28 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: especialização, exemplos concretos, no mundo atual, reconhecendo o pouco conhecimento geral | 2 Comentários »
Para uma pessoa que se considerava razoavelmente informado sobre eventos e instituições importantes no Brasil e em São Paulo, acompanhando os noticiários dos jornais, revistas, rádios e televisões entre os meios de comunicação social disponíveis, confesso que tomei uma lição que me deixa humilde diante do meu imperdoável pouco conhecimento. Questionado por um jornalista inglês que trabalha para uma nova revista em São Paulo, em inglês, chamado Time Out, que já é tradicional em outras grandes cidades, visando informar os visitantes sobre eventos e instituições concretos, fiquei totalmente nu e surpreendido diante da minha lamentável ignorância.
Uma das questões referia-se sobre o Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, na proximidade de Belo Horizonte. Ainda que a instituição seja um dos orgulhos do Brasil, contando com imenso acervo da melhor arte contemporânea, não só brasileira, mas mundial, um invejável jardim em dimensão gigantesca iniciado a partir de algumas ideias dadas por Burle Marx, ocupando uma área total de cerca de 100 hectares. Outra se referia a um evento chamado Toyo Matsuri, realizado pelos lojistas do bairro da Liberdade em São Paulo agregados na ACAL, que vem sendo realizado desde 1968, que confundi com outros festivais realizados no mesmo bairro.
Instituto Inhotim, importante pólo cultural brasileiro
Toyo Matsuri, promovido pela ACAL
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25 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: explicações possíveis, mudanças de hábitos, tendência de manter, vendas altas de produtos de luxo | 2 Comentários »
Para a perplexidade de muitos analistas, o consumo de produtos de luxo no Japão continua elevado, segundo o jornal Nikkei de hoje. Está sendo a salvação de muitas lojas de departamento, não somente em Tóquio como em outras cidades como Osaka. São mencionados exemplos concretos, como o da conhecida loja da Mitsukoshi no bairro de Nihonbashi, onde os relógios de mais de US$ 13.000 aumentaram 60% com relação ao ano passado, e os de mais de US$ 26.000 dobraram suas vendas, incluindo as de grifes internacionais como a Rolex.
Numa feira especial realizada no Daimaru Matsuzakaya, de Osaka, nos últimos dias 15 e 16 de outubro, as vendas aumentaram 18% com relação ao ano anterior, com itens como pinturas, e colares de diamante com preços em torno de US$ 300 mil. Esta tendência está sendo confirmada também no corrente mês de novembro, em diversas lojas de departamento em Tóquio, em vários bairros.
Prédios das lojas de departamentos da Mitsukoshi e da Daimaru Matsuzakaya
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24 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Turismo, webtown | Tags: esqueceram a China, oportunidade da Copa, turismo internacional
Se a notícia que foi publicada no Valor Econômico informando que a Embratur elegeu 17 países como alvos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, excluindo a China, parece que os dirigentes daquela entidade estão desfocados com o que vem acontecendo no mundo atual. Quem viaja pelo mundo, Estados Unidos, Europa, Ásia, África observam que recentemente o número de turistas chineses em todo o mundo passou a ser a principal corrente, e chegam até o Brasil, mesmo sem eventos especiais.
Eles substituíram os norte-americanos, europeus ou japoneses, e “invadem” os países que apresentam atrativos turísticos enchendo as lojas de departamentos, as lojas de grifes conhecidas, os hotéis e os restaurantes. Possuem uma empolgação pelo futebol e os astros brasileiros e destacam-se nos esportes. Até na África, por motivos variados, o fluxo de passageiros nos voos aéreos é surpreendente. Existe uma maciça classe média chinesa, além dos que possuem elevados poderes aquisitivos, ocupando os melhores estabelecimentos disponíveis no cenário internacional.
Turistas chineses invadem o mundo / Cataratas do Iguaçu
Cristo Redentor / Pororoca no Rio Amazonas
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23 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: comportamentos racionais e movimentos de manada, demanda efetivas e bolhas, riscos
São nos momentos de crise econômica que se observam o excesso de movimentações que não parecem totalmente racionais, alguns caracterizando bolhas, outros baseados em dados objetivos. Tudo indica que há um aumento da aversão ao risco, com exagerados fluxos de recursos para aquisição de títulos do Tesouro Americano, chegando até a provocar uma valorização do dólar norte-americano, depois de exagerada política de aumento da circulação desta moeda provocada pelas autoridades americanas visando a desvalorização da mesma. Mesmo com todas as dificuldades dos Estados Unidos, muitos portadores de ativos financeiros continuam achando que os títulos do governo americano continuam sendo de mais baixo risco.
De outro lado, nota-se, como no Japão, um verdadeiro boom imobiliário, que se observa também em Londres, como os noticiados em diversos jornais internacionais. Há uma nítida preferência por ativos reais, representados pelos imóveis. No centro de Tóquio, em ambos os lados da estação central daquela cidade, as notícias são da continuidade, que parece exagerada, de novos preditos de grande porte, numa das áreas mais valorizadas do mundo em termos imobiliários. Ao mesmo tempo, noticia-se que mesmo com uma economia que começa a se recuperar, até no interior do Japão está se generalizando o aumento dos preços dos imóveis, em parte da recuperação dos que estavam reprimidos.
Edíficos modernos e imponentes “brotam” em Tóquio
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23 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: coexistência com velhas técnicas, novas tecnologias, uso intensivo dos equipamentos
Com os elevados preços que o ouro vem alcançando no mercado internacional, notadamente com os receios das desvalorizações das diversas moedas e a natural procura de segurança nos períodos de grande instabilidade na economia mundial, ampliam-se as atividades para a mineração deste precioso metal. Além das românticas explorações que continuam ocorrendo em muitos lugares da Amazônia, sabe-se que este minério é também encontrado em pequenas proporções misturadas com outros, exigindo tecnologias sofisticadas e empresariais para serem exploradas. Grandes volumes de terras e outros minérios necessitam ser utilizados para a sua separação, como a que está sendo noticiada no site do Globo, que destaca a participação até de mulheres no manejo de pesados equipamentos que movimentam até 240 toneladas de materiais.
Mulheres atuam na mineração manejando grande equipamentos. Foto: O Globo/Divulgação
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22 de novembro de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: derretimento de geleiras no Himalaia, des “tsunamis de montagne” ménacent Le Bhoutan-Le Monde-04/11/2011, GNH, rei do Butão visita Japão.
Charmosos e recém-casados, o rei Jigme Wangchuck, 31, e a rainha Jetsun Pema, 21, do Butão, fizeram visita oficial ao Japão entre 15 e 20 de novembro último. Por onde passaram, encantaram as pessoas pela sóbria elegância de gestos e palavras. A ampla cobertura dada pela imprensa à sua passagem certamente fez os japoneses conhecerem melhor o pequeno reino encravado nas altas montanhas do Himalaia, entre a China e a Índia.
O jovem rei, coroado em 2008 após a abdicação do pai, deu continuidade à monarquia constitucional que governa o país – que em 1949 se tornara independente do Reino Unido. Com área de quase 40.000 km², equivalente à da Suíça, e população de 700.000 habitantes, a economia do Butão é baseada na agropecuária de subsistência (à qual se dedica 90% da população), na extração florestal, no turismo, e na venda de energia elétrica para a Índia. A abundante água é o recurso mais precioso do Butão. Diz-se que a água é para o Butão o que o petróleo é para o Kuwait. Ela irriga os campos e terraços de plantação entre vales e montanhas, e alimenta as usinas hidrelétricas que geram 40% da riqueza anual do reino. As águas do Butão e da região circunvizinha funcionam como “caixa d’água” preciosa para todo o Centro-Sul da Ásia.
Rei e rainha do Butão visitam o Japão
Mapa do Butão e monastério nas montanhas
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21 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: a evolução, artigo no Valor Econômico, o que acontece no Japão
Os antigos nomi-yas (literalmente, estabelecimentos onde se bebe) ganharam uma versão atualizada com a denominação de izakayas e até mereceram um extenso artigo da Maria da Paz Trefaut, publicado no Valor Econômico. No Japan Today, publica-se uma lista dos melhores izakayas de Tóquio, mostrando que houve um sensível aperfeiçoamento nestes estabelecimentos nos últimos anos, virando uma nova onda internacional, como as que espalharam o sushi por todo o mundo. Existem até redes com muitos estabelecimentos, abandonando os agradáveis ambientes familiares do passado.
Junto com boêmios do naipe de um artista como Manabu Mabe, tive o privilégio de conhecer os antigos nomi-yas onde a “mama-san” nos servia bebidas acompanhadas de petiscos caseiros de sua própria lavra, normalmente conservas como os tsudanes, conservas variadas com ingredientes mágicos, como os produzidos utilizando os noris, algas que já não eram adequadas para, por exemplo, um maki-sushi. Cada pequeno bar tinha o seu tempero específico, e os fregueses, normalmente habituês, jogavam conversa fora com a proprietária que ficava do outro lado do balcão, sempre com uma conversa inteligente.
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20 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apreciação do outono, atividades culturais, Gastronomia, panoramas, pausa no mundo conturbado
Quando os orientais, principalmente os japoneses, afirmam que o outono é a melhor estação do ano, muitos ocidentais têm dificuldade para compreender esta interpretação, quando conhece a primavera e a florada das cerejeiras. Só quando os seres humanos vão ficando mais maduros, com um espírito mais nostálgico é que podem apreciar todas as belezas desta estação preferida dos orientais. Usufruindo serenamente de um panorama com as vistas de florestas coloridas com os momijis, os maples japoneses, que ficam mais belas com os fortes choques térmicos dos frios intensos com os dias ensolarados, pode-se ter uma idéia da intensa alegria de estar vivo.
Momiji. SKYE HOHMANN PHOTOS
Este site já publicou o depoimento da Naomi Doy sobre as delícias que podem ser apreciadas na culinária desta estação. Quem nunca experimentou um matsutake, o mais valorizado cogumelo japonês, com seu sabor suave, que pode ser apreciado num dobin mushi, um delicado consomeé japonês, não pode afirmar que conhece o que se dispõe de melhor na gastronomia mundial, ainda que caro.
Matsutake dobin mushi
Mas se dispõe, como em Nikko, de um excepcional yuba, a nata do leite extraído da soja, que vai se utilizada na produção do tofu. Pratos delicados, compatíveis com o espírito da estação, que podem ser equiparados com o que se pode apreciar nos melhores restaurantes estrelas do mundo.
E é na temporada do outono que se dispõe das melhores exposições como o do Museu Suntory no MidTown, Tóquio, que apresenta a contribuição dos portugueses nas artes plásticas japonesas, que perduram até hoje. Ou da nova versão do “Madame Butterfly” apresentada pela NHK, a televisão oficial japonesa no seu canal G.
Aoi Miyazaki e Ethan Landry em "Cho Cho," remake da NHK de "Madame Butterfly"
No atual mundo conturbado, este outono permite uma pausa refletiva, mostrando que a felicidade humana pode ser alcançada até nas pequenas coisas, muitas que não custam nada. Será que temos que correr tanto para obter as riquezas materiais? Ou os seres humanos podem se sentirem realizados e completos com o que a natureza nos oferece.
20 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aplicação na China, noticias do Nikkei, possibilidades no Brasil
Uma notícia publicada no jornal econômico Nikkei informa que a Nissan e a Mitsubishi Heavy estão fornecendo tecnologias de ponta para resolver os problemas de congestionamento do trânsito nas principais cidades asiáticas. Um caso concreto é a que está sendo utilizada na capital chinesa, Beijing, que é um projeto de maior dimensão na espécie, envolvendo 12.000 veículos equipados com GPS. Câmeras são instaladas nas principais rotas transmitindo aos motoristas as informações do tráfego, oferecendo alternativas mais favoráveis. Em fevereiro próximo, as informações das pequenas ruas também serão incluídas.
Cerca de 5 milhões de veículos provocavam problemas em Beijing em 2005, e as autoridades resolveram utilizar a tecnologia da Nissan. Como o projeto envolvia veículos de outras marcas, ele era complicado, mas está sendo melhorado. Utiliza-se o chamado ITS – sistema de transporte inteligente, e a Mitsubishi Research Institute estima que as vendas de 2005 a 2020 destes sistemas devem chegar a cerca de US$ 1,3 trilhões. Eles envolvem a utilização do ETC – coletores eletrônicos de pedágio, VICS – sistemas de comunicações e informações de veículos, e sistemas de assistência à segurança dos motoristas, ajudando o ITS.
Centro de controle de tráfego em Beijing e pedágio eletrônico em Cingapura
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20 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: noticias do Nikkei, polo de outros acordos na Ásia, uma tendência clara
Ainda que nenhum acordo de livre comércio seja fácil para os diversos países participantes, comparando-se suas vantagens com os inconvenientes, sempre se acaba concordando sobre o balanço favorável. Mas as resistências dos setores prejudicados, como a agricultura japonesa, continua tendo um poder político respeitável, havendo que se obter algumas compensações para os seus agricultores. Parece que a declaração conjunta do primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, do primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, e do presidente da Coreia do Sul, Lee Myung Bak, revela a evidência que um primeiro avanço dos entendimentos entre os três países é mais pragmático que conversações que envolvem muitos outros países, com os que pertencem ao bloco do Asean – Associação dos Países do Sudeste Asiático, ou outros entendimentos relacionados com os países da Bacia do Pacífico, que podem se agregados posteriormente. A notícia foi divulgada hoje pelo jornal japonês Nikkei.
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