25 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: China já se prepara, Copa do Mundo, prestígio do futebol | 2 Comentários »
O jornal chinês China Daily anuncia a decisão que o país começa a preparar a sua equipe de futebol para se tornar competitiva na próxima Copa do Mundo no Brasil. Chama atenção para o sucesso obtido pelos seus atletas nas duas últimas Olimpíadas em modalidades em que não se destacavam, em função da política oficial conseguiram resultados expressivos, e afirma que seus esportistas podem atingir um nível competitivo. Reconhece que o evento futebolístico mundial tem a mesma importância política dos Jogos Olímpicos, na dinâmica mundial de integração com o mundo, verificando a mobilização que provoca em quase todos os países, com o intenso uso da comunicação. Os chineses não foram classificados nas eliminatórias para a Copa deste ano.
Para atingir o objetivo, já estabeleceram um programa que começa imediatamente com a contração de técnicos de diversas origens, mas os jogadores serão os chineses, possivelmente organizando equipes por regiões, como foi feito no JLeague japonês no futebol profissional, que alcançou sucesso num país onde o beisebol e o sumô são considerados os esportes mais populares.
Jogador da seleção chinesa disputa a bola com o Jô, em jogo pelas Olimpíadas de 2008, vencido pelo Brasil
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21 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: APEC, atômica, bioenergia, carvão mineral, energia limpa
O importante bloco dos países da APEC – Associação dos Países da Bacia do Pacífico, que representam 60% dos consumidores de energia do mundo, se manifestaram a favor da produção de energia limpa. Estiveram reunidos em Fukui por três dias, no Japão, em nível ministerial dos responsáveis por energia, e decidiram que, apesar de continuarem dependendo do petróleo, vão desenvolver o uso da energia atômica, e outras energias limpas, ainda que elas sejam mais caras.
Preocupados com a atual elevada emissão de carbono, estes países que continuarão a se desenvolver economicamente, comprometem-se a estimular o uso destas energias limpas, inclusive proveniente de carvão mineral, com maior eficiência e de forma não poluente, como noticiou o jornal econômico japonês Nikkei.
Ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão Masayuki Naoshima e o director executivo da APEC Muhamad Noor
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20 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: consequências., flexibilização cambial, preços básicos na economia
A imprensa em todo o mundo apresenta a manchete que a China dá os primeiros indícios concretos que está se preparando a atender a demanda externa para o reajustamento do seu câmbio, para permitir um melhor equilíbrio na economia mundial. Com o Yuan atual, muito desvalorizado pela interferência das autoridades chinesas, suas exportações ficam altamente competitivas, enquanto suas importações são dificultadas, gerando um superávit comercial que prejudica o resto do mundo. No fundo, o Yuan estava vinculado ao dólar norte-americano que está se desvalorizando, pois o mundo procura segurança aplicando nos Estados Unidos, ainda que sua economia esteja com dificuldades, pois todos acham que um calote daquele país é improvável.
Quando as autoridades chinesas estabelecem faixas mais amplas em que o seu câmbio poderá flutuar, tudo indica que haverá maior tendência para a sua valorização, pois muitas empresas estrangeiras continuam a ampliar seus investimentos naquele país, como vem acontecendo no Brasil.
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19 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: extremo norte, minérios que não resultam em desenvolvimento, pequeno Estado | 2 Comentários »
O Estado do Amapá é o menor da Amazônia, tendo 140 mil quilômetros quadrados, considerando-se que somente pequeno percentual de suas florestas foi desmatado. Infelizmente, é um dos exemplos que exigem maior consciência que seus recursos naturais precisam ser aproveitados de forma sustentável, beneficiando a pequena população local, e não beneficiando somente alguns empresários. Faz fronteira com a Guiana Francesa, que continua sendo um mero território francês pouco organizado, onde se refugiam os garimpeiros, por falta de uma regulamentação e fiscalização. E numa pequena faixa de fronteira com o Suriname.
Localizou-se uma boa reserva de manganês na Serra dos Navios, permitindo a construção de uma ferrovia até o porto de embarque. A sua intensa exploração por um grupo brasileiro esgotou-a rapidamente, pouco deixando de benefícios regionais.
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18 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: objetivos, plano de médio e longo prazo
O novo governo japonês comandado pelo primeiro-ministro Naoto Kan, que conta com o apoio da maioria dos eleitores japoneses até o momento, procura tomar medidas drásticas para resolver os seus problemas de médio e longo prazo. Lançou nesta sexta-feira um plano para superar a sua estagnação, que vem acompanhada por uma deflação e aumento assustador do endividamento público.
O plano procura um crescimento mínimo de 2% real na próxima década, nominalmente com 3%, o que significa que haveria uma inflação de cerca de 1% anual. O grande problema do endividamento público seria resolvido por uma drástica reforma fiscal, que vai reduzir os atuais 40% de impostos sobre as empresas para 25%. Para compensar, os impostos sobre as vendas seriam elevados para 10%, procurando aumentar a capacidade de investimentos.
Primeiro-ministro Naoto Kan, à esquerda
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6 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: de Istambul, demonstrações, noticiário
Estando em Istambul, é impossível ficar indiferente à crise que se desenvolve no mundo, relacionada ao bloqueio provocado por Israel ao acesso à Faixa de Gaza. Esta cidade, que parece muito com as grandes metrópoles brasileiras como São Paulo ou Rio de Janeiro, fica na fronteira da Europa com a Ásia, e foi de onde partiram os navios que tentaram romper o bloqueio de Israel ao acesso à Faixa de Gaza, pelo Mediterrâneo.
Taksim Place e cena noturna do famoso e agitado bairro de Taksim
Logo na chegada à cidade, passamos por uma demonstração com uma profusão de bandeiras turcas, na praça principal que fica em Taksim. É preciso lembrar que entrem os que foram mortos naqueles navios, que ainda estavam em águas territoriais internacionacionais, eram turcos. É impossível ficar indiferente a esta tragédia que está provocando uma indignação mundial. Os noticiários locais e internacionais invadem o cotidiano da população local, predominantemente de muçulmanos, mas que conta com uma forte influência europeia. Atingem também os muitos turistas estrangeiros que visitam a cidade, provenientes de todas as partes do mundo.
A Turquia, onde se respira as influências de diversas civilizações que por aqui passaram, é predominantemente de muçulmanos, apesar dos esforços para a ocidentalização, que significa o aumento da cultura europeia. As bandeiras turcas, representando o nacionalismo deixado pelo Império Otomano, tremulam por toda a parte, e as expressões das publicidades em outras línguas é mínima. Tudo é expresso em turco, mesmo os nomes das localidades, apresentando algumas dificuldades para os estrangeiros.
Para os brasileiros, que receberam muitos imigrantes turcos, quando o Império Otomano ainda tinha o domínio da Síria e do Líbano, muitas lojas aparentam os que se encontram no Brasil, desde o Acre até o Rio Grande do Sul, passando por Manaus, São Paulo ou Rio de Janeiro. Aparentam a região da 25 de Março, com seu comércio intenso e tráfego pesado. A influência dos “mascates” turcos no Brasil, pois todos os imigrantes árabes vieram com passaporte turco, foi descrito até por Jorge Amado, com seu personagem “Nassif”.
É natural que haja uma solidariedade com os palestinos. As diversas ONGs internacionais que participaram da tentativa de rompimento do bloqueio vieram de todo o mundo, e tudo aparenta que deixará consequências, pois as reações são profundas, rejeitando bloqueios desta natureza.
Mesmo que todos os países contem com radicais, tudo indica que uma negociação no âmbito da ONU terá condições para mudar o “status quo”, resultando num novo relacionamento, como desejado também por muitos israelenses, apesar do discurso do governo. O sacrifício destes turcos parece ter galvanizado o mundo.
4 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: combate à burocracia, mudança do governo, Naoto Kan, redução do déficit | 2 Comentários »
Após a queda do último governo japonês, foi eleito o presidente do DPJ – Partido Democrata do Japão, que se torna automaticamente primeiro-ministro, o ex-vice-primeiro-ministro Naoto Kan, com a esperança de algumas orientações novas, que devem ser limitadas.
Naoto Kan difere um pouco dos tradicionais líderes que vêm se destacando, pois não é de uma família tradicional de políticos que passam de gerações para gerações, e é formado em tecnologia. Mas tentará uma coalizão com novos pequenos partidos que se formaram, além de manter a que já vinha sustentando com o SDP – Partido Social Democrata. Ele foi sempre combatente do poder da burocracia pública japonesa, e seu maior desafio será a redução do déficit público, que é o mais elevado do mundo, chegando a 200% do PIB japonês. Portanto, bem superior aos dos países europeus em crise como a Grécia.
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2 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: criador do Butoh, influências no mundo, passamento de Kazuo Ohno
O mundo ficou mais pobre. O artista japonês Kazuo Ohno, criador do Butoh, que esteve no Brasil diversas vezes, faleceu. Ele inovou a dança, dando uma nova dimensão para toda a capacidade de expressão corporal. Apesar de sua idade, foi um criador que deixa muitos seguidores. Quem não se lembra de “Hanami, Cerejeiras em Flor”, onde uma personagem se expressa pelo Butoh? Os jornais repercutem em profusão, com expressões de profundo respeito e admiração, de respeitáveis personalidades, sobre o monumental trabalho deste artista. Muito trabalho, com exercícios que permitiam o seu corpo, e de seus seguidores, expressar os mais fortes sentimentos humanos.
Inovador, mas poderia ser considerado um clássico. Uma síntese de anos de observação do que a dança tinha de melhor. Gestos que pareciam econômicos, mas certamente muito estudados, que se tornavam como automáticos, incorporados no seu porte físico. Pantomimas incorporadas do Kabuki, atitudes do Noh, com novas leituras, algumas vezes chocantes aos que não eram do ramo. Mas que transmitiam até para os que não eram frequentadores de espetáculos de dança.
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1 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: agressividade chinesa, investimentos estrangeiros, privados e estatais
São frequentes as notícias sobre investimentos chineses no Brasil, notadamente voltadas a assegurar os seus abastecimentos, com base nos recursos naturais. Na sua coluna semanal, o professor Delfim Netto, no jornal Valor Econômico, registra as diferenças quando são privadas e benvindas com as cautelas que precisam ser tomadas quando se tratam de estatais.
Na China atual, confunde-se o que é privado, e que recebe forte suporte governamental, com o que é estatal. A presença dos chineses, interessados em recursos fundiários e minerais, apresenta algumas potenciais dificuldades de controle das autoridades brasileiras, pois estão totalmente voltadas ao seu abastecimento. Nem sempre obedecem aos mecanismos de mercado internacional, pois os preços de exportação podem estar vinculados aos interesses chineses, que podem diferir dos brasileiros.
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31 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: beneficiando a periferia, mais que as economias centrais, recuperação econômica
Um interessante fenômeno está ocorrendo na economia mundial. Diversos dados estatísticos disponíveis, das mais variadas fontes, informam que as economias periféricas, como os principais países do Asean, apresentam recuperações rápidas, que dificilmente continuarão sendo mantidas pelo resto do ano.
O Brasil também vem apresentando estimativas que impressionam, na medida em que indicam crescimentos comparáveis com a Índia e a China. Mas é preciso entender que estas duas economias somente reduziram o crescimento durante a crise mais aguda e continuam crescendo vigorosamente, exigindo medidas para a sua moderação, de forma a não fomentar suas inflações. Enquanto outras tiveram sensíveis decréscimos.
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