Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Questões Relacionadas Com as Nações Unidas

25 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Assembleia Geral, Conselho de Segurança, demais organismos, reformas

Dentro do complexo sistema que procura organizar a governança mundial, sempre acaba acontecendo algo que nem sempre é de compreensão de todos. Sem a pretensão de esgotar o assunto, que só pode ser conseguida por pesquisas mais profundas sobre a extensa bibliografia que se dispõe sobre estas questões de políticas diplomáticas, vamos tentar esclarecer algumas que são mais comuns. Os assuntos relacionados com elas estão na pauta atual, e toda a mídia mundial publica uma série de matérias sobre os temas que estão em discussão na atual Assembleia Geral da ONU.

Entre os temas atuais mais cruciais encontra-se o ingresso da Palestina na ONU como membro com todos os direitos, sobre o que o Brasil manifestou-se com alguns outros membros do Conselho de Segurança, que é a entidade que pode decidir sobre os assuntos urgentes que afetam a paz mundial, presidida no momento pelos brasileiros. Contrapôs-se aos Estados Unidos que possuem o poder de veto, e alguns outros países que perfilam com os interesses do atual governo de Israel, ainda que não seja um consenso mesmo neste país, onde cerca da metade de sua população não é favorável a ocupação do território reivindicado pelos Palestinos com o apoio dos países árabes, e de conformidade com a decisão da ONU de 1967. O atual governo de Israel continua a construir colônias nesta área, contrariando decisões já aprovadas na ONU, alegando que elas são indispensáveis para a sua segurança.

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Brasileiros no Japão

23 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Ângelo Ishii, Conselho de Representantes Brasileiros no Exterior, sites de brasileiros, WebTown

Como é do conhecimento de muitos, brasileiros estão regularmente residindo no exterior em número apreciável e o maior contingente se encontra no Paraguai. Mas informações mais frequentes sobre eles são provenientes do Japão, dos Estados Unidos e da Europa, sendo que muitos dos que se encontram nas duas últimas regiões estão em situação irregular em relação aos vistos de trabalho.

No Japão, por uma legislação especial, os descendentes de japoneses possuem a possibilidade de um visto temporário de trabalho que vem se renovando. Mas sempre encontram algumas dificuldades burocráticas, principalmente para aqueles que não dominam a língua local e não absorveram totalmente a forma de vida naquele país, mantendo-se mais concentrados na vida da comunidade dos brasileiros. Alguns, como Ângelo Ishii, brasileiro que trabalha na Universidade de Musashi, destacam-se pelas preocupações relacionadas com esta comunidade.

Entrevista com Ângelo Ishii

 

O Itamaraty, Ministério de Relações Exteriores, tem um setor específico que se preocupa com estes brasileiros que, residente no exterior, ajudam o Brasil das mais variadas formas. Os recursos que enviam para os seus familiares são expressivos, auxiliam a promover algumas exportações de produtos brasileiros, disseminam parte da cultura brasileira no exterior. Mas, também, contam com alguns problemas do âmbito consular.

Para resolver algum destes problemas, com a ajuda e experiência destes brasileiros que vivem no exterior, criou-se o Conselho dos Representantes Brasileiros no Exterior, assunto que é abordado por Ângelo Ishii na entrevista a que pode ter acesso, que consta do WebTown, um site muito utilizado pelos brasileiros, que é mantido por alguns deles, que sempre traz informações interessantes que afetam diretamente estes brasileiros.


Desastres Naturais no Japão

22 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: defesa civil, desastres naturais no Japão, falecimento de brasileiros

Este site vem procurando evitar notícias desagradáveis sobre os desastres naturais no Japão, que pouco contribuem para a formação de um clima positivo no relacionamento da Ásia com a América do Sul. Mas, para ser realista, não se pode ignorar as dificuldades que todos enfrentam na Ásia, que tem sido atingida de forma impiedosa por estes desastres que são frequentes. Todos os veículos de comunicação social noticiam com intensidade os repetidos terremotos, inundações e os tufões que costumam atingir a região todos os anos nesta época, e que afetam a vida de cada um, não somente das vítimas e seus parentes.

Lamentavelmente, o atual tufão Roke atingiu o Japão de forma intensa, provocando dezenas de vítimas fatais, entre elas uma brasileira de nome Erica Inomatsa, de 34 anos. Além de muitos desaparecidos e centenas de feridos. Aos seus familiares, as palavras de consolo. Por que isto estaria acontecendo com maior intensidade?

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O Discurso de Dilma Rousseff na ONU

21 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Destaque, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: colocações fortes, discurso de abertura na ONU, fundamentadas, objetivas, propostas concretas

Um discurso de estadista. Dilma Rousseff, presidente do Brasil, como é da tradição da ONU, fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da organização. Um discurso forte, cheio de substância, que orgulha todos os brasileiros e as mulheres de todo o mundo, pois ela se colocou na posição de representante delas. Antecedeu o de Barack Obama, que ficou sem o brilho, ofuscado por esta grande figura que se lança como estadista para o cenário internacional, no palco mais qualificado de todo o mundo.

Abriu o discurso qualificando-se como uma voz feminina, representando mais da metade da humanidade, sem pretensão, mas com muito orgulho. Mostrou as credenciais de um país emergente que vem fazendo a sua lição de casa, com condições de contribuir para a solução da atual crise econômica. Colocou claramente que não se trata da disponibilidade de recursos econômicos, mas falta de recursos políticos e, algumas vezes, de clareza de ideias. Mostrou que o problema principal do mundo atual é o desemprego.

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A presidente Dilma Rousseff faz o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU,. Foto: AP

Expressou ser de um país emergente que está no pleno emprego, menos afetado pela atual crise, mas não imune. Que é preciso um novo tipo de cooperação entre desenvolvidos e emergentes. Que há uma crise econômica de governança e de coordenação política.

Que é possível utilizar os mercados internos dos diversos países para ajudar a resolver os problemas. Mas que há necessidade de reformas das instituições financeiras multilaterais e eliminar o protecionismo. Que é preciso combater as causas, havendo uma inter-relação entre desenvolvimento, paz e segurança. E que o Brasil já vem colaborando, podendo ampliar sua ajuda na segurança alimentar, tecnologia agrícola, energia limpa, combate à pobreza.

Que o Brasil é um país onde árabes e judeus vivem pacificamente, não se tolerando o emprego da força. Que medidas preventivas devem ser tomadas e não intervenções depois de ocorridos os conflitos.

Com uma lógica invejável, justificou a pretensão brasileira de um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, mostrando a tradição brasileira de soluções diplomáticas das controvérsias. Colocou-se a favor dos direitos humanos, condenando todos os preconceitos. Lamentou que a Palestina ainda não conquistasse o direito a um assento na ONU, que atenderia aos anseios de Israel por paz com seus vizinhos. Tratou dos assuntos de meio ambiente.

Afirmou que o Brasil descobriu que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Saudou a ONU Mulher, que terá Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, como secretária executiva.

E finalizou: “Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade”. Arrancou aplausos demorados da plateia mais qualificada do mundo.


Sabedoria Popular Que os Economistas Não Entendem

20 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Banco Central passando a apoiar, criação de novas moedas, estimulo à atividade local | 6 Comentários »

Nem mesmo os que procuram acompanhar a evolução da economia, notadamente nas periferias dos centros urbanos ou nas pequenas cidades brasileiras, não se davam conta do assunto que está sendo destacado num artigo do The Wall Street Journal, republicado no Valor Econômico de hoje, de autoria de Paulo Prada. Refere-se à criação de moedas locais de circulação restrita, com lastro no real, que acabam estimulando as modestas economias da periferia ou pequenas cidades, acabando por ser estimulada pelo Banco Central depois de sua restrição inicial.

Informa-se, com base num caso concreto do Capivari, uma moeda utilizada em Silva Jardim, pequena cidade distante 104 quilômetros do Rio de Janeiro. O impressionante é que se informa que existem 63 moedas deste tipo em todo o Brasil, o que é desconhecido até por economistas mais experientes que conhecem muitas partes deste imenso país.

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Banco Capivari e cédulas de Capivari e foto área da pequena Silva Jardim, no Rio de Janeiro

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O Problema da Produção do Etanol no Brasil

20 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Marcos Sawaya Jank, presidente da Única, suas explicações sobre a necessidade de importação

Muitos ficam assombrados quando o Brasil precisa importar etanol dos Estados Unidos, pois sempre se ressaltou que é um país eficiente na produção da cana e seus derivados. Marcos Sawaya Jank, o competente presidente da Única – entidade que reúne os produtores de cana de São Paulo, explica as razões que levaram a esta situação em um artigo hoje publicado no O Estado de S.Paulo.

Segundo ele, existem três explicações para esta situação desconfortável: 1) o setor reduziu a sua produção após a crise de 2008, quando foram atingidas as empresas que mais se dedicavam para a sua expansão, que representam um terço do parque produtor; 2) o custo da produção do etanol subiu 40% nos últimos seis anos, ao mesmo tempo em que os tributos se aproximaram dos da gasolina; 3) as três últimas safras foram marcadas por condições climáticas adversas.

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Dilma Rousseff no Newsweek

20 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: Dilma Rousseff é capa do Newsweek, entrevista concedida em Brasília, matéria de grande destaque e consagradora

Merecer a capa do Newsweek quando se prepara para ser a primeira mulher a inaugurar a Assembleia Geral das Nações Unidas já é uma consagração. A entrevista concedida em Brasília para Mac Margolis, com citações de diversas personalidades, ao lado de uma ampla matéria que destaca que o Mundo é das Mulheres, excede as expectativas dos brasileiros, mesmo entre os que já a aceitam como uma grande líder ou até quem não notou nela nas últimas eleições.

Os títulos e os leades das matérias são quase apaixonados. “Presidente do Brasil, Dilma Dinamite” (tradução livre de Brazil’s President Dynamite Dilma). “Não brinque com a Dilma, a mulher Presidente do Brasil machista que está crescendo, e está chamando a atenção de todos” (tradução livre de Don’t Mess With Dilma, a woman is President in booming, macho Brazil, and she’s calling all the shots).

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Reprodução da capa do Newsweek e a presidente Dilma Rousseff em foto de Luiz Maximiano

A matéria de capa, bem elaborada, relata uma história de um encontro dela com uma menina chamada Vitória, que perguntou a ela se uma mulher poderia ser Presidente, e ela respondeu que sim. O Newsweek entrevistou-a no seu gabinete em Brasília, cercada de trabalhos relacionados como com a preparação da Copa do Mundo, da eliminação da pobreza absoluta, criação de empregos, do combate à corrupção.

Relata resumidamente a sua vida, desde quando estudante e se engajou na Var Palmares na luta contra o autoritarismo militar sem o uso de armas, sendo capturada e sofrendo torturas, recebeu o diagnóstico de câncer, a vida com sua família em Brasília, a sua escolha como candidata pelo Lula da Silva, um líder carismático.

O artigo está recheado de declarações de personalidades que reconhecem as suas qualidades, que surpreende os que a consideravam uma mera burocrata, e que está dando a sua face para o seu governo, ampliando agora sua presença internacional.

Ela expressou na entrevista a convicção que o Brasil está preparado para enfrentar um mundo onde os Estados Unidos e a Europa lutam para superar as suas dificuldades, minimizando os efeitos da redução do crescimento da economia mundial. Um Brasil que também colabora para resolver os problemas europeus, junto com outros países emergentes.

Informou sobre os recursos que o país dispõe para acelerar o seu desenvolvimento utilizando o seu mercado interno, que vem melhorando a sua distribuição de renda, mostrando um domínio do que tem seu comando.

Mereceu uma declaração de Delfim Netto, qualificado como o czar da economia no período militarista, que afirmou: “Dilma tem a visão para o Brasil, e ela sabe também que não pode violar os princípios da contabilidade” (tradução livre de “Dilma has a vision for Brazil, but she also knows not to violate the principles of international accounting”. Ou seja, não pode gastar mais do que dispõe.

Informa-se que ela ficou satisfeita com a entrevista publicada que deve ser um importante estímulo para a luta que empreende, cujo cenário agora se amplia pelo mundo, ao lado de mulheres que marcaram com suas contribuições para a melhoria do bem-estar de toda a humanidade, com muito pé no chão.


Economia da Índia Supera a do Japão em PPP

20 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Times of India, cálculo pelo poder de paridade de compra, estimativa da Crisil

O jornal The Times of India publicou um artigo de autoria de Rishi Shah informando que a economia daquele país, medido pelo chamado PPP – Poder de Paridade de Compra (ou seja, a cesta de produtos que pode ser adquirido com a moeda local em vez de usar o câmbio), estará ultrapassando a do Japão ainda neste ano de 2011, segundo Sunil Sinha, pesquisador-chefe da Crisil, uma organização da Índia que efetua estes estudos e elabora índices de rating. Evidentemente, está se falando no tamanho da economia global, pois, em termos per capita, a renda japonesa continuará bem superior à indiana.

A economia da Índia era a quarta do mundo em 2010, superada pelos Estados Unidos, China e Japão. O FMI estimava que a Índia e o Japão estariam quase juntos em 2011, mas os problemas de terremoto e tsunami prejudicaram a economia nipônica, enquanto a Índia deverá crescer de 7 a 8%. Se não fossem os desastres, estava previsto que a Índia superaria o Japão em torno de 2013-2014.

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Nippon Steel e Usiminas Segundo o Valor Econômico

19 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do Valor Econômico, busca futura de parceiros, Nippon Steel assumindo o controle

O Valor Econômico, que costuma ser muito cuidadoso nas matérias que publica, noticia num artigo de autoria do Ivo Ribeiro que a Nippon Steel, diante do problema, que está colocado na Usiminas, procura se posicionar adquirindo inicialmente o seu controle, para depois procurar parcerias confortáveis. Como já foi amplamente divulgado, a CSN veio adquirindo ações no mercado da Usiminas onde a Nippon Steel é a maior acionista. Revelou a sua disposição de adquirir o bloco de ações de Votorantim e da Camargo Corrêa, que junto com a Nippon Steel tem o controle acionário da siderúrgica mineira, mediante um acordo de acionistas. Como se trata de um assunto cheio de detalhes, os que desejarem uma informação mais completa devem consultar diretamente o artigo mencionado.

A Nippon Steel está numa situação constrangedora, pois já teve diferenças de opinião numa mineração que tinha em conjunto com a CSN. Ao mesmo tempo, a tecnologia utilizada pela Usiminas é de origem na Nippon Steel que vem investindo para mantê-la atualizada, considerando a Usiminas uma empresa que poderá se expandir no futuro, pois as atividades siderúrgicas se tornam cada vez menos competitivas no Japão.

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Dois Vizinhos Asiáticos Gigantescos

19 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alguns depoimentos, artigo no The New York Times, futuros, rivalidade

Um artigo publicado no The New York Times e reproduzido no suplemento semanal da Folha de S.Paulo relata algumas notícias sobre estes dois vizinhos asiáticos gigantescos que já tiveram, no passado, alguns conflitos fronteiriços, a China e a Índia. Ambos continuam com crescimentos econômicos a elevadas taxas, transformando problemas em soluções, com suas populações superiores a um bilhão de habitantes. Além de exportarem produtos industriais utilizando seus recursos humanos baratos, agora aproveitam os seus mercados internos no momento em que a economia mundial desacelera o seu crescimento.

O artigo escrito por Vikas Bajaj, de Mombai, recebeu subsídios de Xu Yan, de Xangai, e Joshua Frank, de Pequim, relatando que se existe uma rivalidade ela é unilateral. A China tem uma atitude de quase indiferença com a Índia, comparando-se sempre com os Estados Unidos e a Europa, enquanto os hindus são quase obcecados com o País do Meio. Mas alguns estudos demográficos indicam que, nas próximas décadas, a Índia que conta com uma estrutura populacional mais jovem poderá superar a China, cuja população envelhece rapidamente.

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