Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Zonas Estratégicas Especiais no Japão

5 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: criação de estímulos especiais, mecanismos para aceleração do desenvolvimento, o caso brasileiro, zonas estratégicas especiais no Japão

O jornal econômico japonês Nikkei, com base nas informações da agência noticiosa Kyodo, informa que o gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe aprovou o projeto de lei para a criação das Zonas Estratégicas Especiais, com uma desregulamentação exclusiva, como uma peça central para promover o crescimento da economia japonesa. Espera-se que no início do próximo ano o governo consiga instalar 3 a 5 destas zonas, destinadas a investimentos domésticos como do exterior, através de incentivos fiscais e desregulamentações.

Como a Dieta japonesa, o poder Legislativo Nacional, estará em sessão extraordinária a partir de 6 dezembro e o governo conta com a maioria na Câmara Alta como Baixa, espera-se a sua aprovação com a urgência necessária, pois estas Zonas precisam das regulamentações para o desenvolvimento urbano bem como de empresas voltadas para o desenvolvimento rural. O setor privado poderá operar escolas públicas, e os hospitais poderão ampliar os seus leitos, utilizando também médicos e enfermeiros não japoneses, como no Brasil.

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Shinzo Abe e outros ministros japoneses                         Sede da Dieta do Japão

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O Nikkei Informa Sobre Auxiliares Diretos de Xi Jinping

5 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: além da seleção pelo mérito do Partido Comunista, auxiliares diretos de Xi Jinping, informações do Nikkei

Mesmo num país que tem um governo organizado como a China, com longa tradição do uso da meritocracia na sua cúpula governamental, existem relacionamentos pessoais consolidados por longos convívios que permitem que um presidente como Xi Jinping, 60 anos, escolha alguns dos seus auxiliares mais influentes. Já está sendo muito divulgado que Liu He, 61 anos, que exerce o papel fundamental da reforma política que deverá ser decidida nos próximos dias, foi um colega de Xi Jinping na prestigiada Beijing 101 Middle School, para onde altos funcionários e militares chineses enviavam seus filhos. Como em muitos países da Ásia, estes relacionamentos pessoais são relevantes, permitindo a formação de um grupo que não é exclusivo, mas que resultam em importantes meios de estabelecimento da confiança, fundamental em qualquer governo.

É preciso esclarecer que a China, mesmo no seu período Imperial, contava com um grupo dos chamados mandarins, treinados e selecionados para executar os trabalhos mais importantes de governo do país. A meritocracia sempre foi utilizada, permitindo que os mais capazes ascendessem na hierarquia governamental. Ainda assim, sempre existiram grupos importantes na China, como os que foram forjados em Xangai, antes mesmo do regime comunista, que continuaram importantes no país como no exterior.

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Presidente Xi Jinping seguido do primeiro-mnistro Li Keqiang

Entre os atuais outros seis membros do Comitê Permanente do Politburo chinês, figura Wang Qishan, 65 anos, que é considerado o mais próximo de Xi Jinping. Ele foi secretário da poderosa Comissão Central de Inspeção Disciplinar, que tem grande influência sobre os altos funcionários do governo chinês. Ele desempenha um papel importante no combate à corrupção que vem sendo desenvolvido pelo presidente Xi Jinping.

Wang Qishan estava na região onde Xi Jinping foi enviado, com 15 anos, para o campo em decorrência da Revolução Cultural, e desde a época vem sendo um dos seus conselheiros. Ele casou-se com uma namorada que era considerada “princesa”, denominação que na Ásia significa num posicionamento promissor para ascensão social, tornando-se também um “príncipe”.

Outro velho amigo de Xi Jinping é Li Zhanshu, 63 anos, que é atualmente osecretário Geral do Partido, que cuida dos aspectos administrativos do dia a dia. Quando Xi estava em Hebei durante 20 anos, Li estava na vizinhança. Xi já o promoveu a membro do Politburo.

São algumas evidências que Xi Jinping utiliza alguns amigos de confiança de longa data, tanto para o combate à corrupção como às reformas que está promovendo, além da estrutura do Partido Comunista Chinês.


Compreensível Indignação Com os Economistas

5 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do Bloomberg reproduzido no The Japan Times, comparações com ciências exatas, indicação dos Prêmios Nobel de Economia, os problemas das ciências sociais | 2 Comentários »

Um artigo de Caroline Baum, originalmente da Bloomberg, publicado no The Japan Times, mostra sua compreensível indignação com os economistas que teimam em considerar os seus conhecimentos como uma ciência, citando especificamente o professor Raj Chetty, da Universidade de Harvard. Apesar dos muitos erros de previsão dos economistas, utilizando como gancho as notícias dos selecionados neste ano para o Prêmio Nobel, cada vez menos destacados. Deve-se esclarecer que a Economia não fazia parte original desta prestigiada premiação sueca, tendo sido acrescentada posteriormente com o suporte do Banco Central daquele país. Muitos entendem que a economia, por não ter as precisões científicas das ciências exatas, deveria ser encarada mais como uma arte, notadamente quando se refere aos efeitos das políticas econômicas. Uma comparação feita no artigo com a Física, mencionando Isaac Newton, não parece adequada, mas poderia ser feita com outras ciências sociais, como a Sociologia, a Antropologia ou a Ciência Política.

Sempre que existe a participação dos seres humanos, que pensam e reagem muitas vezes de forma emocional e não racional, os problemas em discussão tendem a se tornarem mais complexos, principalmente quando utilizados para projeções. Envolvem uma elevada quantidade de influências que não podem ser simplificadas, como num modelo econométrico que reúne probabilidades, mesmo empregando os melhores conhecimentos disponíveis com as metodologias corretas, considerando as hipóteses que foram formuladas que nem sempre ficam explícitas.

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Sede do  Banco Central dos Estados Unidos

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O Painel Intergovernamental Sobre Mudança Climática

4 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo publicado no The Japan Times com origem na AP, mudanças climáticas, tragédia anunciada | 2 Comentários »

Este Painel Intergovernamental Sobre Mudança Climática, que é promovido com o patrocínio das Nações Unidas, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Vem alertando o mundo sobre as consequências desastrosas do aquecimento global, com base nos estudos efetuados pelos cientistas, mostrando que será inevitável o aumento da fome, da pobreza, das enchentes, das ondas de calor, das secas, das guerras e de doenças. É toda uma tragédia humana anunciada, mas que não consegue comover os políticos para a tomada de atitudes drásticas para reverter à situação. Todos os meios de comunicação social estão divulgando o que já vem ocorrendo e o que poderá continuar a piorar nos próximos anos, mas parece que os dirigentes mundiais gostam de se aproximar dos desastres, tendo outras prioridades.

O The Japan Times publica um artigo com base na notícia distribuída pela AP, informando que obtiveram uma cópia do relatório que está sendo apresentado novamente. O cientista de clima Chris Field, da Carnegie Institution, afirma que já vimos muitas de suas consequências e vamos ver muito mais no futuro. Afirma que os centros urbanos onde vive a maioria da população mundial são mais vulneráveis. Ao longo do século, os impactos serão tanto que o crescimento econômico ficará abrandado, gerando a insegurança alimentar. As regiões mais pobres serão mais afetadas aumentando a desigualdade com os países de alta renda per capita.

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Enchentes em centros urbanos em degelo nos polos em decorrência do aquecimento global

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Mudanças Preparadas na China

4 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: 9 a 12 de novembro em Pequim, considerações do The Economist, grandes expectativas, Valor Econômico

Como o presidente chinês Xi Jinpíng e o seu primeiro-ministro Li Keqiang estão anunciando, a partir de 9 de novembro próximo a cúpula da China estará reunida em Pequim para decidir sobre as reformas mais importantes naquele país desde quando Deng Xiaping resolveu disseminar os mecanismos de mercado. Ainda que chamem o sistema de socialista, de fato ele passou a ser capitalista, mesmo com a presença marcante do Estado e o sistema fortemente autoritário do ponto de vista político. Agora, com a passagem do crescimento da economia chinesa para um novo patamar, deixando as altas taxas de dois dígitos, necessita passar por reformas profundas para depender mais fortemente do mercado interno. O papel das estatais e do meio rural, além do sistema de assistência social para a população que vem elevando a sua idade média, figuram entre os tópicos considerados mais relevantes para serem decididos.

Uma cuidadosa preparação foi efetuada, tanto com os melhores profissionais de planejamento com que conta a China como do ponto de vista político para reduzir as resistências naturais. O poder que foi atribuído para as autoridades locais como para as estatais, além do arraigado mecanismo que permitiu grandes corrupções ao lado de um sistema financeiro paralelo ao bancário oficial, terá que ser abalado, ainda que todas as reformas demandem um longo prazo. As diretrizes do que deverá ocorrer na China nas próximas décadas serão fixadas, e aquele país vem provando que é capaz de executar os grandes planos que elaboraram, ainda que sofram naturais resistências.

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Xi Jiping e Li Keqiang

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O The Economist elaborou seu artigo principal tratando do assunto, além de publicar um artigo sobre a reforma agrária que poderá modificar profundamente a China, procurando reequilibrar o tratamento que vem beneficiando a população urbana com grandes desvantagens para a rural. As terras rurais vieram sendo desapropriadas para expansão das atividades industriais, de serviços e habitacionais urbanas, sem beneficiar as populações rurais que ficaram marginalizadas.

O Valor Econômico refere-se ao assunto, publicando também que o vice-presidente brasileiro Michel Temer está nesta semana em Cantão para cuidar das relações bilaterais, encontrando-se com o vice-primeiro-ministro chinês Wang Yang, tanto na abertura do IV Conferência Ministerial do Fórum de Macau, que reúne os países da Comunidade de Língua Portuguesa que também era lá utilizada antes de sua definitiva incorporação na China. Também estará na reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, quando o Brasil está intensificando suas relações com aquele país com diversos projetos importantes.

Na pauta, assuntos relacionados com a carne, a atuação da Embraer e a instalação da agência do Banco do Brasil em Xangai, tendo como pano de fundo a intensa participação chinesa na exploração do petróleo e gás no Brasil. A participação da China na exportação brasileira vem aumentando de forma significativa, aproximando-se dos 50%.

Discute-se o Plano Decenal de Cooperação Brasil-China, para o período 2012 a 2021, que tende a consolidar aquele país como o principal parceiro do Brasil em todo o mundo. Se existe algo que os brasileiros precisam aprender com os chineses é esta capacidade de pensar nas parcerias de longo prazo.


Preocupante Comportamento da Conta de Turismo

2 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: Preocupante Comportamento da Conta Turismo

Se existe um evidente aspecto da economia brasileira que exige uma mudança de atitude do governo brasileiro, um deles é o alarmante déficit da conta de turismo. No passado, o turismo internacional poderia ser estimulado para os brasileiros como mecanismo para constatar as oportunidades de exportação de produtos brasileiros para muitos mercados no exterior. Atualmente, o grosso do turismo de brasileiros não é de empresários que se dirigem para o exterior para prospectar mercados, mas de simples brasileiros que vão utilizar as preciosas divisas no exterior, para aumentar a importação de muitos produtos sem o devido pagamento das tarifas alfandegárias, Basta verificar o que está acontecendo na Flórida, nos Estados Unidos, ou em cidades como Nova Iorque onde os turistas brasileiros figuram entre os que mais adquirem produtos em suas lojas.

Muitos argumentam que os custos de uma viagem ao exterior são compensados pelas diferenças dos preços de muitos produtos com os que estão sendo praticados no Brasil, principalmente com a elevada carga tributária. Alegam que enxovais de bebês ou de casamentos são adquiridos no exterior, bem como havendo outras compras de produtos que poderiam ser feitos no Brasil, aumentando o emprego dos brasileiros e melhorando a sua renda. O câmbio, parcialmente corrigido, ainda não é suficiente para elevar os custos das viagens ao exterior, havendo necessidade de pensar-se não somente no impacto inflacionário com as importações efetuadas.

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Algumas Características que Começam a Ser Diferenciadas

2 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: diferença de política monetária com a norte-americana, diversos artigos, pragmatismo com uma situação ainda não definida totalmente

Muitas diferenças da política japonesa começam a ser destacadas em artigos publicados em jornais internacionais. No Financial Times, por exemplo, Ben McLannahan observa que, mesmo com os Estados Unidos cogitando o término da política do easing monetary policy, o Bank of Japan mostra-se disposto a continuar com as facilidades monetárias para consolidar a chamada Abeconomics, visando a recuperação da economia japonesa. Os resultados até agora conseguidos são ainda preliminares, dando uma boa indicação, mas muitos trabalhos mais profundos precisam ser efetuados, para consolidar a volta ao seu crescimento, com uma inflação tolerável de 2% ao ano como alvo.

O fato concreto é que a economia mundial ainda está com uma recuperação modesta, não facilitando o crescimento das exportações japonesas, mesmo com a desvalorização cambial que já foi expressiva. Evidentemente, existe uma reação de alguns parceiros comerciais dos japoneses, pois todos estão também enfrentando problemas similares, ainda que as cifras sejam diferentes.

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Tentando Definir o Caráter dos Japoneses

2 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do Japan Times, considerações do australiano Gregory Clark, especialista em sociologia do japonês | 2 Comentários »

Segundo uma matéria divulgada no Japan Times, escrito por Casey Baseel, um estudioso dos japoneses por cinco décadas, com base num publicado no site chinês BW, haveria algumas características que definiriam o caráter dos nipônicos, que decorreria de sua história isolacionista num arquipélago. A primeira seria uma mentalidade que dá prioridade ao grupo em detrimento do indivíduo, que pode ser notado nas mais variadas circunstâncias, o que determinaria também uma hierarquia na sociedade japonesa. Ele observa também uma honestidade, que constatou quando esqueceu uma pasta numa linha de metrô. Ao comunicar a um policial, teria recebido a recomendação de aguardar a volta do trem, onde encontrou a mesma intacta.

Há que se considerar que o Japão também veio mudando recentemente, mas muitas destas características ainda são mantidas como regras. Ele destaca, ainda, o respeito pela ordem e pela limpeza, que é uma característica quando pública, pois nos lares dos jovens atuais observam-se desleixos nestes cuidados, até pela falta de tempo para tanto. Ele observa também que os japoneses preferem fazer as coisas manualmente, e escrever um bilhete seria considerado mais respeitoso que fazê-lo eletronicamente.

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The Economist Afirma Que Batista Mancha o Brasil

1 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: derrocada do grupo X de Eike Batista

O que impressiona a todos é a deficiência das avaliações dos investidores e financiadores, oficiais e privados que deveriam estar melhores aparelhados, considerando a derrocada do grupo X comandada por Eike Batista, que mereceu até um artigo no The Economist. Muitos sabiam que havia algo de muito estranho nas obtenções de licenças de exploração de variadas jazidas brasileiras por grupos privados, que decorriam de trabalhos preliminares com o emprego de recursos públicos, que vêm se repetindo há décadas. Eike Batista não era considerado nem mesmo por alguns dos seus familiares mais chegados pelo seu caráter pessoal e exuberância nas aparições públicas. A maioria dos seus empreendimentos só existia no papel. Ainda assim, criou-se um clima emocional com divulgações exageradas, que fizeram com que investidores e financiadores nacionais e estrangeiros, que deveriam contar com uma maior capacidade de avaliação, inclusive autoridades, tivessem um comportamento semelhante ao de manadas, explicitando que muitas decisões não são tão racionais e técnicas como aparentam, mostrando toda a fragilidade do sistema.

Muitos que ganharam nas especulações deveriam ser chamados nas suas responsabilidades por entidades que deveriam cuidar do mercado de valores como as bolsas. Se eles compraram quando ainda as cotações eram baixas e venderam nos seus picos, deveriam contar com informações privilegiadas. Os pequenos investidores gananciosos, responsáveis por assumir elevados riscos, acabam arcando com expressivos prejuízos. Mas o Brasil fica manchado pela fragilidade do seu

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Complexidades da Política Econômica na Prática

31 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: o caso da meta inflacionária no Brasil, o conjunto dos objetivos, os reajustamentos salariais no Japão

Dois artigos apresentados no Valor Econômico mostram as complexidades da política econômica que tem objetivos múltiplos, quando alguns instrumentos foram especializados para determinadas finalidades específicas. Um artigo de Eduardo Campos informa que o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, Luiz Awazu Pereira, estaria propondo, com base nos estudos efetuados por ele com Pierre Richard Agénor, da Universidade de Manchester, uma meta que se chamaria inflação integrada, incorporando explicitamente preocupações com a estabilidade financeira.

Outro artigo de Yoko Kubota e Maki Shiraiki, originário da Reuters, informa que o governo estimula as empresas a aumentarem os salários dos seus empregados, para que não haja uma redução do poder de compra, tanto com a inflação que estaria eliminando a deflação como com os aumentos dos impostos de vendas que passaram dos 5 para 8% no primeiro momento, tentando evitar que haja um acentuado crescimento da dívida pública com relação ao PIB daquele país. Ambas as preocupações indicam que os objetivos da política econômica são múltiplos e complexos, exigindo uma adequada coordenação de setores do governo, não resultando em resultados satisfatórios com segmentos do governo atuando com objetivos restritos ao seu setor, como seria o caso das autoridades monetárias.

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