto espanhol Alejandro García, 30, em bar da Vila Madalena. Fotos de Isadora Brant/Folhapress
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19 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entrevista com Fabiano Maisonnave, observações de outras personalidades, suplemento Ilustríssima
São abundantes as informações que o consagrado e controvertido artista chinês Ai Weiwei, famoso por ter colaborado com projeto Ninho de Pássaro nos Jogos Olímpicos de 2008, mas crítico contumaz da falta de liberdade na China, sofre constrangimentos, muitas vezes inexplicáveis no seu país. Ele concedeu a Fabiano Maisonnave, correspondente da Folha de S.Paulo, uma longa entrevista publicada no suplemento Ilustríssima de domingo, ainda que esteja proibido este tipo de atividade, num compromisso que ele assinou. Ao lado da entrevista, o jornalista Sérgio Dávila publica uma matéria sobre a atual exposição de Ai Weiwei em Paris, afirmando que este artista manda todos os ícones ocidentais à m…. igualmente, mesmo que não se trate de nada ligado aos chineses.
A famosa escritora chinesa Xinran, autora de alguns livros de grande tiragem internacional, inclusive em português, como “As boas mulheres da China” e “Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida” já expressou a sua opinião sobre Ai Weiwei. Os trabalhos desta autora que já visitou o Brasil devem ser lidos por todos por conterem relatos dramáticos de degradação das mulheres persistentes naquele país, que figuram entre as mais críticas que se possa conhecer. Ela afirma que os confrontos direto com as orientações oficias provocam reações evitáveis, tanto que ela mesma transita livremente pela China, ainda que publique seus livros no exteriorm além dar aulas e escrever e divulgar muitos dos graves problemas daquele país.
Ai Weiwei e o Ninho de Pássaros
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19 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: concerto na Osesp, Quarto Centenário de São Paulo, Villa-Lobos compôs a Sinfonia número 10
1954 foi o ano do Quarto Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo, comemorado com alguns eventos significativos, como a criação do Parque do Ibirapuera que continua sendo um dos marcos mais importantes da capital paulista. Heitor Villa-Lobos, o mais renomado compositor clássico brasileiro, compôs sua Sinfonia nº 10 Ameríndia para homenagear a data. Isto, segundo o consagrado maestro Isaac Karabtchevsky, que conduziu a Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo na execução recente da obra na sala São Paulo. Segundo sua explicação, antes da regência, a peça foge dos padrões tradicionais das sinfonias como muitos trabalhos de Villa-Lobos, que abordou muito dos temas populares e brasileiros.
É preciso recordar que São Paulo nasceu numa aldeia indígena onde atuava o padre José de Anchieta, nos campos de Piratininga, com seus rios piscosos e faunas abundantes, parte da Mata Atlântica. Os índios procuravam, naturalmente, onde seus alimentos eram abundantes. A sinfonia conta com uma participação de um coral que em alguns trechos canta em tupi-guarani e em outros em latim, e sons correspondentes aos cantos dos pássaros das matas de então aparecem algumas vezes. A contribuição indígena foi importante para a cidade, e muitos dos seus lugares mais conhecidos continuam com nomes que eles utilizavam, como Anhangabaú, Ibirapuera, Butantã, Pacaembu, e muitos outros. Chegaram os portugueses e com eles São Paulo tornou-se conhecido como a terra dos bandeirantes.
Parque do Ibirapuera, Vale do Anhamgabaú e Pátio do Colégio, em São Paulo
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19 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: a democracia chinesa, artigo de A.McLaren do Foreign Policy, interpretações da destituição de Bo Xilai, outros partidos inexpressivos
A destituição do radical, conservador e populista secretário do Partido Comunista Chinês de Chongqing, Bo Xilai, que pretendia um dos cargos do poderoso Politburo, permite a A.McLaren, do Foreign Policy, esclarecer aspectos pouco conhecidos da China, onde a liberdade de comunicação social ainda não é plena. Bo Xilai foi acusado de dar guarida à sua equipe de polícia, perseguindo empresários acusados de formarem uma máfia, ao mesmo tempo em que procurava liderar uma linha conservadora maoísta que propunha algo como a volta aos métodos da calamitosa Revolução Cultural, visando atender algumas correntes atuais insatisfeitas da população chinesa. Ele foi fortemente criticado pelo premiê Wen Jiabao na longa entrevista concedida à imprensa ao término do Congresso Nacional do Povo, mas existem os que atribuem o fato a intrigas e disputas políticas naquele país.
Dos 3.000 participantes do recente Congresso, cerca de 800 são provenientes dos “partidos democráticos”, oito pequenas agremiações com 2.000 a 200.000 membros, quando o Partido Comunista Chinês conta com 80 milhões. Isto permite os líderes chineses afirmarem que lá impera uma democracia, mas na realidade estes pequenos partidos não possuem poder de fato, alguns controlados por um departamento do Partido Comunista. Alguns são antigos, como a Liga Democrática da China (CDL), que é a maior deles, criada em 1941, ainda na época em que os partidários de Mao Tsetung tentavam se entender com os nacionalistas de Chiang Kai-shek na luta contra os japoneses. Outros são constituídos por membros cientistas ou taiwaneses a favor da unificação.
Bo Xilai
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15 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: dificuldades de interpretação, entrevista no final do NPC – Congresso Nacional do Povo, necessidade da reforma política, resumo da agência Kyodo
Dentro da tradição asiática, o que uma personalidade importante como o primeiro-ministro Wen Jiabao expressa numa entrevista costuma ser aspectos gerais, não muito específicos, que exige um esforço para ser totalmente compreendido. A agência japonesa Kyodo enviou o seu entendimento que foi publicado no jornal japonês Nikkei, a partir das questões formuladas e suas respostas. O jornal China Daily dividiu seu noticiário em diversos tópicos, fornecendo as questões formuladas e suas respostas. Estas técnicas para generalizações fazem parte da cultura asiática, que necessita salvar a face destas personalidades, pois eventuais erros podem ser atribuídos a entendimentos errados feitos pelos que ouviram a entrevista. Mas, nesta última entrevista no término do Congresso Nacional do Povo, que foi de três horas, ele procurou fazer um balanço dos seus dez anos de liderança, abordando os mais variados assuntos formulados.
A Kyodo destacou que ele expressou de forma enfática que na reforma política seria indispensável executar a reforma econômica, sem que tenha esclarecido os seus conteúdos em detalhes. O China Daily interpreta que um insucesso na reforma política poderia gerar uma tragédia como a Revolução Cultural, ou seja, as conquista das três últimas décadas seriam perdidas com novos problemas de distribuição de renda, falta de credibilidade e corrupção que ainda não estão totalmente resolvidos e que dependem das mudanças que estão se processando.
Premiê da China, Wen Jiabao, nesta quarta-feira, dia 14 de março, durante entrevista. Foto: AP
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14 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Sergio Lanucci, crescimento mais acentuado, grupo do BRICS, Planos Quinquenais, problemas similares, Valor Econômico
Muitos analistas brasileiros entendem que a Índia apresenta mais problemas que o Brasil, mas a performance daquele país vem sendo superior à brasileira. Cresce a uma taxa média anual de 6,6% nos últimos 15 anos. Sergio Lanucci visitou aquele país a convite do governo indiano, e publicou uma matéria importante no Valor Econômico que pode dar indicações preciosas para os brasileiros. De início, eles estão no 12º Plano Quinquenal para o período 2012 a 2017, e contam com uma população de 1,2 bilhão de habitantes, cresceram 8,4% no seu PIB em 2010/2011 e estimam ficar em 7% em 2011/2012, bem acima do crescimento brasileiro. E possuem uma política democrática consolidada.
Segundo o conselheiro econômico do Ministério das Finanças da Índia, Kaushik Basu, é preciso que sua economia cresça pelo menos 12%, o que é uma meta muito ambiciosa. A indústria deverá crescer 12 a 14% ao ano, pois até agora veio expandindo o seu setor de serviço, mas necessita criar mais empregos. Três são, segundo os especialistas indianos, os gargalos daquela economia: os problemas de infraestrutura, as mudanças na legislação trabalhista e a melhoria do ambiente de negócios, que pouco difere dos problemas brasileiros de longo prazo.
Montek Singh Ahluwalia
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13 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apreciadores de cafés finos, diversos tipos de consumo, nas redes internacionais
O empresário Horácio Sabino Coimbra, fundador da Cacique de Café Solúvel, foi o pioneiro brasileiro que visitou a China antes do restabelecimento das relações diplomáticas do Brasil com aquele país em 1976. Impressionado com a China, ele afirmava que se cada chinês tomasse uma xícara de café por dia o Brasil estaria salvo. Num artigo publicado pelo China Daily, o jornalista Gan Tian informa que, entre 1950 a 1970, a bebida era considerada um “produto capitalista”, e informa que hoje está mais popular que nunca.
O artigo informa que até 1970, o café só era encontrado no Beijing Diaoyutai State Guest House e Shanghai Peace Hotel utilizados pelos diplomatas estrangeiros. Foi na década de 1980 que o café solúvel se tornou conhecido, rompendo o mito que os consumidores de chá tivessem dificuldade com o consumo do café. E na década de 1990 que a Starbuck chegou à China, começando a popularizar o seu consumo, tendo os estudantes chineses adquiridos o hábito no exterior.
Bolan Coffee Academy. Foto: China Daily
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12 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: grafite brasileiro de qualidade, os famosos Os Gêmeos, prestígio internacional, Titi Freak em Miyagi | 2 Comentários »
Quando o grafite brasileiro é de grande qualidade, acaba recebendo reconhecimento internacional. A revista eletrônica Highlighting Japan deste mês de março traz uma reportagem sobre o que foi pintado por Tite Freak, um artista nipo-brasileiro, num abrigo temporário em Ishinomaki, na prefeitura de Miyagi, com o suporte da Japan Foundation e da Embaixada do Brasil.
Segundo a reportagem de Osamu Sawaji, que escreveu originalmente para o The Japan Journal, o trabalho elaborado por Tite Freak, que foi convidado pela Japan Foundation, foi pintado para os que estavam em grande necessidade de ajuda e atenção, com a assistência às vitimas do triplo desastre da região de Tohoku, no Japão. Muitos acompanharam o seu trabalho, oferecendo lanches e bebidas durante a execução do grafite.
Grafite em Ishinomaki e o artista Tite Freak
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12 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: faixas preferenciais, japoneses investindo na China, tecnologias avançadas em alimentos
Muitos são os que reclamam da China, mas continuam efetuando investimentos naquele país visando atender uma parte do seu mercado que continua crescendo, mesmo num ritmo menos acelerado que nas últimas décadas. Muitas empresas japonesas não possuem alternativas, pois o mercado nipônico continua crescendo modestamente, e precisam ampliar suas atividades no exterior, com preferência nos seus vizinhos asiáticos. O jornal Nikkei publicou um artigo a respeito.
Segundo a informação, as empresas japonesas que possuem alta tecnologia neste setor de alimentos visam preferencialmente os consumidores de padrão mais elevado da China. Existe uma demanda por alimentos mais seguros e mais saborosos entre os segmentos de consumidores de média e alta renda. Uma pesquisa mostrou que esta demanda é grande, e os japoneses já estão atendendo via exportações.
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