14 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: abundância de clientes mesmo com localização distante, criatividade do chef Rodrigo de Oliveira, exemplo do Mocotó, reconhecimento dos críticos, releitura da culinária brasileira, um dos tópicos objetivos para o otimismo no Brasil
Estamos insistindo neste site que o pessimismo em nada ajuda a ninguém, enquanto o otimismo ajuda até a preservar a saúde dos seres humanos. Mas, percorrendo a imprensa brasileira, nota-se que os atuais jornalistas enfatizam notícias negativas, enquanto as mais positivas são relegadas ao segundo plano ou ignoradas. Imaginam que com isto contam com maiores demandas, quando parece que a população anseia pelas notícias positivas. Uma, certamente, é a releitura da tradicional cozinha brasileira, onde o Mocotó, sob comando do chef Rodrigo Oliveira, que conta, mesmo com uma localização fora das regiões mais disputadas, com uma ampla clientela que exige esperas de horas, principalmente nos fins de semana.
Localizado na Vila Medeiros, na parte norte da capital paulista, o trajeto para o restaurante não é dos mais fáceis, exigindo certo cuidado. Quem não chegar antes do meio dia para pegar uma fila, nos sábados e domingos, vai acabar ficando sujeito à espera de horas, ainda que possa ser minorado pela apreciação de centenas de boas cachaças que lá se encontram. O atual chef Rodrigo Oliveira sucedeu o seu pai no estabelecimento, numa região onde predomina a tradicional cozinha nordestina. Mas ele conseguiu uma releitura, respeitando o básico, oferecendo aos seus muitos clientes em porções adequadas para uma ótima degustação, sendo recomendável que seja apreciado num grupo de amigos.
www.mocoto.com.br
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14 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: FMI admite controle sobre os fluxos de recursos, manipulações admitidas pelo UBS, os problemas do sistema financeiro internacional, supervisão sobre os bancos
O Brasil sempre defendeu que deveria haver um controle sobre os fluxos financeiros internacionais, bem como as atividades exercidas pelos bancos, havendo necessidade de sua supervisão para não prejudicar todo o sistema. Agora, como reporta Dani Rodrik, professor de International Political Economy da Universidade de Harvard, num artigo publicado no Project Syndicate, o FMI – Fundo Monetário Internacional aprovou a medida. Muitos outros artigos importantes nos principais órgãos de comunicação social da área econômico-financeira, como a Bloomberg e The Wall Street Journal, começam a divulgar sobre as medidas já aprovadas como o da supervisão bancária conjunta na União Europeia para evitar também problemas como o da UBS – Union de Banques Suisse que admite irregularidades e se dispõe a pagar uma multa de US$ 1 bilhão pela manipulação do Libor – London Interbank Rate, que seria o juro básico para empréstimos em eurodólar.
Estas conquistas são relevantes, pois derrubam um mito histórico defendido pelo sistema financeiro internacional que sempre resistiu às possibilidades destas atividades, considerando que seriam prejudiciais ao bom funcionamento da economia mundial. Na realidade, defendiam suas atividades próprias ainda que nocivas a muitos países, notadamente os que não eram os considerados desenvolvidos, ou seja, os emergentes e em desenvolvimento.
O poder do sistema financeiro internacional é respeitável e por décadas rejeitaram suas regulamentações, que ainda estão no início somente com a aprovação de princípios. O que será feito de forma operacional ainda depende de detalhamentos, mas a admissão do FMI que estas atividades podem ser nocivas já é um grande avanço.
A atual globalização exacerbou a importância destes bancos que operam em todo o mundo de forma desinibida, promovendo especulações e influindo nos câmbios, bem como nas taxas de juros, em benefício de algumas instituições privadas e seus dirigentes, e em prejuízo do resto do mundo. As crises como de 2007/2008 foram provocadas por elas, e acabaram sendo assistidas pelas autoridades dos seus países criando um grande problema, inclusive para os países desenvolvidos, a partir dos Estados Unidos. Antes de tudo isto, muitos problemas que afetaram países emergentes e em desenvolvimento nas mais variadas partes do mundo foram provocados por estas instituições que só beneficiaram os seus dirigentes e alguns clientes. As culpas por estes problemas foram atribuídas às políticas econômicas adotadas por estes países, sendo que o professor Dani Rodrik cita entre os mais prejudicados o Brasil, o México, a Coreia do Sul e a Turquia.
Estas atividades nocivas provocavam bolhas e endividamentos insustentáveis que foram se tornando endêmicas, exigindo a necessidade de controles que não sejam somente de autorregulamentação dos próprios bancos. Medidas defensivas já estão sendo adotados por alguns países, como o Brasil, que eram criticadas pelos bancos internacionais, como intervenções indevidas e contraproducentes. O FMI ainda considera que estas medidas de controle são últimos recursos, não devendo ser utilizadas usualmente. Na realidade, mesmo este organismo internacional continua sob a forte influência dos bancos internacionais, com a mínima participação dos países membros mais interessados, como os emergentes e em desenvolvimentos.
Na realidade, há que se admitir que em economia sempre acabe funcionando o chamado critério do “Second Best”, ou seja, não se faz o melhor, mas o que é possível.
Na União Europeia, os ministros dos países membros concordaram que o início da fiscalização dos bancos será efetuado pelo BCE – Banco Central Europeu, o que é uma novidade histórica, colocando-se acima das autoridades dos países. Muitos bancos tiveram que ser assistidos apesar de suas gestões temerárias, para evitar uma quebra sistêmica, que propagaria as dificuldades para outros bancos e países.
14 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: condições para um entendimento sobre as reformas fiscais, encargos das dívidas públicas estaduais, o ICMS interestadual, outros problemas, royalties sobre a extração do petróleo, tarifas das energias elétricas
Para muitos que não são especialistas no assunto, as longas discussões que não permitem a efetivação de um mínimo de aperfeiçoamento no sistema fiscal brasileiro acabam parecendo um mistério. A primeira explicação necessária é que quando da última reforma de vulto em 1967, quando os antigos impostos de vendas e consignações que eram as fontes básicas das receitas estaduais, transformadas em ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, que era entendido como mais atualizado por ser um posto sobre valor adicionado, mesmo com a assistência dos melhores especialistas internacionais, não se conseguiu identificar que este tipo de imposto não se ajustava a Federações como o Brasil. Para superar suas principais dificuldades, foi criado o Confaz – Conselho das Secretarias de Fazenda dos Estados que exigia unanimidade nas suas decisões, o que era facilitado num regime autoritário. Com a volta da democracia plena, acabou acelerando-se as guerras fiscais dos estados para atraírem atividades econômicas para os seus territórios, fazendo com que o ICMS funcionasse como uma espécie de barreira alfandegária.
Hoje, apesar do constante pessimismo sobre um mínimo de entendimento, os problemas são tantos que, pragmaticamente, para a sobrevivência da Federação acaba se impondo a necessidade de algum tipo de acordo. Mesmo com suas dificuldades, tudo indica que uma taxa de 4% sobre as operações interestaduais acabará se impondo, com algumas compensações para os mais críticos estados importadores. Como as dívidas dos Estados para com a União tornaram se impagáveis, no mínimo uma redução dos encargos e ampliação dos prazos de amortização devem acabar prevalecendo. As atuais discussões sobre os royalties sobre as produções de petróleo e as reduções das tarifas sobre energia elétrica acabam engrossando o caldo da necessidade de um mínimo de entendimento, ainda que as opiniões sejam diversas e os interesses envolvidos sejam enormes. A atual situação tornou-se insustentável.
Mesmo com os interesses políticos divergentes, tanto do atual governo federal como de muitos Estados, tanto no presente como nas próximas eleições, a necessidade dos aperfeiçoamentos mínimos é tamanha que vai obrigando a todos negociarem o que é possível, não o que é desejável. Todos acabarão sendo prejudicados sem uma grande revisão.
Parece que a taxa interestadual do ICMS parece mais próxima de ser conseguida, e os estados e a União estão próximos de um acordo possível, notadamente no que se refere ao encargo da dívida pública das unidades federativas, até porque a taxa de juros no país vem se reduzindo.
A redistribuição dos royalties, mesmo com o Congresso dominado pelos estados não produtores, acabará se restringindo ao futuro, pois dificilmente o STF – Supremo Tribunal Federal poderá reformar o que já vem de acordos passados.
Isto tudo ainda não está no nível do desejável, pois a complexidade do sistema tributário brasileiro exige medidas de suas simplificações para manter o Brasil competitivo. Mas, seria um primeiro passo importante, e não se pode entender que as autoridades fazendárias dos estados e da União sejam incapazes a um mínimo de entendimento, dentro do pragmatismo que vem prevalecendo no país nas últimas décadas.
Que todos possam ajudar no sentido de permitir que prevaleça o mínimo de racionalidade, em benefício de toda a população brasileira.
14 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Wall Street Journal, idosos com espaços de sobra nas residências, paralelos em muitos países
Um artigo publicado por Anne Tergesen no The Wall Street Journal sobre as mudanças das necessidades de espaços nas residências parece um problema que não ocorre somente nos Estados Unidos. Também no Brasil como no Japão, os imóveis mais amplos que acomodavam a família toda passam a ser exagerados quando os filhos vão morar em separado pelas mais variadas razões, ou quando ocorrem deles ficarem sós, por exemplo, com o falecimento de um dos cônjuges. Entre os norte-americanos, como muitos destes imóveis são adquiridos com longos financiamentos hipotecários, discute-se a possibilidade de mudança para um menor, mas as dificuldades são variadas, nem sempre proporcionando as vantagens esperadas.
Esta tendência parece ser a de muitos países como o Brasil e o Japão ao longo do tempo, quando não forem universais, mesmo que não estejam hipotecados. Muitos idosos gostariam de contar com reservas financeiras adicionais para as suas aposentadorias, não necessitando mais de amplos imóveis, mas nem sempre as trocas por outros menores proporcionam as vantagens cogitadas. Os preços que podem ser obtidos pelos antigos não são suficientes para cobrir as novas necessidades. E existem muitas pessoas que ficam apegadas aos muitos objetos com os quais conviveram por longo período, acabando por sentir um desconforto emocional em espaços mais limitados, ainda que existam preocupações com a sua segurança morando isolados.
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12 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a contribuição de Os Gêmeos, exagero de pichações em São Paulo, notícia na Gazeta Russa, partizaning
Um interessante artigo de Vladimir Erkóvich foi publicado na Gazeta Russa, que é distribuída no Brasil junto como a Folha de S.Paulo, como informe comercial. Trata-se de um movimento popular que recebeu o nome de “partizaning”, que seria o urbanismo de guerrilha, começou com o grafiteiro Igor Ponossov, que mistura arte, voluntariado e protesto diante da falta de ação das autoridades. Poderia ser uma solução inteligente para o exagero das pichações que se espalham pela cidade como São Paulo, que acabaram consagrando grafiteiros como os Gêmeos, inclusive internacionalmente.
Os participantes do movimento na Rússia estariam instalando balanços nos pontos de ônibus, pintando faixas para pedestres na rua, colocando bancos nas praças, criando espaços verdes nas cidades, elaborando rotas para ciclistas. A ideia é intervir na infraestrutura urbana para tornar o ambiente mais agradável, tendo começado por Moscou e já ter se espalhado por São Petersburgo e Novosibirk.
Fotos publicadas na Gazeta Russa
Os gêmeos Octavio e Gustavo Pandolfo pintando murais em Nova Iorque
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12 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dados pouco expressivos, fruticultura no Brasil, potencialidades, produções exóticas | 2 Comentários »
O jornal Valor Econômico apresenta hoje dois artigos de Luis Henrique Mendes e Janice Klas que são verdadeiras raridades. Ainda que os brasileiros como os estrangeiros admitam que o Brasil seja um destaque mundial no que se refere a frutas de elevada qualidade, com uma rica biodiversidade, o fato concreto é que a fruticultura brasileira ainda é pouco explorada como atividade econômica, notadamente para a exportação. Os que tiveram a oportunidade de visitar boa parcela do mundo observam que as frutas brasileiras costumam estar entre as mais saborosas, com alto teor de açúcar, quando comparadas de com as de outros países.
O Sudeste Asiático, que conta com produções que se assemelham com as brasileiras, sofre os problemas das monções que, com elevada precipitação pluviométrica, fazem com que muitas de suas frutas não tenham o sabor mais apreciado, como ocorre também nas áreas próximas da Amazônia. As do Nordeste brasileiro, com elevado teor de insolação, e um nível de precipitação de chuvas mais baixa, apresentam um adocicado mais apreciado pelos seus consumidores. Mas muitas destas produções ainda são quase caseiras, com baixo aproveitamento comercial.
Jabuticaba, pitanga e seriguelas são algumas das frutas tropicais brasileiras
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11 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Joseph S. Nye no Project Syndicate, o papel dos imigrantes nos Estados Unidos, outros efeitos, paralelos com o Brasil
Um importante artigo de Joseph S. Nye, que além de cargos importantes mantém o título de professor da Universidade de Harvard, foi publicado pelo Project Syndicate. Ele trata da importância dos imigrantes para o desenvolvimento dos Estados Unidos, e constata que os votos deles permitiram a vitória recente de Barack Obama nas eleições. Isto está forçando o Partido Republicano a rever a sua política com relação ao assunto. Ele recorda que houve diversos períodos em que os norte-americanos impuseram restrições à imigração, ainda que seu desenvolvimento se deva em grande parte à sua contribuição, pois os nativos são poucos. Nos períodos recessivos estas tendências acabam se manifestando mais acentuadamente.
Segundo os dados censitários norte-americanos, a sua população deve continuar a terceira do mundo, após a China e a Índia. Em 2050, os brancos não hispânicos terão somente uma ligeira maioria, sendo que os hispânicos serão 25%, os afro-americanos 14% e asiático-americanos 8%, contribuindo para manter o poder mundial dos Estados Unidos. As análises mostram que existe uma forte correlação entre os vistos concedidos para a imigração qualificada e as patentes obtidas pelo país. Os imigrantes chineses e indianos tinham uma participação de um quarto dos empregos no Vale do Silício. Em 2010, das 500 companhias listadas pelo Fortune, cerca de 40% foram fundadas pelos imigrantes e seus filhos.
Professor Joseph S. Nye
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11 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avaliações controvertidas, convicções políticas dos avaliadores, opiniões sobre Dilma Rousseff, opiniões sobre Dmitri Shostakovich e suas obras
A Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sem dúvida a melhor orquestra do Brasil, na sua programação deste ano de 2012 destacou os importantes trabalhos do compositor russo Dmitri Shostakovich. Ainda que suas obras venham sendo reconhecidas mais recentemente, mesmo hoje as opiniões dos apreciadores de obras clássicas são influenciadas pelas suas posições políticas, infelizmente. Muitos críticos o consideram um verdadeiro gênio, que sutilmente introduziu importantes inovações pessoais superando as censuras do período stalinista da antiga URSS, chegando a considerá-lo o Beethoven russo. Outros o consideram um compositor que aceitou as imposições das autoridades soviéticas da época, sendo a sua 7ª Sinfonia executada em 5 de março de 1942 em Leningrado, quando as tropas nazistas se encontravam nas suas proximidades. Não consideram até hoje a sua genialidade. Ainda que estas execuções tenham sido repetidas em Londres e nos Estados Unidos, quando os russos eram aliados na guerra contra Hitler. Constata-se que as posições políticas sempre influenciaram até a música clássica, o que perdura até hoje.
Executado na Sala São Paulo, a Osesp, que conta com a regular participação de 14 músicos russos, regida pela Marin Alsop mereceu uma ovação da plateia, mas alguns que compareceram ao concerto mostravam o seu desagrado, não aplaudindo a execução por causa do seu compositor. Algo similar parece acontecer com a avaliação de líderes políticos, lamentavelmente, mesmo hoje. Ainda que na atual crise mundial poucos países estejam colhendo resultados positivos, alguns críticos não concordando com o atual governo brasileiro pelas suas origens, não conseguem admitir os esforços que estão se fazendo para a consolidação da democracia, e a sensível melhoria na distribuição de renda no país, com todas as suas limitações, inclusive de capacidade gerencial.
Dmitri Shostakovich e Dilma Rousseff
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11 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: amplas necessidades, artigo sobre submarinos no Valor Econômico, necessidade fundamental, parcerias estratégicas, Tecnologia
A visita da presidente Dilma Rousseff à França deve ampliar as áreas de cooperação tecnológica com o Brasil, envolvendo a sensível área da defesa nacional. O Brasil é um dos países emergentes que está fazendo pesados investimentos na sua gigantesca plataforma marítima, e grande parcela das reservas no chamado pré-sal fica fora dos limites das águas territoriais aceitas por muitas potências, inclusive os Estados Unidos. Para a adequada defesa dos seus interesses legítimos, pesados investimentos necessitam ser feitos, incluindo submarinos cujas tecnologias de construção precisam ser dominadas. A parceria com a França é tradicional em diversos setores e por, envolverem potências militares intermediárias, os riscos envolvidos são menores. Outros países se mostram interessados no intercâmbio com o Brasil que deverá despender mais de R$ 200 bilhões no equipamento de sua defesa nos próximos 20 anos.
Apesar de sempre haver respeitáveis vozes contrárias, tanto de pacifistas, conservacionistas como dos que se preocupam com razão das limitações orçamentárias, um país que pretenda ser independente não pode prescindir de cuidar da sua própria defesa externa. As tensões atuais na Ásia mostram que, ainda que a duras penas, os países como o Brasil são obrigados a fazerem tais investimentos, capacitando-se tecnologicamente. O artigo de Assis Moreira que visitou Cherbourg, na França, publicado no Valor Econômico, relata parte desta importante história.
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11 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: facilitar os contatos, menor aparato e privilégios, simbolismo, The Wall Street Journal e sua interpretação, visita de Xi Jinping em toda a imprensa mundial
Todos sabem que na Ásia o simbolismo é muito importante para informar à população sobre o que um governo pretende em sua política. A primeira viagem de Xi Jinping a Shenzhen, já como novo secretário-geral do Partido Comunista e comandante máximo das forças militares da China, dá demonstrações públicas da linha a ser perseguida no seu governo, quando deverá ser confirmado como novo presidente nos primeiros meses de 2013. No artigo publicado por Jeremy Page no The Wall Street Journal informa-se sobre a volta de Xi Jinping à cidade de Shenzhen, em Guangdong, onde ele iniciou a sua carreira como um dos “príncipes” entre os líderes chineses.
Pode-se acrescentar que foi lá que, com o apoio de idosos chineses originários da região que enriqueceram no exterior, ele conseguiu que uma das primeiras zonas especiais tivesse sucesso na China, dentro da nova orientação que era inaugurada por Deng Xiaoping há três décadas. Xi Jinping foi pagar os seus respeitos para seu falecido pai, bem como a viagem feita pelo Deng Xiaoping em 1992 à cidade impulsionando a utilização dos mecanismos de mercado. Ele depositou uma coroa de flores na estátua de Deng Xiaoping existente na cidade. Dispensou as honrarias que são concedidas aos altos dignitários chineses, trânsito livre para sua comitiva como procurou se tornar acessível para conversas, marcando sua primeira viagem oficial com marcantes diferenças com seu antecessor, Hu Jintao.
Visita de Xi Jinping a Shenzhen
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