16 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Reuters sobre a reciclagem da água utilizada, as discussões no Reino Unido, os problemas em outros países
Um assunto que vem sendo tratado por muitos artigos publicados nos mais variados veículos de comunicação social do mundo é o da extração do petróleo e o gás do xisto, mediante a fragmentação hidráulica de suas rochas com o uso abundante da água com produtos químicos. Entre outros problemas de sustentabilidade, existe uma forte pressão para a redução da água que está se tornando um produto raro em diversas regiões. O custo de seu transporte passa ser importante nesta exploração. Algumas empresas como a Halliburton, Baker Hughes e FTS International nos Estados Unidos estão tratando a água de poços já utilizados para o seu reuso. Mesmo empresas menores estão adotando as mesmas tecnologias. Uma equipe da Reuters elaborou um longo artigo sobre o assunto.
Até recentemente, muitas empresas consideravam a reciclagem muito cara, usando somente as frescas. Mas elas estão sendo forçadas as reutilizações que, feitas em grande escala, acabam baixando seus custos, e contando com alto teor de sal proporcionam melhores resultados. Os ambientalistas afirmam que estas empresas nada fazem para evitar a contaminação das águas subterrâneas e só facilitam a extração de combustíveis fósseis que produzem gases que contribuem para o aquecimento do clima, não resolvendo seus problemas.
Campos de exploração do xisto
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16 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: exagero de artigos sobre o assunto, impacto mundial, preocupações com uma desaceleração descontrolada
Todos que acompanham a economia chinesa e mundial ficam impressionados com a quantidade de artigos que estão sendo publicados no mundo sobre o assunto. As estimativas oficiais que começaram a ser publicadas por trimestre também na China indicavam uma estimativa anualizada de 7,7% no primeiro trimestre e agora de 7,5% no segundo trimestre, havendo preocupações com uma cifra menor que a esperada pelas autoridades chinesas para 2013, que era de 7,5%. Na realidade, os resultados que vêm sendo obtidos no mundo são bem mais modestos, e todos esperam que o crescimento da China ajude os demais países na continuidade de sua recuperação, inclusive o Brasil, os Estados Unidos, o Japão como a Europa como um todo. Este exagero de artigos publicados parece indicar a preocupação de uma maior desaceleração da China, que não consistiria num soft landing para permitir as reformas visando maior dependência do mercado interno, e redução da dependência das exportações.
Na realidade, as contas nacionais de qualquer país é uma aproximação que não permite um nível de precisão como os analistas pretendem atribuir. São o que os profissionais de economia denominam de proxy, ou seja, uma aproximação tomando alguns indicadores que são considerados relevantes, notadamente quando se referem às estimativas trimestrais. No passado, os analistas se preocupavam com as deficiências das estatísticas chinesas, considerando-as pouco confiáveis.
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16 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dificuldades analisadas pelo The Economist, dois artigos sobre o assunto, esporte mais popular do mundo, os variados problemas existentes
Todos sabem que, lamentavelmente, os esportes profissionais que envolvem cifras astronômicas estão sujeitos às ações costumeiras dos criminosos. Quando o Japão resolveu criar a sua J. League efetuou um estudo que mostrava que a metade dos recursos publicitários envolvendo todos os esportes no mundo se destinava ao futebol, que desperta a paixão de pessoas simples como sofisticadas na maioria dos países, pobres ou desenvolvidos. A revista inglesa de circulação universal The Economist publica dois artigos que relacionam algumas atividades ilícitas que envolvem este esporte. Se existem brasileiros que pensam que estas irregularidades são marcas nacionais podem ficar aliviados, pois ocorrem por toda a parte, apesar dos esforços para coibi-los.
As autoridades procuram auxiliar este esporte ocasionalmente, pensando promover o país e quando necessário utilizando a sua força policial. Como em muitos países existem pesadas apostas envolvendo os resultados, a revista aponta que existem gângsteres profissionais envolvidos no futebol. São até cômicas as histórias conhecidas sobre estas manipulações, como de times falsos de alguns países, e muitas associações nacionais como o da China foram atingidas por descréditos públicos. Grandes esforços estão sendo feitos para evitar estas pragas, com pouco sucesso.
Joseph Blatter, presidente da FIFA
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15 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Fernando Lopes para o Valor Econômico, dados interessantes, Ibre/FGV, Índice de Desenvolvimento Rural, novas sugestões | 2 Comentários »
Um importante artigo foi publicado hoje por Fernando Lopes no Valor Econômico com o título “Novo índice mapeia desenvolvimento rural”. O trabalho foi encomendado pela CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil para a IBRA/FGV – Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, tendo sido liderado por Ignez Lopes, Mauro Lopes e Daniela Rocha. Baseado nos dados do Censo Agropecuário de 2006 e Censo Demográfico de 2010, elaborou-se o IDR – Índice de Desenvolvimento Rural que leva em consideração dimensões distintas com pesos diferentes: social (30,1%), econômica (29,5%), demográfica (22,8%) e ambiental (17,6%). Utiliza recomendações como a da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
As conclusões retiradas das análises efetuadas permitem algumas discussões, pois sugerem que o Centro Oeste apresentou os melhores resultados, enquanto as novas regiões ocupadas pelas produções de grãos, como o Maranhão e o Piauí, ainda se colocam entre os piores. Parece necessário, no mínimo, que se considere o tempo em que estas regiões foram ocupadas pelas fronteiras agrícolas brasileiras. No Centro Oeste, a ocupação mais intensa ocorreu na década dos 70 do século passado com migrantes provenientes do Sul, enquanto as regiões mais ao norte são mais recentes neste tipo de atividade, pois no passado eram de pecuárias extensivas e tradicionais. Também não parece adequado o uso deste novo índice para comparar pequenos municípios, quase uma fazenda, com os grandes, que apresentam uma larga complexidade e diversidade.
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14 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: deve resultar numa excursão, gravação no teatro Alfa – SP, Sesc Vila Mariana, show inédito para apresentação do DVD
Tive o privilégio de assistir ao show de Mônica Salmaso, considerado hoje a mais importante cantora intimista do Brasil, junto com Teco Cardoso nos sopros e Nelson Ayres ao piano. Era o início da apresentação do seu novo DVD, produzido pela gravadora Biscoito Fino, especializada em produtos de elevada qualidade, com uma inovação impressionante. A Mônica Salmaso explicou que estava nervosa, pois estavam tentando pela primeira vez um show desta natureza, para não ficar somente no lançamento tradicional de um DVD. Ao lado de uma tela onde eram apresentados trechos da gravação, o trio se apresentava ao vivo, intercalando alguns números. Ela explicou inicialmente que a gravação tinha sido feito no Teatro Alfa, onde havia um “pianão”, conseguiu uma data, e teve o privilégio de contar com a direção de Walter Carvalho.
O DVD é impressionante indo de Heitor Villa-Lobos até Adoniran Barbosa, passando pelo nordeste, com trabalhos do recém-falecido Paulo Vanzolini, não deixando de lado Antonio Carlos Jobim, Vinícius de Moraes, Edu Lobo e Chico Buarque. O que existe de melhor na música brasileira. Dominado pelo preto e branco, altíssima qualidade na gravação como em toda a produção, algo como só pode ser obtido no exterior nos centros mais tradicionais de produção de trabalhos artísticos de elevado padrão. Para que a gravação pudesse ser feita por todos os ângulos, foi feita sem a presença do público, e com uso de outros trabalhos anteriores, como a filmagem da artista ainda criança. É um trabalho imperdível.
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13 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: otimismo oficial e dos empresários, primeira queda das reservas, problemas sociais, recuperação da economia japonesa
Depois de um longo período de baixo crescimento da economia japonesa, o governo de Shinzo Abe vem procurando estimular o seu crescimento, agravado pelo terremoto do seu nordeste, com a ajuda de Haruhiko Kuroda, governador do Bank of Japan. Vem adotando um easing monetary policy, à semelhança dos Estados Unidos, provocando uma sensível desvalorização do yen, para tornar competitivas suas exportações no mercado internacional. Os empresários expressaram na pesquisa trimestral conhecida como Tankan a disposição de aumentar seus gastos de capital. É preciso entender que o Japão está passando por uma eleição, onde o governo espera conseguir a maioria também na Câmara Alta, o que já dispõe na Câmara Baixa, para ajudar a promover reformas constitucionais, aumentando sua capacidade de defesa externa. Tudo parece correr bem, mas existem algumas preocupações com suas reservas estrangeiras como nas condições sociais dos idosos.
O novo governo japonês vem fazendo variados pronunciamentos e tomando medidas para estimular a sua economia, que só pode ocorrer de uma forma lenta, até porque a economia mundial ainda apresenta preocupações significativas, como o FMI vem indicando, não só com a redução do crescimento das economias emergentes como também as dificuldades enfrentadas pelos Estados Unidos, inclusive o Japão. A China é um parceiro estratégico do Japão, que é o seu maior parceiro comercial, e, com os seus problemas, a desaceleração do seu crescimento aparenta ser mais acentuada que os seus governantes gostariam.
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12 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: correções indispensáveis, desigualdades nas aposentadorias, fator previdenciário
Entre as discussões e reivindicações mais legítimas que estão sendo apresentadas, mas que contam com menores racionalidades, estão as relacionadas com as aposentadorias, com sindicalistas e outros solicitando o fim do fator previdenciário. Como se trata de um assunto que envolve complexos cálculos atuariais, necessitaria ser colocado de forma mais simples e prático, para a compreensão de todos. Muitos reconhecem que a população do mundo está aumentando a sua expectativa de vida, mesmo havendo muitas reclamações sobre os serviços de saúde, com mais idosos que necessitam ser atendidos pelas aposentadorias, muitas vezes sem que tenham contribuído para a constituição de um fundo adequado para tanto. Existem até autoridades como o presidente Ernesto Geisel que aprovou a aposentadoria aos trabalhadores rurais, sem que eles tenham contribuído durante a sua vida, como se pudessem ser gerados recursos para honrar estes compromissos, sem que alguém pague para tanto.
Os países europeus que abraçaram a social democracia, procurando dar o máximo de assistência social para a população sem a acumulação adequada de recursos para tanto estão enfrentando suas dificuldades que estão levando à estagnação de suas economias. As aposentadorias em muitos países, como os asiáticos, sempre foram baixos, exigindo que a população acumulasse um patrimônio para enfrentar o seu futuro, acabando por provocar uma elevada taxa de poupança. Que as aposentadorias sejam pagas no Brasil para os trabalhadores do setor privado, que são a grande maioria, não há nenhuma dúvida. O que parece extremamente injusto é que os aposentados do Judiciário recebam muitas dezenas de vezes mais que os das empresas privadas, de forma escandalosa. A seguir, vêm os do Legislativo e depois do Executivo, sendo que em algumas estatais suas cifras são absurdas, todas sustentadas pela contribuição pelas contribuições tributárias de todos os brasileiros. Isto explica em parte a elevada procura dos concursos públicos para obterem estes privilegiados lugares, apesar da aspiração de um Estado menor.
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12 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: assuntos importantes, inundação de notícias no mundo e no Brasil, leituras prioritárias, tarefas estratégicas
Mesmo os economistas experimentados na escolha de prioridades acabam ficando confusos diante da avalanche de notícias do Brasil e do mundo, de diferentes profundidades e velocidades, até para selecionar as que merecem uma atenção maior no tempo limitado. É evidente que todos possuem suas preferências, mas existem assuntos que provocam maior impacto em toda a sociedade humana que também se globalizou, tanto no presente como nas suas consequências para um futuro mais longínquo. As condições básicas estão se alterando mesmo em variáveis que eram mais estáveis como os dados demográficos, com o aumento da perspectiva de vida e consequentemente dos idosos, apesar dos reclamos para a melhoria dos serviços de saúde. Mesmo com as restrições protecionistas, o mundo está acelerando a sua globalização, tanto de informações como de todos os bens, inclusive dos serviços.
Na acirrada competição que se observa no mundo, os avanços tecnológicos está permitindo a elevação da produtividade dos recursos humanos, sendo que a educação e as pesquisas parecem determinar diferenças significativas entre países na sua evolução. Alguns países contam com lideranças mais qualificadas, bem como sistemas de administração democrática que permitem tirar proveito dos escassos recursos que dispõem, ajustando-se com menos atritos às mudanças que estão ocorrendo com maior ou menor eficiência. As aspirações por maior liberdade se manifestam por todas as partes, mesmo havendo restrições variadas. Nem todos contam com a consciência que a convivência entre pessoas que pensam diferentes exige um mínimo de organização, com capacidade de aperfeiçoamentos. Que as limitações de todos os recursos disponíveis impõem a escolha de prioridades, e que muitas demandas só podem ser atendidas depois de algum tempo, pois o mundo on time só existe em alguns setores.
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12 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dificuldades dos principais veículos, o problema da qualidade, os problemas dos jornais e revistas no Brasil, redução de jornalistas
A revista internacional The Economist publica na sua edição da próxima semana um artigo sobre as dificuldades que estão sendo enfrentadas por algumas empresas jornalísticas brasileiras. Comenta que a Editora Abril, que conta com 53 títulos conquistados, anunciou a demissão de muitos editores seniores diante da queda de suas receitas. Deve reduzir suas dez divisões de publicações para cinco. Os analistas especulam que devem reduzir 1.000 postos de empregos editoriais nos próximos meses. Muitas das suas revistas estão sendo enviadas gratuitamente para os assinantes de algumas, que denotam uma qualidade visivelmente insuficiente. O mesmo estaria acontecendo com alguns dos importantes jornais brasileiros.
A Folha de S.Paulo, o jornal de maior tiragem no Brasil, também demitiu 6% dos seus funcionários, fenômeno que está atingindo um dos seus rivais, O Estado de S.Paulo, que já encerrou as atividades de seu Jornal da Tarde. Esta redução de emprego dos jornalistas está preocupando Jayme Sirotsky, ex-presidente da Associação Mundial de Jornais, de uma editora do Rio Grande do Sul, que informa que a imprensa brasileira procura manter a sua qualidade mesmo com a queda de sua rentabilidade.
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12 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: artigo de Josimar Melo no suplemento Comida da Folha de S.Paulo, deterioração dos restaurantes em São Paulo, empresários e recursos humanos
Existem paulistanos que exageram nos seus ufanismos, achando que a cidade de São Paulo é um paraíso gastronômico, com destaque no mundo. Sem dúvida, é um centro onde se encontra uma ampla diversidade de culinárias, mas infelizmente os seus preços, os seus serviços e a qualidade média dos mesmos deixam a desejar, como o crítico Josimar Melo da Folha de S.Paulo escreve hoje no suplemento Comida. Parece que os empresários do setor não aprenderam a lição que já vem colocando muitos restaurantes no mundo contra os critérios como do guia Michelin com suas cotações em estrelas. Exageram nas instalações e nas badalações sem que a qualidade da cozinha corresponda aos preços que são pagos, um dos mais elevados do mundo, que assustam até os estrangeiros.
É difícil encontrar em São Paulo um ótimo restaurante pela qualidade de sua cozinha e seus serviços, salvo raríssimas exceções. Lamentavelmente, parece que houve uma deterioração dos seus serviços, tanto no que se refere ao salão para atendimento dos clientes como na própria cozinha, com muitos profissionais que deixam a desejar. Principalmente quando se relaciona com os preços cobrados, que dependem de uma ampla série de fatores. Como economista que aprecia uma boa culinária em todos os lugares do mundo, que acompanha, na medida do possível, o que vem acontecendo em variados países, pode-se dizer que uma parte se deve ao câmbio extremamente valorizado do Brasil. Bem como o preço de muitas matérias-primas que são utilizados, os preços dos aluguéis e o desejo desmedido de criatividade sem que se tenha conhecimento básico e qualificação para tanto, sempre com honrosas exceções.
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