30 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: escolha de prioridades, limitação dos recursos, revisões em andamento
Entre as mudanças provocadas pela recente reunião do G20 está enfatizada a necessidade de conter o rápido crescimento do endividamento público dos diversos países, que apresentam consequências imediatas para o Brasil e outros países emergentes. A política antirrecessiva que estava sendo aplicada em importantes países deu lugar à preocupação com o endividamento e restrição dos gastos, inclusive dos investimentos.
Os recursos que países industrializados estavam utilizando para promover projetos de infraestrutura em muitos países emergentes já estão sofrendo revisões, concentrando-se nos que apresentam elevados retornos. Tudo indica que os créditos disponíveis ficarão mais restritos, e somente aqueles projetos que contarem com recursos locais terão maiores chances de continuar a ser implementados.
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29 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: estratégia para o desenvolvimento, impulso, Valor Econômico
Todos sabem que os avanços tecnológicos são fundamentais para o desenvolvimento sustentável. Até recentemente, no Brasil, um dos estrangulamentos principais estava neste setor, pela sua abertura para o exterior, mantendo-se como absorvedora de tecnologia desenvolvida em outros países, nem sempre adequadamente adaptada para as condições locais, apesar do esforço no preparo de uma mão de obra qualificada.
Muitos dos estudantes brasileiros de pós-graduação faziam seus estudos no exterior e os melhores eram aproveitados pelas instituições e empresas estrangeiras. Poucos voltavam para o Brasil, como continua ocorrendo em alguns setores, pela falta de oportunidades condizentes no país onde nasceram. Aos poucos, está havendo uma mudança neste quadro, e levantamentos efetuados na Inglaterra, por exemplo, já mostram que em alguns setores do conhecimento científico, brasileiros figuram entre os que publicam artigos sobre pesquisas nas credenciadas revistas científicas internacional, notadamente no campo do agrobusiness, da medicina e vida, como do meio ambiente.
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29 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: benefícios aos trabalhadores brasileiros no Japão, longa discussão
Os jornais brasileiros anunciaram o acordo entre o Brasil e o Japão para considerarem reciprocamente os tempos de contribuição para a Previdência Social com bastante destaque. Não há dúvidas que se trata de um avanço, mas é preciso que se considerem os custos e os benefícios mínimos que podem ser obtidos, dependendo das diversas alternativas existentes.
Preliminarmente, é preciso considerar o recolhimento efetivo das contribuições para a Previdência, pois muitos brasileiros trabalhavam para empresas terceirizadas, que nem sempre recolhiam estes valores, havendo muitos assalariados que preferiam não ter estes descontos dos seus salários. Como todos os trabalhos terceirizados, e no caso japonês podia haver mais intermediários, havia remunerações das empresas intermediárias, uma espécie de empreiteiras de recursos humanos. Quanto aos japoneses que recolheram a Previdência no Brasil, muitos eram empregadores e não empregados.
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26 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: repercussões da classificação nos 16 países | 2 Comentários »
Verificando os jornais dos 16 países classificados, bem como dos mais cotados e desclassificados, constata-se que o futebol, com a atual Copa do Mundo, deixou de ser o esporte nacional brasileiro e gera paixões em países onde outras modalidades esportivas são mais prestigiadas. Na América do Sul, com 5 países classificados, na Europa com 6, o futebol já tinha muito prestígio. Mas passou a ser paixão nacional também na Coreia do Sul, no Japão, no continente africano e até merece destaque no New York Times. Por mais críticas que se possa fazer, isto decorre de uma política estabelecida pela FIFA.
No Japão, por exemplo, o jornal econômico de maior circulação mundial Nikkei destaca a classificação de sua equipe, e o técnico Takeshi Okada, o primeiro que não era estrangeiro a dirigir a seleção nipônica, e que tinha colocado o seu cargo à disposição por causa de críticas gerais. Ele virou herói nacional. É a primeira vez que o Japão passa para a segunda fase. Na campanha classificatória para a Copa do Mundo, como o Japão vinha sendo derrotado pelo seu arquiinimigo regional, a Coreia do Sul, o técnico, como em muitos países, era o culpado principal.
Como no Brasil, o futebol da seleção japonesa mobiliza a população
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25 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: China já se prepara, Copa do Mundo, prestígio do futebol | 2 Comentários »
O jornal chinês China Daily anuncia a decisão que o país começa a preparar a sua equipe de futebol para se tornar competitiva na próxima Copa do Mundo no Brasil. Chama atenção para o sucesso obtido pelos seus atletas nas duas últimas Olimpíadas em modalidades em que não se destacavam, em função da política oficial conseguiram resultados expressivos, e afirma que seus esportistas podem atingir um nível competitivo. Reconhece que o evento futebolístico mundial tem a mesma importância política dos Jogos Olímpicos, na dinâmica mundial de integração com o mundo, verificando a mobilização que provoca em quase todos os países, com o intenso uso da comunicação. Os chineses não foram classificados nas eliminatórias para a Copa deste ano.
Para atingir o objetivo, já estabeleceram um programa que começa imediatamente com a contração de técnicos de diversas origens, mas os jogadores serão os chineses, possivelmente organizando equipes por regiões, como foi feito no JLeague japonês no futebol profissional, que alcançou sucesso num país onde o beisebol e o sumô são considerados os esportes mais populares.
Jogador da seleção chinesa disputa a bola com o Jô, em jogo pelas Olimpíadas de 2008, vencido pelo Brasil
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25 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: carvão mineral, mercado mundial de minérios, urânio e outros minérios
Já informamos que antes do recente aumento dos minérios de ferro e mudança do seu sistema de fixação de preços, o carvão mineral teve um aumento considerável de suas cotações no mercado internacional. Sempre que isto ocorre com produtos minerais controlados por poucas empresas, é natural que acabe estimulando explorações em outras fontes.
A Mongólia, vasto país localizado entre a dinâmica China e a Rússia, começa a entrar no noticiário internacional, pois pretende também continuar com um crescimento econômico de dois dígitos anuais, utilizando suas reservas minerais para exportação, mas necessita ainda de tecnologia e investimentos externos. Muitos grupos estão interessados nas reservas já localizadas até para reduzir o poder dos cartéis que dominam tais mercados, inclusive na brasileira Vale.
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25 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Saúde | Tags: avanços nos protocolos eletrônicos, imagens, uso da internet
O jornal econômico japonês Nikkei informa que a NEC, Sanyo e a CSI juntam seus esforços para atuar em conjunto na área do intercâmbio de informações de todos os pacientes, estabelecendo algo como um prontuário único, com as suas autorizações. Incluem as imagens dos diagnósticos e todo o histórico médico dos pacientes, que podem ser transmitidos “on line”.
A NEC detém 20% do mercado japonês de sistemas desta natureza com hospitais com um mínimo de 200 leitos, enquanto a CSI 20% dos hospitais menores, com menos leitos. A Sanyo controla cerca de 30% do mercado de clínicas médicas. As três empresas, atuando em conjunto, devem gerar grandes vantagens de escala e aglomeração, devendo ampliar as informações de um paciente numa região. O custo para os hospitais e clínicas é mínimo, algo como 30 dólares por clínica e 600 a 1.000 dólares por hospital.
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24 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: clima irregular, consequências.
Todos os meios de comunicação estão repletos de notícias das irregularidades climáticas em variadas regiões do mundo, tanto na Ásia, Europa como no próprio Brasil. As chuvas estão mais intensas e violentas que nos registros de longa data, mostrando que algo pode estar relacionado com o aquecimento global, ainda que não devidamente comprovado de forma científica.
Além das lamentáveis perdas de vidas, apreciáveis danos materiais, tudo isto pode ter consequências que se prolongam no tempo, na medida em que afetam principalmente as produções agropecuárias, reduzindo a disponibilidade de alimentos em muitos países, provocando efeitos inflacionários.
Enchentes em Alagoas. Foto de Beto Macário/UOL e Derek Sismotto Flores/UOL
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23 de junho de 2010
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: Bicicletas de Pequim (Wang Xiaoshuai), dinastias Yuan e Ming, Kublai Khan, Xanadu, Yongle
Sucessivamente, capitais das antigas dinastias chinesas, as cidades de Xian, Luoyang, Kaifeng, Hangzhou e Nanking seriam finalmente substituídas por Da Du ou Yen Tu, posteriormente denominada Pequim, atual Beijing. Kublai Khan, neto de Genghis Khan, ao fundar a dinastia Yuan de etnia mongol, unificou o vasto império chinês e manteve duas capitais: Yen Tu ou Pequim, ao Norte da China, e Shang Tu ou Xanadu, na Mongólia, fortalecendo o seu poder (1279 – 1368).
No fim do século XIV, ao já enfraquecido império mongol Yuan, sucedeu a dinastia Ming (1368 – 1644), que teve seus primeiros tempos de reinado estabelecido em Nanking (Nanjing). Em 1421, o terceiro imperador Ming, Yongle, mudaria definitivamente a capital para Pequim. Para isso construíra a cidade imperial baseada nos padrões de planejamento urbano chinês tradicional: no centro, o imenso complexo palaciano da Cidade Proibida – assim chamada por ser interditada aos mortais comuns. Rodeada por grandes parques abertos e por hutongs, estreitos e sinuosas ruelas entremeadas de palacetes residenciais com pátios internos. A cidade foi cortada por amplas avenidas e foi toda murada, oferecendo cerco e proteção. Para melhor salvaguardar Pequim, a Grande Muralha foi reforçada e ampliada, e recoberta de tijolos.
Centro financeiro de Pequim
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23 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: dificuldades normais no exterior, empreendimentos na China e na Índia
Trocando idéias com alguns empresários internacionais experientes em empreendimentos em diversos países, eles registravam as dificuldades que estão encontrando com seus projetos na China e na Índia, ainda que o mundo entenda que eles estão se desenvolvendo rapidamente. Trabalhar em qualquer país estrangeiro é sempre uma dificuldade, tanto pelas culturas empresariais, relacionamento com recursos humanos como com as autoridades locais, num ambiente diverso do que estamos acostumados.
Ainda que a língua utilizada, na maioria das vezes, seja o inglês, existem coisas que exigem a compreensão adequada de como os interlocutores estão entendendo o verdadeiro conteúdo do que está se expressando. Se existem dificuldades de comunicação entre seres humanos que utilizam o mesmo idioma, mais ainda quando são diferentes, colocados em contextos diferentes.
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