21 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: artigo do Japan Times, um programa recomendado, visitando um produtor de Shizuoka
O chá produzido no Japão veio do continente asiático para o arquipélago há cerca de 1.500 anos, onde o tipo chamado verde se tornou o mais conhecido. Os que têm o privilégio de viajar de Tóquio para Hamamatsu, na província de Shizuoka, cidade que concentra muitos trabalhadores provenientes do exterior, como do Brasil, contam com uma vista parcial destas plantações. Mesmo pelo Shinkansen que vai a Osaka, passando por Quioto e seguindo para o Sul, é possível ter uma rápida visão desta maravilha.
A jornalista Mandy Bartók escreveu uma matéria ímpar com o título “Taking a tea break in Shizuoka”, que foi publicada no Japan Times do último dia 15, domingo, de onde se extraiu as informações básicas desta nota, sendo suas as espetaculares fotografias ilustrativas. A área visitada pela jornalista produz cerca de metade da produção japonesa, e já tem uma história de cerca de 800 anos.
Visitantes escolhem chá em Greenpia Makinohara. A cesta contém folhas suficientes para cerca de 20 gramas de chá. Fartura de copos para os visitantes. Refeição no restaurante do centro Maruobara. Fotos de Mandy Bártok
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19 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: déficits iniciais, exemplos chineses, volume de tráfego
Mesmo tentando ser o mais imparcial possível, há que se admitir que muitas coisas da China surpreendem até os mais céticos sobre a capacidade chinesa na implementação de ousados projetos. Numa recente viagem a Xangai, experimentei pessoalmente os avanços que atingiram esta cidade, conhecida de outras viagens, tanto seu novo aeroporto quanto o monorail como todas as obras que lá estão feitas nos últimos anos.
Mesmo que parte desta nota pareça uma propaganda, existem aspectos que merecem a nossa atenção, quando o Brasil está num processo de concorrência do seu sistema de trem rápido que deverá ligar Campinas-São Paulo-Guarulhos até chegar ao Rio de Janeiro. No monorail que liga o aeroporto a Xangai, constatei que em três minutos já tínhamos atingido a velocidade de 300 quilômetros horários, sem turbulências, pois o sistema utiliza uma tecnologia de levitação.
Este trem rápido liga Beijing a Tianjin há mais de dois anos, percorrendo uma distância de 120 quilômetros, a uma velocidade máxima de 350 quilômetros/hora. Transporta 50.000 passageiros por dia, e cobra uma tarifa que não chega a R$ 20,00 em primeira classe, mas ainda deu um prejuízo de pouco menos de US$ 100 milhões no seu primeiro ano de operação. O trem faz 57 viagens ao dia, saindo a cada 15 minutos, adequado, evidentemente, à escala chinesa, de duas cidades de grande porte.
Pelos depoimentos que podem ser visto no vídeo que incluímos neste site, tanto há passageiros estrangeiros como chineses que preferem este trem rápido a utilizar um avião ou outros meios de transporte. O preço da passagem para os chineses que o utilizam habitualmente acaba ficando caro, quando considerado os muitos dias que utilizam, e os salários médios. No entanto, para os que possuem posição como de gerentes, as informações são que seus salários médios mensais chegam hoje a cerca de US$ 10 mil.
Mesmo no Japão, os trens rápidos na primeira classe são utilizados por poucos que desejam seus lugares marcados. A grande maioria utiliza a normal, que também é confortável.
O governo chinês pretende implantar sistemas semelhantes entre muitas cidades, cobrindo cerca de 12.000 quilômetros nos próximos anos, havendo um em funcionamento que cobre uma distância superior a 1.000 quilômetros. A velocidade da implantação destas melhorias também surpreende.
O vídeo foi incluído para os mais incrédulos, e podemos afirmar o que vimos são de qualidade semelhante, assim como as rodovias, metrôs, avenidas e pontes, igualando aos disponíveis nos países desenvolvidos.
Acesse o vídeo http://www.chinadaily.com.cn/video/2010-07/30/content_11068599.htm
19 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: diferenças regionais, salários em alta, salários mínimos
Um interessante artigo publicado no China Daily noticia que muitas províncias chinesas estão estabelecendo e elevando os seus salários mínimos, acompanhando a tendência da remuneração dos trabalhadores naquela economia. Muitas das empresas estrangeiras que se instalaram naquele país visavam tirar partido dos baixos salários da China, principalmente no litoral. Mas algumas estão sendo obrigadas a se transferir para o interior, onde ainda existe um excesso de mão-de-obra, e os salários ainda se mantêm mais baixos.
Outras empresas estão deixando a China para se instalar em outros países do Sudeste Asiático onde a oferta de mão-de-obra ainda é abundante, oferecendo salários mais baixos, sem uma adequada legislação trabalhista, principalmente previdenciária.
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19 de agosto de 2010
Por: Naomi Doy | Seção: Livros e Filmes | Tags: China, dinastia Zhou, Períodos da “Primavera e Outono” e dos “Estados Guerreiros”, “idade axial”: 771-221 a.C. | 5 Comentários »
Na China dos anos 771-221 a.C., aproximadamente 170 estados familiares nobres reinavam fora do controle central. Cada estado tinha a sua capital murada; formavam alianças e ligas entre si, e também travavam acirrados combates militar-diplomáticos, tentando dominar um ao outro. Na era dos Estados Guerreiros, sete reinos dominavam a Planície Central ao Norte do país, entre os Rios Amarelo, Huai e seus volumosos afluentes.
Paradoxalmente, essa época de guerras também suscitou o aparecimento de pensadores que propunham bases teóricas para cultivar uma sociedade humana em harmonia com a ordem do Universo à qual pertenciam. Os reinos, cansados de guerras e destruições, ansiavam por ordem e paz. Pensadores tentavam inspirar reis a procurar viver em harmonia sob o domínio de um único rei, como contava a lenda de uma época dourada quando a China era unificada.
Confúcio (551-479 a.C.) e seus discípulos faziam parte de um grupo de pensadores precursores desse tempo. Foram contemporâneos de grandes mestres da Índia (Buda, circa 560-480 a.C.) e da Grécia (Platão, 420-340 a.C. e Aristóteles 380-320 a.C.), entre outros. Época que historiadores denominam “idade axial” – quando se estabeleceram as primeiras formas básicas do pensamento da civilização no mundo.
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19 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: diversificação das reservas externas, estímulo às importações, interiorização do desenvolvimento, maior ênfase no mercado interno
Examinando as notícias provenientes da imprensa internacional, mas principalmente do principal jornal chinês, China Daily, pode-se constatar que as autoridades daquele país promovem cautelosas mudanças na sua política econômica, que devem proporcionar resultados a médio e longo prazo nas demais economias relevantes no mundo. A China é hoje o principal investidor em títulos do Tesouro Norte-Americano e vagarosamente promove a sua redução, quer aplicando em títulos de outros países, quer aumentado seu investimento em ativos que possam transferir tecnologias para o seu país ou ampliar os seus acessos nos mercados externos.
Por outro lado, admitindo que as economias de seus parceiros comerciais não apresentam a vitalidade desejada, estimulam o desenvolvimento do seu mercado interno. Para tanto, estão promovendo as importações, tentando reduzir o seu superávit comercial, ainda que cautelosamente, anunciando que esta política deve ser mantida no mínimo até o final do ano.
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17 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: comportamentos dos japoneses, diferenças com os asiáticos, notícias de Nova Iorque
O jornal O Globo traz uma matéria da jornalista Carla Lencastre, de Nova Iorque, informando que dois famosos chefs da melhor culinária francesa, mas que recebem influências da fusion que ocorre em todo o mundo, estão ampliando suas atividades. São eles o Daniel Boulud e Jean-George Vongeritchen (ele costuma usar somente Vong), e concentram suas atividades em Manhattan, mas são reconhecidos em todo o mundo.
Além dos restaurantes que já possuem tradicionalmente, eles estão com instalações novas que diferem um pouco das características, procurando atender uma gama mais ampla de clientes de alto nível. Como no Upper East Side, onde se concentram as residências mais nobres de Nova Iorque, ou nas áreas mais frequentadas pelos mais jovens e boêmios, como na Bowery e proximidades da Soho, mais próximos do chamado downtown.
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17 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: diferenças entre desenvolvidos e emergentes, expansões no exterior, venda de apartamentos de luxo, viagens ao exterior
Observando o noticiário dos jornais japoneses, pode se notar as diferenças de comportamento dos consumidores de diferentes níveis de renda. Enquanto a média da população empenha-se na redução dos seus consumos, numa atitude cautelosa, os que se encontram em melhores situações econômicas efetuam dispêndios surpreendentes, ou inversões acima do padrão normal, depois de um longo período em que se mantiveram conservadores.
Assim, informa-se que estão sendo vendidos apartamentos que superam o valor de US$ um milhão nos melhores lançamentos imobiliários de Tóquio, chegando a se constituírem alternativas para aqueles que possuem confortáveis residências em regiões um pouco mais afastadas do centro. Neste mês de agosto, aproveitando alguns feriados e o verão, as viagens para o exterior dos japoneses crescem com relação ao mesmo período do ano passado, segundo o jornal Nikkei. As empresas japonesas aumentam seus investimentos no exterior, aproveitando o yen fortalecido, procurando localidades onde o custo da mão-de-obra não é tão elevado, ainda que isto sacrifique o emprego no próprio Japão.
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17 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: aquisições de empresas no exterior pelos chineses, diversificação das reservas externas chinesas, importação de matérias-primas e exportação de manufaturados
Um conjunto de informações vindas das mais variadas fontes acaba formando um cenário que exige atenções dos analistas. A China deixou de ser produtora de quinquilharias baratas que invadem todos os países, como ainda pensam muitos. Os chineses estão adquirindo empresas em economias desenvolvidas, como as japonesas e norte-americanas, para conseguirem adicionalmente tecnologias e terem novos mecanismos de acesso a mercados no exterior, inclusive em setores de tecnologias de ponta. Os pesados investimentos que vieram fazendo por anos acabaram criando equipes competentes de engenharia e alta tecnologia, nossos concorrentes e impressionando o mundo.
O balanço comercial brasileiro continua superavitário graças às exportações brasileiras de baixo valor agregado, como matérias-primas e produtos agropecuários, cujos preços ainda se mantêm em patamares elevados, proporcionando receitas razoáveis. Mas nos produtos manufaturados já ocorrem crescentes déficits em decorrência do câmbio, entre outros fatores, inclusive com a importação de equipamentos chineses.
Industriais brasileiros que são exportadores competitivos de produtos manufaturados começam a sentir o aumento das importações de produtos que concorrem com os nacionais, muitos provenientes da China, cuja expansão interna sofre uma pequena desaceleração. Chegam a pedir medidas restritivas para usar o mercado interno brasileiro como alavanca para o seu aperfeiçoamento tecnológico, para se manterem competitivos.
Os chineses diversificam suas reservas externas que estavam concentradas nos títulos públicos norte-americanos, mas os influxos destes recursos em algumas economias, inclusive a brasileira, acabam provocando a valorização do câmbio nestes países, reduzindo a sua competitividade internacional.
São situações que vão se agravando ao longo do tempo, exigindo um conjunto de medidas que pode se chamar de política industrial, que proporciona resultados a médio e longo prazo, se uma economia desejar consolidar o seu processo de desenvolvimento.
As autoridades presentes, como as potencialmente futuras, necessitam tomar posições claras sobre este conjunto de situações que é fundamental para uma economia, notadamente as emergentes, como a brasileira. Ainda que estas situações não sejam percebidas pela opinião pública, ignorar este quadro é um grave crime de lesa Pátria, pois vai acabar afetando o futuro de segmentos importantes da população.
Estas situações não permitem gabar-se do passado recente, nem dos acervos dos recursos naturais. Exigem mobilizações de todos os recursos disponíveis, naturais ou humanos, para que sejam estabelecidos os objetivos e as estratégias pelas quais serão alcançadas, se possível com os estabelecimentos das metas com os seus prazos.
16 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: calçados no Brasil e no mundo, concorrência acirrada, novas tecnologias
Se existe um setor industrial no Brasil que já passou por altos e baixos é o de calçados, que se prepara agora para competir com as mais conhecidas em todo o mundo, como a Nike e a Adidas, além da pirataria que existe por todas as partes. Apesar de dispor de matérias-primas como o couro, o Brasil ainda não dispunha de design e tecnologia para competir no mercado internacional há algumas décadas. Mas seus empresários foram suficientemente competentes para se tornarem players importantes no mundo.
Quem não conhece as histórias de sucesso como da Azaléia e da Alpargatas que, de matérias-primas plásticas, conseguiram com o seu design criativo conquistar uma parcela importante no mercado internacional, onde a concorrência é das mais acirradas. Nos calçados esportivos, como o tênis, grandes marcas mundiais efetuam as mais caras campanhas de publicidade, mas seus empresários entram no jogo, investindo fortemente na tecnologia.
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16 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: chineses mais abertos, japoneses mais conservadores, pesquisa sobre sentimentos recíprocos
Como efeitos das guerras passadas, na Ásia ainda restam resquícios de restrições, como entre chineses e japoneses, que vão se reduzindo muito lentamente em função da maior integração econômica que ocorre na região. Uma pesquisa recente efetuada pelo jornal China Daily, junto com a ONG japonesa Genron, fornece informações importantes que mostram que os chineses estão melhorando o sentimento com relação aos japoneses, quando comparado a recíproca.
Mas todos consideram que o intercâmbio com os Estados Unidos continua mais importante que entre a China e o Japão.
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