22 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: dificuldades de compreensão, esforços da imprensa, informações desejáveis, interessados no Japão e no Brasil | 2 Comentários »
Todos os veículos de comunicação estão procurando manter os brasileiros abalados psicologicamente informados sobre o que vem acontecendo no Japão, com prioridade para os residentes naquele país, estimados em mais de 250 mil pessoas. Além de milhões de seus parentes, amigos e outros interessados residentes no Brasil, preocupados com eles. Todos passam ainda por uma situação crítica, tanto com os novos terremotos menores que diferem de intensidade regionalmente como com informações das evoluções constantes relacionadas com as contaminações decorrentes das radiações. Os controles das usinas atômicas de Fukushima preocupam a todos, pois ainda não estão totalmente resolvidos, apesar dos esforços das autoridades e funcionários das mesmas. Além das limitações pelas quais os japoneses ainda passa no cotidiano de suas vidas, com o racionamento da energia elétrica e outros. Muitos colocam em dúvida as informações regulares fornecidas pelas autoridades, no mínimo sobre a sua precisão.
Existem desinformações que facilitam a disseminações de boatos, pois muitos dos brasileiros residentes no Japão possuem limitações para compreender o que as autoridades divulgam regularmente pela televisão local, em linguagem mais elaborada e com explicações técnicas, sempre difíceis para os leigos. Algumas chocam com as fornecidas pelas fontes externas, emitidas de pessoas credenciadas tecnicamente, mas desinformadas das condições locais atualizadas, que continuam preocupantes.
Alguns alimentos foram contaminados pela radiação proveniente das usinas de Fukushima
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21 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: acordos assinados durante a visita do presidente Barack Obama, ênfase nos assuntos relacionados com o intercâmbio no prazo mais longo
Relevantes acordos foram assinados entre os dois países mais importantes das Américas na visita do presidente Barack Obama ao Brasil, durante um período conturbado com os problemas relacionados com a Líbia e os decorrentes do desastre natural no Japão e suas consequências. Como já referido neste site, o presidente dos Estados Unidos procurou manter o máximo de sua programação, sendo que os entendimentos feitos pelas duas chancelarias foram reforçados pelas suas recomendações como da presidente Dilma Rousseff. Ele procurou criar uma empatia com as autoridades e o povo brasileiro, apesar das restrições da segurança, visitando pontos que lhe proporcionassem a imagem popular.
Como esperado, os intercâmbios entre os dois países devem contar com mecanismos adicionais que facilitem a redução de atritos comerciais e estimular o desenvolvimento de recursos humanos indispensáveis ao desenvolvimento. Criou-se a Comissão Brasil-Estados Unidos para relações econômicas e comerciais, além de entendimentos visando resolver eventuais dificuldades de comércio. Algumas parcerias foram estabelecidas como no transporte aéreo e eventos relacionados com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, por eles terem experiência na área da segurança, segundo site de O Globo.
Obama e a primeira-dama durante visita à Cidade de Deus (Foto: Governo do Rio de Janeiro).
O presidente discursa no Theatro Municipal (Foto Agência France Press)
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21 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: desperdícios, mudanças até no exterior, paralisação dos consumos de luxo
Como não podia de ser, até os ricos japoneses estão mudando radicalmente seus hábitos diante do desastre natural que se abateu sobre o Japão. Um artigo do The Wall Street Journal, publicado no Valor Econômico, informa que muitas lojas de artigo de luxo, como as das grifes internacionais japonesas Issei Miyake, Commes de Garçons, ou até estrangeiras como Louis Vuitton, Prada, Chanel, Cartier, Gucci, Bulgari, Dior e outras, ou estão com suas lojas fechadas em Tóquio, ou estão sem movimento.
Evidentemente, quando muitas vítimas passam por dificuldades, com limitações do fornecimento de energia elétrica e outros problemas de abastecimento básico, não convém a ninguém estar ostentando com consumos luxuosos. Mas, muito mais do que isto, até os meus amigos de classe média estão reduzindo os consumos de energia em suas residências e até consumindo alimentos modestamente, para colaborar com os que mais precisam. Tenho a impressão de alguns estão aproveitando a oportunidade para fazer um regime nas suas dietas.
A capital Tóquio, com pouca movimentação nas ruas após a tragédia
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21 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: as barreiras para o tsunami, outras lições, problemas com as usinas atômicas
Os lamentáveis desastres naturais no Japão estão forçando a revisão de uma série de exigências de segurança vigentes em todo o mundo. O primeiro, que já provocou a paralisação de algumas usinas atômicas mais antigas em alguns países, vai reforçar as exigências de segurança de todas elas, provocando a necessidade de proteções adicionais bem como novas exigências para as situações de emergência, como os mecanismos adicionais de desaquecimento dos reatores. De outro lado, as medidas de barragem dos tsunamis mostraram-se insuficientes para a violência da natureza, exigindo revisões nas mesmas, ainda que tivessem provocado o atraso no avanço dos tsunamis.
O sistema de alarme antecipado dos sismos, bem como das possibilidades de tsunami, não permite antecipações adequadas quando nas regiões mais próximas do litoral, mas a velocidade dos mesmos pelos oceanos impressiona a todos, proporciona o tempo para medidas preventivas, que não foram consideradas com a devida atenção. As tecnologias de construção e os sistemas de defesa civil do Japão estão proporcionando conhecimentos úteis para outros países mais sujeitos a fenômenos semelhantes.
Barreiras não foram capazaes de deter ondas com cerca de 10 metros de altura
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20 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: a importância ofuscada da visita, manchetes da Líbia e do Japão, sites dos principais meios de comunicação do mundo
Lamentavelmente, a importante visita do presidente Barack Obama para o Brasil e outros países da América do Sul acabou ficando ofuscada pelos graves acontecimentos no resto do mundo. Os problemas da Líbia e do Japão ocupam as principais manchetes dos sites dos mais importantes meios de comunicação do mundo, como Times e o Financial Times de Londres, The New York Times e The Wall Street Journal, de Nova Iorque, ou Washington Post, da capital dos Estados Unidos, sendo que este último nem menciona a visita na sua página principal. Os asiáticos fazem pequenas referências para estes assuntos que não são de seu interesse, mesmo quando outros problemas mais agudos não estejam em pauta.
Os principais países liderados pelos Estados Unidos, como importantes da Europa, o Reino Unido e a França, se posicionaram contra Kadaffi da Líbia, que continua bombardeando seus inimigos locais, apesar de ter anunciado um cessar fogo, em que ninguém acreditava. Os graves problemas japoneses, com a tentativa de evitar o aquecimento exagerado das suas usinas atômicas de Fukushima, com alguns alimentos já levemente contaminados pela radioatividade são assuntos que preocupam, com razão, todo o mundo. Neste contexto, fica extremamente difícil destacar a viagem, onde muitos assuntos são de interesse bilateral.
A presidente Dilma Rousseff e Barack Obama em Brasília
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18 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: avaliações mais isentas, problemas graves e temporários, proporções mais seguras, reconhecimento do forte caráter do povo japonês
Passando os momentos mais agudos da crise que afeta os japoneses, que já completou sete dias desde o seu início, é possível efetuar um balanço que procura ser o mais ponderado possível. Alguns veículos da imprensa que têm a tendência para destacar os aspectos mais cruciais que estimulam suas audiências, lamentavelmente, também podem ser induzidos por lobbies poderosos e internacionais, como os relacionados com o petróleo, as finanças e até interessados nas concorrências das usinas atômicas, que são custosas e estavam numa fase de sensível ampliação em todo o mundo. Isto pode exacerbar as críticas, como ignorar as limitações das próprias autoridades japonesas.
Mesmo salvar uma simples vida é de crucial importância como até ressaltou SM o Imperador Akihito do Japão no seu pronunciamento inédito pela televisão. Assim, temos que ser respeitosos com mais de 6.500 passamentos e mais de 10.000 ainda desaparecidos, aos quais houve uma homenagem com um minuto de silêncio em todo o Japão no horário que completou sete dias de uma das mais terríveis catástrofes por que passou aquele povo depois da Segunda Guerra Mundial, abalando até o universo dos seres humanos, que está solidário com o povo japonês.
Imperador Akihito durante pronunciamento oficial sobre a tragédia japonesa
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18 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: Imprensa japonesa, jornais e revistas internacionais, NHK, pequenos sites | 2 Comentários »
Diante de problemas tão gigantescos, decorrentes basicamente de acidentes naturais, a imprensa japonesa procura colaborar no sentido de aglutinar o povo japonês, evitando os pânicos. O instrumento principal de comunicação é a NHK, televisão oficial do Japão, que tem a finalidade de ajudar na defesa civil. Todos os jornais, até os que costumam serem críticos com relação ao governo, e as grandes empresas concordam que a prioridade é a assistência às vitimas dos terremotos e tsunamis, mas nos seus editoriais já manifestam críticas às autoridades, principalmente aos responsáveis pelas usinas nucleares de Fukushima.
Na imprensa internacional, há um reconhecimento da magnitude do desastre e o comportamento paciente do povo japonês, mas abundam as críticas às autoridades japonesas e aos responsáveis pelas usinas atômicas que enfrentam as dificuldades que entendem ser da magnitude do terremoto e do tsunami. Noticiam que advertências sobre problemas nas usinas foram alertadas no passado, sem que elas fossem admitidas e medidas de correção tenham sido tomadas preventivamente. Há que se considerar que críticas posteriores aos desastres são fáceis de serem efetuadas, mas ainda faltam sugestões concretas das formas possíveis de se superar as dificuldades. Muitas críticas estão sendo formuladas sobre as formas pelas quais os responsáveis lidam com os problemas, mesmo admitindo que sacrifícios heróicos estejam sendo feitos por um grupo de funcionários.
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17 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: Dilma Roussef chocada com o que aconteceu no Japão, entrevista no Valor Econômico | 2 Comentários »
A Presidente Dilma Rousseff deu uma longa entrevista para Claudia Safatle, do Valor Econômico, referindo-se também ao terremoto e tsunami no Japão, cuja íntegra publicamos a seguir.
Dilma vai adotar regime de concessão para aeroportos
Valor, 17 de Março de 2011
Feito por: Claudia Safatle
A presidente Dilma Rousseff anunciou que vai abrir os aeroportos do país ao regime de concessões para exploração do setor privado. Disse, também, que é preciso acabar com o incentivo fiscal dado por vários Estados que reduziram para apenas 3% a alíquota do ICMS para bens importados que chegam ao país por seus portos. "Estão entrando no Brasil produtos importados com o ICMS lá embaixo. É uma guerra fiscal que detona toda a cadeia produtiva daquele setor", comentou a presidente, citando proposta de projeto de lei que já se encontra no Senado para acabar com essa distorção.
"Temos que apostar que o pré-sal é um passaporte para o futuro. Não vamos explorar para usar, mas para exportar. Queremos nossa matriz energética limpa e queremos, também, ter ganhos na cadeia industrial do petróleo", disse a presidente Dilma Rousseff ao Valor, na primeira entrevista exclusiva concedida a um jornal brasileiro.
Dilma já definiu as propostas que enviará ao Congresso ainda neste semestre: a criação do Programa Nacional de Ensino Técnico (Pronatec) e do Programa de Erradicação da Pobreza, além de medidas específicas que alteram alguns tributos (e não uma proposta de reforma tributária). Ela admitiu, também, concluir a regulamentação da reforma da previdência do servidor público, com a aprovação da proposta que institui os fundos de pensão complementar. "Mas não vamos tirar direitos do trabalhador, não", assegurou.
Em entrevista ao Valor, a primeira concedida a um jornal brasileiro, a presidente adiantou: "Agora nós estamos nos preparando para fazer uma forte intervenção nos aeroportos. Vamos fazer concessões, aceitar investimentos da iniciativa privada que sejam adequados aos planos de expansão necessários. Não temos preconceito contra nenhuma forma de expansão do investimento nessa área, como não tivemos nas rodovias." Até o fim do mês ela deve enviar ao Congresso a medida provisória que cria a Secretaria de Aviação Civil com status de ministério, que agregará a Anac, a Infraero e toda a estrutura para fazer a política de aviação.
Diante da falta de mão de obra tecnicamente qualificada para atender à demanda de uma economia que cresce, o governo está concluindo o desenho do Pronatec, programa de pretende garantir que o ensino médio tenha um componente complementar profissionalizante. Promessa de campanha, o projeto de erradicação da pobreza terá como meta retirar o máximo possível dos 19 milhões de brasileiros da situação de miséria que ainda se encontram.
Desta vez, porém, o programa virá acompanhado de portas de saída, disse. A erradicação da pobreza usará o instrumental reformulado do Bolsa Família e terá tanto no Pronatec, quanto nos mecanismos do microcrédito e de novos incentivo à agricultura familiar, as portas de saída da mera assistência social. "Estamos passando as tropas em revista e mudando muita coisa", comentou a presidente. Nada disso, porém, prescinde do crescimento da economia. A seguir, a entrevista:
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16 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: ajuda dos brasileiros na defesa civil, evitando o pânico, resignação e comportamento sereno dos japoneses
Todos estão conscientes da gravidade dos problemas enfrentados pelos japoneses, notadamente no seu litoral do nordeste do Japão, e as consequências dos terremotos e tsunamis que continuam se repetindo em diversas localidades. Um dos casos que vem sendo destacado pelo Itamaraty e pela imprensa brasileira é o caso do empresário brasileiro Walter Saito que fez uma doação importante de arroz e deslocou-se como voluntário de Saitama, onde trabalha, para Sendai e Fukushima, a pedido do Consulado do Brasil.
Ele, com autorização especial para uso de combustível e uso de uma rodovia interditada, utilizada somente para socorros, conseguiu transportar 19 dos cerca de 30 brasileiros residentes na região de Fukushima para Saitama, onde possui apartamentos cujos aluguéis possivelmente serão pagos pelo Itamaraty. Utilizou um ônibus e um caminhão para desempenhar a tarefa. Ele se deslocou de uma região de menor contaminação radioativa para uma maior, e não conseguiu recolher todos, pois está havendo dificuldades de transporte em decorrência do racionamento de combustível, tráfego e outras limitações, e nem todos os brasileiros conseguiram chegar a tempo no lugar de concentração. Há também pessoas que se recusam a evacuar, principalmente se fora dos limites de 30 quilômetros dos locais dos vazamentos das usinas, pois a população se mantém calma.
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15 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: dados para melhor interpretação cuidadosa, medidas para evitar pânicos, seleção de notícias confirmadas
Todos os japoneses estão conscientes que tudo deve ser feito para reduzir as possibilidades de pânico quando a população está psicologicamente abalada com as dificuldades por que estão passando. Muitas recomendações das autoridades estão sendo disciplinadamente obedecidas por uma população que desenvolveu uma cultura de uma vida num arquipélago limitado, sem grandes recursos naturais, e sujeito a constantes acidentes naturais. Todos devem ter observado que as terríveis cenas do tsunami divulgadas, que se seguiram ao terremoto recorde de 9,0 graus na escala Richter se referem aos danos materiais, visando evitar qualquer pânico. Para isto contaram com todos os meios de comunicação.
Os analistas japoneses procuram não expressar suas opiniões nas entrevistas, deixando para as autoridades as divulgações que se baseiam nos dados confirmados. Isto ajuda a evitar a propagação de boatos, pois visões parciais podem distorcer a realidade global do desastre. As informações estão sendo prestadas, com frequência e regularidade, pelas autoridades mais elevadas, do primeiro-ministro ao chefe da Casa Civil, baseadas nos dados fornecidos pelos técnicos. Não se trata de censura, mas a tentativa de evitar impressões que podem estar baseadas em dados que tenham aspectos que visam atrair somente a audiência.
Toda a mídia japonesa procura não explorar a desgraça, e as poucas entrevistas são devidamente selecionadas com todo o cuidado. Os estrangeiros é que não estão envolvidos com o clima vigente, concedendo algumas vezes entrevistas, com suas visões parciais, nem sempre conscientes da longa cultura deste arquipélago.
Explicações exaustivas sobre aspectos técnicos sobre os graves problemas das usinas atômicas de Fukushima continuam sendo prestados por especialistas. As explosões registradas foram devidas ao superaquecimento dos reatores, que registraram defeitos no seu sistema de fornecimento de águas em situação de emergência, diante dos dados provocados pelo tsunami. O aumento do hidrogênio junto com o aquecimento acabou provocando as explosões, com as usinas já desligadas, mas os materiais nucleares utilizados necessitam continuar desaquecidas com águas. Houve até partes das usinas que derreteram.
As radiações aumentaram até limites inaceitáveis, pelos materiais liberados que estavam em contato com os nucleares, inclusive por tentativas de desaquecimento e não por explosões destes como foi o caso de Chernobyl. E estão se espalhando pelas nuvens tendo chegado até Tóquio, em níveis bem baixos.
Continua havendo terremotos, como o que atingiu hoje pela manhã a região de Shizuoka, onde fica a cidade de Hamamatsu, a maior concentração de brasileiros residentes no Japão, entre Tóquio e Nagoya. Este sismo chegou a 6,4 graus na escala Richter, provocando feridos, segundo a NHK. Não há risco de tsunami, pois ocorreu em terra, a baixa profundidade, o que pode provocar mais danos.
As autoridades informam que o nível de radiação nas usinas de Fukushima já baixou um pouco, mas todos os cuidados continuam sendo desenvolvidos, até porque a liberação dos seus efeitos deletérios não foi desprezível.
Há preocupações de analistas do exterior sobre o impacto econômico da atual crise. Não há dúvidas que a curto prazo haverá dificuldades, como os que estão ocorrendo com o abastecimento. Os estudos sérios existentes, como os baseados no terremoto de Kobe, bem como do tufão Katrina e muitos outros desastres naturais, mostram que seu efeito acaba sendo insignificante. Os investimentos efetuados na reconstrução, com a mobilização de toda a população junto com as autoridades acabam estimulando a economia, compensando as dificuldades temporárias.
Quanto ao aspecto relacionado ao elevado endividamento público japonês, é preciso atentar que todo ele está financiado internamente, e os poupadores japoneses estão acostumados com aplicações de longo prazo a juros extremamente baixos. O custo da dívida acaba sendo baixo, e as autoridades monetárias estão tomando medidas para facilitar a expansão do crédito.
Os japoneses são coletivistas, e diante de dificuldades como as presentes, costumam se engajar numa reconstrução nacional, como houve depois dos bombardeios atômicos, crise do petróleo e muitos desastres naturais que sofreram.