A Presidente Dilma Rousseff deu uma longa entrevista para Claudia Safatle, do Valor Econômico, referindo-se também ao terremoto e tsunami no Japão, cuja íntegra publicamos a seguir.
Dilma vai adotar regime de concessão para aeroportos
Valor, 17 de Março de 2011
Feito por: Claudia Safatle
A presidente Dilma Rousseff anunciou que vai abrir os aeroportos do país ao regime de concessões para exploração do setor privado. Disse, também, que é preciso acabar com o incentivo fiscal dado por vários Estados que reduziram para apenas 3% a alíquota do ICMS para bens importados que chegam ao país por seus portos. "Estão entrando no Brasil produtos importados com o ICMS lá embaixo. É uma guerra fiscal que detona toda a cadeia produtiva daquele setor", comentou a presidente, citando proposta de projeto de lei que já se encontra no Senado para acabar com essa distorção.
"Temos que apostar que o pré-sal é um passaporte para o futuro. Não vamos explorar para usar, mas para exportar. Queremos nossa matriz energética limpa e queremos, também, ter ganhos na cadeia industrial do petróleo", disse a presidente Dilma Rousseff ao Valor, na primeira entrevista exclusiva concedida a um jornal brasileiro.
Dilma já definiu as propostas que enviará ao Congresso ainda neste semestre: a criação do Programa Nacional de Ensino Técnico (Pronatec) e do Programa de Erradicação da Pobreza, além de medidas específicas que alteram alguns tributos (e não uma proposta de reforma tributária). Ela admitiu, também, concluir a regulamentação da reforma da previdência do servidor público, com a aprovação da proposta que institui os fundos de pensão complementar. "Mas não vamos tirar direitos do trabalhador, não", assegurou.
Em entrevista ao Valor, a primeira concedida a um jornal brasileiro, a presidente adiantou: "Agora nós estamos nos preparando para fazer uma forte intervenção nos aeroportos. Vamos fazer concessões, aceitar investimentos da iniciativa privada que sejam adequados aos planos de expansão necessários. Não temos preconceito contra nenhuma forma de expansão do investimento nessa área, como não tivemos nas rodovias." Até o fim do mês ela deve enviar ao Congresso a medida provisória que cria a Secretaria de Aviação Civil com status de ministério, que agregará a Anac, a Infraero e toda a estrutura para fazer a política de aviação.
Diante da falta de mão de obra tecnicamente qualificada para atender à demanda de uma economia que cresce, o governo está concluindo o desenho do Pronatec, programa de pretende garantir que o ensino médio tenha um componente complementar profissionalizante. Promessa de campanha, o projeto de erradicação da pobreza terá como meta retirar o máximo possível dos 19 milhões de brasileiros da situação de miséria que ainda se encontram.
Desta vez, porém, o programa virá acompanhado de portas de saída, disse. A erradicação da pobreza usará o instrumental reformulado do Bolsa Família e terá tanto no Pronatec, quanto nos mecanismos do microcrédito e de novos incentivo à agricultura familiar, as portas de saída da mera assistência social. "Estamos passando as tropas em revista e mudando muita coisa", comentou a presidente. Nada disso, porém, prescinde do crescimento da economia. A seguir, a entrevista:
Como os internautas que frequentam este site devem estar notando, procuramos só postar notícias que não estão sendo inundadas pelos outros veículos, pois não temos condições de absorver a todos. Com as transmissões em inglês da NHK, acessível pelo uso deste site, esperamos que as informações mais importantes confirmadas pelos dados objetivos estejam chegando ao seu conhecimento. Importante destacar que nesta emergência, com limitação de quase tudo, desde energia elétrica racionada por rodízios entre grupos de províncias, combustível, alimentos, cobertores e transporte, o povo japonês se mantém calmo, resignado, colaborando da forma possível com as autoridades no socorro dos mais atingidos, surpreendendo experimentados estrangeiros.
Mesmo as informações das duras realidades dos problemas com as usinas atômicas de Fukushima estão sendo divulgadas, e o ministro Yukio Edano, chefe da Casa Civil, que está passando muitos dias sem dormir, exige o máximo de transparência de todos os envolvidos. Todos colaboram no sentido do pânico coletivo não se verifique. Ele acaba atingindo mais os estrangeiros que não estão imbuídos da cultura do povo japonês.
Muitos brasileiros residentes no Japão têm dificuldades com os constantes tremores e cogitam retornar ao Brasil. Mas há dificuldades, pois os transportes internos como os vôos internacionais estão limitados. Nas comunicações que estão precárias, os contatos com os japoneses, parentes e conhecidos mostram que eles estão mais calmos, enquanto os estrangeiros ficam mais apreensivos.
Muitas indústrias estão trabalhando, com as limitações de energia e suprimento de componentes. Os voluntários, inclusive brasileiros, estão ajudando na defesa civil bem como evitando a propagação de boatos.
Eventuais doações devem ser em dinheiro, utilizando mecanismos como o da Cruz Vermelha que está presente em todas as cidades japonesas. Em solidariedade às vítimas, tanto as autoridades como as empresas japonesas suspenderam, até no exterior, almoços e jantares com convidados, procurando dar exemplos de grande austeridade.
O mundo está se empenhando em prestar a ajuda possível para o Japão, e até mesmo autoridades de países que têm dificuldades com os japoneses estão se manifestando solidários. Já não se trata de um desastre naquele país, mas um problema universal.
Todos se mostram confiantes na capacidade japonesa de superar estas dificuldades, como fizeram com outras como o bombardeio atômico no final na Segunda Guerra Mundial.
Todos estão conscientes da gravidade dos problemas enfrentados pelos japoneses, notadamente no seu litoral do nordeste do Japão, e as consequências dos terremotos e tsunamis que continuam se repetindo em diversas localidades. Um dos casos que vem sendo destacado pelo Itamaraty e pela imprensa brasileira é o caso do empresário brasileiro Walter Saito que fez uma doação importante de arroz e deslocou-se como voluntário de Saitama, onde trabalha, para Sendai e Fukushima, a pedido do Consulado do Brasil.
Ele, com autorização especial para uso de combustível e uso de uma rodovia interditada, utilizada somente para socorros, conseguiu transportar 19 dos cerca de 30 brasileiros residentes na região de Fukushima para Saitama, onde possui apartamentos cujos aluguéis possivelmente serão pagos pelo Itamaraty. Utilizou um ônibus e um caminhão para desempenhar a tarefa. Ele se deslocou de uma região de menor contaminação radioativa para uma maior, e não conseguiu recolher todos, pois está havendo dificuldades de transporte em decorrência do racionamento de combustível, tráfego e outras limitações, e nem todos os brasileiros conseguiram chegar a tempo no lugar de concentração. Há também pessoas que se recusam a evacuar, principalmente se fora dos limites de 30 quilômetros dos locais dos vazamentos das usinas, pois a população se mantém calma.
Todos os japoneses estão conscientes que tudo deve ser feito para reduzir as possibilidades de pânico quando a população está psicologicamente abalada com as dificuldades por que estão passando. Muitas recomendações das autoridades estão sendo disciplinadamente obedecidas por uma população que desenvolveu uma cultura de uma vida num arquipélago limitado, sem grandes recursos naturais, e sujeito a constantes acidentes naturais. Todos devem ter observado que as terríveis cenas do tsunami divulgadas, que se seguiram ao terremoto recorde de 9,0 graus na escala Richter se referem aos danos materiais, visando evitar qualquer pânico. Para isto contaram com todos os meios de comunicação.
Os analistas japoneses procuram não expressar suas opiniões nas entrevistas, deixando para as autoridades as divulgações que se baseiam nos dados confirmados. Isto ajuda a evitar a propagação de boatos, pois visões parciais podem distorcer a realidade global do desastre. As informações estão sendo prestadas, com frequência e regularidade, pelas autoridades mais elevadas, do primeiro-ministro ao chefe da Casa Civil, baseadas nos dados fornecidos pelos técnicos. Não se trata de censura, mas a tentativa de evitar impressões que podem estar baseadas em dados que tenham aspectos que visam atrair somente a audiência.
Toda a mídia japonesa procura não explorar a desgraça, e as poucas entrevistas são devidamente selecionadas com todo o cuidado. Os estrangeiros é que não estão envolvidos com o clima vigente, concedendo algumas vezes entrevistas, com suas visões parciais, nem sempre conscientes da longa cultura deste arquipélago.
Explicações exaustivas sobre aspectos técnicos sobre os graves problemas das usinas atômicas de Fukushima continuam sendo prestados por especialistas. As explosões registradas foram devidas ao superaquecimento dos reatores, que registraram defeitos no seu sistema de fornecimento de águas em situação de emergência, diante dos dados provocados pelo tsunami. O aumento do hidrogênio junto com o aquecimento acabou provocando as explosões, com as usinas já desligadas, mas os materiais nucleares utilizados necessitam continuar desaquecidas com águas. Houve até partes das usinas que derreteram.
As radiações aumentaram até limites inaceitáveis, pelos materiais liberados que estavam em contato com os nucleares, inclusive por tentativas de desaquecimento e não por explosões destes como foi o caso de Chernobyl. E estão se espalhando pelas nuvens tendo chegado até Tóquio, em níveis bem baixos.
Continua havendo terremotos, como o que atingiu hoje pela manhã a região de Shizuoka, onde fica a cidade de Hamamatsu, a maior concentração de brasileiros residentes no Japão, entre Tóquio e Nagoya. Este sismo chegou a 6,4 graus na escala Richter, provocando feridos, segundo a NHK. Não há risco de tsunami, pois ocorreu em terra, a baixa profundidade, o que pode provocar mais danos.
As autoridades informam que o nível de radiação nas usinas de Fukushima já baixou um pouco, mas todos os cuidados continuam sendo desenvolvidos, até porque a liberação dos seus efeitos deletérios não foi desprezível.
Há preocupações de analistas do exterior sobre o impacto econômico da atual crise. Não há dúvidas que a curto prazo haverá dificuldades, como os que estão ocorrendo com o abastecimento. Os estudos sérios existentes, como os baseados no terremoto de Kobe, bem como do tufão Katrina e muitos outros desastres naturais, mostram que seu efeito acaba sendo insignificante. Os investimentos efetuados na reconstrução, com a mobilização de toda a população junto com as autoridades acabam estimulando a economia, compensando as dificuldades temporárias.
Quanto ao aspecto relacionado ao elevado endividamento público japonês, é preciso atentar que todo ele está financiado internamente, e os poupadores japoneses estão acostumados com aplicações de longo prazo a juros extremamente baixos. O custo da dívida acaba sendo baixo, e as autoridades monetárias estão tomando medidas para facilitar a expansão do crédito.
Os japoneses são coletivistas, e diante de dificuldades como as presentes, costumam se engajar numa reconstrução nacional, como houve depois dos bombardeios atômicos, crise do petróleo e muitos desastres naturais que sofreram.
Segundo informações oficiais divulgadas pela NHK, que pode ser acessada diretamente por este site nas versões traduzidas para o inglês ou original em japonês, as explosões observadas nas usinas de Fukushima estão liberando radiações superiores às suportáveis. Assim, o governo japonês decidiu ampliar para um raio de 30 quilômetros a partir das usinas a evacuação da população, que era de 20 quilômetros. Às populações das proximidades das usinas estão sendo recomendadas que fiquem dentro de suas residências ou construções sólidas.
O complexo conta com seis reatores e três deles apresentam graves problemas mesmo desligados, continuando a aquecer. Os reatores necessitam ser resfriados, mas não está se obtendo sucesso, o que provoca a possibilidade de seu derretimento (meltdown). As explosões não foram dos reatores, mas da cobertura de concreto existente, mas isto libera radiações decorrentes de materiais que estiveram em contato com urânios e outros materiais atômicos, como água e ar. Isto difere do acidente de Chernobyl que explodiu durante o seu funcionamento liberando mais radiações, mas o que vem ocorrendo é, lamentavelmente, extremamente grave.
Especialistas informam que as tentativas desesperadas de uso das águas marítimas não estão dando resultados, e estão prejudicando os reatores que normalmente são resfriados com águas destiladas da mais alta qualidade. Estas usinas estão se tornando inutilizáveis com os danos provocados pelas águas marítimas nos equipamentos. É preciso entender que existem 6 reatores no complexo de Fukushima, e os problemas começaram na número um, depois na três e finalmente na dois.
O conjunto das usinas atômicas japonesas fornece o correspondente a 30% das energias elétricas utilizadas pelos japoneses, e os seus desligamentos estão exigindo racionamentos temporários que estão programados por regiões. A população está procurando cooperar reduzindo ao máximo seus consumos de energia, a fim de evitar um blecaute.
Assistências externas estão sendo solicitadas, principalmente aos norte-americanos, mas os conhecimentos dos especialistas sobre estas dificuldades são limitadas. As dificuldades decorrem tanto dos terremotos que continuam ocorrendo em menores intensidades, e do tsunami, cujos riscos continuam ocorrendo.
Todas as informações estão sendo fornecidas, regularmente, para a população como transmitidas para o exterior. Os fabricantes da usina, os administradores do complexo de Fukushima bem com as autoridades relacionadas procuram fornecer as informações sobre o que está ocorrendo, mas se mostram incapazes de uma solução razoável para os problemas que estão enfrentando.
Outras usinas atômicas espalhadas por todo o mundo estão sendo revistas, e algumas mais antigas estão sendo desligadas, como na Europa. As duras lições de Fukushima devem exigir revisões nas medidas de segurança da maioria destas usinas, apresentando problemas de substituição das possíveis por energias solares e eólicas de custos mais elevados, inclusive hidroelétricas quando existem condições para tanto, ainda que apresentem outros problemas, como no caso de Belo Monte.
As que utilizam carvão mineral ou derivados de petróleo são consideradas demasiadamente poluentes prejudicando o meio ambiente.
Ao longo da história existem registros de grandes terremotos que arrasaram cidades importantes como Tóquio, no Japão; São Francisco, nos Estados Unidos; e Lisboa, em Portugal. Neles, os incêndios que se seguiram foram importantes. Um interessante artigo foi publicado por John Schwartz, do The New York Times, publicado hoje no O Estado de S.Paulo. Ele reconhece que o Japão era um dos mais preparados, e registra a declaração de Ivan Wong, da URS Corporation, da Califórnia: “ainda estou em estado de choque”.
Todos sabem que o Japão, como a Califórnia, se localiza nas falhas onde as placas tectônicas se encontram, prevendo-se que haja grandes terremotos a qualquer momento. O Japão se preparou para o terremoto, mas todas as suas medidas preventivas somente tiveram a possibilidade de reduzir os prejuízos em vidas e patrimônio, principalmente com o tsunami. A Califórnia não conta com preparação equivalente.
Existem muitas dificuldades dos estrangeiros entenderem o Japão e o seu povo, que desenvolveu uma cultura de um arquipélago pobre em recursos naturais. Os estudos existentes, como os efeitos do terremoto de Kobe, indicam que estes desastres naturais são estatisticamente insignificantes na determinação do produto nacional, e mostram a importância da aglutinação nacional dos seus esforços. Os investimentos que serão efetuados para a reconstrução do Japão podem provocar um novo surto de crescimento, servindo como um desafio para a sua população, e não uma recessão. O Japão vinha utilizando parte das suas poupanças internas para financiar empreendimentos no exterior, que voltarão agora para os projetos internos, de forma prioritária. Os impactos destas obras ativarão a sua economia.
Muitos avaliam que a economia japonesa estava estagnada, quando o seu crescimento se observava no exterior, como na China e no sudeste asiático. Hoje, cerca de 70% do suprimento, desde alimentos até produtos semielaborados eram provenientes das subsidiárias instaladas no exterior, com poupanças japonesas. Agora, as necessidades nacionais de recuperação vão voltar parte substancial destes recursos para o próprio Japão, cuja dívida pública é importante, mas a custos baixos e prazo longo.
Naturalmente, muitos que não conhecem mais profundamente os japoneses estranham alguns comportamentos deles em situação de emergência pela qual passam no momento. Na realidade, os japoneses têm uma cultura que determina uma disciplina que se diferencia de outros povos mais individualistas. Os interesses coletivos são considerados acima de eventuais divergências de posição ideológicas, religiosas ou de opiniões técnicas, para permitir uma convivência razoável dentro de um arquipélago limitado em recursos naturais e sujeitos a grandes desastres provocados pela natureza.
Vamos dar alguns exemplos para permitir uma compreensão melhor do comportamento dos japoneses. Estávamos no Japão quando da primeira crise petrolífera, junto com um ministro brasileiro, quando o ministro de finanças do Japão foi à televisão informando a situação crítica em que se encontravam, pois dependem totalmente da importação desta matéria-prima vital. Ele pedia o sacrifício de todos para manter o nível de emprego. O experiente ministro brasileiro duvidou do efeito deste tipo de apelo.
No dia seguinte, fomos à agência do Banco do Brasil, e para surpresa dos visitantes brasileiros, antes do início do expediente, os funcionários da agência, inclusive brasileiros, tinham feito uma reunião aceitando o corte de 10% no salário de todos, para que não houvesse um corte de empregos na agência. O mesmo tinha acontecido em todas as empresas japonesas. Por economia, eles passaram a usar o verso das correspondências recebidas para serem usados nas novas que enviariam para outras empresas, visando economizar papéis novos.
Na atual crise, os estrangeiros devem ter observado que as dramáticas cenas dos tsunamis só envolvem danos materiais, sem a presença de pessoas em pânico. Um brasileiro perguntou-me se o alerta teria antecipado o suficiente para que permitissem todos se deslocarem para pontos seguros. Não. Para evitar o pânico da população, recomendou-se que só fossem utilizadas cenas dos tipos divulgados de danos patrimoniais. As entrevistas concedidas foram recomendadas serem dadas somente pelas autoridades com base em informações confirmadas, de forma a evitar boatos que podem ser prejudiciais. Um destacado analista amigo meu recusou um pedido para conceder uma entrevista para uma televisão brasileira, diante da orientação que está sendo seguida, alegando que não estava suficientemente informado, e não estava autorizado para tanto. Somente brasileiros e outros estrangeiros não estão seguindo esta orientação. Não se trata de censura, mas uma consciência coletiva que enfrentam uma grande emergência, e o pânico em nada contribui para resolver os problemas.
O Japão está economizando energia, com um rodízio no seu fornecimento ou uma cota de gasolina para cada carro. A população está se mobilizando para contribuir com mais, reduzindo suas viagens desnecessárias, redução dos luminosos, e todas as medidas para evitar o congestionamento das comunicações, limitando-se ao mínimo necessário.
Mesmo as centenas de milhares de pessoas atingidas pelo tsunami ou outras que foram deslocadas preventivamente dos riscos das usinas atômicas de Fukushima, que estão superando as medidas das autoridades, evitam manifestar os seus desconfortos com faltas de lugares para se abrigarem, de água, alimentos e cobertores.
Paciente e resignadamente, enfrentam as limitações, esperando que as medidas que estão sendo tomadas possam minorar suas dificuldades. Medidas começam a ser adotadas, como do Banco do Japão, para que não faltem recursos para a recuperação. Ainda não é hora de pensar nas obras de reconstrução, mas muitas delas terão efeitos sobre outras áreas localizadas junto as falhas onde as placas tectônicas se encontram, e que estão sendo sujeitas a acidentes como os que ocorreram no Japão.
O site do jornal The New York Times publicou uma página interativa com fotos de satélite tiradas antes e depois do terremoto e tsunami de 11 de Março de 2011. As fotos são do GeoEye parceiros do projeto Google Crisis Response.